Coleção pessoal de RafaelAguirra

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A solidão é uma noite fria, uma fumaça em silêncio, uma garrafa vazia. Uma estética sufocante, uma ocasião gritante esperando a luz do dia. No momento certo a ilusão terminará. Sou um só com o coração cheio de um oceano de propostas sentimentais. Algo está perdido em mim, a distância é o abrigo onde os fugitivos se escondem. Meus sonhos pesam como tristezas sem expressão. As pessoas estão sumindo, estão deixando de ser. Estão indo sem saber para onde vão. Não quero mais estar liberto dentro dessa prisão.

Aquele a quem espero
O princípio de tudo, a melhor parte, o início. O que existe de melhor. O que a palavra existência não define, está acima dela. O que a mente, o coração, os sentidos não podem absorver, dizer que está além das nossas limitações é um eufemismo. Como não daria força a seres improváveis? Como nos impressionamos por realizar o que não acreditávamos possível? Quem questionará Aquele que não está preso a uma visão finita? Há quem o tempo não é rápido, nem lento, nem relativo. E o espaço nunca foi uma opção de contenção ou expansão. Ouso questionar por que habitar em mim? Por que morrer por mim? No meu tempo, e dentro dos limites da minha compreensão? Amar-me seria uma fraqueza? Minhas palavras tem a ousadia de tentar definir a presença indefinível que É de eternidade em eternidade. O Amor que atravessa camadas de complexidades que poderiam ser simplesmente esfaceladas pela tua vontade. Então vejo que mais complexa é a tua paciência. Já não passo tanto tempo atribulado pelas injustiças, pois confio no teu controle e não subestimo e nem comparo nada a tua Glória! A tua Presença! Ainda que espero pelo que não vejo...com esperança eu espero...

Buraco

Necessários momentos de sono e solidão, espaçosas tristezas mais pesadas que o ar. E a vontade sempre oscilando em uma linha tênue entre o sonho e a realidade. Quem busca sentido em si mesmo busca um final, busca o cessar dos pensamentos. Quem foge sempre encontra um esconderijo, aonde se abriga do próprio mal. Estou cansado de mim, da minha canseira, dos meus pensamentos, das minhas prisões. Eu já não creio que isso possa mudar em mim, estou cansado da minha frustração. Estou cansado de estar culpado e apesar do preço a que fui redimido, ainda estou em trevas, estou em uma caverna e já não espero que a crise passe, só quero me acostumar com ela. Daqui não posso ver o que eu devia ser, não posso vislumbrar o que fez por mim. A autocomiseração é como alguém que rói as próprias unhas, como alguém que se alimenta das próprias lágrimas, que mastiga a própria dor e bebe a própria mágoa e por isso sempre está com fome e sempre está com sede. Estou sempre caindo no mesmo buraco, e cada vez que caio a escuridão é maior.

Aprendi com o tempo.

