Texto de Amor Ensinamentos de Vida
Nascimento
Ao olhar para o lado não enxergou nada
Ao olhar para o lado compreendeu que nunca compreendeu nada
Não temeu!
Sentiu vontade de gritar seu desespero velado
Mas não temeu!
Pela primeira vez encarou o espelho como quem flerta com paixão de criança.
Ao encarar seus olhos compreendeu que nunca compreendeu nada
Aprendeu pela primeira vez
E Sorriu.
Fechou os olhos por um segundo e livrou-se da obrigação de saber tudo
Lavou o rosto com água fria
Lavou sua alma e matou a sede de certezas
Livre!
Na concha das mãos agora vazias
Sentiu gotas escorrerem,
Compreendeu que finalmente estava vivo
Sentiu a água fria molhar seus lábios
E pode sorrir,
Consciente
Pela primeira vez.
Num sorriso amarelado
Ainda vejo um olhar brilhar
Mesmo em meio a fraqueza e fome, ele só quer trabalhar
Sonho e esperança carrega
De um dia abraçar
A família nordestina que deixara para trás
As lágrimas lavam a sua alma
E as migalhas alimentam o seu desgosto
Enquanto o suor nordestino, lhe escorre pelo seu rosto
E assim ,dia após dia ,em meio à nostalgia
Vai sonhando encontrar
A felicidade prometida pela vida, que ficou do lado de lá
De joelhos, ele clama, para Deus não o abandonar
E que chova o bastante, para ele regressar.
Enquanto soluça, e diz a si mesmo:
-Eita terra esquecida, mas é lá o meu lugar.
Quando eu quis viver
Quando eu vinha viver
Já era tarde de mais
Já os meus passos estavam enraizados
Na profundidade do lugar onde não andei.
Quando eu resolvi vir para a vida
Ela já não mais fazia questão
Já estava estacionada
Num tempo em que não lhe pertencia.
Quando quis viver
Meus confrontos todos se riam de mim
Perdidos pela sádica névoa que os alimentam
Devorando-se uns aos outros num ritmo
Onde o expiro constante não move a vida.
Quando eu vim ter com a vida
A existência já havia perdido suas auroras
E a insaciável fome do tempo
Devorou-me antes que eu pudesse viver.
Enide Santos 12.01.17
•Era uma vez a menina que todos desacreditavam...
- Uma pequena menina ouvia os exemplos do grande sábio...
Já os outros, seus exemplos compartilhavam ...
mas na hora de agir não encaixavam...
•O silêncio,com a sabedoria nela depositavam...sabiam a responsabilidade que levara,pois na sua aparência não acreditariam no que carregara...
Não tinha medo de viver e o que os outros pensavam não à fazia esmurecer...
Lá a menininha seguia ...mesmo quando crescia ,ninguém à via ,pois a imagem que ficava era daquela menina sorridente, a maluquinha...
Enquanto no passado se prendiam,nela a juventude cada dia renascia, o que para todos era motivo de coagir ,para ela viver era reagir ...
Cada vez que dela desacreditavam,mais velhos ficavam e com as suas próprias vidas não se importavam...
Certo dia a consciência bateu em suas portas ,mesmo com tudo em mãos,parecia um teto vazio com a companhia da solidão.
Viviam a felicidade para outros e esqueciam da sua própria felicidade,dando abrigo à julgamentos e debates...
Levaram à vida tão à sério, em auto afirmação, como se tudo fosse um combate ou competição.
A menina não se cansava e tentava mostrar para todos ,o quanto a vida fora não se jogava ...
-Mas porque todos não conseguiam ver ?
...O que para ela ,era fácil perceber...
- Para que ser igual? pareciam doentes ,mas a menina era desdenhada por ver a vida de uma forma diferente...
Diferente achava que poderia presentear ao mostrar...incansável queria tentar,mas nada parecia fazer os iguais enxergar...
A menina não se cansou ,mas precisou ir para quem à chamou ...um vento leve,uma brisa que a cada dia ensinava o que tanto ela procurava ...
Não era preciso tanto para ser feliz,pois o pouco que tinha para uns, era o muito que a fincava em sua raiz...
