Saudade de um Velho Amigo
Caminhando pela rua, vi jogado sobre a calçada um sofá velho, sujo e rasgado. Parei diante daquela mobília abandonada e comecei a pensar na pessoa que o havia comprado, no sonho de ter um sofá novo em sua sala, na preocupação que aquela pessoa teve ao se aproximar o vencimento do carnê, na felicidade sentida ao recebê-lo. Imaginei que por algum tempo, aquele sofá foi centro de atenções naquele lar. Em minha reflexão, cheguei a ver as crianças disputando um lugar naquele acento com cheiro de coisa nova. Fiquei feliz pelo sofá. Depois, comecei a imaginar no abandono que aquele sofá foi sofrendo com o passar dos dias, meses, anos... Aos pouco ele foi sendo esquecido, esquecido! Ah! Até ser substituído. Tive pena do sofá.
Coloque-se no lugar daquele sofá, reflita e você perceberá que com o ser humano acontece a mesma coisa. Mais cedo ou mais tarde, nos estaremos jogados num cantinho da sala sobre um sofá olhando para a TV, sem nem saber o que está sendo exibido e, os mais jovens passarão por nós rapidamente e dirão:
- Oi, oi. Tchau.
Ninguém é insubstituível, ninguém é eterno, ninguém pode controlar o tempo e as mudanças que vêem com ele. Sendo assim, procure viver com sabedoria e se importar com a própria vida. Pois, em algum dia, alguém estará refletindo sobre você.
Meu tempo voa que já me sinto velho o bastante para entender que o meu amor para muitos é tão cafona e ultrapassado;
Meus versos se perdem para muitos, mas se encontram pelos sentimentos carentes que entendem poesias verdadeiras;
Tão longe e tão perto de mim é a esperança de me sentir forte para não deixar que o meu medo desague sobre mim;
Boas energias colaborem na expansão e na consolidação da sua fé e das suas crenças, eliminando velhos padrões de comportamentos, apoiando e ascendendo à transformação que merecemos.
Todo dia a gente tem a oportunidade de vender nossos valores. As pessoas falam muito sobre políticos corruptos, que roubam o povo. Mas, sabe onde nasce um político corrupto? Ele começa a nascer na criança que rouba o brinquedo do amigo e os pais não o fazem devolver e pedir desculpas. Ele continua no adolescente que rouba doces no supermercado. Aperfeiçoa-se no rapaz ou na moça que furtam dinheiro da carteira dos pais. Tem seguimento no colaborador que tira dinheiro do caixa, ou naquele que mesmo empregado recebe seguro desemprego. E vai seguindo no empresário que sonega impostos...
E não são apenas os políticos corruptos que nascem dessa forma. Todo tipo de desonestidade do ser humano vai encontrando espaço em pequenos delitos. São nesses solos que a falta de ética vai recebendo adubo e sendo cultivada.
Vida
Há uma época na vida que a gente não imagina que vai ficar velho e vai morrer.
Todas as descobertas são novidades e felicidades.
Cedo ou tarde a realidade começa a aparecer e a gente toma conhecimento do que é perder um bichinho de estimação, um ente querido, um parente mais próximo.
O contato com o fim quase sempre é numa sequencia é lógica e perdemos nossos queridos avós. Ainda assim, parece que a morte é coisa dos outros.
Parece que a gente vai viver para sempre.
Mas, finalmente, em algum momento a gente descobre a realidade das nossas vulnerabilidades.
Seja pela doença ou pela morte de gente bem próxima, caímos numa real de que a vida é efêmera, que a passagem por ela pode trazer muitas alegrias e conquistas, mas carrega sempre o os percalços e que a única certeza da vida é a morte.
Para muitos, onde me incluo, essa certeza não assusta. Esse é momento para parar de comer, fumar e beber. Todos sabem que essas são coisas onde menos é mais.
Breve você vai estar matematicamente mais perto do fim do que do começo, deve ter em mente que é hora de aproveitar a vida e pensar que a morte será puro e merecido descanso.
Clichê: o velho "meninão", sempre no meio dos meninões, de verdade, lutando para não ser chamado de... tio!
"O meu coração é como um violão velho, mas amado, que a cada dia vai envelhecendo, principalmente por causa das quedas que vem a ocorrer e com as perdas que vem como conseqüência, mas que está sempre sendo restaurado, reerguido e melhorado para que possa continuar sobrevivendo, e no meu caso para que seja mais suportável. Mas o que eu sei é que infelizmente vai chegar um tempo em que restaura não vai mais ser o suficiente e que reconstruir não vai mais ser possível, e então eu não vou mais resistir, meu coração vai para de bater e eu não vou mais sobreviver."
Natureza de Amar
Um novo amor vem a contribuir com o esquecimento do velho?
Ou será que este já começa no erro?
O amor poderia mesmo ser substituído?
Ou vivemos iludidos?
Dançar, cantar, estudar, trabalhar... E amar?
Onde fica o amor ao próximo?
Será que se esconde da ganância e inveja das pessoas?
Ou o amor próprio consegue suprir a necessidade de amar?
Eu, eu, eu e depois mais de mim, pra mim, só a mim!
Viver nessa hipocrisia é muito fúnebre!
Não é vida, é isolar-se de todos que fazem parte do seu contexto social!
