Prosa Poetica
Olhos de Ressaca
“Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros; mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me. Quantos minutos gastamos naquele jogo? Só os relógios do céu terão marcado esse tempo infinito e breve. A eternidade tem as suas pêndulas; nem por não acabar nunca deixa de querer saber a duração das felicidades e dos suplícios.”
(D.Casmurro,Machado de Assis)
Não sei dizer o que seus olhos dizem nem o que pretendem mais ela me hipnotiza quando me olha nos olhos consegue tudo o que quer seu desejo transborda, e quando me olha nos olhos não resisto caio nas suas garras,sereia que não canta mais sustenta seu olhar e faz com que sinta o desejo mais puro e ardente é como se eu fosse um vulcão adormecido e ela fizesse com que eu entre em erupção eu quero possuí-la seus olhos me dizem o que devo fazer , me orientam eu sei exatamente o ela quer...
Conheço sua tática espera o melhor momento fica longe de mim sorri e morde os lábios, depois me olha nos olhos e vai falando com voz manhosa e mansa pedindo pra que eu fique sei que não devo , sei que é errado mais ela faz com que eu esqueça isso com seus olhos de Capitu “essa menina vai acabar com minha vida penso” mais nada importa quando seus lábios tocam os meus quando sua língua dança em minha boca quando seus seios fartos se comprimem contra os meus e á quero mais e mais ai percebo que cai na magia de seus olhos não sei como parar e vou até o fim...
E quando vou embora lá estão seus olhos cheios de lagrimas pondo toda a sua imensidão pra fora... ela me encanta, me envolve e mesmo assim eu vou deixando ela mais ferida que antes sei que suas lagrimas nunca vão secar nunca vou conseguir controlar isso,minha menina com seus olhos de Capitu...
Se você soubesse o quanto queria me perder em seu mar, e naufragar nele até o fim de meus dias perdida em seus carinhos até que meus cabelos se tornassem grisalhos até que nossas crianças fossem adultas e nossos pais nos observassem do paraíso,sei que quando digo que te amo não acredita mais ,mas eu sempre a digo para mim mesmo como uma oração para nunca esquecer do meu amor por você que é tão despreocupado e livre, calmo e turbulento sempre quando penso que ele acabou lá esta a chama novamente uso de todas as minhas forças para não tombar diante dele e então me chama de “Covarde” mais saiba uso de toda a minha coragem para deixar você viver minha menina...
" licença poética"
Me cai bem:
Um beijo roubado.
Uma tarde de verão.
Uma noite estrelada.
Me cai bem:
Uma taça de vinho,
Um amor platônico,
Um amor ridículo,
Amar sozinho.
Me cai bem:
Um não bem dado.
Um perfume de bebê.
Uma caixa de chocolate.
Um cafezinho.
Me cai bem:
Surfar no Hawaii.
Namorar Saturno,
Casar com a lua.
Ficar com vênus...
Entretanto.
Me cai mal:
Quando me chamas "amigo"
Quando arde meu peito o ciúme.
Quando dizes meu irmão: te amo!
Me cai mal:
Quando raia o dia e ainda respiro.
Quando de tanto tédio minha alma chora.
Quando em meu coração minha fé se põe ao longe.
Quando sem esperança já não creio no
Futuro.
Todavia não desisto de sonhar...
Sonhando vou vivendo,
isso é tudo que tenho
E isto ...
Me cai muito bem !
GOTEIRA POÉTICA
Não tem jeito.
Eu já tentei
Escorre sempre
Toda vez que percebo
Lá está ela
Respinga nas ponderações
Ou em comentários despretensiosos
São metáforas
Licenças poéticas
Brincadeiras linguísticas
E cá está ela
(Es)correndo na lentidão do tempo
Quando a tempestade aparece
Ela fica incontrolável
Essa goteira poética
Que me acompanha
De tempos em tempos
Em meu apartamento
Desse Jeito
Quem sabe, minha arrogância poética seja uma efeméride.
