Poesia Completa e Prosa
Eu sou poesia
Chocolate quente com uma boa companhia
Eu sou tempestade
Mar agitado até na chegada do cais da cidade
Eu sou música
Aquela melodia que trás paz de verdade
Eu sou Intensa
Adrenalina total em alta frequência
Eu sou calor
Capaz de incendiar o frio do seu coração
Eu sou 8 ou 80
Comigo ou é tudo ou e nada!
Dy Lopes 💙
CHAMO
Sou eu! Não me ouves, poesia? Piedade
Sinta está sensação que pulsa no pranto
Olha este sentimento que me pesa tanto
Que brada, dói, que me faz pela metade
Pois, não vês a poética que traz saudade
E meus versos com versos sem encanto
E que o canto traz tristura no seu canto
Portanto, ouça-me, e não seja maldade
Quero prosa e agrado, não de centavos
Quero bravos, ver o verso maravilhado
E em cada versar um versar com ardor
Eu tenho mais que somente os agravos
Tenho o ritmo na alma tão cadenciado
E no coração a exatidão doce do amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 novembro, 2022, 17’20” – Araguari, MG
Na Exactidão da Partida -
É como se antes de nascer
a dor me conhecesse
e a poesia me escolhesse
no momento de viver.
É como se antes de viver
a loucura me vestisse
e a morte me seguisse
como um galgo a correr.
É como se antes de correr
este mundo me evadisse
e a noite me despisse
vivendo nú sem saber.
E ao lado da saudade
passo a passo fui vivendo
pela vida fui sofrendo
à deriva, sem vontade.
Na verdade quis a morte
quis à vida pôr um fim
quis voltar p'ra onde vim
em procura d'outra sorte.
Mas fiz da vida uma cadeia
da minha casa um jazigo
do meu caminho fui mendigo
e tanta gente na plateia.
Vou-me embora sem esperar
abandono toda a gente
solto a corda que me prende
aqui não é o meu lugar.
Magnata tocador;
Piano;
Das mais profundas dores;
Poesia dedicada às furtunas;
Raivas frias;
Soa este beijo arrepiante como uma isca para se embriagar na paixão!
E, no final acabar feito um cão sem dono;
Sofrente pensador moderno;
Caçador de inspiração;
Inocência perdida na loucura;
Doce leito de morte;
Os menos loucos são os tementes à vida;
Violino de cuja melodia é bestial;
Um faz de conta são as vontades privadas de satisfação;
Luta de altíssimo nível, é com o que causa tédio!
Benevolência abdicada;
In, 369 - poemia de la vida
"A arte do meu encontro"
E que contradição, poesia não deveria ser sinônimo de solidão?
Tudo o que Você é, se torna antítese perante a arte do desencontro.
Refuta com oque és, aquilo que deveria ser só consternação.
Hoje agradeço a nossa sina[?] A razão do nosso encontro.
PENSAMENTOS"
Poesia sem futuro, sem passado, nem presente, nasce da dor de um perda, quem sabe perda de um dente, dente de alho, dente canino ou pre-molar, duras e difíceis decisões, quantas ainda precisaremos tomar, remédio pra gripe ou suco de guarana, partidas sem sentidos, indo pra nenhum lugar, sem saber onde quer ir muito menos onde quer chegar, chegando em todo canto apenas no simples pensar, Japão, Africa, Nigéria é hora de acordar"
VOO DE SILÊNCIO
Fico a pensar
e tudo ecoa em pedras
Pedras que são poesia
sólidas, de líquida dureza.
Então o amor
derrete em duro líquido.
Minha mão não traça
mais versos de amor,
que antes vazavam do peito
e tomavam tua alma,
tua alma com letras tristes.
Hoje, embora tristes
Não vibram para alcançar
teus ouvidos
que eram violados e possuídos
pela minha língua,
antes de possuir teu corpo
A flor nasceu sem perfumes,
Pois foi picada por répteis
com asas feitas de pedaços
de pântanos.
Suas pétalas caem
em pó que cobre meu rosto
e cega meus olhos.
Vivo na sombra
que me produz em gesso.
A tenho moldada na brisa
da manhã do orvalho frio
onde a relva benze meus pés,
pés que comem as distâncias.
