Coleção pessoal de gianna_cardoso

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CERTEZA

Eu sabia que és assim.
Sem nunca ter vivido algo semelhante antes.
Eu sabia que és assim.
Estavas lá, concretamente abstrato.
Correção, estás lá , abstratamente concreto.
Materializado dentro de mim.
A Presença.
A Paz.
A Esperança.
Eu sabia que és assim.
Minha vida inteira,
É um espaço pequeno...
Para tanta Eternidade.

“ASSOMBRO

" O REI SAIU A PASSEAR.
ENCONTROU MEU CORAÇÃO
CONTEMPLATIVO,
EM ESTADO DE GRAÇA,
BOQUIABERTO DIANTE DA GRANDEZA DA REVELAÇÃO.
PERMEANDO AS DOLOROSAS TRAGÉDIAS
PESSOAIS, DE MENINOS, VELHOS, MULHERES,
ELE,
O AMOR INCONDICIONAL DO ETERNO,
ESCORRE COMO UM BÁLSAMO,UM ALENTO.
ENCHARCANDO A ALMA AMORTECIDA
COM DOCES CÃNTICOS DE LIVRAMENTO!
E ESSA SIMPLES EXPECTADORA IMPRESSIONADA,
SE CURVA DIANTE DA GRANDEZA VISLUMBRADA.
JAMAIS SERÁ A MESMA.
SEUS OLHOS VIRAM O REI!
E O QUE ELE É,
DOBRA OS JOELHOS DA ALMA..
E CALA O CORAÇÃO."

Resposta

"O Rei não se dobra, nem dobrado é.
Sua soberania alcança o mais elevado céu!
Sua sabedoria não pode ser esquadrinhada.
Sua glória se estende por toda a terra e envolve os homens...que se revolvem no pó que são.
Alimentados de vaidade, perplexos, e sem compreender
Clamam contra o céu : Onde está o teu Deus ?
Tão certo quanto Ele é real, jamais entenderão,
que obtiveram a resposta.”

A única liberdade verdadeira, é a de ser escravo de Cristo. A liberdade de obedecer a Deus. Toda outra liberdade é prisão disfarçada. Altar onde o ego sacrifica em seu próprio favor.

“Quero ficar na tua sala de estar.
Que sala maravilhosa, cheia de verso e prosa,
A janela imensa, sempre aberta, dá para todo lugar...
E venta... As cortinas translúcidas, se abraçam, se enlaçam.
O perfume...de cravo, canela e limão, abre a porta pra memória entrar.
Ah... como eu amo essa sala, a tua sala de estar.”
― Gianna Cardoso

AMOR BANDIDO

SOU ESCRAVA DE UM AMOR !
NÃO REFLITO,
RACIOCINO,
NÃO VEJO,
SÓ AMO !
COMPLETAMENTE,
INCANSAVELMENTE,
REALMENTE NEM EXISTO.
SÓ AMO.
SOU DEPENDENTE,
CARENTE,
DA ATENÇÃO DO OBJETO DO MEU AMOR.
MEU CORAÇÃO TRANSBORDA,
SE AMOLDA,
DESDOBRA,
NADA SEI DE MIM.
SÓ SEI DO MEU AMOR.
RESPIRO POR ELE,
MEU PRAZER ESTÁ NELE,
MINHA VIDA É A DELE.
SEM ELE ,
QUISERA NÃO SER.
NÃO TENHO POR QUE VIVER!
SOU ESCRAVA DE UM AMOR.
COMO, SE ELE COMER.
GOSTO DO QUE ELE GOSTA.
DO QUE DESGOSTA, DESGOSTO.
VISTO O QUE AGRADA A ELE.
SOU O QUE ELE QUER QUE EU SEJA.
MEU PRAZER É O PRAZER DELE,
O OBJETO DO MEU AMOR.
TENHO OUTROS AMORES???...
DEVERIA TER...
SER LIVRE PARA SENTIR,
O QUE ME DESSE NA TELHA...
MAS MEU CORAÇÃO É ESCRAVO,
NÃO EXISTE ESPAÇO,
PARA AMOR ALÉM DESSE.
ELE É DONO DE TUDO.
ORDENA E COORDENA,
TODAS AS MINHAS EMOÇÕES.
JÁ PROCUREI ME REBELAR,
MAS SOU REFÉM DESSE AMOR !
FIZ DELE O QUE ELE É,
MEU ALGÓZ,
MINHA ALEGRIA,
MEU DEUS !

