Poemas de Morte Poetas Conhecidos

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Morrer,
Não é só ausentar da vida
Tornar-se lembrança parida

Morrer,
É ir além (literalmente)
Ser e não ser um alguém

É também, nascer recorrente
para um espírito refém
dos Céus, se foi benevolente.
Amém!

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ELA...
Amava a noite, pois era o símbolo da solidão;
Amava o pôr do sol, pois apesar de parecer triste, no outro dia se mostrava poderoso;
Amava fotografia, pois se encantava com a forma que ela eternizava cada momento;
Amava a clima, pois mesmo quando fria era linda;
Amava a água que caía das cachoeiras, pois mesmo com quedas tão altas nunca deixou de percorrer seu caminho. Ela amava muitas coisas.
Tinha medo das pessoas, pois como ela estas sorriam sem vontade;
Tinha medo do vento, pois este vinha e sumia num instante;
Tinha medo de palhaços, pois esses se diminuíam para ver o riso de sua plateia;
Tinha medo dos pássaros pois esses sempre partiam para longe todos os verões.
Tinha medo do mar, pois seu mistério lembrava a ela mesma. Ela tinha muitos medos, ela...morreu.
Mas ela não tinha medo da morte? Tinha.

Inserida por LuahSouza

FILA (Bartolomeu Assis Souza)

Estou numa fila
Com uma senha
Invisível, obscura...
Sem saber a hora
Da minha morte...
A qualquer hora posso
Ser chamado...
Senha número.....

Inserida por bmdfbas

Eu quero ir embora!
Embora daqui
Embora de mim
Ir embora, embora não saiba para onde
Apenas não quero mais ficar
Aqui não é meu lugar
Minha alma quer sair, não sei se para um lugar físico ou metafísico.
Só quero ir embora daqui!

Inserida por PriscilaMedeiros

ILUSÕES DO COTIDIANO

"O que os olhos consentem em alarde
Nossa mente insisti em fazer
Sempre e sempre a calar-se
O que sem razão insisti em dizer.

Que dos embrulhos que a vida nos trás
A surpresa está no entender:
Sou desmerecido do presente
Ou do passado pertence o meu ser?

O que os olhos insistem em mostrar
Nosso consciente se contorce sozinho
O que parece é
O que não é, é só um pouquinho.

Inserida por KelviKlaine

POEIRAS DE MIM

"Oh, poeiras de mim
Se desvais do meu corpo
E me deixas assim.

Oh, brilho de mim
Se apagas de meu corpo
Me desmorono daqui.

Oh, grãos solitários, Caim
Sozinho vagas a pé
Meros fragmentos de mim.

Vais, resto, perdi!
Partes numa penugem só
Sobram ruínas apenas, resumidas a pó.

Fico, agora poeira sou
Pertenço ás paredes e ao chão
Me desfaço num só voo.

Vou-me, enfim, oh
De lembranças serei eterno
Mas de saudades morro só.

Inserida por KelviKlaine

Num instante, um hiato de sombras gélidas,
me sufocam numa transição final.
Com um breve suspiro, inesperadamente,
sem palavras, fechei os olhos e adormeci.

Minh`alma viaja ao pólo oposto
hesitante tento impedir o passo
Mas, com cautela e um compasso lento
atravesso um sinistro limiar.

Poderoso vento vem ao meu encontro
vejo esplêndida veloz luz que se aproxima
e os meus olhos se ofuscam…flutuo…

Pasma ao ver o resplendor da glória de Deus
a minha`alma agora anela ao inexprimível.

Uma grande porta se fecha atrás de mim.

Inserida por MadalenaPizzatto

A dor da perda é realmente algo insasiavel
é algo tão estranho é um sentimento imutavel
não imaginamos essa dor até sentirmos de verdade
porque nunca queremos que as coisas boas acabem
o fim, pode significar um novo recomeço
novos erros, novos acertos, nova vida!
a vida nem sempre é servida como o prato mais caro daquele restautante chique
como também nem sempre é sofrida como a guerra do vietnã
não pense no amanhã como um compromisso, muito menos como um serviço
pense nele como o recomeço que não pode ser feito hoje
nunca é tarde para mudar, nunca é tarde para perdoar, nunca é tarde para sorrir
mas como irei sorrir, se não estarei mais aqui?
carrego a solidão e todo seu peso em meu corpo
e como a escultura de "David" de Miguel Ângelo
corro o risco de ruir e desabar por esse peno não aguentar
são tantos anos sem resposta achando que vivo numa icognita
pouco tempo me resta até encontrar a resposta
pois esse peso, está fechando minha porta.

