Poemas Sombrios
Seu olhar
Negro como as sombras que transpõem pensamentos noturnos.
Tão nítido quanto harmônico.
Claro e cristalino como água pura.
Misterioso e obscuro que me fascina como uma arte milenar, tão belo quanto raro.
NOITE TOSCA
A noite é bicho macho...
Que permeia sombras
causa enredo e medo
faz festas de arromba.
É bicho espantador...
Onde, homem treme
esconde segredos
e a fêmea geme.
A noite é bicho mágico....
Gambelador de miragem
brinca com visão ótica
apresenta suas visagens.
Vento, sopra na porta
tick no pensamentos
jugular pula com horta
timpanos e sentimentos.
A noite quando loca...
Vidraça estilhaça raça
Bala perdida tiro na roupa
coração bate na boca.
Portão, portas aos chão
estouro de cadeado
disparo no coração
mensagens... Recados.
Vago pela noite tosca
é um ato lambrecado
uma secura pela boca
um medo escorregado.
Antonio Montes
►Navio Do Asfalto
Sombras indo e vindo
Calçados refletidos pelos vidros
Sorrisos e brincos, moletons contra o frio
Os quebra-molas que sempre são percebidos
Os raios do sol que desenham os cílios
Em um navio de metal,
Transportando os marujos até a capital,
Que desembarcam no ponto final.
Crianças no colo dos pais,
Que lembranças isso me traz
O navio possui o seu próprio conforto
O capitão está a caminho do porto
As ondas de concreto causam sono
As paisagens são expostas em cada canto
Normalmente os marujos não possuem um canto,
O silêncio as vezes é constante.
Ah dia que o tempo não passa
Outros, ele simplesmente me ultrapassa
Alguns eu mal adormeço e já chego em casa
Parece até que viajei dentro de uma espaçonave
E quando desço, me sinto pesado, e não leve
Posso levar para casa novas pessoas que conheci
Dentro deste navio também posso interagir.
RELÓGIO E SOL
Fora das sombras e da noite
o sol, em sua vil solidão...
Pendula-se em seu branco solidário
aquecendo seus dias, mantendo
vida e, sufixando seus amores.
Enquanto o relógio por ai...
Com seus braços e suas torres,
suas paredes, e seu tic, tác...
Não conta o tempo,
não mede momento, mas com
suas marcas, demarcam seus dias,
separam seus meses...
E ainda, arrasta seus planos,
empurrando a sua idade
contra as rugas dos seus anos.
Antonio Montes
Nas sombras de um poema
Chegará o dia em que serei
Só memórias, rascunhos
De uma vida não passada a limpo
Uma história com muitos sonhos
Reais e abstratos todos ali dispersos
Perdidos nas páginas do livro que o tempo
Deixará amarelado numa estante ou talvez o vento
O tenha levado para longe onde...não sei
Já estarei no silêncio do meu crepúsculo
Talvez sonhando, ou só a dormir, talvez eu lembre...não sei
E minha alma sonhadora talvez ainda esteja
Por aqui...não sei...talvez a voar nas sombras de um poema esquecido
01/02/2017
A FALA QUE ACHA
Enquanto a lua esgueirava pelas ruas,
as sombras esqueléticas...
Esgueiravam-se, pelas formas retas
dos seus totens de concretos,
e as pilastras que ninguém não as vê.
Você não acha...
Eu não acho, eles o que acham?!
Quem é que acha, o que não se pode,
ou não quer achar...
Quem é que acha,
a barca, que se perdeu no mar?
Aquele que não fala, não gosta de achar
a lua acha, mas se cala sem falar
com sua prata, ela apenas ilumina a fala
para, aqueles que gostam de achar.
Antonio Montes
EXASPERAÇÃO
Pela noite... Lá vai a lua
e a morte espreita a debruçar,
sobre vultos das sombras nas ruas.
Tem choro de menino
estampido de um terrível assassino
e os sinos do medo, estão rindo.
Lagrimas nos rostos desesperados
indica o presente, com o passado.
Antonio Montes
A ti revelo os meus segredos
As minhas sombras, pesadelos
A ti revelo os meus medos
Sequelas do meu pensamento
A ti revelo os meus sonhos
Esperanças perdidas no momento
A ti eu mostro o meu tesouro
Minha arte, meus poemas, o meu ouro
A ti revelo o meu corpo
Aberto, descoberto monumento
A ti e só ati o meu desejo
Que não é mais nem menos
Que o teu beijo.
Mundo de sombras.
Mundo amargo, De diluvio,
Para um desnudo momento,
Passado de longe, meu amor,
Grande sentido, Mero vazio,
Entre tantos pesadelos, Sois o dia,
Nessa escuridão, de meu coração.
Fora, em profundezas, esquecido,
Momentaneamente, calmaria, de repente,
Sonho bom, sendo algoz, meu amor...
Cala me por mais que temores de minhas mãos,
Sejam tormentas, desaguam sobre suplicio,
Vejo está noite um passado, mero detalhe,
Dentro da alma em chamas que consome...
Destino estranho que dera, eras no docemente,
Passadas por voz em algum murmurio,
Ruínas, de um passado, perdido por enquanto,
Se diz para cada madrugada, mais um gole,
Na sobriedade, o medo que escurece os olhos,
Por tal solitude, espaço sem compreensão,
Vertigem de mais a mais, embora amor...
Vasto em origens desconhecidas, á vejo
De tantas formas, sendo a última vez,
O primeiro de longe a paixão, que gravita
Dentro da amplitudes que o amor é diluído
Nas passagens da vida há amo puramente...