MINHA CERTEZA ABSOLUTA

Perdi a inocência daquele amor juvenil,
Que se largava, sem questionamentos.
Hoje, te amo desesperadamente...
Mas as prateleiras da minh'alma,
Cheias de conjecturas,
Procuram ordenar a maré das minhas emoções,
Para que ela não extrapole o aceitável.
A menina presa na minha maturidade espiritual de hoje,
Quer jogar suas tranças e fugir da torre do teologicamente correto...
E correr descalça pelas praias maravilhosamente experienciais,
Da minha infância...
Onde eu rolava com meu Jesus
Nas ondas de uma paixão desavergonhada,
E tinha certezas absolutas, próprias da inocência.
Minha alegria é saber,
Que se eu mudei...
Meu Senhor permanece o mesmo,
Em sua perfeição atemporal.
Posso buscar aquelas praias do mar...
E se não conseguir mais rolar na areia...
Vou simplesmente me assentar aos seus pés,
E ficar...
Já descalcei meus sapatos...
Depois de 20 anos, 1 dia, dez minutos,
Não importa, tempo demais!
Pisei aqueles lugares eternos de outrora,
olhei,
E para minha alegria...
Ele já estava lá...
Ele já estava lá!

ÁRVORE DA VIDA

Ah... Árvore onde me abrigo...
Tua sombra me acalma.
Deito-me aos pés do teu tronco,
Segura pelas tuas raízes profundas
Que confronta minhas superficialidades,
E me firma na Rocha que é mais elevada do que eu.
E me segura firme, forte.
Me guarda das tempestades violentas
E sustenta minha alma menina.
Ah... Árvore preferida...
Não te troco por nada!
De ti bebo do puro mél...
Tuas fontes divinas renovam minhas finitudes,
E eu me eternizo em ti,
No meio do jardim.

A FAS TA MEN TO

Buraco negro,
Espaço sem fim cheio de carência,
Repleto de ausência,
Enfastiado de alguma coisa vazia...
Que parece mas não é,
E teima em persistir
Não sendo.

Anseio ouvir trombetas,
Rasgando de musicalidade a manhã,
E anunciando a chegada do Amado!
O Rei tocou novamente,
Com seus santos pés,
A terra santa,
Da santa cidade de Jerusalem!
E o céu desceu e veio habitar na terra.
E findou a terra,
Para sempre,
Por que onde o Rei está,
Ali está o céu.

MEU MOMENTO

AMADURECI...
MEUS DIAS ESTÃO SE OUTONIZANDO.
MINHAS EMOÇÕES ANDAM VAGAS,
AMPLAS,
COMPLEXAS, DESCONEXAS.
POR VEZES CORRO PARA VER SE ME ENCONTRO,
EM ALGUMA ESQUINA ,POR AÍ.
VOLTO DECEPCIONADA...
NÃO CONSIGO ME ACHAR !
SERÁ QUE CRESCI ?
PAREÇO UMA ADOLESCENTE EM CRISE DE IDENTIDADE.
SER OU NÃO SER?
EU JÁ DEVERIA CONHECER A RESPOSTA...
MAS RESPOSTAS ANDAM ESCASSAS ULTIMAMENTE.
OU SERÁ QUE FORAM AS PERGUNTAS QUE SE AVOLUMARAM DENTRO DE MIM?
HOJE PAREÇO COMIGO.
AMANHÃ, QUEM SERÁ ESSA ESTRANHA QUE ME OLHA DO ESPELHO?
ASSIM VOU VIVENDO...
CRESCENDO,
DESAPRENDENDO...
ME VENDO DE FORA PRÁ DENTRO,
VIRADA DO AVESSO ,
TRAVADA DE SENTIMENTOS...
OU LIBERTA NOS SENTIMENTOS?
SOU LIVRE PRÁ SER OU DEIXAR DE SER.
SOU LIVRE PRÁ SOFRER .
SORVER ATÉ A ÚLTIMA GOTA,
DA MINHA CALAMIDADE DE HOJE.
LIVRE PARA APRENDER A DESAMAR,
A ME DESCABELAR...
A SAIR DA NORMALIDADE E ENCONTRAR MEU RUMO.
SOU LIVRE PARA CRER NO IMPOSSÍVEL,
NO IMENSURÁVEL,
NO INATINGÍVEL!
QUER SABER?
SOU FELIZ !

