So Nao Muda de Ideias que Nao as tem
Sinto uma feliz e otimista sensação que mais pessoas descobrem a cada dia o que realmente tem valor, que o estado de felicidade pode ser alcançado com mais frequência, quando não somos tão exigentes com a vida, e que o fator sorte está inteiramente ligado com escolhas e ações assertivas.
Refletindo, fica evidente que coisas valiosas e raras, assim como o diamante, tem necessidade de cuidados, pede o olhar de admiração, nossas relações pessoais não são diferentes, são tesouros preciosos que merecem atenção e excelência no cultivar.
Você tem um sonho? Vislumbra no seu interior um projeto forte e iluminador?
Caso tenha, abrace o com força, cuide dele, é pedaço seu, extremamente seu e íntimo...
Teu olhar são perolas, diamantes e esmeraldas que dão brilho aos meus. Tua voz tem magia quando fala, música quando cala. Teu andar são pássaros em movimentos, são folhas levados pelo vento...tem a beleza do mar e da maresia, tem a pureza de ondas, é feito doce mel, quando em tardes de verão te ouço, é outono, primavera. Tem saudades, músicas, versos e prosas. São assim, o que vem de você e chega até mim: um sorriso me encanta, um olhar me fascina, o falar me canta, me ganha, me devora...é segredo teu silêncio, jardins tuas palavras. Cheiros brotam da tua pele, rolamos pelas flores, cores...o mundo é só nós dois, o mais já era !
Evite pessoas negativas. Elas têm um veneno que pode matar a alma e o coração, destruir os sonhos e os bons desejos.
É muito triste saber que pessoas que têm determinadas características são insubstituíveis. Eu sei que todos os seres humanos são insubstituíveis. Mas, do ponto de vista da universidade, da academia, dos meios de comunicação, da minha literatura, quem é capaz de fazer uma leitura crítica da sociologia, do pensamento e do comportamento cotidiano?"
PEDRA GRANDE
Entre a Quixaba e o Jorrinho
Tem uma grande Pedra
Há uma “Pedra Grande”
Esquecida no caminho
Abandonada pelos poderosos
Desprezada pelos políticos mesquinhos
À espera de quem quebre esse tabu
E salve o Rio Itapicurú
Dos maus costumes
Dos maus curtumes
Quem nunca sonhou com esse lugarejo
Tornar-se algum dia palco de cobiça, de desejo
Que seja o primeiro nessas terras
E atire a maior das pedras!
VARANDO A MADRUGADA
Acordei sobressaltada
Como quem tem pesadelo
Achando que estava atrasada
Levantei num atropelo
Como a luz estava apagada
Pisei em falso torci o tornozelo...
mel - ((*_*))
Acho engraçado quando alguém me diz que tem "um assunto pessoal" para falar comigo. Até entendo que provavelmente é um assunto que a pessoa quer tratar de modo reservado, afinal todos falam da mesma forma, mas na real mesmo, nós somos pessoas, então qualquer coisa que se fale é pessoal.
Humanos e macacos têm muita semelhança! A única diferença: macacos sabem amar o amor desinteressado.
