Prosa Poetica
LIBERDADE POÉTICA
Saí à rua,
Em busca de inspiração
Encontrei você, chorando,
Na esquina da desilusão.
Perguntei, por que chora?
Em resposta ouvi um longo sussurro
Depois um canto vibrante,
Melodia desconhecida
Porem afinada, sublime, celestial.
Reconheci você, nesse breve instante,
Era a liberdade, que antes chorava na esquina
E que hoje gritava em excelso pedestal.
Percebi que não preciso de inspiração
nem de musa de camões
A liberdade poética é clímax da poesia
Com ela crio meu universo
Canções e versos, sonhos, redenção.
SONETO VÃO
Poética que passais pela poesia
De amor, porque não vos fixais
Que passais tal a breve fantasia
De um sonho, para nunca mais!
Ou o tal agrado que supor viria
Em um poema luzidio, e iguais
As sonatas com suave melodia
Porque na rima paixão não traz?
É sem sentimento, de dor coberto
Uma inspiração inútil, sem noção
De um pobre coração tão deserto
Sinto sequer o acorde, a emoção
Tudo supérfluo, tudo tão incerto
Estranha prosa de um soneto vão!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 outubro, 2021, 18’55” – Araguari, MG
Atrevo-me a dar uma definição poética para música, a sonoridade de um sentir tão forte que foi transformado em arte que vai seguindo num ritmo emocionante de muita conectividade conquistando muitos amantes graças a sua rica verdade.
Dessarte, bendito quem tiver esta capacidade de compartilhar a sua essencialidade através de sons significativos, tocantes e harmônicos, pois certamente é um feito incrível que está sempre encantando.
É preciso ter o mínimo de sensibilidade para ser impactado por uma vívida melodia, resultado da euforia de um amor sincero, de um entusiasmo necessário ou da melancolia da dor, da agonia do desespero, assim, de fato, possui um grande valor por nutrir diversos sentimentos.
Poética, Enseja Velhice e Encanta Criança
Poeta pode ser novo
Com criança se dá bem
Acatar velho tambem
Menestrel artigo do povo.
Nada de desconfiança!
Mas, objeto de estudo
Parece encantar tudo
Poética, velhice e criança.
Poética à velhice clama
Vê fatos distorcidos
Sempre muito parecidos
Jamais perde a fama.
Muito menos a esperança
Junta grande e miúdo
Parece encantar tudo
Poética, velhice e criança.
A poética é irreverente
Na infância e na velhice
Na astúcia ou na tolice
Surgiu para ser descente.
Com revelação de aliança
Protegida com escudo
Parece encantar tudo
Poética, velhice e criança.
Velho, criança são dicotomia.
Futuro de criança é sucesso
Futuro de velho é bregueço
Que seja noite ou seja dia.
Da vida curta esperança
O mundo mesmo sisudo
Parece encantar tudo
Poética, velhice e criança.
Perda na velhice vem cedo
E avança em demasia
Cresce a cada dia
Cenário é de fazer medo.
O corpo todo balança
Fala pouco ou fica mudo
Parece encantar tudo
Poética, velhice e criança.
Perde a riqueza que fez
Pára, pensa e falta alento
Até o sorriso foi ao vento
Não voltará outra vez.
Quiçá, perde poupança
Se torna um barrigudo
Parece encantar tudo
Poética, velhice e criança.
Perde o élan da intimidade
A vivência com parente
Dos amigos é um ausente
Sim! Perde amizade.
Vê espelho vê mudança
É "live" sem conteúdo
Parece encantar tudo
Poética, velhice e criança.
Velhice é doação ética
De aragem fisiológico
Raiz é tronco biológico
Com ressonância poética.
Repleta de preconceito
Fruto de apagão social
Cada vez mais potencial
Que bate a torto e a direito.
ALMA POÉTICA
O poeta pôs-se a dizer que a dor da alma,
Antagônica à física, remedia-se com a suavidade do silêncio e, a amorosa companhia noturna.
Ou, quiçá, uma moda do Jonh Cale para aplacar seus males.