Busco teu rosto
na distância dos trovões
que pousam nos campos
agarrados ao vento
tocando o lábio da noite.
Os gritos da escuridão
estremecem o cheiro
úmido do chão,
mas a morte persiste
transpassando os dias.
Minha língua
não tem paladar e a tristeza
é não poder mostrar-te o campo
após a chuva cálida
mas apenas dar-te a dor
de um punhado de argila
para dissolver n`água.
Colheria areia do céu
Para escorrer entre teus dedos.
O clarão ao iluminá-la
Não diminui minha tristeza.
Escuto as fontes frescas
que cantam moldando
sua passagem
entre canteiros de margaridas.
Os pombos brancos
Perdidos entre nuvens
Num lençol tingido de vermelho.
Aqui está a mão lançada
no crepúsculo
Não consigo alcança-la
Tarde! Tarde eterna!
Sem revoada de pardais,
sem o sol se por,
sem luz e sem sombra.
O tempo acabou
e a espera continua
acreditando poder
enfeitá-la de amor.
Um amor que insiste
em perfumar a eternidade.
Não sofra se minhas lágrimas
deitar sobre teus seios.
É assim que nós dois
fizemos nossos caminhos
por entre pedras e flores.
Hoje resolvi busca-la,
não para aproximar-me
do teu corpo,
mas para percebê-la
no pulsar dos corações
que habitam num único peito.
Aprender a lição de pouco
chorar e muito sofrer.
Um voo de silêncio
levando-me em passeio
pelo mundo de sonho,
um sonho de corpos,
entrelaçando de imensidão.
Desejos diversos,
desejo que não acabam
e existem nas lembranças
do teu corpo entregue
as minhas mãos imundas
que tingem de pardo
a brancura do teu ventre.
Mas o sono desfez-se
E restam os fantasmas.
Vejo que os sonhos
não são meus,
porque a noite os levam
os dissolvem e os destroem.
Uma estrela acaba
de deixar o firmamento
e a escuridão se faz maior
como um imenso sepulcro.
Eu sou pedaço
Para estar aqui e ali,
Tenho salvação dividido.
Estou livre e preso
E vou esquecendo do nome,
Atravessando o jardim
Repleto de suas flores.
Poesia do giro
As alegrias giram, vão e voltam. As dores giram, vão e voltam. A felicidade gira, vai e volta. Os amigos giram, vão e voltam. Os afetos giram, vão e voltam. O dinheiro gira, vai e volta. A economia gira, vai e volta. Os políticos giram, vão e voltam. Os limitados giram, vão e voltam. Os endurecidos giram, vão e voltam. Basta viver pra girar, ir e voltar.
A NATUREZA DA VIDA
A vida é uma poesia,
Alimento para a imaginação,
Com toda sua cinesia
Causando grande admiração.
A natureza coloca o homem no seu lugar,
Ao mais poderoso faz dobrar o joelho,
Mostra, assim, para que veio.
Suas forças o homem não pode domar.
Provoca os mais profundos sentimentos,
Desata os nós do entendimento,
Vai além da razão e do conhecimento.
Minha reverência ao seu Autor
Que tudo belo fez surgir,
Do lugar mais profundo fez emergir,
A dádiva divina do amor.
Fim.
Ivan F. Calori
JANELAS PARA Á MINHA PRIMAVERA
POESIA
Eu o vi no canto de lá,
Uma alma iluminada,
Tão iluminada quanto á minha áurea
Eu o vi ás verdes pastagens,
Sobre os meus vales de sonhos.
Eu o vi á sua alma de luz entrelaçar,
Sobre o ventre do meu rico solo.
E logo me surgiu, ás suas cortinas de cores.
Imponente,
Nostálgica,
Soberana e inspiradora.
Vinha-se ela com o seu olhar cintilante,
Como dona e deusa,
De minhas estações de anil.
Eu o vi atalhado em seu corpo,
Um mundo revestidos de pétalas,
Agregado á sensibilidade e á autenticidade da vida que me á.
Aos olhos de minha vaga imaginação,
Abracei-o. como se abraçastes á minha própria razão de ser.
Mas logo renomeie-lhe com um tema.
Cujo tema:
Janelas para á minha primavera.