Cada pedacinho de pedra ,cada pedacinho de terra,era tudo sagrado para ela...
Ela sabia que enquanto os iguais queriam ser irreais, não conseguiriam ver o quanto eram capaz ou encontrar a sua paz...
Isso não à fez desistir ,mas saber que em todos os iguais, um pedacinho dela ficou ali e que um dia poderá com todos eles a esperança, novamente voltar à sorrir .
•A maior oração não é aquela onde todos repetem ,mas a que se ouve dentro de si mesmo e isso não se veste.
Elisabeth RedMoon
►O Canibal
Agora é viver procurando algum prazer
Não conseguindo se conter
Sentindo se preencher com algo bom
Em bom e tom som
Claro como o dia ensolarado
Cobiçando a carne e aquelas outras partes
Buscando aquela tal "cara metade" ausente
Fome de gente.
Loucamente desejando sentir calor
Aquele que somente outro ser humano pode propor
Almejando se sentir novamente incomum
Sentir que existe aquela luz no fim do arco-íris
Aceitando quaisquer convites
Aproveitar estando com apenas vinte
Procurando algo que combine
E nisso, de gradiente o céu todo ele pinte
Bem-vindo, você que nasceu no século XX
Enquanto a beleza da natureza esplêndida invade
E já não sinta mais aquela antiga saudade
Felicidade misturada com um pouco de maldade
Trazendo junto a sensualidade mais tarde
Na noite é onde o preludio da madrugada inicia
E para alguns, somente as cinco da manhã que termina
Euforia, gritaria, alegria e auto-estima até o fim do dia
O desejo carnal para livrai-vos do mal
Canibal, saciando sua fome animal.
Furiosamente caçando a presa
Outras que possuem ou não beleza
Matando a vontade
E no fim, torna-se visível a ferocidade.
A rua tornou-se um grande desfile
E na passarela, somente criaturas belas
Não importa se são honestas
Somente participarão as que possuem estilo
E é no inverno mais frio que acontece aquilo
O desejo pelo outro indivíduo
Assim começa esse convívio
Assim como o trecho do rio
E no fim do dia sinta-se um arrepio
Por ter descobrido um outro ritmo
Antes desconhecido, hoje vivido
O canibal aproveita o prazer obtido
Ao anoitecer ele se deita, esperando o Sol nascer
E para que mais uma caçada possa acontecer
A frase mais ilusória que ele irá usar
"Eu amo você, pode acreditar".
As peças que vida me pregou em formas de enigmáticas,
Me trazem lembranças que as vezes não quero lembrar
Aflora certas coisas que não quero reviver
Às vezes é melhor cala-se e se recolher para tentar entender...
Compreender muitas vezes o incompreensível
Compreender a vida e seus caminhos tortuosos....
Razões da vida
O tempo passa, a vida passa, e eu continuo na mesma
Sem entender minha própria vida
Vejo os dias passar no piscar dos olhos e ainda assim continuo sem saber.
Será que alguém gosta de min?
Essa pergunta rola na minha mente enigmática.
Enigmas as vezes indecifráveis
Dentro da solidão de minha alma solitária e sombria
Diz Renato russo
É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã
É preciso mesmo?
Não existe uma resposta concreta nos labirintos da minha mente
Ou como diz o Guilherme Sá do Rosas de Saron
Hoje muitos choram mais não desistem de viver
Assim vou levando minha vida solitária e fria.
►Incerteza
Disseram pra mim que eu devo prosseguir
E que, o que aconteceu era inevitável
Mas que não era o fim do mundo, ainda terei momentos agradáveis
Porém, as vezes sinto algo incontrolável
Um sentimento abominável, de julgar meu estado solitário
Meu passado reflete nas paredes do meu quarto
Salvo minhas memórias em um tipo de diário
Com versos guardados dentro do armário
Mesmo que o caderno esteja um tanto quanto desgastado
Meus textos nele são colocados, e podendo ser amados.