E, que o poema não!
O poema, apenas lhe oferecerá carinho.
Ah, o poema!
Esse sim, é lenitivo à alma e os males que aflige o poeta.
Quando me olho no espelho
vejo que sou arte, sou defeito
Sou palavra poética e às
vezes não me sinto por inteiro
Me constranjo pela emoção
e me encorajo de coração
O vazio que me toma me
devolve tudo em razão
Sou filho da insistência
sou fé e resistência
Eu caminho no prazo
pelos becos da paciência
Às vezes eu sou ódio
às vezes eu sou amor
Mas eu sei que sou
imperfeito... Prazer!
Sou humano;
DESBARATO
Esperei por poética em vão, suando imaginação
Lacrimejando sensações, versos vãos, saudades
Arranquei suspiros indefesos e também emoção
Entre dispersas e as diversas sentidas vontades
Tive palácios, corte e versos com imortal ilusão
Com os jardins rimados com sonhos e vaidades
Adornei a cada aposento com direta inspiração
Chorei, ri, andei só, acolhido e com confrades
Em cada trova os sentimentos em ramalhetes
Eram versos a quem tem olhos ternos pra ler
Fui fiel bardo que sonhou e despertou jamais
E, nestas incertezas as hesitações em filetes
Fiz-me ladrão de quimeras, para esquecer
Sei que tudo passou e que não posso mais!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
01 dezembro, 2021, 05’05” – Araguari, MG
Feliza Poética 2021
Vivendo
Vivo fugindo.
Fujo de coisas que me traz contradições.
Fujo de pessoas que não gosto.
Fujo de pessoas que me complicam.
Fujo de brigas, e de amores.
Mas não fujo dos caminhos, dos lugares.
Sou andarilho, sou sózinho...
Sou pequeno, sou menino.
Tenho um sonho que é só meu,
ainda vivo por ele, e sigo em frente.
Ainda luto e continuo!
Honro à vida.
Sabendo o tempo certo.
Vivendo mesmo o incerto.
Sobrevivendo ao incorreto.
Sou sobrevivente deste tempo!
Ganhei...perdi...vivo...
Hoje tenho muitos lamentos.
Alegrias? Um tanto.
Amor? Nem tanto.
Sonhos? Ainda os tenho!
Afinal! Não sei o final.
Ainda vivo.
É cada problema atoa!
É apenas garoa!
O que pode acontecer se a vida é assim?
Do contrário é não viver.
Pelas pessoas me poupo.
E tudo passa!
E deixo tudo de lado, mágoas e lágrimas.
Olho para frente.
Vivo para quem me interessa,
Sobrevivo!
MAIS UM CANTO
Deixa soneto que eu cante mais um canto
encante, tolo ou triste, que poética exista
e que possa cadenciar o cuidado otimista
de sonhos, sorrisos, tão completo de tanto
Não mais que, a característica do carinho
a desejar afinidade encapado de verdade
prosa de esperança, uma parte de saudade
de quem quer ser metade, ser um aninho
Deixa, afinal, soneto que este meu canto
seja um recanto de ternura e de acalanto
prum coração árduo, mas cheio de apego
Que transforme a sensação em sentimento
muito mais que um verso, um sacramento
de amor, de afeição, num doce aconchego!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 dezembro, 2021, 12’04” – Araguari, MG
Foto Poética
Se tua foto é poética,
O que esperas de mim?
Versos vazios?
Palavras soltas no ar?
Poemas sem nexos?
Poesias livres ou censuradas?
Imaginação fúteis?
Inspirações sem brilhos?
Que eu feche meu olhar?
Mocinha!
Ninguém!
Ninguém é capaz de segurar ou de eliminar o que tenho para você e o que posso fazer por você e com você..
Ninguém...
A brisa que me toca, vem de você.
O ar que respiro, é você.
Não sou o que muitos querem que eu seja.
Passei a ser, o vento que te fomenta.
A ilusão que te domina
A melodia que te encanta
O acordo dos seus lençóis, e o travesseiro que te faz dormir...
