Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada
Uma Tamurá-tuíra florescida
pela manhã além de rimar
com poesia é a própria poesia
alimentando os olhos, a alma
e o coração de quem passa
pelo caminho rumo ao destino,
Se você vai se encontrar
comigo só saberei no final.
Na primeira mordida
se igual a festa que
faz a Maçã do amor,
É a minha poesia
junina para te inspirar
a festejar com sabor,
Não duvide que sou
brejeira e caipira
e para sempre na vida
serei quem eu sou.
Caldinho de Costela
feito com carinho
e do jeito caipira,
É poesia, sim senhô,
para recarregar
a energia do meu amô,
que vai dançar comigo
de novo até o Sol raiar.
A minha poesia
jamais precisa
de gente no meio,
é Correio elegante,
E cada verso meu
tem endereço
direto pro seu peito.
Pétalas de Ipê-amarelo
atravessam o caminho
indicando que a noite
será linda, cheia de poesia
e com direito a companhia
das estrelas nos cobrindo
de fascínio e de alegria.
Corrida de três pernas:
a poesia, o poema e os poetas
na direção das rimas
sem reticências nas querências
em tempo de Festa Junina
e dançando Quadrilha.
A minha poesia
é Barraca do beijo
sem preço,
Celebro a rima
com o teu desejo
que me brinca
e inteiro te beijo.
Aqui tem amor, poesia
fogueira que esquenta
e a escuridão alumia
com todo o direito
a Mingau de Tapioca
na nossa Festa Junina.
Mãe Aparecida,
Materna poesia,
Minha Senhora,
Castíssima Rosa,
Padroeira do Brasil,
Com o seu manto azul anil,
Zelai por nós,
Que o tempo não seja algoz,
Por nossas fronteiras,
Do nosso povo não te esqueças,
Por nossas águas,
Pelo verde das matas,
Por nossos ares,
Proteja os nossos lares,
A tua presença,
Vai muito além dos altares,
Ela está em todos os lugares.
Abraça toda a poesia do mundo,
Longe de você vivo em vero luto.
Palmilha a estrada florida,
Para que voltes a fazer parte da vida.
Entende os caminhos que fiz,
Perdoa-me... Eu te fiz infeliz.
Agarra a felicidade, ela voltou,
Para ti que tanto me amou...
Esqueça o que passou, esqueça;
Opte pela estrada cor de violeta.
Escute tudo o que tenho para falar,
Perdoa-me... Aprendi o quê é amar.
No jardim do amor, doce humildade,
As estrelas preparam a estrada,
Para que a eternidade de amar encontre
O lugar que pertence e não seja abandonada.
Entenda, ao menos me ouça:
Fiz o quê ninguém fez ou ousa...
Ninguém ama sozinho,
Esteja bem certo disso.
Procuro a tua libertação,
Que é mais minha do que tua;
Nas letras e nas brumas da Lua.
Estenda além do conceito,
O amor nada tem de estreito...
Quando se ama espera,
Perdoa até o quê magoa.
A distância supera,
A alma se entrega
E alimenta-se de toda a poesia.
A poesia tem
a leveza das espumas
Ela voa pelo ar
tal como as plumas,
A poesia vira tudo,
e até te [revira
Te fazendo novo
para amar incrivelmente.
O canto que vem
de dentro,
É fruto que ninguém segura,
É a natureza que
ninguém [furta];
Ela é expressão do
meu sentimento.
Ai, poesia!...
Tão perfumada,
Escrita tão plena,
e tão apaixonada;
Voltei a ser menina
em versos [simples,
Não menos belos e
não menos importantes.
O barulho do mar
é como o riso,
Ninguém consegue
prever,
E jamais conseguirá
[conter];
Ele é como o curso
do destino.
Ria bem alto,
mesmo sem
contentamento.
Alegre-se
[sempre],
afastando todo
o sofrimento,
A liberdade pode vir
a qualquer momento.
A poesia da gente nordestina
Lá de Simão Dias
Declamada em oração.
Rezou o terço
Para Nossa Senhora de Sant'Anna
Durante a procissão
Com todo amor e devoção.
A poesia da gente brasileira
Lá de Simão Dias
Tocou o meu coração.
Sou sulista e nordestina
Escrevo em linhas com paixão
Poesia brasileira
Em todos os ritmos do coração.
Do Sul até o Nordeste
A minha fé celeste
Não abandona a oração.