Houve um tempo em que eu pensei que nada iria mudar, achei que as coisas seriam sempre da mesma maneira e por isso devia me habituar a sofrer. Por um tempo que pareceu uma eternidade eu apenas sobrevivi. Nesse tempo eu aprendi a desistir e que a desistência gera frustração e que ambos se tornam um vício. Aprendi que existem coisas muito mais viciantes do que as drogas. E que as drogas são fuga e camuflagem para os vícios da alma. Aprendi que sofrer não dói tanto quanto ver sofrer as pessoas que amamos. E que as crianças sempre encontram uma maneira de esquecer tudo e manter a sanidade. Aprendi que amigos de verdade são feitos nos piores momentos. E que as vezes temos de enfrentar os piores momentos sem nenhum amigo. Aprendi que mãe é um ser a parte que vê o sentido da vida no filho. E que irmão é o único que sabe o que você sente, porque estava lá passando pelas mesmas coisas que você passou. E que um pai ser um pai de verdade faz toda a diferença. Aprendi que andar sozinho se torna um hábito difícil de mudar. E que tudo o que evitamos um dia terá de ser enfrentado. Aprendi que sempre existe alguém que sofre mais. E que temos um problema sério de cegueira, pois só conseguimos enxergar a nossa dor. Aprendi a escrever o que sinto e ver o esclarecimento distrair a tristeza. E que isso também tem de ser feito sempre e sempre, pois textos são como lágrimas, esvaziam e libertam dores muito pesadas. Aprendi que não correr atrás do que se quer pode custar anos da sua vida. Aprendi que olhar pra trás só é bom se isso não te prende ao passado. E que olhar pra frente só é possível se você aprendeu a lição. Aprendi que as pessoas falam o que pensam sem se importar se isso ofende ou não. Mas que não importa a circunstância, sempre tem alguém tentando te animar. Não aprendi a andar de bicicleta, mas aprendi que isso não tem muita importância, porém mais tarde percebi que o problema não é andar ou não, o problema é desistir. E que desistir, evitar, fugir sempre leva a experiências fadadas a frustração. Aprendi a odiar, mas graças a Deus não aprendi a por o ódio em prática. E aprendi que no amor está subentendido compromisso e responsabilidade. Aprendi que quando achamos que nada mais dará certo, surgem mudanças maiores do que tudo o que sonhamos. E que o perdão funciona mesmo e pode fazer qualquer rancor sumir como se nunca tivesse existido.

A cruz é o caminho para um lugar além do que vemos aqui, um lugar para olhar além de mim. Um horizonte alcançável por todo aquele que trilha o caminho pela fé. Um lugar construído sobre uma rocha, o Cristo. Um lugar além do meu ponto de vista. Um lugar que só é um bom lugar pela presença daquele que É.

Palavras são escolhas livres numa folha em branco. Paredes são prisões a que nos acostumamos por nos sentirmos seguros. Lágrimas são gotas líquidas cheias de sentimentos. Pessoas são histórias muitas vezes mal contadas. Lembranças são como estrelas no céu, lindas e distantes. Livros são pedaços de alguém, tentam se tornar reais, mas sempre voltam as estantes. Tecnologias sempre se tornam ultrapassadas e a natureza permanece tentando respirar. As crianças continuam cheias de esperança e os adultos diluídos em muitas experiências. Solidão é uma oportunidade como qualquer outra. Rotina é o mover diário das necessidades. Pensamentos são a frequência com que existimos.

Senhor, o mesmo ânimo que eu tenho para dormir me de também para acordar...

Cristo é o convite de Deus para a eternidade!

Permitindo-me a licença poética, digo, o Reino de Deus é assim...
Distraído em meu mundo particular de erros, um ser perfeito com uma natureza diferente da minha vem a minha procura, se introduz na minha realidade e me convida a viver em seu “planeta”, eu respondo, “sim, o que devo fazer?” “Venha apenas, o que tinha de ser feito eu já fiz, Eu sou o caminho para outra vida em um mundo novo”. Eu aceito. Mas não é agora, essa vida tem de ser vivida, o caminho deve ser trilhado. Porque morrer por Cristo é fácil, mas viver por Cristo é difícil.

Porque as coisas chegam tarde às vezes? Porque só aprendemos depois de estarmos arrebentados? Porque não temos essa noção de um tempo certo para todas as coisas, e isso também só vem com o tempo. Porque os joelhos têm de doer? Porque o sangue ferve e às vezes é derramado por tolices? Porque o valor que deve ser dado aquilo que é precioso só vem com a perda? Essa eu respondo: Pra que a gente diga “na próxima eu acerto” e entenda o real significado de uma lição.