No canto de lá,
Sobre o leito dos meus rios de sonhos,
Soavam-se entre ás sinuosas curvas,
de seu destino e do tempo que lhe á,
Cantos dos meus sabias,
Melodias dos brandos ventos de sua aurora,
E ás boas novas de suas aves migratórias.
Que sobre ás galhas de minhas doces roseiras,
E das copas dos meus verdes arbustos, vinha-se elas pousar.
Eu o vi o branco dos lírios anunciar,
a nobre chegada de minha imponente primavera.
Eu o vi em festa,
No canto de lá,
Toas ás almas da vida se renovarem,
sobre um inusitante cenário de cores.
Ilhas de flores,
Pomares frutíferos,
E inúmeras revoadas de andorinhas,
Entre um horizonte á outro, á proclamarem,
Ás boas novas da proa de minha primavera.
Eu o vi, o porto soberano de seus vastos canteiros,
A bailar entre ás asas dos sopros de sua nova aurora.
E assim,
Meus olhos o contemplavam, o inovo de cada vida,
A natureza em raras formosuras.
sobre á:
Janela de minha primavera
.
DONA E SENHORA
POESIA
Dona de minhas verdades,
Senhoras de meus devaneios,
Por ti, guardo em mim,
Á razão do teu existir.
O encanto do teu olhar e,
Os mistérios que veste e te envolve.
Por tua grandeza,
Minha alma viajante se esvairá e se reascendem de uma pura luz.
Minha mente se ilumina,
E os meus pensamentos. em voos,
Se destina ao teu destro destino que ás tuas vontades o destinastes..
Dona e soberana de meus ensejos.
Quando em mente, me vem os teus contos,
Logo vejo o meu ser sobressaltar entre ás letras e versos que no vão do meu imaginário se descreve por ti.
Retrato-te entre ás rimas e crônicas desta fina estampa do tempo que me á.
Ás vezes, te reescrevo em mente,
Outras,
Nas pautas dos verbos que me expressa á viva poesia de tua arte.
Decerto, somente te encontro,
Viva como á luz que me ilumina
Quando no meu interior, sinto-te florir.
Tu é dona dos meus acasos,
Senhoras de minhas inspirações.
Tu és os versos que versejo quando na noite escura. á voz do silêncio me cala.
Tu és dona de todo o meu universo expressivo.
Minha terna e doce senhora.
A rima salva vidas
QUANDO O POETA, DECLAMA SUA POESIA
FAZ RODA, NÃO FAZ FILA
MAS NÃO É A MAIORIA
DIA A DIA
A TIA
EU JÁ SABIA,
NA JANELA ZÉ-POVINHA A VIDA DA VIZINHA...
E O SOLDADO
PREPARADO ENGATILHA
NAS LINHAS AS RIMAS
QUE SAI DO POTE
E VOCÊ VAI PRO TRABALHO
OUVINDO NO SEU IPHOD
NEM NOTE QUE O NOT PEGA MUSICA FORTE
QUE SAI DO POTE
SEM TROTE IDEIA FORTE
Racionais DuRap Face da Morte
E O MELEQUE QUE VAI PRO CORRE
NEMGUEIM SOCORRE
NÃO OUVE IDEIA FORTE
QUE SAI DO POTE
A TIA QUE TEVE SORTE
SAIU DE PINOTE
CORRENDO DO BOTE
DO FRACO QUE FICOU FORTE
COM UMA ARMA NO SEU POTE
VOCÊ QUE TEVE SORTE
MENINO TOMA NO POTE
POR CAUSA DO SEU IPHOD
SUA MÃE CHORA SUA MORTE
MEU FILHO NÃO TEM IPHOD
NEM NOT
QUE ESTOU SÓ
UM FILHO CAI NO B,O
DEIXANDO SUA FAMÍLIA
SEM DIRAÇÃO
CONSTITUIÇÃO FORMANDO OPNIÃO
A MINHA JÁ TA FORMADA
POETA
SOM DE QUEBRADA
SEM PARADA ERADA
RIMANDO DE NOITADA
MADRUGADA
CAMINHANDO NA ESTRADA
NÃO É CONTO DE FADA
CÃO QUE LADRA
MORDE A LINGUA
E A TIA ZÉ POVINHA A VIDA DA VIZINHA
PERCEBIA NA QUELE DIA
QUE EM QUANTO O POETA RIMA
SEU FILHO NÃO ALI,
PARADO PEGA LADÃO
MENINO DE PÉ NO CHAÃO
JOGADO EM COVA RAZA
MENINO QUE NÃO RIMAVA
FAMILIA QUE NÃO NOTAVA
A RIMA LIBERTAÇÃO
O CORPO JÁ TA NO CHÃO
E TARDE NÃO TEM SAIDA
ESVAIDA AVIDA
DE QUINA SEM RIMA
RETRATO DA VIDA
SOFRIDA TARDIA
A TIA SABIA NO DIA
A RIMA SALVANDO
VIDAS
MINHA POESIA
(dedico àqueles que como eu amam amar)
Minha poesia
é essencialmente romântica
livre, conciliadora, intensa
e nada, absolutamente nada
posso fazer pra quem dela
despreza, renega ou mesmo
não gosta ou não compartilha
Porque entendo perfeitamente
que na estrofe de verso de sextilha
nem todo mundo ama, amar
há os que preferem tristeza, dor
ódio, revanchismo, ceticismo
na sua escrita, no seu poetar!