Inserida por Geremiasjr1

Além do véu da tempestade há o mundo em que sonho
O fervor da pequena estrela vermelha
que emanava algo que busquei durante 145 anos-padrões
Algo que não deveria ter encontrado nunca, ou nunca deveria ter me encontrado
Quando fui para lá me vi passando sobre as águas claras do rio que cortava o solo seco
Por conta dos três anéis de estrelas que se formavam no céu todos os dias
Lembrava-me dos dias que olhava para o céu nas noites,
Noites em claro.
Torres tocavam sinos e canções em cordas
Sem destino ou motivo
Apenas por cortesia

A luz alaranjada transpassava as montanhas
As árvores mortas pelo ardor do sol se desprendiam da terra
Os rios se transformavam em riachos do dia pra noite
Assim como nossa esperança
Deixei-me de lado por um momento
Vi as pedras vermelho-alaranjadas brilhando sobre a mesa
Moldadas no cabo de couro durksiano,
Refletindo os pôr dos sois que se foram há horas.
A noite era clara, não tanto quanto o dia
As luzes piscavam e as pedras emanavam calor
Diminuindo a nossa dor na noite, que sempre se transformavam em sonhos
para esquecermos nossa realidade.
Quase morta.

Ela se foi há tempos, mas a esperança ainda a revivia
Em alguns momentos a chuva caía, aos poucos molhava a terra
que encharcava a pequena estrela e a deixava viva novamente.
As estrelas pareciam mais claras, os sóis mais escuros
O planeta chorava de novo, e nós sofríamos.
De repente me vi sem rumo, abandonado
As estrelas estavam cada vez mais perto dos meus olhos
Podia ir a qualquer lugar que desejasse
Momentos importantes passavam rapidamente
Minha mente parava
Sentimentos iam e voltavam, sem rumo
A dor se fora há muito tempo
O amor ficou
As luzes tomaram formas em minha frente
Não podia descrever o que era
Era apenas ... maravilhoso.

A noite nunca foi tão clara como antes
Agora conseguia ver-me
Sem nenhuma noção do que a superstição me fez.

Inserida por Ypra

Mais um dia onde sonhos, esperanças e surpresas já não me acompanham o imortal sono e frustrado despertar. Nada mais excita, surpreende os humanos são, apesar dos séculos os mesmos que desfilavam outrora: vaidades, torpezas, frivolidades e crueldade! Sempre foi divertido caçá-los e extinguir vidas tão desnecessárias; absorver o doce licor de suas pulsantes veias, saborear o apagar do brilho de seus olhos... Porém, assim como seco suas veias e descarto o corruptível corpo, os séculos drenaram minha ansiedade e a sede já não se satisfaz! A insatisfação e monotonia de todo esse tempo passado e, àqueles que sucederão, me enchem de tédio e anorexia. Nada, ninguém que valha o esforço, a atenção, o cuidado... a chamar atenção real, para saborear aquele rubro e quente derramar de vida! Então, um riso meigo e olhar gentil aguça meu desejo e arde minha sede... alvíssima pele em roliço e macio pescoço de jovem vendedora de flores, Em seus longos e ruivos cabelos resquícios de minúsculas flores brancas qual grinalda de prometida noiva... nas veias o sangue em rápida e enlouquecedora marcha! Enfim sinto a ânsia retornar e crescer a tal ponto de não suportar perdê-la. Preciso de sua essência dentro de mim revigorando-me, alimentando-me! Alguém compra-lhe as flores enquanto eu aguardo nas sombras aquele instante perfeito onde a caça cai nas garras do caçador, um momento único de união perpétua. Ao findar seu estoque retira-se satisfeita à caminho de casa. Acompanho seus movimentos sinuosos ardendo em chamas de loucura! Num instante arrebato-a para afastado jardim e entre os arbustos sugo o sangue tão avidamente desejado e necessário ao refazimento de minha personalidade carcomida. Seu macio e perfumado cabelo ruivo tinge-se do rubro de seu sangue enquanto viajo no sabor único de sua vitalidade enchendo-me à luz de indefinível luar.

Ariadne

Inserida por AriadneLaTerza

Há quem se enriquece por meio de privação e economia, e acaba ganhando isto: Quando ele pensa que já pode descansar e aproveitar seus bens, não sabe que logo vai chegar o tempo de morrer e deixar tudo para os outros.

