Prosa Poetica
Devo dizer que sempre preferi
os versos feridos pela prosa
da vida, os versos turvos
que tornam mais transparentes
os negros palcos do tempo, a dor
de sermos filhos das estações
e de andarmos por aí, hora após
hora, entre tudo o que declina
e piora. Em suma, os versos
que gritam: Temos as noites
contadas. E também
os que replicam:
Valha-nos isso.
Areia
Quero adormecer numa rosa,
abraçada numa abelha.
Quero escrever poesia, cansei de prosa.
Já desfiz a viscosa teia.
Meu corpo é minúsculo.
Tenho mãos preenchidas por grãos
de pólen e vazias de pulso,
por isso o busco nessa composição.
Meu corpo é grão de areia,
sou aquele farelo numa praia cheia
que compõe a vista feia
onde as ondas do mar se baseiam.
Adentro a onda sonora,
este é o Agora dum Outrora
que se faz eterno na caminhada
amarela ácida e docemente azulada.
RACIONAIS Mc's
É rap,
É poesia,
É prosa.
Entre becos e vielas;
O Racionais é favela.
A Vida é um desafio, pra eles...
Um grupo de quatro Negro Drama;
Mano Brown, Ice Blue, KL Jay E
Edy Rock.
Eles: Sobreviveram no inferno,
Nada como um dia após o outro dia,
1000 Trutas, 1000 Tretas,
E Cores & Valores.
O Racionais é o cântico dos loucos e dos românticos.
São os Guerreiros, Poetas,
Entre o tempo e a memória!
São a voz dos que vivem com "mordaça".
Os caras, são Vida Loka.
Da Ponte Pra Cá, o Racionais, fez história.
Prosa rústica
Coração acanhado, mente amedrontada, isso, um pouco e mais nada, forma na poesia, que produz nostalgia, uma prosa rústica, sincera e harmoniosa, uma forma de romance, sensibilidade, lance, minha alegria é a simplicidade, a voz do silêncio que machuca, o grito que se cala, para que a ignorância não haja, e no toque sutil, a amada percebe, aquela forma de carinho, é válida, passa a ser um ninho, abrasado pela timidez, até o medo participa com trepides, mas que no fundo, no tocante da madrugada, ao fervor na noite de amor, amanhece e um simples café a dois, onde sólido se edifica o sonho, construir, emergir, acalentar o coração, que parece frio, o gosto da paixão, depois da prosa, da poesia, o coração goza de um amor com alegria.
Giovane Silva Santos
Bruxona
Meu reflexo em você,
uma mulher de muitas vidas
incapaz de se explicar em prosa.
Enigmática, atrai olhares de lua cheia
reluzindo antigas memórias
em corações de pedra
lapidados por uma cabalística solidão.
Faz da inteligência, vaidade
e amplifica seus condutores de energia
acendendo tudo ao redor.
Intuitiva, Bruxona, sente, arde, sabe!
Carrega uma fogueira no peito,
prestes a acender ou apagar
qualquer incêndio no coração.
Uma prosa com Deus
ÚA P^OZA QÔ DÊUZ
Clamo, chamo, imploro, invoco e humilho me a ti, porquê sabes oh altíssimo que creio nas tuas palavras, disseste para batermos a tua porta, prometeste a água da vida, que busquemos de todo coração, confesso, sozinho, a força do braço eu não consigo, és tu senhor, ao nome amado de Jesus, que misericordioso e amável, tua benignidade transcende a imaginação humana, és complexo e infinito, tal é minha angústia, diz senhor, se há sensatez e humildade nas minhas petições, ora, o meu anseio não ostenta orquestrar viveiros de galinhas e papagaios, nem tão pouco plantar abobrinhas, veja, não foi eu sacrificado, podado, humilhado, ferido, sonhos e realizações ceifadas, não sou eu que feito um robusto carvalho suportei a tempestade no vale assombroso, em desertos escaldantes, que serviu a mente para usufruto de provas ferrenhas.
Veja, não ambiciono a tua grandeza, pois não sou tolo, porém as tuas migalhas que são transbordantes, estas consumidas pelos cachorrinhos, não sou digno?
Que bicho desprezível sou eu?
O ilustre Jó, no augi da indignação e angústia questionou, se soubesse ele onde ficava o tribunal do senhor, se colocaria diante como inocente.