Torço para que seja, caso contrário não haverá razão em si.
Quem sabe, um dia, um alguém, uma possibilidade.
A possibilidade é minha inspiração.
Se de tudo não for, ainda assim, expulsei de dentro meu ver.
À mim, o alívio da angústia guardada no eu.
Aí está!
Na minha forma
Desse jeito.
"Assassinei o português,
porém com uma licença
poética, o leitor não
gostou e me criticou.
Pena que não intendeu
a moral, e eu jamais
queria abalar algum
lado sentimental. Aceite
minhas desculpas querido
leitor, este poema é especialmente
para ti, quero me redimir, saiba que você
leitor é sempre importante, quero manter
uma harmonia constante"....
O poder da cura pela poesia
arte poética fundamentada na poesia
saudável à mente nossa de cada dia.
ao se descobrir ser o todo saudável.
ser o seu próprio pensamento, verá
ser deus a se ver do fiel firmamento.
totalmente a todo momento crente.
ser deus não é pecado assim disse
O amado Jesus, antes de ir à cruz.
Vós sois deuses filhos do Altíssimo.
10 de João a quem impôs sua mão.
é deus, tudo lhe é possível
até mesmo o mais incrível.
neste imperdoável mundo
imundo, perdão insaciável.
considere-se deus curável.
além de ser cura ao seu irmão
também, assim enseja: o amém!
se o seu Pai é dono de tudo
você é nababo ser ao se ver
herdeiro de todo o saber,
inclusive da autocura,
antes do amanhecer
pela fé que em si
se apura, além
do sobretudo.
tudo pode
ser!
sobre tudo é bom saber
que o amor tudo depura
ser divinizado é a cura
após saber do ato em
si intercalado. querido
irmão amado não é
preciso estar do
outro lado.
para obter a cura.
sinta-se aqui curado.
Qualidade de vida
afinal o que se descobre
na qualidade de vida nobre?
bons sentimentos são causadores
do bem-estar humano. a paz é o principal
sentimento a suplantar os maus desenganos,
aos outros sentimentos ao seu bem-estar deve
estar sempre atento. a verdadeira paz advém
do espírito de amor ou de dentro dum musical
instrumento ou na música que se possa tocar
ao vento. aí vêm os demais sentimentos:
Alegria, o bem-estar da família, o trabalho,
o malho do dia a dia, o bar ou a benta
pia da sacristia, a padaria, a pradaria,
a boa saúde, o sossego, o dinheiro
ou qualquer sentimento que venha à miúde.
Pense como paz, a tranquilidade, o sossego
ou estar zen de verdade sem qualquer apego.
Observação:
a verdadeira paz somente se
faz sob a égide do amor veraz!
É bom que se entenda que a verdadeira paz está
completamente atrelada aos bons sentimentos sem
contendas, principalmente ao amor fraternal, verdadeira
prenda. quem tem entendimento, entenda e sob ele arme
a sua tenda.
paz e amor.
no prelo o livro:
o poder da cura pela poesia
jbcampos
EU & VOCÊ!
Sintetizando nosso laço! Somos a expressão poética da afabilidade! Fazemos parte daquele grupo de pessoas que vem colorir o mundo com sentimentos bons, trazendo para tudo que nos cerca os tons da felicidade, nos despimos da matérialidade, convidamos sem pudor alma para dançar... E às vezes, mesmo frente aos poderosos argumentos da razão, voz cala, rendida aos apelos expressivos desta cumplicidade, nosso olhar se afina ao envolvimento, uma linguagem de silêncio, conexão e entendimento, estamos vinculados, inércia dos encantados, calados sentindo acordes melodiosos, cifras magicas, despertar da emoção , magia do amor, tocadas em nosso coração.
DIALÉTICA
Qual minha linha poética?
Linha poética?
Não a tenho...
tenho a alma poética.
Serve?
Em mim a poesia nunca se conclui
Estou sempre me transfigurando
Hoje crisálida
amanhã
perversão...
