Poesia sobre Cidade
DESAJUSTADO SOCIAL
Eu rabisquei seu nome dentro de um coração
Num beco sujo da cidade
Mas me assustei e ocultei essa paixão
Num segredo com sete chaves
E de bem longe eu te vejo e explodo de emoção
Furtando meu mundo perfeito, assim como ladrão
Eu fico louco de desejo ,estranha sensação
De ver você,em meio a sombras geométricas
E eu me atirei sem rumo (e sem direção)
Numa fria chuva de Abril
E eu bem sei,até certo ponto"cê" tinha razão
Eu não me ajusto a sociedade
Um zé ninguém que sem trabalho vive num porão
Aos trinta e cinco de idade
Mas me conheço e me respeito com a mesma proporção
Do amor que eu sinto em meu peito e escrevo essa canção
E fecho os olhos quando canto em meio a multidão
Vejo você...naquela noite ela não estava não .
E eu me atirei sem rumo (e sem direção)
Numa fria chuva de Abril
Não existe algo que me pertença, nada que se ostenta
Só um punhado de poemas e meu violão
Também não sou do tipo de homem que pensa
Que possa valer a pena, uma mulher que se compra...
Até sonhei com a gente de mão dada no centrão
Vem da minha vida fazer parte
Mas acordei com a saliva fria num balcão
Foi tudo um simples disparate
O advento da poesia traz transformação
Com três acordes e a essência ensaio o meu refrão
E as luzes do palco da vida afastam a escuridão
Vejo você, num dia claro e lindo de verão
E não mais andei sem rumo (e sem direção)
Numa fria chuva de Abril.
Preciso arrumar um jeito de não ver teu rosto por todo lado desta cidade.
Não posso mais machucar esse meu coração que soa desentoado e que tem uma leve disfunção. Não posso ser cruel ao maltrata-lhe assim.
Pra isso preciso de tuas palavras, aquelas não-ditas, sabe?!
Não mande eu não confundir as coisas. Não percebes que elas já estão todas confundidas em minha mente?
Faça o contrário, desconfunda!
Mas se tiver que FICAR, diga, fica!
Caso contrário arranque teus pedaços de mim. Arranque tuas músicas.Teu cheiro impregnado em meu braço. Tua poesia completando a minha. Arranque tudo. Desmanche as prosas ao pé da lua. Desmanche o teu amor que um dia pintou em mim.
A minha Ribeirão Preto não é a gênese, é a revisita. Não é a metrópole , é a cidade pacata do quarteirão francês. É onde o público ensina e forma os jovens a se transformarem líderes da coisa privada.
É a cidade largo, outrora capital da cultura, do renascimento, do experiente cheirando a novo.
É a do Teatro do Imperador, das praças e do cafezinho. É Única. Altiva, capitaneia a região soberana , congrega os locais.
A Ribeirão pela qual me apaixonei é a do Otoniel, do antigo e , ao mesmo tempo, renovador, colégio Estadão. Diretor herói do Sertão, que clamava pelo Hino Nacional com respeito e orgulho.
Ribeirão, das domingueiras recreativas aos sábados da Nove de Julho. É a cidade dos nomes globais. De Heraldo a Ernesto. Do Nacional ao Fantástico. Do Pereira ao Paglia. Universo das rádios, do Datena ao Marcio, irmão do Zé e do Edmo.
A Ribeirão em que meus filhos e meu neto nasceram não é menos charmosa, é mais comercial. É política, com conquistas e dissabores.
A Ribeirão que me entristece é a que não reconhece. Grandes nomes da educação, da cultura, das artes e do esporte. Figuras carimbadas , hoje desdenhadas. Esta não é , definitivamente, a minha terra.
A minha terra tem palmeiras na Jerônimo, tem Museus, tem Bosques, tem Condomínios de luxo , tem estádios grandes e vazios, tem desenvolvimento, tem futuro.
Quem tem raíz, tem vida. Tem o chopp na veia, tem a história bem formulada , nunca acabada. Tem orgulho e cuidado. Somos responsáveis pelo que amamos.
A Ribeirão, enfim , que queremos é a que iremos construir, divulgar e respeitar.
A Brasília que conheço é a cidade de uma amor mal resolvido, de idas e vindas, de ventos e contratempos. É uma cidade planalto que mira do alto o nosso chão das planícies.
É a Brasília origem - polis - urbis sem vales e sem becos. Muitos dos que aí vivem pensam ser maestros da nossa orquestra, mas desafinam a toda sessão.
Brasília de um amor moroso, amoroso, distante, tão perto ao alcance de um tom e tão impossível que não conhece meu som.
Essa é a Brasília que habito, porque não moro, porque quanto mais eu desejo mais eu demoro.