Isso é o de menos, toda essa dor, todas as dificuldades, todo excesso de pensamentos, isso tudo é só a vida passando. O corpo suportando, espezinhando, a irritação, a preocupação, a depressão, é a vida com seus traços de morte. É o processo, é o organismo processando, absorvendo, mastigando as necessidades. É a mente assimilando as ambiguidades. A pele é uma coceira nervosa coçada por unhas roídas em horas de nervosismo. Isso tudo é o de menos, isso tudo é o que temos. O que vemos, mas não o que somos. Não o que queremos. Não o que almejamos. Que seja um dia o que fomos, pois não é o que sonhamos, nossos planos geram danos, que sejamos planejados para o que fomos gerados. De fato, no momento exato, estejamos aptos à disposição do perdão, com as portas abertas para encher a casa. Com a família toda reunida, com o melhor que há da vida. A reunião das experiências de quem viu as consequências de viver voltado pra si mesmo. As lagrimas vem por lamentar as conveniências massacrantes que reduzem tudo a um empurrão diário. Eu sobre mim já cansei, sobre ser já cessei, sobre andar já parei, já sonhei que dormia e gritei de alegria a verdade tardia que já me dizia que um dia seria. Pesadelos são sempre sobre o que deixamos de fazer. Convulsionado pela solidão de movimentos quase involuntários em dias sombrios de verão. Os dias nublados são e serão os mais belos dias de reflexão. Pela incomum visão de preenchimento e criatividade e não de escuridão. Pelas cores ocas e sucintas de uma nuvem prenunciando a chuva. Pelas poucas dores resumidas em um dia incomum e perfeito, pois o grande feito é suportar a dor e vê-la sumir. Que seja em mim o que acreditas que eu posso ser. Que em mim seja viva a esperança vívida do eterno viver. Isso tudo salta agoniado tentando existir, vindo à tona e perseverando nos corações obstinados. Isso tudo é a vida tentando viver. Um dia seremos a realização de um sonho sonhado antes de nascermos. Por enquanto sou um verme lutando para que a tristeza seja um sentimento em extinção. A vida preenchida com vislumbres de amor, revidando a ilusão de sermos condicionados à completa exclusão. Quando a morte morreu, a vida passou a ser a eterna conclusão.

Em meio ao nevoeiro escuro
Vi uma luz ofuscante
Não posso me aproximar dela
Mas sei que o caminho é por ali
Me queima por traz de mim mesmo
Me busca além das nuvens e da incoerência
Em meus sonhos faz sumir a noção do tempo
Aprendendo a me livrar daquilo que já não aguento
Me traz liberdade, me traz unguento e novos ferimentos,
Mas dessa vez sem tantos lamentos
Eu aguento, eu aguento, porque mais forte é a certeza que eu tenho por dentro, a revelação interior que nasceu da dúvida
A verdade abatendo a realidade virtual, ilusória, da minha aparente personalidade, independente das minhas tentativas de auto-sabotagem
E do quanto eu alimento a fera selvagem
A busca do meu Deus sou eu, não porque tenha alguma esperança em mim, mas porque assim prometeu.

Deus já fez a sua parte mudando tudo ao meu redor, por vezes me confortando, por vezes me estreitando as opções. Deus fez e fará tudo que é necessário para me alcançar, mesmo que não mereça, tudo para que eu cresça. Na verdade a parte de Deus nessa história é um favor imerecido. Nele tudo é perfeito, nele tudo é bem feito e o seu efeito é eterno, Nele toda a esperança faz sentido. Fez da sua morte o maior feito de glória, a maior prova de amor e justiça. Me traz de volta, me ponha em gratidão, pelo constranger do teu amor me leva ao alto, pelo caminho da dor me leva ao chão. Pela minha fraqueza me leva a oração, agindo de dentro pra fora. Através da tristeza que em mim aflora, do desanimo que me devora e da angústia das primeiras horas, tua força vem sem demora e me faz enxergar que a vida continua, e quando a entrego já não é mais minha, é cada vez mais tua. E tudo que entendo por mim vai se desvanecendo, e dando lugar ao mais completo esclarecimento, limpando e se desfazendo do que não é eterno, jogando no mar do esquecimento. E quando nas muitas distrações me encontro absorto, na verdade estou como morto. E quando estou carregado do dia e seus acontecimentos, é sempre o meu refúgio e nunca me desamparou, criou o meu coração, molda meus sentimentos. O Senhor é o autor de mim, autor de todo talento.