(Eclesiástico 11, 18-19)

Inserida por pensandogrande

SONETO SOLENE

Memorar. Um ano. Que importa o ano? Talvez
somente para lembrar os suspiros de tua ida
do silêncio invasor na casa após a tua partida
pra morte, igual, desfolho outonal em palidez

Fatal e transitório, a nossa viveza é vencida
pelo sopro funesto, ao sentimento a viuvez.
Julho, agosto, setembro, vai-se mês a mês
ano a ano e outro ano a recordação parida

Da saudade filial, que dói numa dor doída
de renovação amarga e de vil insipidez
que renasce na gelada ausência sofrida

No continuar, o vazio, traz pra alma nudez
chorada na recordação jamais esquecida...
Neste soneto solene: - a bênção outra vez!

Luciano Spagnol
julho, 2016
Cerrado goiano
Um ano de morte de meu pai.

Inserida por LucianoSpagnol

►Parte do Ciclo, Aproveite

E se você descobrisse
O ano que ia morrer?
Me diga, o que iria fazer?
O que acabaria por resolver?
Apenas agradeceria pelo término de seu sofrimento?
Afinal a vida é difícil, eu comento
Por algum motivo já pensei sobre
Cessaria as dores
E por fim, em um caixão cercado de flores
Também acabaria as dores dos amores
Acabariam também as cores
Acabariam também os temores
Partiria desse mundo de horrores.

A morte é algo a se pensar
Pode a conhecer enquanto estas a caminhar
"Não a temo", alguns ouço falar
Mas será mesmo que não?
Choras-te a morte de teu irmão
Descreio na vida após a morte
A pessoa atropelada não teve sorte
Acredito que ela é o fim
Se a encontra-se, lhe diria sim
Será que ela precisas de mim?
Será ela capaz de matar até mesmo um serafim?

O que nasce, morre, isso é de lei
Sobre esse ciclo eu sei
Não adianta temer morrer
Não faz sentindo correr
Não faz sentindo esconder
Como já disse, só devemos viver
E a cada dia mais, aprender
Não posso dizer que não iras se arrepender
Pois eu mesmo posso dizer
Que me arrependo por coisas que fiz
Me arrependo por não fazer coisas que quis
"Viver sem arrependimentos" eu discordo
"Viver bem" concordo.

A sua vida pode acabar rapidamente
O seu tempo aproveite radicalmente
Porém não seja imprudente
Aproveite ela usando sua mente
Da melhor maneira possível
Da melhor maneira cabível
Faça valer a pena cada segundo
Se assim desejar, viaje pelo mundo
Se quiser, leve alguém junto
Faça da vida uma experiência em conjunto
Você verá que terá vivido muito.

Inserida por AteopPensador

SE EU MORRESSE HOJE...
Por Rita Coruripe
Se eu morresse hoje, confesso que iria por falta de opção, e não antes de ter argumentado muito com a morte.
Gosto da vida, apesar das incertezas que desanimam, das reviravoltas e das reticencias.
As ausências então, doem muito, mas ainda assim, eu amo viver.
Seu eu pudesse escolher?
Não morreria nunca
Não deixaria para trás, tudo que tanto me faz feliz.
Mas como não tenho escolha, quando chegar a minha hora de partir, irei com a certeza de que minha vida não passou em branco, e que vivi extremamente, cada momento, cada situação, tenha sido ela boa ou ruim.
Irei agradecida pelos bens que aqui recebi:
Por ter tido um Pai que me amou incondicionalmente, e que junto com minha avó e com minha mãe me fizeram a pessoa que sou (ou fui), pelos filhos que gerei em meu ventre e pelo neto que gerei em meu coração, pelos amigos que tão calorosamente, me acompanharam na difícil arte de viver.
Grata pelos amores vividos até a última gota de paixão
Pelas conquistas, pelos "nãos" que me obrigaram, tantas vezes, a dar passos para trás antes de continuar a caminhada.
Pelos meus irmãos, que compartilharam comigo uma infância PERFEITA, pelas experiencias e principalmente, por ser proprietária de um coração que jamais conseguiu guardar mágoas, ou desejar o mal de alguém, ainda que tenha sido tantas vezes ferido e tripudiado.
Levarei comigo a única coisa que a morte não me tomará:
As lembranças deliciosas de tudo que vivi neste plano, e que mesmo sendo tragada pelo mortífero sono, não se apagarão, pois em algum lugar do meu espírito elas docemente adormecerão, mas nunca deixarão de existir.

Inserida por RitaCoruripe

Então eu a vi, não estava mais como antes
Olhei para ela e foi como se eu visse o presente, passado, e o futuro, mas que pena, a melancolia tomava conta dela, foi a cena mais triste que já pude presenciar
fui cada vez mais se aproximando e conforme ia, ela corria, e lá estava ela, a vida, dando adeus a mim e lá se foi, correndo sem paradeiro, olhei para trás e vi andando calmamente a morte e não dava mais tempo, então, morri!