MERCADO CENTRAL
No interior dessa cidade, corredores em labirinto escrevem lentamente a história desse valente povo. Tradição e modernidade caminham lado a lado com a cultura de toda essa gente, convivendo com a vida simples que se leva aqui nas terras de Minas, na contemporaneidade da Belo Horizonte.
Sorrisos encantados numa lasca de queijo branco, numa banda de melancia encarnada, ou no doce mel contido num pedaço satisfatório de abacaxi - na praça nossa de todos os dias - nas esquinas desse pequeno Brasil. Beleza e riqueza de detalhes e variedade (in)igual de opções, pluralidade que encanta mundos e atravessa com orgulho muitas e muitas gerações. Peças de encanto dispostas pelo quadriculado chão, cheio de antropomorfismos, perfazem um mosaico histórico ocupando cantos distintos no coração das pessoas.
A vida simples desse mundo singular confunde-se a todo tempo com o requintado gesto de nobreza humana existente no seio dessa grande família. O rico convive lado a lado com o pobre e sente orgulho de ali estar. Patrão e empregado são grandes amigos viciados na cachaça que é estar lá. Percorrem juntos a lida no dia a dia e vencem juntos a dura jornada de trabalho desse lugar.
Por todos os lados o que se vê é gente viciada na vida, os visitantes tornam-se logo íntimos. Pois, sorrisos não são difíceis de encontrar! E se jogam Cruzeiro e Atlético no domingo...Na segunda-feira, o mundo pára, se um deles ganhar.
No cafezinho todo mundo se envolve nas prosas e ao rival perdedor, não é permitido apelar.
Dia e noite se confundem no tempo, não se percebe o dia passar!
Turistas se apressam nas compras, religiosamente a sirene toca. Até amanhã! Alguns dizem... Não vejo a hora de aqui um dia voltar!
O vento me alçava pelas ruas da cidade.
Lentas as rodas do carrinho giravam
e viravam ao bel prazer do meu olhar.
Aqui-e-ali algumas ilhas de música, bebida,
carnes, gentes...
Carteados nas calçadas...
Dentro um jazz baixinho roendo meus tímpanos.
Fora: os meus olhos perscrutando novidades.
O natal é dia morto.
Cada um com os seus.
Botecos fechados, círculos fechados.
Fui-e-voltei-num-risco.
Um pequeno giro pra digerir a leitoa.
O que me resta agora
é preencher a boca-da-noite
voltando ao ritual
de abrir freezers e cervejas
e sorrisos.
Amanhã será outra coisa.
Sejam bem-vindos as ruas sujas da cidade,
onde hoje em dia a pouca liberdade.
Que se lixe o governo e a sua falsa democraçia,
é por causa desses ladrões k o povo anda com azia.
Curitiba É Bonita Demais
Vem cá, vem dançar
Que eu vou te contar
Esta cidade, linda, linda
Mil versos vão dar
É Curitiba, é minha vida
Meu mundo, enfim
Na rua das Flores
No Largo da Ordem
Ou em qualquer outro lugar
Vamos passear
Bem juntos cantar
É Curitiba, linda, linda
Eu vou te mostrar
O verde dos parques
É um sonho à parte
As noites não são nunca iguais
O inverno é dolente
O verão tão ardente
Curitiba é querida demais
AVIÃO-GIZ
Há mais labra
no teto desta cidade
y o maior risco
que há no céu é feito de avião-giz
registro de minha
perniciosa
liberdade
Desculpa se essa cidade é de um povo quente e cheio de energia, cheio de cuidados e cheia de alegrias não que não tenha suas mazelas, mas até assim suas ruas se tornam belas, existe um povo que tentam nós demonizar, só que do profano ao sagrado sabemos respeitar.
Quem vem à Salvador e conhecê alguns lugares, não existe, não senti vontade de retornar, se você não vem na Bahia, não vai ter história pra contar.
Ingratidão
Oh meu Deus me perdoe
A minha ingratidão
Nasci em cidade grande
Mas amo o meu sertão.
Não desejo tocar os prédios
Apenas tocar o chão
Descalço na terra correr
E na rede adormecer
Perdoe minha ingratidão
Mas não me vejo em cidade grande
Mas livre no meu sertão.
Alexandre C.
Poeta de Libra
Bastava saber que ele estaria na cidade para se colocar à disposição para servi-lo de algum modo.
É simplesmente Jesus Cristo!
Nas sombras dos morros, histórias cruas,
De uma cidade que dança entre luzes e breus,
Violência oculta nas vielas, ruas,
Rio de Janeiro, onde o sonho perdeu.
No alto, palácios de zinco e saudade,
Onde a vida resiste, à margem do olhar,
Em becos estreitos, o grito da cidade,
Ecoa silencioso, difícil de calar.
As crianças brincam, sem medo do perigo,
Num mundo que esconde, um caos desmedido,
Entre balas perdidas e o amor bendito,
Semeiam esperança, num terreno erguido.
