Quintal
Que a felicidade chegue e faça moradia no coração sofrido, que a esperança brote no quintal da alma, que a saudade não tenha o poder de te paralisar, mas que os obstáculos encontrados sirvam de impulso pra seguir buscando, que nas esquinas dos teus dias você possa perceber Deus, em cada detalhe e que o sopro do vento chegue até você, como um sussurro Divino a te abençoar!
Marta Souza
12/08/2016
Tem dias que contemplo o limoeiro do quintal. Eu vejo aquele laranja atraente do fruto maduro, e pergunto:
Será que também doeu?
Arvores do meu quintal.
Arvores bonitas . E ricas do meu quintal.
Umas dão suas sombras.
Muitas seus perfumes.
Algumas suas farpas.
E; algumas azedume.
Mas não param de produzir.
E a todo ano melhoram.
Do seus troncos fazem ninhos.
Dando sempre um jeitinho.
Para seus passarinhos abrigar.
E seus frutos;
Repartem com amor.
Viram brincadeira para crianças.
Aumentando seu valor.
Algumas se tornam balanças, outras escadas.
No quintal fazem a festas.
Para harmonizar a florada.
Jovem e adultas.
De raiz plantadas. Dão seu abrigo.
Pensam em tudo . E não pedem nada.
Para manterem seus jardins florido.
Marcos fereS
À noite tomo banho no chuveirão do quintal; e tenho olhar as estrelas. Elas são, basicamente, massas gasosas de hidrogênio leve se fundindo em hélio e o fazem a velocidades que dependem da idade, campos gravitacionais etc. O Universo é um constante criador e destruidor de estrelas; e elas ainda são (em termos bem simples) os primeiros entes estruturados a nível além de subpartículas. Para que os primeiros seres vivos surgissem e, com eles, a estrutura encefálica humana, um longo espaço tempo foi percorrido. Mas o encéfalo humano se apóia em mais átomos do que somente hidrogênio e, quando o faz, tem um número infinito de possibilidades que ainda estão na influência de várias coisas. Mas o que importa é que, se os elementos químicos naturais são em número limitado, mais limitado ainda é o número utilizado para a criação de sistemas vivos. Isso reduz, drasticamente, os tipos de átomos a nível encefálico e minimiza a quantidade de combinações probabilísticas. E as reduz de tal modo que, guardadas algumas questões de transcorrer de espaço tempo, não é de todo ilógico que as mesmas misturas e combinações voltem a ocorrer e o façam ao acaso. O espaço tempo se mostra do tamanho necessário para suportar e “-“precisar”-“ tentativas e o faz imputando a ilusão de ocaso. Se os sistemas biológicos possuem proteção, por que não supor que os átomos só se reagrupam com estímulos ondulatórios por não possuírem indestrutibilidade? Por que supor que as mesmas composições encefálicas são inviáveis no espaço tempo imensurável e que estas não se amoldariam ao que estejam, sem ser? Estas são questões para mais banhos e estrelas...
Estava eu, a imaginar o seguinte: se a paz que existe dentro do meu Quintal fosse o mesmo do bairro, quarteirão,cidade, distrito, província, pais e por ai em diante eu particularmente seria o homem profundamente honrado a esse ambiente sinergetico!
''Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres. Prezo insetos mais que aviões. Meu quintal é maior do que o mundo. Tenho em mim um atraso de nascença. Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos. Tenho abundância de ser feliz por isso. Meu quintal é maior do que o mundo.''
Quintal do peito
O amor, nada mais é do que uma criança
E o coração é um quintal
Desses de avó
Que as cercas compridas desaparecem
Onde os montes e relvas tocam o céu
Escondem fantasias, sonhos
Lendas e superstições
Mas para os desacreditados
Só há terras, matos, tocos
Nó máximo cobras e cabas
Para as crianças, sempre bobas
Há universos, reinos e principados
É o baú de tesouros e magias
Um mundo a ser explorado
S E C A
Um vento fraco e morno
Balança o limoeiro do quintal.
Da terra árida sobe um bafo infernal.