Poesia "A Vaca"
A vaca era leiteira,
Dava muito leite
Fazia filhinhos,
Muitos bezerrinhos.
Amava seu esposo,
Um boi preguiçoso,
Amava sua família
Uma família unida.
Ela passeava
E também pastava,
As vezes não comia
Ficava doentia.
Ela envelhecia,
Estava bem velhinha,
Seus filhinhos cuidaram bem dela,
Como ela deles cuidou.
Certo dia bem fraquinha,
Pediu para falar com sua família,
Restava apenas alguns suspiros,
Então disse:Eu amo vocês
Seus filhos choraram,e,choraram
Seu esposo se arrependeu de não ter sido um esposo bom,
Chegou a hora,ela se foi
E para um lugar bom viajou.
Na Poesia da Vida :
há flores e espinhos
há mar e vendavais
há águas e vinhos
há becos e cais
há luz e escuridão
há frestas e contramão
há estradas e desertos
há girassóis e nós
há ventos e ventanias
há acordes e fantasias
há amores e ilusões
há céus e chãos
há arco íris e nuvens
há paixão e inexatidão
há portos e redemoinhos
há alentos e descaminhos
há chuvas e temporais
há horizontes e montes
há risos e lágrimas
há sons e silêncios
há tempos e templos
há fome e saciedade
há fontes e frontes
há brisas e furacões
há prisões e liberdades
há desapegos e saudades ...
Na Poesia da vida há de tudo ...Tudo !
Depende do dia
Depende do luar
Despende dos céus
por onde o poeta
voa
se liberta
Por onde passeiam
seus pensamentos distantes
e suas asas em versos anseiam
re-pousar .
POESIA DE ANIVERSARIO - CRISTIANE MARTINS
Falta um dia,
Pra celebrar,
Um ano a mais de vida,
Neste planeta Terra,
Existência das manhãs,
E experiência dos anos,
de muito em tempos adquirida.
Dia de PRIMAVERA,
que colore com energia,
que enfeita o caminho de todos,
Com paz e alegria.
Neste dia bem-vindo,
Desejo a todos os meus irmãos,
Os mais próximos,
Os mais distantes,
Luz e amor no coração.
Que tenham força e coragem,
Pra vencer toda barragem,
de tristezas e derrotas,
que se faça em cada lagrima,
Novo grito de vitoria.
Fruto de um bom aprendizado,
Eu colho na terra da vida,
O que aprendi na dor e no amor,
É que se vive o dia a após dia,
Como se fosse um bom "CARPIE DIEM"
A vida é um grande mestre,
E tudo na Terra também o é,
As flores,
Os frutos,
Os pássaros,
O mar,
O sertão,
O céu
Com toda sua amplidão,
Nos traz com toda a sua essência,
A essência das essências,
Da vida do coração da vida,
Da vida do coração.