Nos olhos dos jovens, a revolta brota,
Uma guerra invisível, sem fim, sem derrota,
Onde cada esquina, guarda uma história rota,
De um futuro incerto, que a fé não adota.
O caos social, um monstro adormecido,
Desperta a cada aurora, faminto, destemido,
Na luta diária, um povo esquecido,
Busca na poesia, um refúgio perdido.
O Rio de Janeiro, ferido, encantado,
Contrastes que brilham, num cenário desenhado,
Onde o belo e o feio, num quadro mesclado,
Retratam a cidade, num verso apagado.
Os morros que cercam, são guardiões da verdade,
Espelhos de um Rio, que clama liberdade,
Entre becos e tiros, mora a realidade,
De uma cidade partida, em eterna dualidade.
Os Encantos do Inverno
O inverno trouxe serenidade e encanto à cidade coberta de geada , transformando os dias e noites em momentos de aconchego e intimidade. Em meio ao frio, o amor florescia com abraços calorosos à beira da lareira e passeios tranquilos pelo parque. A estação fria realçava a beleza das pequenas coisas e fortalecia os laços amorosos, tornando cada momento compartilhado um presente precioso. Assim, enquanto o inverno passava, o amor permanecia forte e eterno, aquecendo os corações e preparando-os para qualquer estação futura.
Estou partindo para outra cidade
e eu estou só em busca da felicidade.
Eu quero ver gente diferente.
Quero o carinho que eu nunca ganhei.
Talvez eu te encontre, amor que eu sonhei...
Numa bela tarde eu estava voltando de viagem (captólio-MG) até minha cidade seriam 6horas de viagem. Sem sono decidi ficar olhando pela janela, a tarde estava linda!!! O pôr do sol em meio algumas nuvens branquinhas, o mato verde, o céu "Alaranjado" perfeito demais. Resolvi conversar com Deus : Pai obrigada por um dia incrível, obrigada por nos proporcionar essa tarde maravilhosa e me desculpe por as vezes não prestar atenção no Quão Grande tu és, não reconhecer que nossa vida é como o céu, as vezes um sol maravilhoso, mas as vezes chuvas e trovoadas. Tudo muda, tudo passa, faz parte. O SENHOR me perdoa por não reconhecer isso? Pensar besteira? E ser ingrata? Se sim, envia um Pássaro nesse céu maravilhoso. NA MESMA HORA UM PÁSSARO VEIO NA MINHA DIREÇÃO DEUS ESTAVA ME OUVINDO, ELE ME PERDOOU.
No mesmo momento eu pensei, será que DEUS está mesmo me ouvindo, conversando comigo? Falei com ELE mais uma vez: EU SEI QUE SOU FALHA E PECADORA, MESMO ASSIM O SENHOR ME ESCUTA, FALA COMIGO E AINDA ME AMA? SE SIM ENVIA DOIS PÁSSAROS.
Dois pássaros então, vieram em minha direção. Eu agradeci tanto, é realmente maravilhoso as maneiras que DEUS conversa conosco. Vim umas 2horas olhando pela janela, não vi mais pássaros algum. DEUS REALMENTE ESTAVA FALANDO COMIGO.
Hoje fiz de Paris
a cidade da minha vida,
e estávamos juntos...
Beijei a sua boca tanto e tanto
que você brigou comigo,
mas não ligo
Porque hoje eu já fui a Paris
e você estava comigo!
(Adriana Moulin)
Na cidade de São José da Tapera, em Alagoas, antes das pessoas terem necessidade de aulas de inglês, geografia, português, gramática, matemática e outras disciplinas, ou profissões como artesãos,
músicos, bailarinos, elas precisam aprender a escrever e a ler na sua própria
língua, a serem alfabetizadas, e terem desenvolvimento de raciocínio, crítica e
argumento, de aprenderem normas de limpeza, higiene pessoal e educação
pessoal.
A serra queima
chora
lágrimas de fumaça e fuligem
que descem para a cidade
como gotas de chuva seca
chuva que arde nos olhos
chuva que suja
chuva que sufoca...
URANDI ANTIGA
No encontro dos rios
nasceu a cidade;
ainda tinha a lagoa
que deixou saudade.
Tinha os casarões
cheios de janelas,
comércio com portas
e fachadas muito belas.
As casas eram artes
de platibanda portuguesa;
símbolo de riqueza,
pois a família era burguesa.
As casas eram geminadas
sem janelas dos lados,
com quartos interligados
pra serem ventilados.
Não tinha casa recuada,
usava grade na porta
para barrar cachorro
ou gente que não suporta.
Tinha casas muito bonitas
construídas na praça,
de incomparável beleza,
enfeitadas com vidraça.
Tinha suntuosos sobrados,
sinônimo de muita riqueza.
O mercado era um barracão
com maior feira da redondeza.