O ser humano extingue sua natureza de amar!
Meu computador ta tão velho que não da pra tecla mais só da pra fazer a percussão da swingueira da Bronkka No Teclado !
Não se acostume ao que é velho, se abra ao novo de Deus, com Deus não existe mesmice, pois ele é surpreendente, apenas creia.
... E foi então que ela resolveu abrir novamente o coração, como se abre um baú velho, para uma olhadela rápida. Pensou em conferir se aquele amor de outrora ainda permanecia intacto. Imaginava-o um tanto quanto desgastado, certamente bastante empoeirado, já que fora trancado ali há tempos, numa tentativa desesperada de evitar os ferimentos que lhe causavam os espinhos pontiagudos todas as vezes que tentava tomá-lo nas mãos.
Qual não foi sua surpresa ao constatar que ele simplesmente havia desaparecido! Lembrou-se do quanto lhe custou trancafiá-lo. Era bem maior e muito mais robusto do que o frágil recipiente que o recebera. Foi com muito esforço e após muitas lágrimas que havia conseguido, por fim, sufocá-lo.
Agora, no entanto, não restava sequer um fragmento, uma centelha, um diminuto sinal que pudesse indicar que algum dia houvera ocupado por completo aquele coração!
Vasculhou atentamente cada pequena dobra, olhou contra a luz, sacudiu vorazmente... Nada!!!
Resolveu, então, procurar pela casa. Não se lembrava de tê-lo feito, mas imaginou que em algum momento, numa dessas noites em que a gente se arrepende de ter se permitido um pouco mais, por descuido, pudesse ter deixado aberta a tranca. Olhou em todos os cômodos, dentro de cada gaveta, em cima dos móveis mais altos, embaixo dos tapetes... Absolutamente nada...
Refez mentalmente os passos que a haviam conduzido até ali, buscando imaginar em que parte do caminho poderia tê-lo esquecido, mas não havia como. Já não o carregava mais por aí, exibindo-o inadvertidamente, como um dia ousou fazer.
Lembrou-se então de que as mães sempre sabem onde estão todas as coisas, mesmo aquelas que conseguimos esconder de nós mesmos:
- Mãe, a senhora por acaso sabe onde está aquele amor enorme que eu guardava aqui dentro do meu coração? Já vasculhei cada pequena fresta da minha vida, e não o encontro em lugar algum...
- Aquele que me levou tantas vezes a te consolar, a te pedir calma e paciência, dar tempo ao tempo?
- Esse mesmo, mãe.
- Passou, exatamente como eu disse que aconteceria, lembra?
- ...
Mães sempre sabem de tudo.
"Hoje eu botei aquele retalho velho de roupa que costumo chamar de inspiração momentânea, me sentei perto de um retrato teu e comecei a escrever. Te xinguei de idiota, hipócrita, mentiroso, safado, palhaço... Em todas as linhas havia um xingamento direcionado à você, e ao lado de cada palavra um coração pintado de tinta vermelha de caneta. Ah garoto, porque você me deixa assim, sem saber viver sem você?"
Dica de macaco velho: não torre seu dinheiro no dia nos namorados. O "amor" vai embora as contas ficam.
Eu adio tanta coisa, tenho aquele velho hábito de deixar tudo para o dia seguinte. Amanhã eu faço. Amanhã eu vou. Amanhã eu saio. Amanhã eu mudo. Amanhã. Amanhã. Amanhã. Então eu decidi que amanhã eu fico triste, hoje eu quero ficar bem, mesmo que amanhã eu não esteja. E quem disse que o amanhã existe?
Híbrido
Ando entre multidões escutando enigmas e pensamentos
Num velho que me observa nas diagonais em estranhas separações
Aplicando doces doses de excrementos. Minha misantropia
Pisando em espinhos sou libertino, alcalino. Subtil abstração
O assombro no canto do quarto espantado com sua própria imagem
Refletido em calúnias, ontogenias e falsos milagres
Catatônico em inércias ouvindo The Great Jig In The Sky
Famigerado causando metástases em débeis corpos que caem
Não é o que é. Sempre existe uma forma diferente
Material, voluptuoso, vulgar e demente
Não cabe no tempo ou espaço. É espinho que já nasce com ponta
Prefere arrancar os olhos como sinal de afronta
O ontem e o póstumo regurgitando contratransferências
Acometido pelas maldições dos malditos
Esperando o soneto perfeito, a palavra que salva. O que não tem salvação
Seguindo minhas sombras nos escarros por dedução
E ele continua a me olhar numa nudez dissimulada
Sabe que me conhece, me faz silencio em agonias gritantes em minha psique
Acolho-me na criança perfeita bondades e maldades homeopatas
Sou mago, magoa, esperança tempestuosa seu animus anima
Rascunhos de sinônimos e rascunhos de rascunhos
Um rosto moldado no instante da respiração
Sofridamente maquiavélico preenchendo lacunas
Um feto, um velho, um cão leproso a pétala perfeita. Ilusão
Resultante de misturas para além. Sou Híbrido
O pegador de hoje é o velho de amanhã que vive se queixando porque vai morrer sem uma companheira do lado.
Esse rosto no espelho... Mais velho, mais sério, mais triste... Parece querer me lembrar alguém, que já não mais existe.
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