Poemas sobre violência que geram reflexão
Todo dia o mundo acaba
Todo dia acaba tudo
Pra alguém
Mas se você não conhece não importa
Ou importa pra quem?
Tantas mães chorando
Enquanto o mundo segue girando
A vida segue andando
Pra frente ?
Mas tem que aguardar
O iml liberar o corpo
Para o seu mundo ela enterrar
Mas se você não conhece não importa
Ou importa pra quem
O mundo acaba Todo dia
Porque todo dia a vida acaba
Mas fica difícil de suportar
A injusta noção de justiça
Que o estado incita a acreditar
E temos de dizer amém
Sem lutar ?
E a minha luta
Você não conhece
Você não se importa
Ou importa pra quem
Não aguentamos mais
enterrar nossas crianças
Seus sonhos nossas esperanças
Não aguentamos mais
Passar a noite em claro
Porquê a polícia vai entrar
Enquanto os "nobres" festejam ao som de fogos o fim de cada ano
A gente "dorme" aos sons dos tiros
Aqui no fim do mundo
Enquanto o marketing divulga
É maravilhosa nossa cidade
Balas perdidas encontram crianças em tenra idade
Onde ?
Lá no fim do mundo
Nas comunidades
Daqui alguns dias não serão lembrados
Enquanto a gente chora nossos mortos
E se pergunta o porque disso
Pela segurança eles dizem
Tá seguro para quem mas vc ñ conhece não importa Ou importa pra quem
Eu sou a sociedade
e sou especialista em criar
Não pense que é fácil
Precisa primeiro se acostumar
Já não dizia o fulano
Necessário ñ é viver
Necessário é...
Enfim vou lhe ensinar um macete
Não tem erro pra entender
Meu método é simples
E o que eu faço?
Eu fecho os olhos ,
Eu fecho os olhos quando a criança chega na escola depois de ser espancada,
Eu fecho os olhos para as crianças dormindo na calçada,
Eu fecho os olhos para a menina de 10 anos grávida ,claramente violentada,
Eu fecho os olhos para o assalto que vejo da janela na minha sacada
Eu fecho os olhos para o meu colega desviando a verba da merenda,
Eu fecho os olhos e durmo em paz?
Não precisa exagerar também,
Quem tem paz num mundo desse ?
Não penso muito .
Eu crio muito!
o importante são os números
não as pessoas certo ?
Um dia mais tarde tragicamente eu encontro tudo aquilo que criei
E sou manchete no jornal da tarde
Morre beltrano com requintes de crueldade
Aquela que eu não repudiei
Aquele assalto na esquina era meu filho,
Mas como eu não reconheci
na hora eu não me importei
Os monstros que eu criei estão sempre a espreita ,
A violência ,o medo ,a fome , o descaso.
Quando bati o carro dia desses fui parar na emergência
faltaram remédios para me salvar , lembrei me do meu colega
que desviava a verba sem pensar
Lembro também de ver uma notícia
de um hospital público que por desvio
de verba não tinha
o mais básico para trabalhar
eu fechei os olhos novamente
e dessa vez eu não os abrirei mais
deixo este mundo como um gigante
Por que tudo o que eu criei
está aí pra te assombrar
Você segue como eu , a fechar os olhos
E no final abre a boca pra reclamar ?
Ha ha ha ha ha ha
________Pamela Pacheco
Vestimenta
Vesti-me de alegria e pelo mundo fui.
A cada passo dado. Só tristeza havia.
Aliada ao desespero e a violência que
em cada lugar existia.
Troquei a minha vestimenta .
Coloquei a da seriedade.
Passei por vários lugares, vi crianças
que para mim sorriam, estavam sujas
e eram pobres.
Entre elas apesar dos pesares havia a
alegria.
Compreendi que , quanto menos idade têm
e com dificuldades maiores, as crianças
melhor visão do mundo possuem.
Coloquei então a roupa da esperança, poucos
foram os que até a mim chegaram , e não se
preocupavam em me seguir.