Entenda,
Teu caminho é desvendado por mim
Com a minha vida, dou-te uma nova vida.
Eu sou assim...
Aprendi,
Aprendi a te fotografar com os olhos do amor.
Permitindo-me nesse ou em outro voar, te amar além dos limites da poesia...
Comigo, será assim, não mudarei nada em ti,
Só ajustarei a tua vida com minha vida...
O meu vôo, é apaixonado, e não precisa tomar cuidado..
Pois,
Deixe que cuido, de ti...
Autor : Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Manutenção Poética
Acordei-me bem cedo,
Recebi uma orientação de minha ilusão
Ativei em mim, alguns implantes.
Meu sistema inspirador, na madrugada
teve um colapso.
Analisei tecnicamente os fragmentos.
Desmontei meus equipamentos poéticos e percebi,
Tantas inspirações ainda sem atividades.
Tantas dúvidas, tantas perguntas, tantas respostas sem nexos...
Como sou curioso, me esclareci.
E para desvendar tudo isso, me formei em técnico em composição...
Para alcançar esses objetivos, está sendo muito trabalhoso, eu sei..
Minha viola, meu olhar, minha imaginação, minha alma, meu coração, a natureza e um precioso café.
Instrumentos perfeitos,
Parece sinistro, mas,
Substituí as peças removendo os versos problemáticos....
Em campo aberto, vi o Sol..
Debaixo do luar, beijei a aurora.
Esperei incansavelmente o relatório.
Revisando, sentei-me e me veio uma saudade.
Comprometido em ir ao além,
Me reprogramei com o básico..
Sem pressas, e muita calma nessa hora.
Manutenção perfeita..
Ilusão reformada,
Inspiração reprogramada.
Imaginação, reestruturada..
Benéfico para mim.
Benefício bom para os amantes da poesia.
E parte desse relatório me dizia;
No próximo dia,
Acorde ainda mais cedo e transforme-se em uma nova,
poesia.....
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
PROPORÇÃO
Eu amo a poética e poesia
que faz uma inspiração ter
sonho, a ilusão e a fantasia
que a quimera põe a verter
A prosa, o verso, a rima
matizando a imaginação
dando cor, sabor e clima
desenhando cada emoção
A invenção e a realidade
tudo amo, assim, brado
pondo o meu contenho
O que sinto é alacridade
não tenho todo o agrado
mas agrado do que tenho...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12/01/2022, 17’56” – Araguari, MG
LADAINHA
Olhai por mim, inspiração querida
Criação do meu pendor, me escutai
Minha poética não sabe aonde vai
Nesta sensação de avidez perdida
Com alumiado bafejo me mostrai
O romantismo, a chance, o afeto
Minh’alma quer um verso secreto
O meu sensível horizonte, clareai
Este vazio no peito é um martírio
Perdão, se é agravo ou um delírio
Duma sede. Mas sou arrebatado
Arrancai-me a insatisfação furiosa
Que eu já conheço, dá-me prosa
Repleta de um amor apaixonado
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 janeiro, 2022, 15’23” – Araguari, MG
MISÉRIA POÉTICA
Vi-a, erodente trova, chorã, fustigada
Vãs rimas, mesmo assim, com melodia
Em seu lânguido versejar, desvairada
Queixar do amor, qualquer, na poesia
Sensível, miserável. Verso apaixonado
Duma emoção, que assim, me seduzia
Escorrendo na trova ardor enamorado
Num prelúdio divino de afeto e agonia
Me feriu. Em cada cântico a dor ecoava
Do poeta golpeado, então, resvalava
Da poesia: pranto, sussurro e clamor
Suspirei. Gemia o verso num lamento
De inquietação, sensação e sentimento
Da miséria poética sofrente de amor...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 julho, 2022, 14’33” – Araguari, MG
SONETO BEM-AVENTURADO
Deixa poética que eu cante mais um canto
De amor, simples que seja, tonto e sedento
Porém, que seja com todo belo sentimento
Composto de alegria e aquele doce encanto
E, assim, um poetizar leve e sem desalinho
A desejar o solfejar num ritmo de verdade
Paixão, aquela que nos deixa com saudade
Que não seja com fatuidade, e sim carinho
Consinta, afinal, ó poética... é só um canto
Cantado dum Bardo que quer tanto, tanto
Os versos certos, se certo, então, eu juro!