Talvez não seja eu a pureza de Jó, tenho praticado infâmias contra meu caráter, mas és tu o pai, que examina e esquadrinha o coração segundo a essência da sinceridade, veja desde meu nascituro, a real intenção, o anseio, a vibração, verás uma verdade ignorada, então oh pai, estou cansado e exausto, porém tenho dito que verei a glória do senhor na terra dos viventes, esse mundo orquestrado, manobrado, artificial, ora, não o pertenço, ainda que os gatos aplacaram me como rato desprezível, não almejo ser u cão vingador, quero o que pretendo dar , usa da tua misericórdia, o altar da tua glória, que posso administrar os meus dias, o sangue oculto me ofende, disfarçado na vida eletrônica, minha energia é sucumbida pelo magnetismo da perseguição inimiga, deveras algo em mim que não agrada o semelhante carnal, mas o teu espírito é que busco vivificar intensamente o restituir dos meus 40 anos sacrificados, misericórdia, graça e cruz, clamo que ainda hoje o vejo teu prometido espírito, JESUS.
Giovane Silva Santos
EU E VOCÊ, VOCÊ E EU
Eu e você, você e eu,
O amor broto, uma rosa,
Um dedinho de prosa, uma vida amorosa.
Começou de fogo quente,
Virou fogo permanente.
Um por outro, vive somente,
Árvore frondosa, frutos! Boa semente.
Dois e um, se fez um somente.
Água, cimento e areia, formou teia.
Até mesmo o que chateia
Perde-se na beleza da lua cheia.
As finas mãos do plantio
Fizeram as colheitas do desafio.
A chama do fogo ardente
Se fez grande e permanente...
Esse é o texto de um cidadão do universo
Que volta e meia arrisca uma prosa por meio de versos
Tem coisas que acontecem tudo do inverso
Mas to aqui pra te falar que nesse mundo perverso
Existem pessoas boas, que vão te entender
E que não vão aceitar te ver sofrer
Elas te querem bem
Perto ou longe pouco importa, elas vão além
De qualquer distância
para te fazer entender que tudo isso um dia vai passar
E que já está na hora de retornar
Para aquilo onde você sempre terá lugar
A família e os amigos, onde você possa chamar de lar.
PRIMAVERA DO LESTE, 21 DE NOVEMBRO DE 2021
Eu sou poesia, em versos e prosa
Canto a beleza, a dor e a rosa
Cada rima, um pensamento esculpido
Em cada linha, um sentimento vivido
Eu sou poesia, na luz e na sombra
No sol que brilha, na noite que assombra
Em cada palavra, um eco da alma
Em cada estrofe, uma suave calma
Eu sou poesia, na chuva e no vento
No riso livre, no triste lamento
Em cada silêncio, uma melodia
Em cada olhar, uma poesia
Eu sou poesia, no amor e na dor
Na alegria pura, no profundo rancor
Em cada sonho, uma esperança
Em cada dança, uma lembrança
Eu sou poesiam, em cada pedaço de mim
Na essência que nunca tem fim
Na beleza que emana do meu ser
Na poesia, eu continuo a viver
21 de Março - Dia Mundial da Poesia
O Amor de Maria
Maria, minha amada esposa,
Que enche minha vida de doçura e prosa.
Com seu sorriso e seu jeito encantador,
Me conquistou e me fez seu amor.
Seus olhos brilham como o sol,
Iluminando o meu coração em todo o arredor.
Seu abraço é como um aconchego,
Que me protege do mundo e do seu apego.
Maria, você é minha paixão,
A dona do meu coração.
Não há nada que eu não faria,
Para te ver feliz todos os dias.
Você é minha musa inspiradora,
A razão da minha existência, a minha alma protetora.
Não há nada mais sublime e especial,
Do que amar você, minha amada Maria, afinal.
Poema- Prosa de Marco pra Marcolino
Eliseu, filho de Ely e Benedita! Uma família de irmãos educadores, acredita?
Eliseu, nome de origem bíblica, e significa, “Deus é a salvação”!
Seu pai, pastor Cabo Ely, tinha duas profissão e nunca deixou na mão!
Eliseu, sucessor do profeta Elias! Porque desconfias?
Eliseu de tanta fé, acredita inté em Maomé!
-Mas porque tantos “es”, pergunta, meu coração!