...Amor
revolta
ilusão
Sonho
Melancolia
Raiva
Utopia
Borboleta?
Quem poderá saber?
Sou tantas no poema, meu bem...
E o poema é tudo em mim!
Ele me liberta de todo
Pré( conceito)
Não o escrevo para agradar à ninguém
Não o escrevo nem mesmo para me agradar
É uma necessidade. Entende...?
Varro as madrugadas em busca constante do poema
Sou dependente do poema
Das suas leituras de mim
Perdoem-me por eu ser assim...
Intensa demais
Loucura demais
Dor demais
Afeto demais
Amor,
ah, se soubesses...
Quanto amor
Demais!
Mas não sabes
E nem poderás, jamais
saber...
Mas não importa
Não muda nada
A poesia em mim é tudo o que sou
O que fui um dia
e o que talvez nunca venha a ser!
Razão de ser...
No mais
nada mais a dizer...
Elisa Salles
Eu e a Outra
Paira sobre mim
Um rosto de mulher
Desenhado
Poética e delicadamente
Pela fumaça que sai
Do cigarro que sustento.
Por algum momento
Ela me olha, seduz,
E se esvai
Pelos caminhos
Que um dia passei ou
Imaginei passar.
Vai ganhando o mundo
Em cada chaminé
De marias-fumaça
Por incansáveis trilhos
De caminhos intermináveis
Que levam a tudo
E ao mesmo tempo ao nada.
Mistura-se entre combustíveis de motores
E turbinas
Com a ânsia de desvendar a eternidade...
Vive, sente, sofre, sorri;
Ama e desama quando seu coração enuncia.
E ela chega a mim
E se reconhece
Eu sou a sua eternidade
Transmutada em fumaça.
Maria Cristina Costa- 01/02/2017
Da subjetividade da arte que brotou na composição noturna de uma janela
Fazendo florescer a poética da intuição e assombrando assim meu raciocínio vão.
Olhar que diz tudo e dispensa palavras
Fazendo do silêncio, conforto na sua voz
E o despertar mais leve, são os teus carinhos. Reflexo da noite na pele arrepiada
Jogo a dois entre quatro paredes
Jogo em vão comecei derrotado
Sugestão corpos deitados
Apegados e entrelaçados
Sorriso de beleza tão desconcertante
Que brilha com o dourado dos fios de seu cabelo
Aquilo que precede um pedido, um beijo
Sendo assim carinho, portanto silêncio
A relatividade do tempo é um açoite
Noite
Madrugada
Manhã e
Adeus
POÉTICA INSPIRAÇÃO - PRIMAVERA
(O Alento)
Das noites frias e de ventos fortes,
Vem surgindo a vida, deixa as mortes,
O bálsamo do tempo cheirando flor.
Folhagens secas caídas ao chão...
A dor do ser por um tempo é ilusão
Os Poetas espremem, no peito, a dor.
Cantam a vida que vem surgindo...
Ao clarear do sol – o amor vem vindo
Quase em brasa, lenitivo de sorte.
São chamas, são deuses erguidos
Que das tuas noites são, zumbis caídos
E das primaveras, são norte.
Encontros e despedidas (crônica poética)
E como já dizia Milton Nascimento em uma de suas composições '' a hora do encontro é também despedida''.
Estava eu sentada na varanda em um dia de chuva refletindo sobre esse vai e vem, essas idas e vindas, esses encontros e desencontros que a vida nos proporciona. Tanta gente passa pela gente e tão pouca realmente fica, cada pessoa que cruzam nossos caminhos levam um pouco de nós e deixa um pouco de si.
Lembro bem daquelas férias de verão do ano anterior, conheci pessoas tão especiais e, uma apenas uma específicamente, me encontrou, encantou, fez sentir, fazer sentido, me inspirou, tocou fundo e foi tocado. É meus caros leitores, tanta gente passa mas somente aquela faz seu coração vibrar! Digo eu tão jovem, mas também tão inexperiente na arte de amar.