Inserida por Daniel79912

soneto da frase sobrando: O poeta esta morto

O poeta calou-se depois do meio dia
Inúmeras informações sem afeto
Datas, nomes, números(informação fria)

Senta-se na calçada, taciturno
Nada falava, nada sentia
Miríade de comentários floresciam

Foi a mão desumana e hipócrita
Ordinária mão do meio dia
Razão pela qual o poeta calou-se
Amar já não era a política que via

Temer a ambição da matilha sedenta
Emergente ação pacífica
Melhor calar-se e observar a volta
Enquanto a ternura retorna vívida
Ruas gritam pela volta da poesia

Inserida por marcoskm7

Fim dos tempos

Todos temos uma certeza
A única que podemos ter
Não importa se foi bom
Ou qualquer atitude ser
Rico, pobre, simplesmente
o destino será o mesmo
Os olhos serão fechados
Seu corpo apenas pedra
que na terra será nada
Seus feitos talvês lembrados
Por poucos, ou muitos
Somente isso que restam
Contos, histórias, passados
Alegres, tristes, conformados
Viram cantigas e prosas
Sem memorias, no tempo
esquecidas ou lembradas
Este é o grande momento
Deixar aqui os seus traços
Gravada marcas do tempo
Rugas do envelhecimento
Somam todos momentos
São os legados que ficam
Eternizados
Ou no esquecimento

Inserida por salvafaria

"Sangue e outras drogas."

Não leia estes versos de solidão!
Pelo deus não mais rogado,
Em lápides, abandonado,
Eu sei, tua mente diz-te "Não!"

No refúgio do completo delírio.
Insegurança alheia ao querer.
Transmutei-me em meio ao "ser"
Ao tentar manter-te sóbrio.

Outros tantos aspectos adversos,
Outras tantas redes convexas,
Outras tantas paredes complexas,
Tantos outros amores anexos.

Ares ébrios, desnorteados.
Do perdido ao inconsagrado,
Pelo caminho do verbo ao vocábulo ligado,
O meu "eu" em teu ser, ilegitimados.

Desmistificando o antigo pudor,
Tomo a mim um temor crescente,
Revenda recorrente.
Dois corações sem valor.

Minha mão segurava um passado que se desprendia
A notícia no rádio anunciava o sepulcro
Tua voz ecoava um teatro do absurdo
Pelo quebrar de ossos o mundo implodia.

Thaylla Ferreira {Epitáfios para Lígia}

Inserida por ThayllaCavalcante

Eu Quero ser Eu

Eu sei que o tempo corre veloz
sei que ele é meu algoz
Quando vejo já se foi, se escafedeu
Mas eu só quero ser eu...
Os dias passam, as noites passam...
Amores passam, a lua, as estrelas...
A luz, o breu...
E eu... eu só quero ser eu.
Quero ser livre como o vento,
correr livre como as águas da cachoeira,
Ir além do tempo,
ao me transformar em poeira.
Não basta esta vida, e seu desabrochar,
Não basta a morte, e seu findar
Se eu continuar perdido neste mundo meu.
Minha vida não é vida, enquanto eu não for eu.
Eu quero ser eu.
Eu quero ser o que meus olhos vêm ,
o que meu corpo transpira...
Eu quero ser a verdade,
Deste eu de mentira.
E, se ao fim de tudo
eu não puder ser eu
Coloque em minha lapide
Aqui jaz quem nunca viveu.
Não coloquem flores, nem vela
nem cruz eu quero lá
Pra que minha alma
não se apegue nela
e agora livre possa voar
Para um mundo que suponho
um lugar além do sonho.
Onde eu possa ser eu
onde a vida vença a morte
e eu grite bem forte
Eu quero ser eu
E me abrace a luz da lua
e as estrelas ao redor
ao despertar desta vida
para uma vida melhor.

Inserida por OdairJDL

UNSENTIMENTAL

O copo esta vazio
sem magoas ou rancor
Sem sentimentos
sem nem uma dor
Esta tudo parado
Tudo congelado
como um retrato
que fora deixado de lado
esquecido no tempo
meus sentimentos morreram
não tem mais sentido
perder meu tempo em algo destruído
Nada faz sentido,
nada é pra valer
Então não há motivos para viver
Ao fim do dia irei partir
e não terei que me despedir
Ao fim do dia irei partir
E esse será o único momento em que irei...
....Sorrir

Inserida por douglasmcarrobrez