Poemas de Escuridão
As vezes, só as vezes, é necessário fechar os olhos, respirar fundo e seguir o resto do dia em completa escuridão. As vezes é preciso deixar seu outro lado comandar.
Aquele que não é amigo de seus próprios demônios não tem a menor chance neste mundo.
“Sol”
Por fora alegria, por dentro agonia. Esse sentimento de todo dia que atormenta minha sanidade e desfaz minha vontade de querer te ver mais uma vez, sol.
Ô sol, nao te escondas de mim. Tenho aqui dentro essa súplica, vinda do fundo da minha alma, que as vezes me acalma e me faz sentir que ainda posso te ver e sorrir. Ô sol, por favor nao te afastas de mim; me ilumina para que esse medo de nao ter medo nao tome conta de mim. Hoje eu acordei no escuro, sol. Por que não estás aqui?! Você me prometeu! Eu te imploro, aparece pra mim. Socorro sol, essa escuridão quer me engolir. Vem me salvar, me leva pra junto de ti. Ô sol, de novo é tao bom te sentir. Por favor, nao desistas de mim.
Em meu rosto se escorrem lágrimas sem motivos
Meu coração sente uma dor jamais sentida antes
Meu corpo anestesiado por não saber o que fazer
E a esperança se despedaçadando depois de ser desmascarada
E demônios controlando minha mente por ter perdido a esperança jamais existida.
"E há sempre um
(o mais intratável) que não desiste
e escreve versos
Não gosto destes loucos.
(Torturados pela escuridão, pela morte?)
Vou compor até me recompor
As palavras saiam das minhas mãos com tanta pressa, com medo de serem esquecidas
Mas tudo que eu sentia, sabia que nunca esqueceria
Apenas transbordaria, e sem isso eu explodiria
Era preciso traduzir
E eram tantos silêncios sendo traduzidos, que a mão cansava mas não parava
Na madrugada a minha mente estava perturbada
Montes altos eu escalei
Frio insuportável eu senti, vindo de dentro de mim
Nas noites de solidão, a escuridão cuido de mim
Abraçando cada ponto de luz
Não era fácil o dia, a noite insuportável
Mas o insuportável se tornou amigável
Foi do caos que eu criei meu abrigo.
Existe dor maior cravada no peito
Que sozinho sentado no leito
Se ver vazio e cansado
Pelos seus, abandonado?
Se a janela transpassasse escuridão
Se você se visse sem nada nas mãos
Conseguiria segurar o choro
Sem pensar: quando morro?
O abominável homem das trevas
Sombrio e obscuro,
ele navegava pelo asfalto da avenida
como quem veleja pelo concreto frio, cinza e duro da cidade.
Caminhava altivo e inexorável
os caminhos possíveis de seu pensar,
em ruinas, via o seu mundo inexplorável ruir a cada esquina.
Sentia suas dores mais intangíveis explodirem na escuridão à sua frente
e como um mensageiro da escuridão ele explorava o mundo de forma inabalável.
Em meio às trevas de sua existência embebidas de silêncios enormes
que lhe afagavam a face
penetrava o seu abismo mais profundo.
Feito mãos que penetram insensíveis as teclas de um piano e afagam sombrias as cordas de uma guitarra,
seus pensamentos mais sordidos ressoavam temerosos e solitários pelos acordes mais crueis e malignos daquela noite.
Ao caminhar por seus medos mais horrendos, se aprazia da amizade sincera que lhe ofertava a solidão, oprimido pelas sombras da noite retorcendo-se pelo caminho e beliscando o seu calcanhar, via, sentia,
a brisa da noite lhe afagar serena a face segundos antes do breu intenso da madrugada explodir em sua retina,
já turva e meio estorvada.
Enquanto percorria sozinho e intrépido os caminhos sombrios de sua escuridão revia os rumos prescritos em seu destino.
Ao passar pela avenida vazia,
via as luzes dos postes de iluminação se apagarem feito presságios.