Perdi uma vida, uma rotina que foi embora. Vozes que viraram silêncio, dores que tomaram forma, um vazio ganhou espaço no ambiente. Sumiram os barulhos, as explosões de orgulho, os hábitos diários. As coisas se tornaram algo mais ou algo menos, cenários de um filme antigo. Estava preso e agora fui transferido para a solitária, sem direito a exposição ao sol. Os horários, compromissos, exigências, tudo deixou de ser junto com as consequências. A caminhada exige mais da minha resistência, da minha paciência e capacidade de sorrir. O tempo luta para se preencher de maneira útil, fugindo as maneiras fugazes de fazer horas passar como minutos. A chuva que bate nos vidros pode ser ouvida em todos os seus detalhes sonoros. E a irritação pode ser contida por não haver com quem se irritar. A tristeza deixa de ser sentida por não haver terreno para se aprofundar. O debate cessa, pois todos os argumentos cansaram de se pronunciar. As refeições são feitas a qualquer momento sem nenhum cuidado nutritivo. E a descrição de tudo soa como terapia ou como apego aos pontos negativos. O pensamento voa apesar de ser tão pesado, e algumas músicas pararam de tocar. A uma linha tênue entre sair e chegar, ir e voltar, quando não há ninguém para esperar. Faz tudo parecer normal, faz tudo parecer igual. A luta contra essa forma de pensar se tornou constante. Meus direitos se tornaram prêmios para meus defeitos. E as relações perderam qualquer suposto efeito positivo. Minha sinceridade apelou para dissimulação, evitando confrontos e reflexões, evitando ser, dando passos em qualquer direção. Cada vez mais vejo a necessidade das dificuldades que fortalecem a fé, a experiência da realidade como realmente é... Vou precisar também de uma máquina de fazer café.

Quando nenhuma palavra pode descrever ou nem tenho palavras para dizer, sinto a necessidade de escrever. Quando o branco da folha reflete a minha mente, sinto a necessidade de preenchimento. Quando sou banido da realidade, sinto o amortecer das dores. Quando sou banido das minhas ilusões, sinto o impacto da queda. Sinto minhas pernas correndo em fuga, sinto minha fuga impulsionando as pernas. Olhos embaçados pela minha humanidade desumana. Pontos de vista sendo esclarecidos sem acepção, acepções de esclarecimentos sendo pontuados por uma visão. Continuo amando dias nublados, com uma chuva calma e um corpo cansado. Sorvendo as doses de uma realidade superficial. Continuo perdendo a calma, cansando a alma e nublando o amor dos dias contínuos. Quando a vontade desfalece, o animo adormece, o dia escurece, sinto-me condenado a uma rotina fria, cheia de compromissos, porém vazia. Fomos longe de todos os lugares mais próximos que se podia chegar a pé. Seremos todos redirecionados, cada um ao seu legado. Que toda essa fumaça se dissipe e de lugar ao esclarecimento, que toda vontade empenhe esforços para o crescimento. Todo sentido encontrado é como um texto abrigado e amontoado em meio a um vão palavreado. Todo texto sem sentido é como um monte de palavras que não encontrou abrigo. Quem não se deixa estagnar pela apatia, se movimenta em meio às dificuldades. Quem olha tudo com gratidão é um privilegiado, não deixa a mágoa estabelecer reinado no coração. Apesar de toda confusão de textos sem aptidão pra chegar a uma conclusão de fácil assimilação. Verdades que um dia serão. Palavras que um dia virão.

Dizem que tudo passa, até mesmo a impressão de que não passa, passará. A única coisa que não passa é a sensação de que tudo continua, a semente da eternidade plantada em nós...

