Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac

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Poder é perigo
e hoje acordei
rindo

Dom é tom
e hoje acordei
rindo

Querer é criatura
e hoje acordei
rindo

Na cara a boca
na pia o prato
sujos de feijão.

Orgulho gaúcho

No sul quando nasce o dia
Nasce também à magia,
Esta estranha alegria,
Que se tem ao respirar.

Cevo um mate amargo
Do lado do meu amado,
Em silêncio uma oração
Agradece meu coração.

Agradeço minha terra
Meu pampa sul-rio-grandense,
O Patrão velho lá no céu
Por certo está contente.

Por ver tanto orgulho
Pela sua criação,
Que traz cada gaúcho
Dentro do seu coração.

Sou gaúcha, e isso é certo!
Trago a chama da emoção,
O amor por esta terra
Honrando sua tradição.

Reconheço a beleza
Da nossa amada querência,
Ressaltando na consciência
A minha essência gaúcha.

Fiel as suas tradições
E disso, não abro mão!
Churrasco campeiro...
Fogo de chão...

E um gostoso chimarrão
Nos braços do meu peão.

Inverno gaúcho

Gaúcho maneia o tempo
E para um pouquinho lá fora,
Arfa no peito este frio macanudo,
Que faz parte da nossa historia,

Sente a pele queimar as melenas balançar...
Afrouxa um pouco a fivela e deixa o minuano te invadir
Arfa com gosto, sente a goela congelar...
Relembre no frio a herança que aprendemos dês de guri

O valor da união, do calor amigo,
Da roda do chimarrão...
Da Brasa acesa, da labareda ardente...
Do calor humano em nós sempre presente.

Retorna aos braços da tua prenda
Aconchega-te nos braços do teu peão
Com a certeza que o frio é mais uma
... das bênçãos deste chão.

Diz homem, diz criança, diz estrela.
Repete as sílabas
onde a luz é feliz e se demora.

Volta a dizer: homem, mulher, criança.
Onde a beleza é mais nova.

Legado

Os poemas sempre ficam
São guardamos na emoção
Quem escreve os ratificam
No entendimento do coração
Quem os lê se transformam
E viram parte da narração...

Borboleta

Metamorfoseia borboleta
Ensina a conjunção ranheta
A transformar a solidão
Em acontecimento, e então...
Desenhar o dia com companhia
Alegria
Emoção com euforia
Sonhos e fantasias
Coonestando o coração
Com amor e paixão...

Voa belas borboletas
De asas multicoloridas
Brancas azuis e pretas
Glorificando esta vida
De chegada e partida
Em diversidade e brio
Colorindo o estio
Com felicidade, harmonia
Provocando na alma arrepio...
E na inspiração poesia.

Luciano Spagnol.

Ubuntu

Nós
Eu e tu
Somos uma só voz
Somos "bantu"
Entre todos, diversos
Se sozinhos diminutos
Somos controversos
De vários atributos
Nunca sós, rima e versos
Desigual nunca absolutos
Seremos se formos
Na vida, afetos são frutos
"Eu sou porque nós somos."
Amor e amado, serão condutos...

Luciano Spagnol

No fado eu invento
Tento sonhos em rima
As trovas meu alento
O leitor minha estima
É desafio é energia
Motivação esgrima
Espelhado na poesia

Luciano Spagnol

O poeta e o povo

E os poetas, os poetas
Necessitam falar,
Tirar tudo o que esta preso por dentro,
Sem medo, tem de falar
Para o povo, muito mais
Do que sente.
O poeta não pode calar,
Diante ao sistema,
Diante a tudo o que se passa,
Diante a opressão,
Diante ao massacre social.
O poeta tem de falar
O poeta tem de escrever,
Nada pode calar a boca do poeta,
O poeta tem de ser livre,
Tem de romper barreiras.
O poeta tem de respirar
E se o ar esta poluído
Buscar uma forma de falar
Se a água está poluída
Buscar uma forma de falar,
Se estão matando a natureza
Buscar uma forma de falar,
A sociedade precisa saber,
Que estão destruíndo
O que há de mais precioso,
A natureza.
Se querem cortar os direitos
Trabalhistas, o poeta tem de falar
Se o povo não tem como
Se sustentar, o preço
Dos alimentos estão auto
O poeta tem de falar,
Levantar o povo
E juntos protestar,
O poeta não pode morrer,
O poeta tem de sobreviver
O poeta tem de buscar,
O poeta, o poeta tem que
Ir além da poesia,
O poeta tem que ter ousadia
O poeta pertence ao povo.

EU SOU

Eu sou o outono e o inverno,
Eu Sou do Arco-Íris o amarelo,
Eu sou do sonho, a razão,
Eu sou apenas, um coração.

Eu sou do espaço, a dimensão,
Eu sou o novo e o velho,
Eu sou do amor, a busca,
Eu sou da busca, o começo,

Eu sou do começo, o medo
Do medo, o recomeço,
Do recomeço, o fim
Muito além de mim.

Livro Lírico

Peguei nosso livro, e abri,
Bem naquele dia que te conheci,
Feliz, assim me senti,
Foi tão bonito quando escrevi.

Parecia uma criança com esse doce,
Que eu não queria largar,
O sabor no momento fez eu parar,
Meu coração bater, e meu mundo girar.

É fabuloso, eu reconheço,
Qualidades, defeitos,
O jeito que descrevo para mim.

É incrível como o começo,
Se perde nos meios,
E é difícil enxergar um fim.

Lixo de vida.
Lixo de humanos.
Lixo de sol.
Lixo de luz.
Lixo de ar.
Lixo de dia.
E assim acaba minha poesia.
Que é um lixo, todavia.

eu so queria me isolar
e trancada no meu quarto estar
eu so queria estar no meu mundinho
onde eu so ouço passarinhos

e ninguem podera me obrigar a lavar,limpar
e cuidar
e ninguem nunca podera entrar
porque a porta sempre ira fechar

O Eco

O menino pergunta ao eco
Onde é que ele se esconde.
Mas o eco só responde: Onde? Onde?

O menino também lhe pede:
Eco, vem passear comigo!

Mas não sabe se o eco é amigo
ou inimigo.

Pois só lhe ouve dizer: Migo!

Sua ausência passou por mim
Como a linha através de uma agulha
Tudo o que faço é costurado com a sua cor

Despreparada para a honra de viver,
mal posso manter o ritmo que a peça impõe.
Improviso embora me repugne a improvisação.
Tropeço a cada passo no desconhecimento das coisas.
Meu jeito de ser cheira a província.
Meus instintos são amadorismo.
O pavor do palco, me explicando, é tanto mais humihante.
As circunstâncias atenuantes me parecem cruéis.

A crueldade tem humano coração,
E tem a intolerância humano rosto;
o terror a divina humana forma,
o secretismo humano traje posto.

O humano traje é ferro forjado,
a humana forma, forja incendiada,
o humano rosto, fornalha bem selada,
humano coração, abismo seu esfaimado.

Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.

Eu hoje represento a loucura
Mais o que você quiser
Tudo que você vê sair da boca
De uma grande mulher

CIDADE SORRISO

Em minha memória, uma saudade
Dos tempos de outrora, um aviso
Daqui fui, aqui voltarei, realidade
Uma mineira cidade, cidade sorriso
Onde sempre fui, territorialidade
De minha alma, aqui sou indiviso...

Neste um universo, versa a beleza
Gente de minha história, de contos
Em um recital duma incrível pureza
Poesia nas velhas cadeiras, pontos
Seresteiros cheios de doce certeza
Nada ali é pequeno. São confrontos!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

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