Vi que o mundo precisava de esperança e alegria,
menos ódio, mais compreensão e transparência,
coisas que só as crianças, com sua pureza e
isenção de negatividades, sentem e vêm.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras. RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Na dor, a leveza voa
Verborragia que sustenta o vazio
Política do Cancelamento: Cultura, documento
O “não importar-se”, já se importando, o representante
A voz, a cor, a raça, a cega religião, o sexo, a carne
É corpo em movimento, alma em aflição, morte em silêncio.
O batom vermelho, magra, alta, loira, olhos em chamas
O perceber do cantar dos pássaros nem é mais música
Morte em vida, um ser finito, o amor em falência
Ufa! Uma janela, mas o vizinho não é social, ele é chefe
Uma porta, a música, a dor, a dança, tudo cansa.
O outro que completa, o inimigo sempre à espera
O silêncio que faz gemer, o doloroso ser sem ter
Gritar, correr, seguir... Ao passo que sou mulher
Existe vida, em demasia, no excesso do calar
O tu, nós, vós, a força de um todo em ação.
É mais fácil para uma pessoa
agredir verbalmente ou fisicamente,
do que dizer 'eu te amo'.
O ser humano é um animal que odeia.
Fica eufórico e se regozija com a violência,
mas fica pálido, trava e emudece
ante o perdão, a paz e o amor.
NO ALTAR
No altar
Dissemos sim
Que era um amor
Para a vida toda
Era para o bem
Era para o mal
Como um conto de fadas
Um sonho lindo
Que se foi tornando
Num maldito pesadelo
Diz não à violência
Não deixes que te digam
Que tu não vales nada
Olha que tu mereces mais
Vai ser feliz neste mundo
Não deixes que o silencio
Te mate o coração ou a alma
★
Dedicado a todas as mulheres e homens
Vítimas de violência doméstica
Quando era criança acreditava que os monstros viviam apenas de baixo da cama,e só apareciam quando estava escuro...
As pessoas diziam que eles não existiam,era só imaginação.
Mas com tempo descobri,que os monstros também apareciam com a luz e tinham aparência de homens.
Eles existem,estão por toda parte!
A síndrome de Bela me persegue
Mas na vida real, a fera podia ter me matado
A rosa, na verdade, era minha
E a última pétala caiu quando eu disse "sim"
Do outro lado, nego desempregado
Bastante desesperado, se rende correndo e cai
Mas caiu com a mão na cabeça
Para que ninguém esqueça
O quanto pediu clemência
E não foi ouvido, por causa da violência
É preciso ter mais do que paz dentro de si,
É preciso ter um caos que te mova à algum lugar,
A paz é preguiçosa, um fardo silencioso, o comodismo diário, o sossego que esconde a agitação.
A paz é cega, ela é o enaltecer da desigualdade, o permitir da dominação.
A paz é o silenciar dos homens e mulheres , é o consumir da carne, é abraço sem toque , o sentir sem sentido.
Nos fizeram acreditar na paz , enquanto nos matavam na guerra.
A paz é o Brasil coberto de sangue e pintado de verde e amarelo.
Me armo de livros
Me livro de balas
Dizia o cartaz
Da bela menina
De pais conscientes
Me faço de irmão
Me ponho ao lado
Do mal encarnado
Dizia o ignóbil
No grupo de crentes!
"ODE À TAINÁ CRISTINA DA LUZ
Menina moça, cheia de sonhos, encantos e desatino!
Que martírio, pensar na sua ausência, sem consequência!
Ser humano brutal, marginal! Como podes? Estás com demência?
Menina meiga de olhar enfadonho, tristonho!
Menina cheia de vida, decidida e de sonhos!
Sonhos que foram interrompidos por uma mente insana!
Desumana, covarde! Como pode?
Thainá, que levava luz até no sobrenome!
Luz! Que haja luz na escuridão! Aqui deixastes um vazio sem comparação!
Este mundo não soube compreendê-la, tamanha a sua grandeza.
Tanta pureza, beleza que foram interrompidos sem nenhuma sutileza!