Poesia? Que se fo** a poesia quando eras tu que eu queria, de dia para dia eras o que eu mais sentia. Já devia saber o que pensar e dizer antes de te perder por algo que não consigo entender... Eras a ilusão e perfeição do meu sonho no coração e não digas não quando sentias o que eu sentia... será que me entendes?
pretendes e entendes aquilo que sentes? pois eu não... com um murro na cabeça e uma facada no coração...
Eu sou escritor e tu as minhas obras.
Eu sou poeta e tu a minha poesía.
Eu sou saudade e tu as recordações, recordações dum passado que valeu apenas, realidade dum presente embora frio mas cheio de amor e aventuras, certeza dum futuro onde só reinará alegria, felicidade e que no final poderemos dizer um ao outro
"AMO-TE MY FOREVER LOVE"
Poesia no ar,
Bem estar.
Poesia no astral,
Leveza sem igual.
Poesia no coração,
Avalanche de intuição.
Poesia no pensar,
Sentimentos revelar.
Poesia na alma,
Serena, calma.
Poesia no sonhar,
Amor desabrochar.
Bem estar,
Poesia no ar.
Leveza sem igual,
Poesia no astral.
Avalanche de intuição,
Poesia no coração.
Sentimentos revelar,
Poesia no pensar.
Serena, calma,
Poesia na alma.
Amor desabrochar,
Poesia no sonhar.
COMIDA E POESIA
Proteínas, minerais, sais, açucares, fibras, etc., etc. Imagine que todos esses elementos fundamentais para a alimentação, cada um deles em suas respectivas quantidades necessárias à manutenção diária do corpo, estivessem dispostos em um grande prato, bem na sua frente, sintetizados e misturados aleatoriamente e prontos para serem ingeridos. Quem sabe o resultado não fosse apenas uma grande massa disforme e estranha, de múltiplas cores e sabores, aromares, texturas, uma riqueza suficiente para confundirem-se os sentidos e acabar por não identificar a peculiaridade de cada um. Não parece algo muito apetitoso, não é? É porque não é assim que “funcionamos” mesmo. Comer é, antes de mais nada, uma necessidade, um impulso de auto conservação a partir do qual, por uma relação de apoio, outros contatos e aprendizados, através da incorporação oral, podem experienciados e adquiridos, alcançando um caráter pulsional autônomo e qualitativamente diferenciado do que o caracterizava em sua origem. Então, se a qualidade daquilo que nos impulsiona a comer já não é mais a mera necessidade instintiva, o que agora seria? Algo tão presente em nossas relações e atividades, desde as mais corriqueiras e ordinárias às mais complexas. Chama-se prazer. Sim, porque o prazer se associa, por exemplo, aquele franguinho guisado que nossas mães e avós (até mesmo os pais, eles são certamente de mão cheia!) preparam em casa, com todo o cuidado e carinho, com toda a riqueza tradicional de seus temperos e segredos, construindo factualmente a receita que persiste em ideia, esperando apenas o momento em que uma oportunidade lhe permita nascer pelas mãos que as preparam, a este muito que tanto carece de belezas injustificadas. Normalmente começam por um convidativo cheirinho de temperos que preenche suavemente cada vão da casa, recebem o principal de seu corpo culinário para ganhar cozimento e são acompanhados por uma multiplicidade de cores. São tomates, e pimentões, cheiros-verdes e cebolinhas, tudo o mais que essa tão maravilhosa arte permita em sua elaboração poética. Cozinhar é exatamente isso, fazer poesias que não são escritas em palavras para nossa linguagem, ou mesmo expressas em sons que nos proporcionem deleite em suas cadeias harmônicas. Fazer poesias que nos encantam através de seus aromares, dos seus sabores, das suas cores. Tudo à sua maneira. Tudo com sua peculiaridade. Tudo formando um corpo que é inteligível além da linguagem, soando como uma melodia além do que qualquer harmonia é capaz de suportar. Poesia que não sai pela boca, mas que a penetra deliciosamente, proporcionando prazer ao corpo e satisfação para a alma. E cozinhar algo delicioso a alguém especial é, também, manifestar toda a beleza de sua própria alma e oferecê-la gentilmente a um paladar que se apeteça dela, incorporando-a, um verso a cada colherada, uma estrofe a cada olhar entrecortado por um doce sorriso ao acaso, como um soneto que, mesmo sem uma única palavra, diz tudo a respeito da alegria de viver e amar.
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