Poesias sobre Pássaros
Certa vez quando pequeno, resolvi criar um passarinho. Não sabia se quer a espécie, mas criava. No começo era um pouco calado e pulava muito de um lado para o outro da gaiola. Com o tempo, cantava mais e era manso. Cansado daquilo, resolvi abrir a porta da gaiola e ele observou... Silêncio, meu e dele. Em um bater de asas ele saltou para fora e voou. De longe eu pude observar observar algo que nunca havia observado meu pássaro fazer... voar. Algo tão simples, mas tão magnífico. Me emocionei e chorei por fazê-lo sofrer. Estava privando-o de ser o que realmente nasceu pra ser. Um pássaro! Quando crianças, simples coisas marcam nossas vidas. Naquele momento, aprendi a deixar voar tudo aquilo que não me pertence.
Podem crer, até os pássaros fazem isso. Aos sentidos do divino, agradecê-lo é como a mais bela música que soa em nossos ouvidos.
O rosto demonstrava certo cansaço, o sorriso era meio torto, como o vôo de um pássaro desengonçado, mesmo assim calava a noite transbordando paz, era o sorriso mais lindo que já vi.
Que esse amor tão doce e puro se sinta acolhido em minha alma, e como pássaro que procura abrigo, faça ninho no meu peito.
Gosto de pessoas simples com alma de passarinho, pois essas por onde passam espalham o pólen do carinho.
Ponho a pensar como os pássaros que são livres e uma das suas maiores metas é voar o mais alto possível para se sentir feliz, e representam essa felicidade diariamente com seu canto esplendor que conquista a todos, um canto natural que soa com a simplicidade de uma vida que só quer sentir o vento em seu corpo e nos dias de chuvas se acomodam em árvores dando um tom de mistério, sábio seria o homem se seguisse forma de vida de um pássaro para seu dia- a- dias.
São as flores que te abraça, são os pássaros que te canta, são os rios que te banha, o mato que te veste...e eu, a mulher que te ama.
Queria viver como o pássaro livre e não como o que está na gaiola. Pensando bem, estamos em um dos dois lados em tudo que fazemos, pois sempre queremos satisfazer as expectativas das pessoas e acabamos sempre sendo julgados em qualquer situação. Assim, livre ou preso... É sempre a mesma coisa!
Sou um amante confesso. O canto dos pássaros, a senhora que pede dinheiro na passarela ou mesmo o vento fresco que me abraça quando o calor parece vencer a disputa. Amor é meu combustível, o sentido que dou a vida. Sem ele não conjugamos os verbos ACREDITAR, COMPARTILHAR e RESPEITAR. Você já amou hoje?
"Liberdade é um conceito, uma palavra e até um lema para muitas pessoas, mas para um pássaro é voar sem barreiras..."
Na poesia não há limites...pensamentos voam como pássaros em liberdade, lua dança agarrada ao mar, beijos são trocados sobre o vento, eu e você rolamos sobre areia, corremos rio adentro, nos tocamos feito música...violão, piano, violino são testemunhas dos nossos desejos, das loucuras que sonhamos...verdes, campos...flores nos perfumam. Na poesia não há limites, tudo é infinito, nada é proibido...tudo acontece !
Você me deixou como um passarinho com asas quebradas, fraca demais para voar. Mas hoje eu voo, querido, eu voo alto, como gaivotas sobre o mar.
O tempo voou nas asas do pássaro gigante que batia suas asas tão rapidamente, que nem deu tempo de eu me despedir de mim....
E ao longo desta estrada encontrei muitos pássaros mortos...eles já não balançavam suas asas, pois de tanto sacudi-las em vão, caíram sobre o pó de giz e de lá saíram acreditando ser apenas pó e só lhes restaram um soluço que ao cair da tarde vira lamento e arrependimento!
Observei um pássaro, sim, ele mesmo voando alto, muito alto mesmo até que resolveu voltar e em seu ninho tinha alguém para amar.
distraí-me com o vôo do último pássaro... segui a trajectória da última esperança, plantei a raiz onde ainda há sonho...
trago o sorriso algemado, e o silêncio apontado, um estranho pássaro na nudez da palavra, e a memória em fuga sedenta de ternura...
Queria ser passarinho e que você também fosse, e teríamos a certeza do que somos, bem assim: Passarinho! Feito para voar e fazer ninho.
"Era de manhã. Não havia maldade. O sol tilintava. A brisa assoprava. Os pássaros cantavam. A água corria por entre as fontes e a nascente brilhava. Fixou-se em seus olhos. Como se nada acontecesse, como o vento, ou mesmo a brisa, como uma serpente, uma víbora, um pecado, um sinistro movimento, sobre as trevas do medo e do inconsciente, sob as luzes da vida, num acorde de instrumento... Lá estava. Um filete – marulhando. A tentação lhe invadindo... Sol após sol. Quando a lua surgia, encontravam-se de novo, desastrosamente, no quarto".
quebraram-se as nuvens, o chão ficou molhado de giestas, imóveis os pássaros no vidro quebrado dos meus olhos permanecem ainda na memória d'outras primaveras...