Que sua estrela brilhe a luz! A luz que não se apaga e sim renasce da esperança!
Esperança de poder esperar que algum dia poder te reencontrar!
Pode imaginar? Se não for nesse mundo, talvez num outro mais sensato!
Onde a sua História não seja interrompida de imediato!
Sua trajetória ficará para sempre em nossa memória!
Thainá da Luz! Onde estejas, sabemos que serás luz!
Que haja luz!
Agradecemos por sua vida! Mesmo que interrompida
Mas que vivida com intensidade, ficaste eternizada
Homenageada nesses simples versos e na memória da EJA
Que assim seja!
Thainá da Luz, que haja luz! ( Marcos Müzel 17/10/2019 18:31)
( In Memoriam- Thainá Cristina da Luz- morte prematura 01/05/2019 )
Jeffrey
Eu não te conheci
Mal ouvi falar de ti
Meu coração é seu
O mais sujo pensamento
Você anda no vento
O passado te matou
1994 anotei no meu caderno
O desgraçado te mata-ra
Que tal irmos atrás dele
Arrancar tudo que há dentro dele
Seu sorriso é gelado
Você tem seus ácidos
Te chamo todo dia
Quando acordo
Quando durmo
Quando me arrumo
Você é único e especial
Matar pessoas foi seu especial
Sinto seus sentimentos
A força do arrependimento
Que tal voltarmos no tempo ?
A Lei Maria da Penha
Está em pleno vigor
Não veio pra prender homem,
Mas pra punir agressor
Pois em mulher não se bate,
Nem mesmo com uma flor.
A violência doméstica
Tem sido uma grande vilã
E, por ser contra a violência,
Desta lei me tornei fã
Pra que a mulher de hoje
Não seja uma vítima amanhã.
A frase dura que escapa
da boca de muitos pais
é tão cruel quanto um tapa
e, às vezes, machuca mais...
A natureza é linda! A obra de Deus é perfeita...
Ah se os homens compreendessem a magnitude das coisas de Deus; ninguém explica Deus.
Ah se os homens usassem de toda esta maravilha para ser no mínimo recíproco, zeloso e justo...
Talvez, não haveria gueras, fome, tempestades, corrupção, promiscuidade, nem idolatria nem violência!
Mas tudo isso é em vão enquanto a humanidade escolher viver as coisas mundanas e se manter cega, surda e muda às coisas espirituais.
A vida é algo tão hipócrita e mentiroso.
Todos são acomodados em uma enganação.
Enganação de uma falsa liberdade,
Se existisse tal coisa, não teríamos apenas desejos.
Desejos quais seriam errados para sociedade,
Sociedade a qual dá a sensação de uma falsa liberdade
Liberdade que se eu tivesse,
Estaria verdadeiramente sendo quem sou
E vivenciando a verdadeira liberdade.
Fome e sede
... e disseram: — foi bem feito!
Quem mandou roubar sua horta?!
Nunca mais esse sujeito
bate aqui na sua porta.
Uma dor me ardeu no peito:
— E do homem, que foi feito?
— Eu não sei, mas... Quem se importa?!
Morreu Mais Um Alguém...!
Mais um alguém morreu...!
... Talvez culpado... Talvez inocente... Talvez confundido... Talvez... Talvez...
Talvez...!
Morreu mais um alguém, sem a prerrogativa da argumentação, do
julgamento... Do perdão !
Morreu mais um alguém... !
Mais um alguém Morreu! Talvez sem saber por que, por que morreu...
...Alguém filho, filha, alguém irmão, alguém pai, alguém Mãe, alguém amigo...
Alguém pessoa, alguém gente, alguém ser humano, alguém cidadão...
Alguém ! Alguém ! Alguém !
...Morte talvez sem culpados... Morte talvez sem culpas... De quem morreu...
Talvez...!
...Alguém morreu... Alguém com nome e sobrenome... Alguém que faz parte
da vida de alguém... Morreu... Morreu mais um alguém !
...Mais um alguém morreu...!
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