O abominável homem das trevas caminhava sonoro, todos os dias,
pelas vias mais improváveis de sua quase morte
e bem em meio a percepção de sua inexistência
era acometido de uma euforia absorta e imponderável,
acometido de um prazer inexplicável.
A adrenalina lhe aprazia.
As trevas lhe aprazia.
A solidão lhe aprazia.
Nem mesmo a morte lhe metia medo.
Na escuridão, os seus olhos brilhavam feito estrelas raivosas
deslizando pelo céu infindo,
refletindo o brilho sagaz de sua impenetrável coragem.
Seu hábitat era a escuridão.
O ecossistema ao qual pertencia subsistia no caos à beira do quase fim.
A morte se veste de sol
A morte, essa ingrata, que cheia de empáfia e malícia se veste de sol e brilha todos os dias nas manhãs mais cinzas e sujas, como se fosse alguma espécie de tempero pra vida, já morna e sem sal de alguns, surge e caminha soberana pela avenida.
Num relance, ela te acena com um pisco doce, leve e suave e você ingênuo corresponde e vai, imberbe e juvenil e aparentemente cego e ou entorpecido, você abre a guarda se ajeita e a segue em busca de mais uma dose de seu próprio destempero, agora, também, seu próprio veneno.
A morte é a corrupção da vida e o corpo aonde ela se encerra, a ânsia e a arrogância são as celas que aprisionam os imberbes e os cheios de ligeirezas, a morte é safa e calculista, transita pelo caos das noites feito os boêmios e notívagos, sempre à espreita ela escolhe, acolhe e envolve as suas vítimas como quem se assenta em uma mesa de bar qualquer para o último gole e abraça o desconhecido como se já fossem íntimos. Amigo... A saideira, por favor! Vamos comemorar, hoje é um grande dia.
Um coração fora do peito,
não pode viver ao léu...
E como viver num mausoléu,
uma tortura no espírito,
vivendo em escuridão
em noites de solidão...
Ao cair da noite
A penumbra embasa tudo
Tudo a minha frente.
Só meu pensamento em ti
Não escurece
Aperto os olhos
Como se a vontade de ver
Tão claro como pensamento
Apenas a escuridão de seus olhos
Só vontade grande
Porque nem os olhos,
Cabelos igualmente negros
A penumbra não esconde
Pois estais longe
"Eu venho e lhe escrevo.
Nessas linhas te vejo.
Em minhas palavras me perco.
Fito seus lábios, fantasio um beijo.
Peço-lhe uma chance, minha felicidade eu vejo.
Tua negação me veio.
A tristeza me pegou de um jeito.
A solidão é me um berço.
Me deito.
E na escuridão, perdido, só teu brilho eu vejo.
Sua alegria é meu desejo.
Por ti, grita meu peito.
E para tentar amenizar minha dor.
Eu venho e lhe escrevo..."
Existem amores silenciosos que nada fala, que vem como se tivesse andando na calada da noite, aproveitando a escuridão pra te seduzir sem deixar vestígios, sem cúmplices, envolvendo tudo que cruza o seu caminho.
Existem sentimentos que tocam no coração como uma flecha caída do amor, nascida pra amar - e atinge os sentidos, acorda os sonhos e faz os impossíveis desejos se realizar.
Porque existe você, que vasculha meus desertos e sonda os segredo nos mais profundos espectros contidos em mim.
Quem me dera se eu entendesse o amor; traria você pra mim. Mas não, decididamente eu não entendo nada sobre o amor. É o amor que entende tudo sobre quem eu sou.
E por ele me entender tão bem, sabe guardar você dentro da minha mente e do meu coração; e sempre quando quer, descortina os meus desejos e joga aos ventos na esperança de te contar, na ingênua esperança de te encantar...
Na mais linda vontade de fazer você, comigo, pra sempre ficar.