Hoje estou tranquilo, mas amanhã posso estar reprimido
Hoje tenho um caminho por onde eu sigo, mas amanhã posso estar perdido
Na verdade é muito relativo, já digo
Porém não enxergo aquele garoto entristecido
Lamentando amor sofrido, e as vezes não correspondido
Agora olho pela janela e noto que eu estava esse tempo todo escondido
Não me sinto mais um inquilino do limbo
Acho que jamais saberei o que realmente preciso
Mas não creio que será nesta prisão em domicílio
Por isso abri a porta ontem e vi um certo brilho
Não me sinto mais tão cativo, e é bom escrever isso
Também não posso mentir que estou totalmente bem
Já que as vezes me encontro pensativo, talvez pensando em alguém
Mas desta vez quero o que me convém
Não é como se eu não quisesse ficar com ninguém
Muito pelo contrário, sinto-me zen para seguir
Quero, como qualquer outra pessoa, sorrir
Então que seja assim, que eu encontre uma garota para ficar afim
Que ria junto à mim, e que no fim
Diga que comigo se sente feliz
Isso que importa, isso que me conforta.
Algumas semanas passadas surgiu uma ideia desorganizada
Ou melhor, uma ideia "avacalhada"
Estava eu na companhia de um colega
E ele me mostrou uma sequência de fotos de uma peça
Escolar, então estava mostrando seus participantes, seus colegas
Um pouco antes de entrarem nas férias
E eu gostei de uma delas, mas infelizmente no final não deu certo
Foi uma comédia.
Estou ciente que meus erros me seguirão
Presentes na minha vida sempre estarão
Mas se eu não continuar o que será de mim então?
Não posso ficar nessa solidão
Cabisbaixo, olhando fixamente para o chão
Mas não é como se eu quisesse sucumbir em uma nova paixão
Quero brindar à uma nova ascensão
Talvez seja apenas parte de uma nova constituição
Estou no processo de evolução
Mental e, quem crê dirá que também espiritual
Ou no fim das contas seja apenas um teste experimental
Uma anônima para conversar não seria nada mau.
Há quem diga que amar é lindo
Outros, que pode ser difícil, sofrido
Eu não sei qual opinião me encaixo
Dentre essas duas eu escolho em ficar por debaixo, calado
Pois no momento sou apenas um jovem vivendo um aprendizado
Não sei definir ao certo meu atual estado
Gostaria de estar compromissado, estar acompanhado
Disseram para mim que tudo tem seu tempo
Então ficarei aqui escrevendo, e esperando, sentindo o vento
Se isso realmente for verdade, talvez eu sinta logo, logo, felicidade
Ah que incerteza, ah que crueldade.
E há passados tão aprisionadores que deixam os "pássaros" ressabiados.
Alguns sentem um medo tão grande de sofrerem novamente que sequer tentam, outros vão se aproximando pouco a pouco quando sentem alguma confiança.
E é preciso ser muito paciente, para não espantá-lo, pois as vezes eles podem apenas ir para uma árvore próxima, noutras podem até voar para longe de nossa vista...
Por mais que tentemos corrigir algo feito no passado, não conseguiremos! Aquela história vai ficar em nossas lembranças para sempre e o que já passou, passou e não temos como mudá-las. Mas podemos seguir em frente e usar aquela vivência do passado como um ensinamento para o futuro. Podemos cometer ainda mais erros, sim, pois nunca estamos livres deles. Mas o que não devemos é pararmos de seguir em frente. Não podemos mudar o passado, mas podemos fazer do presente o melhor presente para a gente e aí quem sabe não teremos um ótimo futuro para nos orgulharmos.
Lenilson Xavier (22/01/2017)
PERDA DE TEMPO (soneto)
A quem me viu além tempo, além vidraça
Da vida, cara a cara, assim, de pertinho
Verás que no tempo e na vida caminho
Graças! E que o tempo no tempo passa!
E por mais que queira, que tudo faça
Implacável é o rumo e tão torvelinho
Aromatizado como o curtido vinho
Se fazendo veloz, como, tal fumaça
Já velho, eu, não busco burburinho
De perda de tempo, ou de chalaça
Se estou jovem ou se sou velhinho
Vivo o tempo, sem tempo de negaça
Mais vale amor no tempo com carinho
Que o valor do tempo que esvoaça...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017, 05'55"
Cerrado goiano
Ao som do axé
Pulam e dançam,
Fantasiam-se,
Será que ele é?