APARÊNCIA

É QUASE SER,
O QUE NÃO SE É,
A PONTO DE NINGUÉM DESCONFIAR,
QUE SÓ SOMOS,
O QUE APARENTAMOS,
QUANDO OS HOLOFOTES
ESTÃO SOBRE NÓS.
QUERIA APARENTAR MENOS,
E SER MAIS ,
QUANDO A ESCURIDÃO,
A SOLIDÃO ,
RETIRA O DOMÍNIO DA VISIBILIDADE
DOS MEUS OMBROS,
E ME PERMITE APENAS SER
O QUE SOU,
AOS OLHOS DO ÚNICO
QUE SEMPRE VIU A MINHA VERDADE
BEM DE PERTO,
E CONTINUOU
ME AMANDO.

A Estrada

Tudo o que posso fazer,
É irrelevante, insignificante,
Diante da tua glória !
Sou esse pedaço de barro,
Aprendendo a se ver pó,
Nas mãos incrivelmente habilidosas
Do Criador do Universo.
Com habilidade de mestre, grito aos quatro ventos,
Diante do céu e da terra
Minha total dependência do teu Espírito.
Tua graça,
Me basta.
Tu dizes. Eu acredito!
Bastante Graça...
Um oceano dela,
Enchendo meus poros esvaziados de mim.
No fim das contas,
No deserto que eu sou,
Árido e poeirento,
És o manancial de Águas Vivas...
A fonte que faz tudo valer á pena.
A brisa que me alivia e gentilmente,
Me empurra para frente,
Neste novo e vivo Caminho.

“Ser ou não ser, eis a questão?”
Errado Shakespeare!
O problema é o que fazer
Quando descubro a resposta!

Meu Luto

Amor é bom.
Amar faz bem.
Mesmo sendo ele eterno,
O ser não dura
E a dor do amor atravessa a alma, o corpo e o espírito,
Com todo o poder.
Do amor à dor,
Uma vida inteira num segundo.
Termina o que infinitas horas geraram.
A estaca profunda da dor do amor
É a marca que carrego comigo

conclusão

Meu desejo
É que o teu desejo
Seja o meu desejo
E o meu desejo
Seja o desejo de Deus
Mas tenho a impressão
Que Deus não se deixa seduzir
Anseio que o desejo Dele e o teu, combinem com o meu
Porque se não combinarem
Sei o que devia fazer, ceder
Mas não o que vou fazer, conseguir ceder
O resultado de tudo isso? É claríssimo, chama-se sofrimento
Lutar com Deus é perder...
Pensar na possibilidade de ganhar de Deus
É continuar irremediavelmente
Perdido.

Bendito Punhal

Teu sangue
Já me lavou
Tua santidade
Me contaminou
Estou no processo doloso
De assassinato do ego
Mantenho os olhos
Fixos naquela Cruz
Que a tua graça, tomando a minha mão,
Em meio às lágrimas e contorções da minha natureza
Gentilmente,
Insiste em fincar mais profundamente
A cada dia
No enganoso habitante do meu peito.

Não basta

Se dizer Eu te amo bastasse,
Pra te fazer entender o quanto eu te amo,
Eu diria !
Mas é necessário que o que é dito seja ouvido...
E essa opção é sempre tua.

Labareda
Flecha de fogo
Mar que absorve a areia
Flui do Eterno
Sobre o mortal
E o mortal morre
E ressuscita
Muito mais eterno.

Sabores e cores...
Perfumes , amores
Torrentes de dores
Lembranças entesouradas
A vida é bela!
Diz a menina dos olhos
Debruçada sobre a janela da alma.