A vida é muito curta quase chegou ao fim
Foi quase como um sonho
A tristeza saiu de mim
O vento apagou as velas da escuridão
O sol entrou pela janela
Estamos vivendo tempos difíceis, pessoas perdendo seus empregos, casais pedindo divórcio muito mais do que antes da pandemia... Escolas fechadas, mercados superlotados, igrejas vazias ou fechadas também, praias praticamente desertas, nas primeiras semanas de isolamento víamos poucos carros nas ruas, mortes e mais mortes, o que aprender em dias como estes?? Agora mais do que nunca sabemos quem é amigo, quem é família, quem se preocupa conosco, quem nos ama, mas o contrário também. 😬
Enquanto uns valorizam a família, outros a destroem mais, enquanto uns ensinam a resiliência outros propagam ódio. Enquanto uns gastam seu tempo ajudando quem precisa de alimento e afeto, outros desprezam aqueles que buscam ajudar, que tentam fazer o bem neste mundo tão necessitado. E o que a Terra precisa?? Precisa de Deus, precisa de amor! Hoje mais do que nunca nosso planeta precisa de luz, reveja sua vida, sua fala, suas ações e se pergunte: Tenho feito alguma diferença? Estou transmitindo luz ou escuridão, amor ou ódio, amizade ou inimizade?! Seja você, mas com consciência de que suas atitudes podem tornar as coisas melhores ou piores, depende da sua decisão e do que você carrega em seu ❤️
Pense nisso!!
Bom dia!
Jeny Ofemester 😘
Existe luz no fim do túnel?
Não há nenhuma luz “lá” no fim do túnel. Só pode existir luz aí dentro de você mesmo.
Se você não iluminar o caminho, pode acabar descarrilando na escuridão antes de chegar ao “fim”. Se houver alguma luz vinda de fora ótimo, ajudará a reforçar a tua própria. Caso contrário, ilumina-te a ti mesmo.
Ao conseguir fazê-lo perceberá que, na verdade, não existe túnel algum.
Não acho a luz que faz minha sombra
Será que ela existe ou é uma simples ilusão?
Posso confiar ou devo me calar novamente?
Sempre vai a ver uma razão para continuar na escuridão
A sombra me persegue mesmo sem nenhuma reação
Imagens desfocadas, distâncias marcadas
entre o corpo e a alma, realidades invisíveis à razão...
seres à deriva
por entre nevoeiros, a distância oculta
corpos cansados, a saudade sem memória
restos de gente perdida nos farrapos da sua história.
Seres perdidos sem marca, sem rosto, sem tempo
carregam a escuridão nas vestes
sinais do desalento.
"Molho as pontas dos dedos e apago a vela.
Ouço um chiado bonito e findo.
Por que há tanto silêncio no escuro?
As ilusões estão impregnadas de sebo.
Simulacros de uma luz indiferente às dores dos cegos.
Pobre vela que necessita da escuridão para ser aquela que vela.
Escrevi este poema permeado de triste beleza para dizer que não são as palavras melancólicas na sintaxe que fazem um verso triste.
É a tristeza dessas velas que só se enxergam quando tudo em volta fenece.
Ora, é o belo que há nas tristezas que deixa a dor suportável e dá luz própria à cada vela que se apaga".
(Em sua página oficial no Facebook)
Tanto a luz, quanto as trevas, são sinceras e verdadeiras. São nossos olhos que nos enganam.
A luz reflete somente a realidade sem sentimento algum. Ela não nos entende.
As trevas nos permite enxergar o que tem dentro de nós mesmo, porém ninguém à entende.
Faça o teste, feche os olhos, abra a mente e veja você mesmo quão profundo teu interior é.
Da minha cruz vou fazer um remo
E vou remar, remar e remar.
Se em altas madrugadas avistar
Um homem que caminha sobre o rio
Eu vou saltar ao encontro Dele e
Por cima das águas eu vou andar.
Sozinho eu sei que não vou conseguir,
Sozinho eu sei que posso ate cair,
Mas se o Mestre esta na frente
Eu não vou temer a escuridão.