Se for sobre ser feliz,
Todo mundo é
E ainda pede bis.
Só há uma lei
Decretada pelo rei:
Dançar e amar
Até o mundo acabar.
Nessa festa,
Ninguém liga
Ponha brilhos na testa
E venha, me siga!
Vários dias
Cheios de folia
Eu sei que você queria
Mais uns dias de alegria.
NA CORDA BAMBA DA VIDA
Seu olhar já não é mais o mesmo. Hoje ofuscado pelas mazelas da vida, perdeu aquele brilho que resplandecia a inocência; aquela alegria que antes não era reconhecida, mas que agora, depois de estar diante da infelicidade e da insignificância de tudo, aparece como uma nostalgia magnífica desperdiçada.
O pior de tudo é saber que mudou tanto de uns tempos pra cá, e não foi para melhor. Já não vive, simplesmente existe. Quase que está apenas cumprindo tabela. Mas como seria bom se fosse mesmo uma tabela. Daria para avaliar melhor os riscos, riscar do roteiro dos erros as coisas que te tornavam piores do que já era, mas que já fazia, sem perceber, parte de si, do seu caráter, daquilo que se tornou... ou quem sabe sempre foi.
Parou de culpar seu passado; a falta de oportunidade; o tempo perdido; as pessoas; os amores não correspondidos; as decepções, que não foram poucas... e reconheceu que o problema estava onde menos imaginava: Dentro de si. Nos seus pensamentos maliciosos, na sua perspicácia em fazer o que é proibido, de desejar o que não é lícito.
E existia, numa busca incessante de descobrir-se; ser; encontrar, já não sabe o que; mas tudo que consegue é perder-se mais... Procurando o que não mais existe, ou quem sabe nunca existiu; tentando achar uma razão, uma explicação, ou talvez mais uma ilusão. Até porque é de ilusão que sempre viveu; isso sempre o alimentava, o fortalecia, mantinha suas chamas acesas. Mas agora, tudo se apaga, tudo inexiste, tudo perdeu sentido. Provavelmente porque aprendeu a enxergar a malícia da vida, a malícia que vem das bocas, dos olhares, dos toques, e já não mais se deixa confundir.
E assim vai caminhando, seguindo, em direção à algum lugar, talvez ao início, ou ao fim, talvez à vida, mas quem sabe à morte. Mas se nessa insistência não conseguir andar na corda bamba da vida, quem sabe um dia aprenda a voar.
Algumas possibilidades que possam ser válidas para uma vida mais contente
Seguir meu próprio conselho de dormir o suficiente, mínimo oito horas por dia, ou por noite como preferir.
Reconhecer amizades pela lealdade trocada.
Tomar decisões centradas no outro e em si. Sempre olhando bilateralmente.
Evitar a dura e problemática comparação.
Ser uma mulher/homem diferente.
Não ter limites para autoconfiança.
Assumir mesmo embaraçada a possibilidade de ter entendido errado e pedir desculpas por isso.
Conseguir tudo o que quer, sem pisar em ninguém.
Viver intensamente o seu tempo.
Sonhar sem perturbar a alma.
Excluir a ideia de que mulher boa tem como destino ser abandonada pelo parceiro.
Evitar arrumar encrenca.
Não Julgar coisas que parecem absurdas.
Amar a si e aos outros.
Decidir quase tudo.
Silenciar.
Curtir a vitória alheia com alegria.
Cultivar esse sentimento misterioso chamado Amor (só curto escrever Amor com A maiúsculo).
Estar prontos um para o outro.
Ver amigos.
Curtir óculos de sol e proteger a retina.
Costurar a amizade até virar uma coisa só.
Tornar-se uma figura elegante nas palavras e gestos.
Desapegar de coisas ruins.
Andar para frente.
Deixar de ser maldosa.
Selecionar o que é bom e justo.
Ter Fé, mesmo que não tenha nada a ver com religiosidade.
Manter a palavra.
Aprender culinária.
Sentir-se livre e triunfante.