Já meio na contramão, me responde:
-Calma, tenho M de sobrenome, que não se esconde.
M de Marcos? Só que não, Marcos é meu irmão!
É Marcolino, “apelido carinhoso para Marco”!
Com razão, Marco & Marcolino!
Que beleza poderia virar inté dupla sertaneja!
Com sutileza, como diria nosso pai:
- “Um burro carregado de livro é doutor”!
Eliseu, não tornou-se doutor, mas virou professor!
E espalha conhecimento com muito amor!
Marcolino, que significa “coragem e guerra” mas de forma carinhosa!
-Marcos, quanta história! Quanta prosa!
Calma aí, tem ainda Rosa no sobrenome!
Rosa, uma flor! A rosa do amor, a rosa que vem da mãe!
A rosa filha da mãe! A Rosa, nossa Mãe!
-Quanta rosa, estou florido, até comovido!
Eliseu Marcolino Rosa, que nome pomposo! Chega a ser honroso!
Que generoso, esse nome grande não acaba não?
Não! Pra finalizar tem o Muzel do alemão!
Muzel, de antemão significa, “truncado, curto”.
-Truncado, curto? Que absurdo!
Parece interpretação pífia, limitado!
Calma, você não está errado, muzel tem significado variado!
Eliseu nunca foi um ser mimado, limitado! Eliseu é ousado!
Com muita ousadia, Eliseu fez Geografia!
Sem monotonia, depois fez Pedagogia!
Quem diria, a profecia do pai quase se cumpria!
“Um burro carregado de livro é doutor”!
Seja como for, Salve o professor!
De Marco pra Marcolino, com muito amor, traçamos nosso destino!
Marcos Antonio Rosa Muzel (02/06/2023)
Carne que rasga
a prosa, sepultando
palavras em epitáfios,
e nos vincos, o declínio
estende-se.
Prescrevendo o fim,
atrás de um final
digno, mas por que
sempre grotesco?
Rota final de um
reflexo gelado,
dançando em minha
direção, sorrindo
para mim.
Há morte onde passa,
por onde anda, o que
pensa? Dubiedade,
acumulada no recinto
de arrependimentos,
réquiem me fez assim.
O vazio queima no frenesi,
simulacro de uma imaginação
feliz transmutada com
veemência em um pecado
inapto.
Noite, sereno, céu estrelado
Alegria, bandeiras, mesas vermelhas
Sons de conversa e boa prosa, contada, cantada
Um bom álcool para entristecer, para conformar
uma lembrança de esperança, duas talvez:
Você, nós
Da frio e Bela praça
Para as quentes torres em porcelana
O meu amor nessa oração
O meu desejo e o meu peito
Verso a Deus
Se eu pudesse está com Deus,
sentado no banco da praça.
Batendo uma bela prosa,
das loucuras dessa vida,
que vida louca sem graça.
Eu diria ao nosso Deus:
por que o mundo esfriou?
As pessoas não se amam,
não buscam mais seu louvor,
passam o dia tentando,
derrubar o seu feitor.
Eu não consigo entender,
a tamanha ingratidão,
que o ser humano tem,
de achar que lhe convém,
chamar o senhor bom Deus,
de homem sem coração.
Se todo dia pedimos,
com fé em nosso coração.
Uma graça em nossas vidas,
para cumprir a missão.
Seja dinheiro ou sucesso,
nessa vida tão corrida,
de tamanha rejeição.
Não existe mais respeito,
somos seres duvidosos.
Falamos de qualquer jeito,
tetanto colocar defeitos,
das coisas que desaprova.
As pessoas hoje em dia,
não conhecem vosso amor.
Casam de manhã cedinho,
vive como um passarinho,
no final de cada dia,
vão dormir sem seu amor.
Não foi isso que ensinou,
O nosso criador.
A família é construção,
de uma nova união,
Abençoada por Deus,
Para se multiplicar,
e trazer a nova vida,
na paz de nosso senhor.
Sua casa é seu alta,
abençoada por Deus.
Não permita que o mal,
gere dúvida em vocês.
Acredite no milagre,
que tudo vai restaurar,
no dia lindo mais belo,
mais belo o dia será.
A pergunta que eu fiz,
no início deste verso.
Um dia terei resposta,
de quando me confessar,
diante da sua face,
Com prazer irei contar.