Esse tal de amor tão impontual e imprevísivel me deixou impaciente, sonhadora e iludida. Poucos experimentaram nessa vida a sensação de sonhar acordada, esperar uma ligação, aguardar ansiosamente pelo fim de semana com aquele sorriso estampado no rosto que chega até soar brega e cafona.
Mas havia um questionamento, porque um sentimento abrangente poderia me tirar o sono, porque o sinônimo de amar seria sofrer e porque aquela afeição passou aligeirada e intensamente.
É, agora eu entendo esse chegar e partir que vai se repetindo nas estações, tem quem vem e quer ficar, quem veio só olhar, gente que vem pra acrescentar e aquelas que vão pra nunca mais. É assim, encontros e despedidas.
Mimese Poética
A letra tem um quê de domínio
Que a palavra pressupõe em seu ato de merecimento
- São dádivas mútuas -
Espontaneamente oferecidas
Ainda que enclausuradas pela relatividade conceitual que as ampara
Vislumbram dar conta da alforria que se propaga na boca em que se cala sua desordem
Hora reivindicadas pelo afeto que as concebe aladas
Hora libertas do criadouro que as consome vivas.
A saudade lhe cai bem, doces palavras são pensadas em sua cabeça e proferidas de forma forma poetica, creio que a saudade deva ser necessária para demonstrar a importancia da existencia do ser. Sem saudade a existencia é vazia, saudade é lembrança de bons momentos, não é um karma é sim uma benção.
Só é capaz de sentir saudade quem tem pureza de espirito, felizardos os que a sentem e se deixam sentir.
Saudade significa ter alguém importante na vida.
De forma poética
Passo uma idéia patética
Pro papel, busco inspiração, olho pro céu.
Um tonel de solidão
Em todos os cantos
Cada qual na sua função
Escondendo os prantos.
Letras tortas, papel reciclado
Falo de poesia sem sentir
Faltam sentimentos em todos os lados
Ódio ou frieza, não sei distinguir.
POÉTICA
Lavra/Sítio/Tempo: Edson Cerqueira Felix | N. Iguaçu – RJ, BR (25/04/2014).
Preito à: George Cerqueira Felix | Literatura Brasileira | Poesia Brasileira | Sarau Poético de Manguinhos.
Homem valente, #GeorgeCerqueiraFelix psicologicamente, sujeito aos laços, dos enlevos de aços.
A afeição pranteia em situação difícil, na grandeza da mata espessa que guarda escondido, um amante escolhido.
A separação, o desdém do estado social, expurga por baixo da forração, os olvidados, os negados, os negrados.
http://suavidadedeestilo.blogspot.com.br/2014/04/poetica.html
POÉTICA POESIA
O meu romantismo na quantia
Seja trovando só, sem escolher
Com o amor pouco no conviver
Venha do afeto, agrado e fantasia
A esses versos leia quem quiser
Chore, esbraveje, ou até sorria
Mas não me venha com ironia
Prover, sem da paixão ter saber
A outros a chance de o prazer
Tem, e que seja de harmonia
Pra não ser de tristura ao ler
E assim, a magia seja pro dia
O encanto na noite então ter
Numa variegada poética poesia
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30 de março de 2020 - Cerrado goiano
copyright © Todos os direitos reservados
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol
Manhã Poética
Deu a hora agora
Sozinho em casa, depois de comprado o pão
E feito o café, água pura outrora
Senta, relaxa e pega o canecão
Gastou seus esforços em algo simples
Uma bebida quente, amarga & difícil de preparar
Depois de tentar deixá-lo mais frio
Apoiando-o no pires
Bebe um bocadinho com medo de se machucar
E se machucou
A bebida do cuidado não tomou
Queimou a língua & agora deixa-o de lado esfriando