Ouça o vento soprar
Veja o sol nascer
Corra por entre as sombras
Dane-se o seu amor, danem-se as suas mentiras
devastação,
sombras,
sonhos de amor,
para onde caminham?
desejo que afrige o amor,
denoto tua voz num caticó de solidão,
tão pouco sei viver sem dia e a noite,
saberei viver sem teu amor...
bem como os laços da paixão,
vejo nos olhos do céus,
desespero ao longe,
pequenas palavras de soam gotas de perfeição,
até imensidão clamo por amor.
Vou só com a noite,
calado de pés descalço,
procurando sombras.
Descobrindo...
Desisto de ser
para chorar baixinho,
lembranças de alguém
que me ensinou um caminho
e, em meio a tempestade,
me deixou sozinho...
Toma...
Te dou meu coração
Mas, cuidado, ele é muito frio
Com sombras e solidão
Ele pode te deixar maluca
Te rasgar em lágrimas
Destroçar-te por inteira
Então muito cuidado.
O amor por ela...
Não sei por onde me levarão os ventos.
As horas de agora são sombras abismais
Até quando versejarei por estes momentos
Se o que tenho, é dor. Choro. Nada mais...!
Foge da face daquela a quem amo, a alegria
De tempos outrora meus. Repete-se a agrura...
Mudam-se os dias. As estações. Fica a apatia
Morreram a poesia, o dulçor... A ternura!
Porque não quebras de vez o laço da maldade?
Se em tuas mãos, fixas, estão todos os astros
Traga-nos brisas. Visto que o hoje é tão tarde...
E que ainda eu contemple nela, o riso leve...
Nos lábios daquela onde guardo todo o amor
Do contrário. Torna pois toda a vida, breve.
A dor é sombria, Minhas horas são insônes,
Queridas são as sombras Com que eu vivo, são inúmeras Pequenas flores brancas,
Nunca vão acordá-lo Não onde estão os treinadores❔
A tristeza toma conta de você Anjos não têm pensamentos De jamais devolver você
Eles não se zangariam Se eu pensasse em me unir a você?
Com sombras eu passo ele todo Meu coração e eu Decidimos acabar com tudo Em breve haverá velas E orações que são ditas, eu sei Mas não deixe que chorem,
Que eles saibam que eu estou contente de ir
A morte não é um sonho Pois na morte eu estou acariciando-a Com o último suspiro da minha alma Eu vou ser sua benção,
eu estava apenas sonhando?
Eu acordo e encontro você dormindo No fundo do meu coração aqui Querida espero Que o meu sonho nunca assombre você Meu coração está te dizendo Como eu te queria antes de VC PARTIR.
Dois Desenhos
Guardo dentro de mim um reflexo pequeno e outro grande. Duas sombras. Dois desenhos.
Quando amor eu sou gigante!
Se desilusão, nossa, sou tão insignificante... Minúscula escalo as pedras e, em meio ao percurso sinuoso, falo de tantas coisas: do olhar que vejo além daqui, do horizonte que se estende ali, de um tal de desamor, do brusco desencontro, da face frustrante que oferece a realidade naquele instante. Mas gosto mesmo é de vencer os obstáculos e sou maior quando alcanço a planície.
Aí reencontro o amor, faço as pazes com meus sonhos, retomo a coragem e serena vou admirar. Admirar o céu de tarde: o brilho das cores pinceladas que despertam quando o sol se prepara para dormir. Admirar o céu de noite: pontilhado de estrelas ou claro de lua cheia. De manhã: acordo em expectativa. Admiro o céu luminoso do dia, cobrindo meus passos na terra fresca e macia da estrada. A estrada que me fala de caminhos. Linda em pensamento, guarda além das margens, lembranças e acontecimentos. E o melhor, nela está não só o que já foi, mas o que ainda pode ser.
Matem-se as palavras...
Sombras sorrateiras
correm pelo chão
coberto de folhas
cheirosas!
-- josecerejeirafontes
SOMBRAS OCULTAS
Se nunca dou um tempo a mim mesmo para sentir o silêncio do meu ser, este estado-ego dinâmico isola o meu corpo de minha alma, assim como me deixa cego e surdo para ver e escutar a alma do meu semelhante.
É como se encontra o “status” mental da grande maioria dos homens, que vive criando sombras ocultas que ofuscam a beleza da própria vida! (Pensador, Agenor-escritor).
(Aforismo do Agenor)
Sombras
O que me distrai é o que vejo,
Que paralisa, sem voz e sem a atenção esperada
É como ouvir a musica que mais se gosta e não cantar
Emudecer mesmo admirando, mesmo querendo falar
Uma montanha se levanta e me esconde por traz do nada
Algo imaginário e ao mesmo tempo tão real
E o tempo vai passando, vai levando a emoção fria
E deixando sem forças a vontade.
Apesar das pessoas ao redor me sinto só
Apesar de vozes, só escuto a minha respiração
Apesar de perto, está tão longe
Não vejo seus olhos, não vejo sua boca
O que vejo é a poesia, que me lembra a tua voz abstrata
E tudo acaba quando você vai sumindo
Até desaparecer em meio a minha inércia
E numa tentativa infantil,
fecho os olhos e recebo seu abraço.
De quem são aquelas sombras
Perdidas como outras tantas,
Sem nomes, sem retratos,
Espalhadas como sujeiras
Pelos pedaços de calçadas.
Não sabe o que é frio
Não imagina o que é calor,
Sem cor, sem sentimento.
Esperando, o tempo, o momento,
Alguma forma de alento.
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