Como é duro caminhar dando passos forçados sem saber onde vai dar. Como alguém que está fugindo e inventou uma desculpa, disse que foi viajar. Como é bom sentir dor de cabeça e ter aonde descansar, bom é sentir saudade e ter alguém para abraçar, como encontro fomentado pela sede da procura. A realidade não engana, logo cedo já nos chama, nos faz arrumar a cama, deixa o sono se atrasar. Como é tentador ser nada, construir uma fachada e deixar tudo como está. Não consigo ver além do terror que me convém, do medo de atravessar a fronteira do tentar. Já não é como era antes, o saber é tão gritante que não da pra ignorar. Como é duro erguer um muro pra depois ter que pular.
Sentimentos são momentos que uma hora vão passar, tudo isso ainda está rodeando e espreitando, procurando uma chance de fazer tudo voltar. Com instintos atrelados a raízes do passado, mas o que já é passado no presente não está. Uma bola de cristal já não pode revelar, uma ideia acidental já não pode enganar e o engano ideal já não pode acidentar. O que sei é que mudei, minhas armas entreguei, desisti de odiar. Já não quero mais lutar, decisão absoluta que me fez recomeçar. A verdade é que o tempo faz de nós como poeira espalhada pelo vento. Mas a eternidade mora, faz de um coração atento seu descanso e aposento.

Oração de gratidão

Nessa noite não sou digno de fazer uma oração.
Talvez nunca tenha sido. Nunca tenha percebido.
Nessa noite tenho crido no poder da tua mão.
Pois quando me vi vencido entrei em adoração.
Nessa noite eu necessito de joelhos demonstrar toda a minha gratidão.
Pois ouviu o meu clamor, na medida da minha dor.
Sem pensar, sem esperar, como pai se derreteu.
Derramou o seu amor, derramou o seu perdão.
Reuniu, reajustou, converteu meu coração.
Por tua misericórdia escutou minha oração.
Eu que estava abatido, cego como um pagão.
Estreitou as opções, me sobrou somente o chão.
E por isso não sou digno de estar em tuas mãos.
Como vou agradecer? Nada foi por merecer.
Nessa noite só as lágrimas e o silêncio de joelhos serão minha oração.
E o desejo de escrever vem para dar o mínimo, de quem nada tem a dar ao meu Deus de compaixão.

Fomos além das correntezas, batendo contra as represas com canções tocando ao fundo, como símbolo profundo de todas as incertezas. Uma sucessão de estradas, paralelas e asfaltadas com dores pisoteadas. Um desejo de voltar, um instinto de chegar, dando passos, dando voltas, falando sem revelar. Tão perto e tão incerto, como bicho no deserto sem água e sem alimento esperando anoitecer, devorado pelo abismo que se espalha pelo ser. Como pode o pensamento voar tanto em pouco tempo? Como pode o momento passar rápido ou lento? Como podem as paredes reforçar a ilusão de que estamos protegidos pela nossa construção? Como podem as mudanças revirarem as lembranças? Como pode a esperança nascer fácil na criança e depois na vida adulta dissolver em confusão?
Como escudo de defesa, como caça, como presa, servido por sobre a mesa, tal qual fosse refeição. A humanidade assola, oferecida como esmola, impregnada como cola, corpo de imperfeição. O questionamento irrita, a necessidade grita, mas não dá o braço a torcer. Confunde-se o que é correto com vaidade e ganância, com vontade de vencer. Este mundo passará, passará como poeira, passará como besteira que foi dita sem pensar, como ofensa inconsequente de quem não soube calar.

Toda base é sem sentido quando quero me apoiar em alguma distração.
Toda frase é contra o vento quando perco o meu tempo nas paredes da ilusão.
Todo o entretenimento alimenta o meu engano, distancia o teu perdão.
Todo arrependimento brota como consciência de entrega e gratidão.
Toda insanidade clama tua ira e perfeição, mas retém a sua mão.
Toda eternidade chama, pois já executou o plano, já existe salvação.
O teu filho se fez homem, se deixou morrer nas mãos da tua própria criação.
E se fez ressureição, e subiu em ascensão pra voltar, concretizar a tua revelação.
Tudo aquilo que ofereço é como corrupção.
Nada em mim é permitido sem sua autorização.
Não existe outra verdade, não existe outra razão.
Nada tem capacidade de trazer satisfação.
Nada pode ser caminho, ser pisado como chão.
Todo resto é abismo, todo resto é aflição.
Tua luz é fonte pura, o resto é escuridão.
O que vem da criatura é loucura e alienação.
Tua essência, plenitude, completude, manifesta em servidão.
Não pode ser corrompida pela minha explicação.