Evitar berrar insultos e sussurrar elogios.
Ser capaz de desligar o celular e recarregar as baterias do corpo quando necessário.
Falar hum-hum para evitar brigas.
Torna-se uma pessoa melhor e mais atenciosa.
Abraçar as histórias que não são suas.
Vida
Vem por sobre as árvores
Paira por sobre casas tristes
Ainda de portas fechadas
É o único sinal de vida ali.
Luzes, diversos tons, reflexos
Um cintilante, diversas cores
A parte em cinza, parece paz
E as casas, ainda dormem.
Ouve - se, regozijo de pássaros
Diversos, variados belos sons
Contemplam a face de Deus
Pois ele certamente está ali.
Flores exibem - se lindamente
Cores e formatos diferentes
Exalam embriagantes cheiros
Mas as casas, ainda dormem.
Raios de sol, pássaros e flores
Iniciaram mais um ciclo de vida
Anunciando a ti, um novo dia
Deus trabalhando, enquanto você dormia....
►O Adeus ao Mundo
Parto
Deste mundo, com o pensamento de ser um fardo
Esteja preparado, olhem como eu falo
Desajeitado, escrevo com erros de português, é claro
Eu me acabo, em tentativas de expressar meu lado
Por acaso eu sempre me pego alojado em meu quarto
De fato é aqui que encontro um lugar calmo
Este palco, feito de tijolos, que caminho com os pés descalços
Fatos registrados com os meus cuidados improvisados
Sem textos falsos, contos e declarações aqui foram salvos
Eu repasso, em forma de texto, meu passado
E, mesmo no meu atual estado, encontro-me inspirado
Mais um texto agora eu faço.
Ah que dor no peito
Nunca senti um incômodo desse jeito
Ah se houvesse algum meio para não continuar enfermo
Ou um doutor para me dar um conselho
Devoraria uma pilha de remédios por inteiro.
Ah que dor no peito
Ah que dor no peito
Espero que não tenha nenhum sujeito
Lamentando sobre meu leito
Ah que dor no peito.
Debilitado, revelando o vazio que estava guardado
Um grande espaço ocupado pelo coração solitário
Invejoso por aquele bem humorado
Tão instável, adoecido, em declínio
Tão fraco que torna-se impossível dar um sorriso
Ah, mas passarei por isso bem tranquilo
Quem sabe seja verdade que existe um fim no arco-íris
Talvez eu passe a acreditar nisso
Confuso eu agora me sinto
E agora aqui, na beira do abismo
Prestes a pular no trampolim para, ai sim, ser o fim
Foi bom enquanto durou, é hora de dar adeus ao meu mundo
Que meu senhor perdoe-me pelos meus pecados
Cada parte de mim agora está sendo purificada
Na minha lápide estará grifada essas palavras
"Dor, Amor, Saudades, Felicidades
Nasci e morri, e aqui, contigo, irei sorrir".
►Conquista
Tudo o que sempre almejei está ali
Será que terei forças para prosseguir
Por causa das dificuldades, as vezes pensei em desistir
Mas apesar de tudo isso, estou aqui
Eu sofri, eu lutei pelo que sempre quis
Ignorando os maus conselhos
Os falsos reflexos no espelho
E, desde cedo fico pensando
Nas dores que já surgiram em meu peito
Mas não existe outro meio, a vida é desse jeito
Mesmo sendo imperfeito eu consegui o tal complemento
E, depois de tanto tempo, tanto sofrimento
Está bem ali, este é o momento.
Jamais esquecerei de meus sacrifícios
Das vezes que fui criticado, ignorado, mal visto
Nem mesmo por isso mudei meu objetivo
Se tivesse dado atenção ao que entrava em meus ouvidos
Hoje eu poderia estar perdido, sendo levado pelo rio
Esquecido, apenas mais um ponto em um livro
Mas hoje fui recompensado e posso tirar um cochilo
Posso finalmente dizer que estou tranquilo.
