Poemas da Primeira Gestação
A gestação é uma mutação no corpo feminino, a adoção, não muito diferente, é uma mutação psicológica, social e familiar.
Adotar sofre quase os mesmos abalos emocionais de ter filhos biológicos, pois esses sabemos que são sangue do nosso sangue, já os filhos adotados conhecemos muito pouco.
Adotar uma criança é um ato de amor, é tornar seu aquilo que era dos outros e, para tanto, não tem a ver com caridade - onde uma pessoa é beneficiada.
Adotar requer reciprocidade e ambas partes saem ganhando, aquele (a) que ganha um filho e aquele (a) que ganha uma família.
Tirar uma criança do orfanato não torna um ser humano melhor, ao contrário, gera um pai ou uma mãe melhor.
Desse modo, não devemos esquecer que o mundo está cheio de órfãos de amor. Adotar é sim sinônimo de amor.
Portanto, adotar é mais que ser amado (a), é amar o próximo como a ti mesmo.
Durante a gestação, o corpo da mulher passa por uma série de mudanças hormonais, preparando-o para o parto e desencadeando uma variedade de efeitos físicos e emocionais na grávida.
Atribuir exclusivamente à construção social seria desconsiderar esses elementos biológicos, negligenciando uma parte fundamental da complexidade dessa experiência.
rebento
depois da gestação do estio
a nuvem desembrenhou
no cerrado, e num envio
de seu rebento
num magnifico sobrevoo
chove... neste momento!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
18/10/2019
Cerrado goiano
GESTAÇÃO DO POETA
Quando a inspiração fecunda, formando
O verso duma imaginação em rota exata
Prenha é a alma do poeta, tão autocrata
De um fervilhar da mente, devaneando
No mando da emoção, a voz de comando
O sentimento, o olhar, a singela musicata
Concebe a composição em frenética cata
De um nem eu sei de onde ou de quando
Só sei que vem do coração, e vai rimando
Estando cada uma das linhas, caminhando
Em um ousar de um emaranhado fonema
Assim, chora ou sorri, silencia ou murmura
Aí, então, uma parição de poética estrutura
Que de uma sensação à mão, pari o poema!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 outubro, 2022, 16’07” – Araguari, MG
*dia nacional do poeta
GESTAÇÃO
Nem tudo que vem do ventre
Da gestação de um amor
Fecunda um Ser prudente
Que se acautele da dor!
Só uma mulher é capaz de pôr um homem de joelhos através do mais original empoderamento feminino: a gestação.
”Corta-se o elo físico...
Eterniza-se o AMOR entre almas.
E assim permanecerão, juntas, dentro do coração daquele ser chamado carinhosamente de MÃE”.
Que nunca te falte amor, pois nunca te faltará esse colo
Que nunca te falte segurança, pois nunca te faltará esse abraço
Que nunca te falte força, pois nunca te faltará esse porto
Que nunca duvide da sua capacidade de ser incrível, pois ser incrível é algo que você é desde sempre
Que nunca duvide do seu dom com a maternidade, pois inúmeras vezes te vi ser uma irmãe maravilhosa
Que nunca se sinta sozinha, pois nunca, nunca, te faltará família!
Nós somos um elo.
A sua história é linda,
Obrigada pela oportunidade de ser sua irmã e pelo presente de ser tia-avó.
Te amo muito
desde sempre, para sempre.
PARA AS MAMÃES...
Por obra da natureza...
Sob a permissividade
e cuidados
do Divino Criador
Fostes escolhida
para gerar em ti
a V I D A ...
Numa maravilhosa
G E S T A Ç Ã O
para hoje ser chamada de:
BEM AVENTURADA!
Numa justa homenagem...
"Mamãe, presente de Deus
que se guarda no coração!".
MODORRA
Sucessivos dias modorrentos que se arrastam em uma linda, mas inútil paisagem!
Um nada acontece que dá a impressão de se estar parado no tempo ou é um desses sonhos neutros que nem a mais experiente cigana saberia revelar! Onde fui colocado, para ter essa impressão, de que estou fora, a parte de tudo que vejo? Quem sabe seja um ensaio para o final dos meus dias ou um convite para que eu continue a crer sem ver numa gestação para o parto de algo bom que virá? A mulher, sorrindo da janela, me chama a atenção para uma ave marinha que risca o mar com as pontas das asas! Eu olho e vejo apenas um ponto branco perdendo-se no horizonte, assim como eu, perdido em pensamentos anulo os horizontes que talvez hajam à minha frente não os vendo mais...
O processo para o nascimento de um bebê é de muito trabalho.
O nome já diz, trabalho de parto.
Pense em se preparar para um evento que envolve o físico e o emocional.
Como uma maratona, tudo requer treinamento e compreensão emocional de seu próprio corpo.
Você precisa acreditar que todo trabalho investido antes e durante o parto, serão passos a frente para viverem esse primeiro encontro com seu bebê.
Admirável.
A maneira como lida com os problemas rotineiros. Às vezes acalmando as situações, noutras simplesmente colocando fogo em tudo. Ainda assim, admirável. Tem suas crenças, seus gostos e sua vaidade. Cuidadosa e atenciosa com seu noivo e com o pequeno príncipe que carrega consigo todos os dias. E que logo estará em seus braços. Nossos braços. O seu primeiro dia das mães está próximo e já posso dizer que você é uma mãe incrível. Doando-se por completo para cuidar, ninar e proteger o nosso filho. Ansiosa, e não era para ser diferente, mas ainda sim mais do que preparada. Aprendizados sempre existirão, mas quando existe amor, a fluidez é natural. Apenas aproveite cada pequeno detalhe. Cada sorriso, cada conquista, cada pequeno passo. Pois se tem uma coisa que dizem e que vale a pena ouvir, é que tudo passa muito rápido. Então faça com que seja intenso. Estarei ao seu lado, como sempre estive. Segurando em suas mãos em todos os momentos.
Gênese Poética
Cada poema de um escritor é como um filho que foi gestado com carinho em seu sagrado ventre poético. Às vezes, o processo de gestação é demorado, outras vezes não. Quase sempre o parto é natural e sem nenhuma dor. No instante do nascimento, se cria um vínculo emocional eterno entre o poema e o seu autor. Vínculo este que nem o tempo desfaz. Depois de parir, a escolha do nome é um dos momentos mais emocionantes, seguido do registro em seu nome. Como toda mãe zelosa, um escritor não admite que toque em seus filhos. Se quiser arrumar briga com ele, pelas próximas dez encarnações, basta tocar em um fio de cabelo do seu filho. Então, não tente tomar para si um poema dele.
PARTO
Do aconchego de um ventre
Nasceu em meio a seus medos
Com sua tarefa ingente
De os transformar em sossego
Foi essa sina premente
A que gestou este Alfredo.
“Como são belas todas as mães, com seus seios que amamentam e amam, e todos os ninhos. Se sou passarinho, voei de tuas belas mãos, minha velha mãezinha, e és o meu pouso, tranquilo e seguro por todo carinho. Como são belas as tuas mãos enrugadas, minha velha mãezinha, pois nela há um mapa para cada etapa dos meus caminhos.”
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