E, que traga sentimentalismo, o momento
E tão mais que um canto, um sacramento
Bem-aventurados versos dum amor puro!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 agosto, 2022, 14’02” – Araguari, MG
FORÇA INSPIRADORA
Quem dera, oh poética, se o verso fosse
Sentimental e mais ingênuo, boa sorte
Que não chorasse todas as dores, forte
Levasse valeria, ritmo, a alegria... doce!
Quanta lágrima fez no versar suporte
Sem norte, a solidão que judia, atroce
Quanta poesia vil, distante e agridoce
A ter suspiros no coração sem aporte!
Estranhas rimas de sentimentos ermos
Num conúbio de amores e de paixões
Eis o que é a sensação no exato temo:
Sujeitos aos males próprios e emoções
Também, os agrados, porém, estafermo
Se dos acasos não causasse inspirações
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 agosto, 2022, 15’47” – Araguari, MG
MALQUISTO FINAL
Vejo a minha poesia sem ousadia
Quando olho a poética no cinismo
Carregada de acaso, de ceticismo
Toda revestida de pouca quantia
Sem outra escolha e companhia
Sem um sussurro ou um lirismo
Enodoada de incolor simplismo
Que tanto põe minh’alma vazia...
Vou de uma sensação bucolista
Nos versos contendo a saudade
Onde chora a essência do artista
Então, tão cheio de árduo ritual
O soneto é bruto e pela metade
Assim, tendo um malquisto final.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 agosto, 2022, 21’15” – Araguari, MG
POETA
Ele, tem tanta poética e tanto segredo
O sentimento no seu encanto, riqueza
Nos teus versos aquela suave sutileza
Ritmo, do canto acalanto, um enredo
Tu, trovador, tão cheio de arremedo
Que roga, suspira e também a tristeza
Mas em sua alegria tem a doce leveza
Olhares, ilusões e aquele ímpar medo
Duma inspiração, sempre, sussurrante
Tirando a prosa de um poço profundo
D’alma, de maneira meiga e insinuante
Ah Poeta! Tudo, mais que um segundo
Uma imensidão, um vilão e um amante
Posto aos seus pés o devaneio fecundo!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
05/09/2022, 13’37” – Araguari, MG
NUMA SÓ PERCEPÇÃO
Da poética, no divino lirismo, com certeza
Terá olhares, os suspiros, em todos saberes
Que habitam o coração, com seus quereres
Tão cheios de cores, amores e suave beleza
Do fundo do soneto, surgira de uma pureza
D’alma, as juras, sorrisos, e ternos prazeres
Em altruístas versos de generosos haveres
De quem é gracioso pra sensível gentileza
Palavras providas daquele agrado imenso
Com muito da sensação, tal arte barroca
Cheia de excesso e de compasso intenso
Quão bom o ledor tivesse, assim, a noção
Nas entrelinhas da poesia, lidas pela boca
Ter o poeta e a criação numa só percepção!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 setembro, 2022, 12’07” – Araguari, MG
POSSA EU...
Possa eu na poética assim: tu, comigo ao lado
e, ao sentimento, as sensações resplandecendo
aquele olhar tão sedutor no toque rescendendo
em versos de carinho, dum poetar apaixonado
No mimo me espalhar inteiramente, e aí vendo
os teus gestos, os cuidados, em mim pousado
o teu sussurro baixinho ao ouvido, e eu, calado
sentimental, encantado, alegre, do amor sendo
Que em cada trova, um trovar contigo repartido
e num valioso sentido a terna emoção prosada
a alma, o pensamento, para sempre, sucumbido
Então, o meu destino no canto fosse conteúdo
e cada verso: um detalhe, um sentir, mais nada
e nas entrelinhas, que possa eu, dizer-te tudo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 de abril, 2022, 11’31” – Araguari, MG
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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