Me deitar e relembrar das vezes que me pus a chorar
Das tantas vezes que, ajoelhado, pedi para Deus me ajudar
Ele estava, e está, sempre a me observar
Desculpe se eu pecar, mas hoje tenho o direito
De me alegrar, sorrir, cantar
Mesmo com as pernas cansadas de caminhar
E agora vou confessar, quase pensei em me entregar
Mas como disse, posso me acalmar, vou me deitar
Pois apesar de tudo, amanhã irá chegar.
A VIDA NA ARTE OU A ARTE NA VIDA?!
Costumamos dizer que estamos vivos porque respiramos, piscamos ou conseguimos levantar da cama em uma manhã que não parece nada agradavel. Não, estar vivo vai muito além de estar apenas de pé ou respirando, vai além da compreensão que alguém poderia entender. Estar vivo é poder sentir intensamente aquilo que você acreditava que nunca iria viver, é você dar uma gargalhada alta ao lado de alguém e então olhar para ela e perceber o quanto aquela pessoa é rara e você sortuda só de ter ela ao lado e poder rir exageradamente com ela, é quando você sai de casa mas não percebe mas nada além do céu e do vento batendo no seu rosto, e ao inves de você olhar lá pra cima procurando a solução dos seus problemas você apenas olha e vê como tudo continua ali, como o mundo não para pra você ficar bem,como todas as nuvens que estavam lá ontem não estão mais hoje, e então você finalmente se dá conta de que o mundo gira, nada é o mesmo,e você simplesmente sorri, em meio a tantos problemas , sorri por simplesmente saber que você faz parte de algo, algo bem maior que você, você então começa a fazer planos para realmente viver de verdade e não no sentido figurativo mas sim viver intensamente, cada segundo, minuto, milesimo e hora, sair por ai sem ter lugar , sem ter hora ou até mesmo alguém, porque a sua presença é a que importa, você está saindo para se encontrar e até mesmo se perder, porque meu amigo, se perder é a coisa mais linda, porque aí?! Você vai ter que se encontrar outra vez.
Não podemos levar nada dessa vida, exceto todos os sentimentos que foram sentidos até agora, tristeza, raiva,desprezo,amor,felicidade, todos, pois assim como eu, eu sei que você já sentiu tanta coisa que nem você é capaz de contar. Eu não me arrependo de nada que foi vivido até agora, dos erros que cometi, das besteiras que falei ou até do que eu já fiz a mim mesma, porque não importa o quanto esse caminho me machucou, me mudou ou fez oque fez, eu acabei aqui,aonde estou agora, tudo que aconteceu na minha vida me moldou para oque eu sou agora, nesse exato momento, escolhas foram feitas e por isso estou aqui e tenho comigo as pessoas mais incriveis do mundo. Se eu me arrependo? Me arrependo de não ter visto tantas vezes como a vida pode ser bonita, de como o tom azul do céu pode ter inumeras mudanças, até mesmo em como aquele dia nublado e chuvoso pode ser um dia maravilhoso, isso é a única coisa que me faz me arrepender de verdade. Eu acho que a vida por si só e seus misterios já é incrivel demais pra gente achar ela injusta ou má por problemas que nós mesmos criamos á si.
Muita gente perde o amor da sua vida e então perde a sua vida por amor,talvez isso seja certo, talvez não. O amor nós prorpociona sentimentos incriveis, aventuras pra lá de inimaginaveis, não tem sensação melhor do que borboletas no estomago só pra ver uma simples pessoa que consegue te arrancar o sorriso e o sentimento mais puro,e eu entendo, de verdade, quando essa pessoa se vai, tudo fica escuro, e não tem como olhar pra vida do mesmo jeito que olhavamos quando aquela pessoa estava ali. Mas como eu entendo e sei oque é isso, eu também sei que não vale a pena, não vale a pena deixar de achar o céu bonito, parar de sorrir pra vida ou até desacreditar que o verdadeiro amor não exista, tem muitos lugares para serem conhecidos e muitas pessoas também, não há tempo para se lamentar por uma pessoa que chegou e infelizmente foi embora, só há tempo para uma coisa: “viver”.