Esqueçe-o por um momento, para esqueçer a dor
Pode ser doloroso para quem está começando
Ele pega uma arma, uma faca
Poderia ser usada para matar gente, quem diria
Nas mãos da pessoa errada
Mas está amanteigando o pão de cada dia
Se bem manuseada
No processo ele sujou a mão
Não só a mão, mas o pano, o prato e a mesa
Apenas para cortar & rechear o pão
O custo & o preço de deixar algo mais agradável
Então se lembra do canecão
Toma coragem para tentar mais uma vez
Dessa vez não sentiu dor, mas amargura
Amargura pela criação que fez
Mas ele gosta
Parece controverso, sei como se sente
Mas a bebida no canecão faz ele se sentir mais vivo
Mas ele tenta adoçar com leite
Para ser mais fácil de ingerí-lo
Amargura se toma de vez em quando
Mas quando tomado as montes
A pessoa fica viciada, viciada em uma ilusão
De culpa, tristeza & depressão
Mas ele gosta e bebe mais
Bebe demais
E no doce também não se exagera
Senão só paz, tranquilidade & alegria enxerga
E o mundo não é só paz, tranquilidade & alegria
É necessário um balanço, um equilíbrio precisaria
Então teve uma idéia
Um pouco de amargura aqui
Um pouco de doçura ali
Café com leite
Bebida da vida
POÉTICA
A poesia na rica imaginação voa
lançando à terra de um criador
no encanto de encanto povoa
o ilusório de quem é um ledor
No escrito a doce prosa entoa
o coro de fantasias ao dispor
é a ilusão que a poética doa
ao poeta que vive sonhador
Por ti, devaneio, tudo é certo
do cascalho grosseiro ao rubi
se o amor, ali, está por perto!
Por ti, inspiração: - se senti
no prazer, num leve aperto
eclodido num grato frenesi
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13, outubro, 2020, 13’13” – Triângulo Mineiro
Poética Alma Frenesi
Não te enganes,
Com sua tamanha pequenez,
Por dentro habita uma alma bombástica,
Espiritualidade aguçada,
Por fora tão convicta anã,
Cuidado!
Ela és regida por Xamã,
O Onipotente,
Presença de adaga afiada,
Nada os abala,
Debocha de tua falsa fachada,
Capaz se desejar,
De dar fim a tua miserável vida,
Com,
O voo inesperado de só uma,
Flechada circunstancial,
E nada habitual,
Na moral,
Será que ela é Mafalda?
Ou talvez só seja mesmo é malvada?
Segura essa tua gargalhada um tanto desesperada,
O medo acovarda,
Sabe-se que,
A mina é de uma realidade um pouco e tanto pirada,
Sem pensar em simplesmente nada,
Dúvida paira no ar,
e o receio é o que mais nos alarda,
Se arrisca sem ao menos hesitar,
Toma seu tempo pra respirar,
Calmaria camuflada,
A fúria de uma granada,
Sem ao menos ser pré-ativada,
Fomentadora de tal tormenta,
Ela estava mesmo é um tanto cansada,
Já fostes tão revoltada,
No hoje,
Quem a rege é Iemanjá,
Logo,
Resolveu fazer morada,
Dentro de uma aconchegante jangada,
Aquela minada mina,
Filha de Xamã,
Cansou da sua estranha sina,
Deu Adeus a sua jornada,
Vida dela deu uma ilusória guinada,
Que voo era aquele? Seria transeunte?
Só se sabe que ela era uma mera intransigente,
Olhos ardentes,
Costas quentes,
Ecos Incoerentes,
Gosto de aguardente,
Será mesmo meu todos estes pontudos dentes?
Conclusão sem respaldo e laudo aparente,
Será que a menina sempre foi doente?
Sou só eu?
Ou o teu coração também sente?
Eu minto?
Tu mentes?
Ou a menina quem sempre mente?
Ego se vê tão sorridente,
Todo pomposo, orgulhoso e prepotente,
Sai daqui,
Bancando de inocente,
Sou maluco,
Ceis tão ligado,
Que em toda essa minha inadiável loucura,
Eu nasci, cresci, amadureci,
E, viví,
As pampas,
Loucamente consciente.
Por Madam Avizza em 31/07/2020 as 13:51 na cidade de Santos