Os raios do sol parecem fios de óleo quente
Escorrendo testa abaixo.
As folhas de couve, murchas;
O espinafre, seco.
Sob esta ínfima sombra que resta, leio.
E as palavras derretem de calor.
Tive que ir até o quintal, quando abro a porta me deparo com a seguinte cena:
Três lagartixas no alto da parede, posicionadas uma de frente para a outra formando tipo uma "mesa redonda" e ficaram assim paralisadas... Qual minha atitude?
Opção A: Agir naturalmente e fazer o que eu fui fazer.
Opção B: Espantá-las, e só após isso, fazer o que eu fui fazer.
Opção C: Me sentir constrangida em ter atrapalhado a cúpula, que imediatamente parou o assunto ao notar minha presença, e pedir desculpas por ter incomodado a reunião; fazendo o que fui fazer com a mesma cautela de quem entra sem querer numa sala de estratégia de negócios.
(Minha imaginação me espanta às vezes)
As lembranças de outrora, são como folhas mortas no quintal da vida. Pois o vento brando do tempo aos pouco vai varrendo e levando, para as bordas do esquecimento! (Almany-07/02/2011)
Há 3 coisas que morrem se não se cultivar:
A horta de seu quintal;
A sua melhor amizade;
e o encanto daquilo que te traz paz.
MILONGA QUÂNTICA
o universo em desencanto por aí
e um big bang bem no meu quintal
múltiplas dimensões a vislumbrar
tanta impossibilidade por fazer
quanta lógica absurda a vida tem
nem atrevo a ousadia de entender
na infinidade de razões a escolher
cada escolha é um destino escrito já
pois em tantas opções que há por ir
eu escolho um caminho pra seguir
mas a estrada sempre esteve lá
tudo tem uma vontade de existir
de fazer e acontecer, de ser e estar
partículas elementares a transmitir
a essência do mais profundo querer
se a lógica e a razão explicam a vida
é a paixão que a faz vibrar
mas pra mim o que revela essa magia
é a energia que conspira a favor
e que nutre mais e mais o nosso amor
que faz um jardim suspenso florescer
sempre que meus passos vão ao teu encontro
e os teus braços vem me abraçar
carlos patrício - 27/12/2010
Chego, abro a porta, sinto o cheiro das rosas do meu quintal. Chamo teu nome, só pelo costume, pois sei que ninguém vai responder. Hoje faz o quê? Um mês? Dois? Não sei. Não sei porque desde que tu fostes embora, o tempo pra mim é sempre uma eternidade, agora, vou tomar meu café, que em dias de felicidade, tomaria contigo. Nessa minha realidade paralela, nuncas fostes embora. Continuastes eternamente comigo, fazendo juras de amor sob uma lua brilhante. Ultimamente, venho pensando mais, venho chorando mais, venho vivendo menos. Em noites frias como esta, já terias fechado a janela. Mas, como não estás aqui, ela ficará aberta. Ficará aberta a tua volta, para que tu possas fechá-la, a teu modo. Meu coração? Meu coração continuará aberto, esperando tua volta. Oh, pobre coração. Continua anseiando tua volta, teus carinhos, tuas falsas palavras, para iludi-lo, e deixá-lo molhado de lágrimas de felicidade. Felicidade de um amor que possivelmente numa existiu. Ou existiu? Amei? Vivi? Sorri? Só contigo. Só contigo aprendi o que amar. Aprendi o que viver. Aprendi a sorrir. Um sorriso tão verdadeiro, banhado em palavras tão falsas. Se fostes embora, porque continuas aqui? Continuas aqui, assustando-me durante a noite, pois quando viro-me um vazio em minha cama está. Onde tu deverias está dormindo, está um vazio, um travesseiro, que não tem calor. Volta, anjo. Faz-me sorrir de novo, esquenta meu coração, molha-o com palavras de duvidosa realide, volta anjo, fecha minha janela, e fecha a porta do meu coração, que deixastes escancarada à tua saída. Volta, anjo, e faz-me de novo mulher feliz.