Peço a Nossa Senhora Sant'Anna
Que coloque o seu manto
Sobre o Brasil
Colocando-nos sob sua proteção.
A vitivinicultura
é a expressão
de tanta poesia
que por tantos
séculos perdura.
Se você não sabe
o significado,
faço fácil a melhor
recomendação:
busque encontrar
um San Michele Bebbiolo
que o 'santo' feito
de tão sagradas
uvas te indulta,...
Porque logo vais
repetir de novo
a dose de paixão.
Ao poeta Cruz e Sousa...
A poesia é interminável
Nasci Julieta infinita
Do nascer do Sol
Até o morrer dele
Filha de toda a inspiração
Cresci poética pelas mãos
Do negro que escreveu
No mar o soneto etéreo
A poesia é inefável
Nasci imperfeita, artista
Do tom da clave de Sol
Alçando a harmonia solene
Serva de cada excitação
Louca por tuas mãos
Feita das tuas linhas
Estrela suspensa
Que com brilho o mar ilumina
Cada vez que tu me olhas:
o teu olhar me arrebata, fulmina
Como as ondas do mar se integram
E tanto fazem com as espumas
Não que elas desapareçam,
Uma passa a pertencer a outra
- se revelam -
Assim é o mistério de amor
Que tanto me entrego...,
Passando assim a ser mais tua
Do que todas as nereidas desnudas
Que por ti passaram...
Contigo nos reúno, e nos possuo.
Apenas aqui existe
- uma poesia -
Escrita com requinte
Porque amar é lira
- dádiva única -
De quem vive plena
- a vida nem tão doce
Como muitos pensam.
Não há nada seu por aqui,
Apenas uma poesia lírica,
- intimista -
De quem tenta sorrir,
Espera e confia,
No que a vida tem para dar,
E o amor que guarda libertar.
Tenho verdade naquilo
Que escrevo,
Tenho bondade naquilo
Que sinto,
Tenho carinho, se me aprecia,
Sou poema-mulher,
Sou poesia-feminina, sibila.
Apenas aqui existe,
- um espelho -
Escrito com doçura,
Que você procura,
Nesse mundo desprovido
De carinho e doçura;
Não! Espere nada...,
Simplesmente me leia
Um poema virtuoso - que incendeia.
A noite desce
Calmamente,
E eu livre de rigores
- caí em poesia
Simplesmente.
Escrevo para mim,
Para satisfazer-me,
E envolvendo-te
Intensamente
Apaixonando-me
Por ti para sempre,
É desafiador!...
Só tenho o tempo,
Para zelar por nós,
E por nosso amor,
Sinto a fragrância
Na mais alta nota.
Desenho a rota,
Alguém tem de crer,
Num caminho leve,
- Imediatista -
Amar de verdade
Requer grande zelo:
ORIGINALIDADE!
Fazes-me bailar
na noite de cristal,
Sou o teu beijo imortal,
a tua poesia,
Talvez a mais fatal:
a tua profecia.
Harpa celestial
afinada na tua mão,
A mulher nascida
para viver de paixão.
Uma crônica, um verso,
um soneto total,
Nascidos em uma noite
de cristal,
Escritos nos passos
da cortesã,
Típicos do baixo
meretrício,
Ufano-me disto
e daquilo sensual...
Oculta, louca e
indescritível fantasia
Que galopa
cuidadosamente...,
Toco sem perdão,
em carinhos
- repletos e libertos
Além de morar no coração,
Ocupei toda a tua mente,
inteiramente.
Doçura, leveza
e espiritual alegria
Que canta
simplesmente...,
A canção que sai
da mente
Para os lábios
docemente,
E que encanta
o meu coração
Pela sinceridade
evidente.
Você que saiu em busca da poesia,
Ela surpreendeu te dando uma
rasteira,
E agora? Como encontrá-la?
Ela entrou e passou pelos teus poros,
Sobrevoando as
(dunas),
E agora, está escondida atrás dos cactus,
E bem agasalhada no ninho das
(corujas).
Você que não sabia nada sobre poesia,
Ela descoberta por meus pequenos versos,
Te seduziu com todas as plumas...,
Com o voo
(silencioso),
Macio e
(carinhoso),
A poesia entrou e passou,
Deixando a saudade inteira em você.
Sendo notada ou não,
Voa poesia voa,
Escreve até sobre a garoa,
Mas voa porque a vida é boa,
Não desista de mim não,
Não saia desse meu coração.
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