Viva intesamente, perca-se e se encontre denovo,vá correr na aquele lugar desconhecido, vá viajar e observar a vida pela janela, porque uma hora, ou até mesmo da aqui exatos 5 segundos, tudo pode ficar preto, tudo pode ir embora e não voltar mais,isso se chama :”morte”. Alguns pensam que a morte é o fim, eu gosto de pensar que é o começo. O começo de uma nova vida, uma nova aventura. Á quem diz que a morte é o fim da vida, eu gosto de acreditar que é o começo de uma.
Foi ai que eu me deitei no chão da calçada frio e úmido, olhei para cada estrela no céu, notei cada movimento que a terra fazia, não era um dia bom, eu não tinha sentimentos bons, mas eu sabia que era uma vida boa e que eu tinha que ir viver o mais rápido possivel outra vez, porque a vida está na arte ou a arte está na vida?!. Eu não sei,mas espero descobrir um dia.
►Ela Gostava de Ler
Paloma, uma garota bela que morava na mesma rua
Desde a infância, nunca tive coragem de chamá-la
Para brincar ou quem sabe para conversar
A campainha da casa dela nunca tive coragem de tocar
Pela janela eu ficava a admirar
Imaginando se algum dia eu poderia te abraçar
Sem malícia, amor juvenil e inocente
Como dizia aquele meu parente
"Isso passa, acredite"
E ainda assim, eu estava encantado
Enfeitiçado pela simplicidade daquele olhar
Tão profundo como o fundo do mar
E eu estava dessa maneira por ela
Que nenhuma brisa apagaria essa vela.
Mas como de costume o tempo passou
E esse tal amor foi-se tornando uma lembrança
Da minha época de criança
De quando não agia com ignorância
A imprudência era totalmente minha.
Ainda assim, eu a vi, morando novamente perto de mim
Especial, não apenas pela beleza facial
Não por algo tão superficial
Estou dizendo de modo intelectual
E pela janela eu conseguia vê-la no quintal
Com um short simples, uma camisa sem grife e tal
Lendo um livro aparentemente interessante
Na capa eu só conseguia perceber um viajante
E aquele devia ser o livro favorito de sua estante
Pela janela eu a pegava lendo-o a todo instante.
Eu já estava "crescido", tinha amadurecido
Mesmo que estivesse indeciso se conseguiria fazer aquilo
Fui até aquela janela, chamei pelo nome dela
E sim, ela atendeu ao meu chamado, no quintal apareceu
Fingindo não saber, perguntei se ela gostava de ler
Ela disse "Sim, por quê?"
Sem parar pra pensar, respondi "Escrevi isto, podes ver?"
Claro que o poema era sobre ela mesma
Fiquei preocupado dela criticar sobre o texto
Afinal eu a usei como referência
Tudo ocorreu no sexto dia do mês de fevereiro.
Eu havia me formado e me mudado por um tempo
Depois de alguns anos eu voltei ao meu templo
As lembranças guardadas pela janela, que se fechava com a força do vento
Mas parece que Paloma nunca se mudou
O meu medo foi dela ter encontrado um amor
Porém não recuei, e o poema eu lhe dei.
Ah, o destino, o acaso, uma tia dela sofreu um infarto
E por conta disso, sua mãe pediu para ela ir morar com a tia
Eu não poderia, de forma alguma, impedi-la
Mal sabia eu que nossas vidas seriam separadas naquele dia
Na última vez que eu a vi, ela estava saindo de casa, meio entristecida
Talvez pelo que ocorreu, não sei
A última vez que a vi eu estava a chorar
Hoje, na janela não consigo mais ficar
Pois terei a esperança que ela voltará
Quando ela se foi eu não consegui me controlar
Com os olhos a lacrimejar, entrei em meu quarto
E com a caneta, escrevi sobre a menina que fora minha dona
Adeus para sempre, Paloma.
Enquanto eu dona de mim percebo-me ausente de espírito da carcaça que me coube
Você se engrandece pelas glórias alcançadas ungidas pelas horas de euforia que da vida soube roubar
Com esmero cresce em meu peito o desapego efêmero que toma o meu ser
Dessa vida selvagem levarei mais que saudade retráteis as lembranças que ocuparam um lugar sobre a mesa
Pouco mais que rotina é a minha vida ainda e os dias passam sem eu perceber.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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