CER TE ZA (crônica)
Tem anfetamina nos armários. Há pó branco na geladeira. No canto. Há. Há fumaças entrando pela janela da sala. Pela janela da sala. Há fumaças. Não consigo identificar. Não há o que identificar. Há pó branco. Nos armários. Está tudo misturado neste pequeno apartamento. Só o apartamento que é pequeno. Não me pergunte o motivo. Por ventura, os motivos não são obrigados a ser contados. Está tudo misturado. Pó branco. Anfetamina. Fumaças. Meu cigarro está aceso. Fumaças do cigarro. Talvez? Talvez. Trago cinco fumaças. Uma, duas, três, quatro, cinco. Poderia ser seis. A metade do tabaco coube seis fumaças. Minhas pernas começam a tremer. Ansiedade. Talvez? Talvez. As fumaças estão entrando pela janela da sala. O apartamento é pequeno. Grande são os pensamentos que me invadem, enquanto o ponteiro do relógio registra duas da madrugada. Duas. Da Madrugada. Os carros não estão na avenida. Nem as pessoas. Há pessoas nas ruas. Há carros nas casas. E o ponteiro está no número dois. O céu estrelado. Trago mais uma fumaça. A sétima. Contei. O conhaque está no balcão, a preguiça, debaixo do meu sofá e eu, no sofá. Não lembro quando chamei a solidão para dançar, mas todas as noites ela tira os sapatos e fica bailando no carpete da minha sala. Baila com passos descompassos. Não precisa saber dançar para se ser só. Ser só é uma arte. Já é uma arte. A oitava fumaça do cigarro se mistura com as fumaças da janela. As fumaças da janela são misturas dos cigarros de alguns adolescentes na rua. Eles também tragam fumaças. Não contam. Tragam. Eles riem. Mas eles riem. Eu não. Apenas fito paredes assentado no sofá sobre a preguiça ciente de que há anfetamina nos armários. Quadros estão nas paredes. Manet, réplica. Van Gogh, réplica. Vinci, réplica. Britto, original. O último está guardado. Minhas paredes pedem arte. As paredes pedem tudo. Toda vez que a solidão baila no carpete, as paredes pedem meu olhar. Talvez porque não enxergo a dança. Em um dos quadros está a sua fisionomia. Fisionomia. Rosto. Face. Cara. Teus cabelos enrolados. Encaracolados. Ondulados. Modelados. O sorriso rasgando a fisionomia. Rosto. Face. Os olhos decorando o rímel. O castanho decorando o glóbulo ocular. Infiltra-me. Decora e infiltra-me. As paredes pedem meus pensamentos, também. Agora eles estão te focando. Te focam. Devoram. E rasgam. Rasgam como o sorriso. O teu sorriso. Causam um estrago mordaz. Voraz. Alcatraz. A solidão saiu do carpete e tu entrou. Coreografia seguinte. Tuas pernas vão bailar no carpete. Teus dentes ranger felicidades. Ranger. Morder. Ranger. Meu olhar irá te encontrar. E não te largar. Ele nunca larga. Ele não quer largar. Ele não irá largar. Ele não pode largar. Teus pés pisam o chão. O chão. Imaginação. O chão da minha imaginação. Inquietação. Sob o meu corpo há uma inquietação. Agora. Sem demora. Mais uma fumaça do meu cigarro entra no ambiente. Ambienta o clima belo. A solidão volta a dançar. Tu foras embora. Voltou para o quadro. Ao lado de Manet. Pela manhã, o padre falou que as pessoas morrem. Que todos morrem. Que a morte é a única certeza da vida. Que a vida há uma certeza. Uma certeza. A morte. Morte. Mas ele mentiu. O padre mentiu. Men-tiu. A única certeza da vida não é a morte. Ontem eu te matei e hoje tu me devoras com o olhar. Não é certeza. Alguém deve estar certo, mas eu te matei. Ma-tei.
A única certeza é que há anfetamina nos armários, pó branco na geladeira e cigarros no meu bolso. O resto é balela. O ponteiro marca duas e cinco da madrugada, outra certeza. Talvez? Talvez.
- João Guilherme Novaes
Homem tem de ser tratado como cabelo de mulher: ás vezes se prende, se solta, se dá uma cortada. Dá trabalho, mas que mulher consegue viver careca?
Saudade é dor física, palpável, é sólida, incomoda. Saudade tem tamanho, forma, direção, endereço. Saudade é quase como um ser que nos acompanha. As vezes, faz as vezes de remédio pra memória. As vezes perturba tanto, que o melhor seria ficar sem memória. Saudade é engraçada... Vem quando você menos espera, te aperreia nas horas mais inconvenientes. Eita saudade danada. Saudade daquelas que tem gosto, tem cheiro. Saudade de ser, de ter, tocar. A saudade me chama... Me chama em pensamento, em sonhos, em cada esquina, em cada suspiro que eu esqueço de vigiar. A saudade me trai. A saudade me atrai e me repele. Me impulsiona e me impede de mata-la. Ela me tira o sono e dá fome, me causa angústia, me faz perder a razão. E quem tem razão quando se tem saudade? Dois corpos não ocupam o mesmo lugar, é assim com a razão e a saudade. Quando existe saudade, dois corpos deveriam, sim, ocupar o mesmo lugar.
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