Autor: Chagas Piter!
31/05/2024
AGORA QUE O AMOR
Agora que o amor, na prosa, é sujeito
E enfim seduz todos os perfeitos ideais
Agora que, da poética tens os madrigais
Em dobres de alegrias no exitoso peito
Agora que de ter, tem o capital direito
De uma inspiração em sensações reais
Agora que as quimeras são mais e mais
Ao sentimento pulsante, e tão satisfeito
Que eu, prazenteiro, sigo o meu poetar
Cheio de feito, e não mais com o receio
Enchendo de mimos, agrados e de luar
Onde, agora, paixão no coração é esteio
Gorjeio de emoção, e pronto para amar
Cantando este amor que agora me veio!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 agosto, 2022, 05’18” – Araguari, MG
TRAGO
Trago a prosa na alma, inteiramente
Como se fosse uma tocante sinfonia
Que me invade e do profundo irradia
Inspiração. Sou da poética pendente
Trago no âmago o lírico praticamente
Olhares, agrados e sensível harmonia
Em cada versejar o trovar com magia
Sou apaixonado, ao acaso indiferente
Trago o canto, na cadência, atraente
Sou instante, um todo, o total afago
Um Bardo cheio de emoção presente
Trago sensação, premissa dum amador
Para o meu contentamento, tudo trago
Menos a perfídia daquele amado amor
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28 agosto, 2022, 21’07” – Araguari, MG
DA COXIA DA POESIA
Só quando os olhos cerro, sinto a poesia
Suspirando em uma prosa cheia de ilusão
Os tons marcantes duma doce imaginação
Perdidos nos sonhos, em uma poética via
Só quando cerro os olhos, vejo a fantasia
A tudo esqueço e sussurro com emoção
Pra não acordar aquela singular sensação
Onde é sentido, e não apenas o que seria
Só quando os olhos cerro, vejo o alheio
Amor, por entre o agrado e a sabedoria
Nada ou pouco quero se for sem anseio
Só quando cerro os olhos, que há quantia
N’alma, nos poemas, sem nenhum custeio
Tudo pegado de dentro da coxia da poesia
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 setembro, 2022, 17’12” – Araguari, MG
ALÉM DA POESIA
Se outrora, no princípio, a prosa foi talvez
Num sentimento que pelas mãos escorria
E, a alma em poética e sonhadora nudez
A doce ilusão permanece além da poesia
Quando floresce, latejante, mais uma vez
Sinto que o amor existe com vária fantasia
E, dando carinho e sensação sem timidez
Cria-se os versos tão lotados de ousadia
Se do profundo ardor ergue-se o momento
Não pode ser fim em eterno esquecimento
Pois, o poetar tem movimento e sensação
E sinto, ó deidade, a farsa que então seria
Um verso sem cor, sabor, cheiro e cortesia
Estaria vazio de olhar, toque e de emoção...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12/03/2023, 10'50" – Araguari, MG
MAL DE DOR
Toda poesia de agonia, por mais que doa
Na prosa de espera encontra recompensa
Toda aquela situação que causa sentença
Muda-a poeticamente em composição boa
A rima que fere, a inspiração que agrilhoa
Emoções não são que o tempo não vença
Apreço transforma em luz a penúria densa
Em um verso com sentimento nada magoa
Ai do poeta que sente, sem ter proposta
Escrevendo o mal de dor e de amargura
Negando o sim, e poetizando que gosta
Noutra parte, em vão, busca a ternura
Em um coração partido, sem resposta
Pois, somente com amor a dor se cura!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 maio de 2023, 14’16” – Araguari, MG
ACROBATA POESIA
Sonha, devaneia, numa prosa que acalenta
Como a sensação dum coração enamorado
Nervoso, poético, em um versar encantado
Sentimental e de um desejo que apimenta
Versa a imaginação, com a alegria atenta
Agita a alma e, dum sentimento povoado
Salta, celebra, gargalha, frenético pecado
Sai e escorre pelas mãos, a trova sedenta
No movimento a inspiração se lança no ar
Do alvor do papel, e em piruetas a apontar
Viravolteando cantos de amor e de magia...
Saltitante pensamento, poeta, saltimbanco
De ilusão inquieta, num rumoroso arranco
Se arroja e se mostra em acrobata poesia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09 junho, 2023, 20’32” – Araguari, MG