Poemas a um Poeta Olavo Bilac
Nada como um banho de sobriedade,
nadando em águas transparentes
sem nenhuma adversidade.
Um nado tranquilo que deixa o corpo em movimento e refresca a mente,
assim, um precioso avivamento
com uma paz evidente.
É necessário nadar pra se acostumar com a vitalidade da superfície,
em seguida, mergulhar pra ver a vida abundante que há na profundidade.
Isso pode ser aplicado ao nosso viver
e a consideração que devemos prestar,
já que enquanto o nosso sentimento
e a nossa vontade forem rasos,
estaremos vivendo pela metade
e não amaremos alguém de fato.
Por onde passei amizades deixei, desafetos existiram, mas nada impediu de deixar um pouco do que procurei sempre ser. Lealdade e sinceridade para com os que comigo ombearam e juntos combatemos a boa lida. Houveram percalços e despedidas, algumas traumatizantes, sobrevivi e a cada dia lembranças pelas muitas feridas.
Sei que pouco me resta, mas estou farto de dignidade, procurei honrar meus pais, e sempre trilhar o caminho da verdade.
O que mais dói e faz revoltar é lembrar de ser subordinado a pessoas sem escrúpulos, de caráter duvidoso, superiores arrogantes e extremamente orgulhosos.
Por derradeiro, peço perdão aos que por ventura decepcionei, embora ter procurado sempre fazer o melhor, nesse sentido sempre lutei.
Estou certo de minha partida, quando não sei.
Mas se a qualquer instante partir, deixo aqui manifestamente toda a minha gratidão. E os mais sinceros votos de sorte e sucesso aos amigos, do fundo do meu coração.
O sol da tarde findando-se,
amanhã será um outro dia
da minha janela eu vejo as nuvens
em seu caminho de despedida
A beleza dos meus olhos,
tem um pouco de morada em ti,
porque o meu eu no mudo do mundo
é um modo cíclico à esperança
vida estranha, essa minha
sabe-se, o pretérito do silêncio
mas não o objeto do amor
a herança do tempo
os pés da mudança
mas estou feliz
mesmo sem compreender
.
O viajante iluminado, "analogias do amor".
Aquém e Além Morto -
Há em mim
um vazio oblíquo,
sufocante ...
E tudo tão igual, em torno,
em redor ...
Eu tão louco, tão constante
no rasgar da minha dor!
Interrogo-a! Não responde!
E escorre-me um ardor ...
Um calor! Um calor!
Procurar a Vida? Onde?! Onde?!
Calçadas, ruas e vielas,
tudo ausente, tão longe,
tão distante.
E tudo passa em surdina ... tudo!
Nada há. Só silêncio.
Como eu. Calado.
E meu corpo é marcado!
Agruras e lamentos,
estradas sem destino,
cujo o destino é o nada.
Sou eu! Absorto!
Minha pobre e velha estrada!
Meu lívido abandono, sombrio,
meu destino, tão frio,
de aquém e além-morto!
Objectivo sem Meta -
Um dia chorarei a solidão
como alguém que se regozija e alegra,
cantarei a dor do coração
como um mal que já não pesa ...
E serei verso inacabado
que termina e não acalma,
serei um passaro alado
que dissolve a própria Alma ...
Casas e vielas, serras e arvoredos,
poetas, fados, flores e montanhas ...
Tudo em mim! Já sem medos!
Mas estou só neste sentir!
E junto a mim, só há lodo, cinza e lama,
cinza, lodo, pó e chama!
E acabou o tempo que se torna infinito, cada sorriso, cada palavra dita no silêncio de um olhar. Eternizado breves dias e memórias infindas. Findou a mágoa de quando não fui o mais importante, restou a magia de cada risada espontânea, cada brilho vindo do coração, quando um simples letreiro era a razão
Levo em mim um misto de emoções, te vi menina cheia de sonhos, e agora deixo uma mulher em evolução. Esperava que ia ser de tantos jeitos esse momento, e toda a imaginação não foi capaz de prever o que sinto agora. Um misto de emoção, uma tristeza apertando o peito junto com uma imensa gratidão. Um orgulho imenso por cada conquista e evolução. Aqui aproveito para confessar que sentir ciúmes como nunca antes, foi estranho e bonito, uma raiva de mim e um afeto iludido.
Indo pra tão longe sei que vou chorar, pois você sabe que não sei disfarçar, na verdade toda vez que te olhei hoje e me calei, foi por causa das lágrimas que me resignei. Mas consciente eu sei que não vou prendê-las quando não conseguir mais te vê.
Com você eu aprendi como é bom falar o que sente, mesmo que sinta mágoa, mesmo que tudo seja dito apenas com um abraço sem nenhuma simples palavra. Depois de tudo isso vivido em poucos dias, vemos que esses foram os melhores dias da minha vida, vivido de maneira tão simples e tão perfeito, mesmo com os nosso velhos defeitos.
Agora te olhando assim distraída, é a memória perfeita que levo pra minha nova vida.
E vamos indagar sobre o nordeste.
Aprendeste que o sudeste és um estado celeste.
Tão prudente, surpreendente.
Mas aonde fica o nordeste?
No meio de um um bradar:
Ignorante, errante, néscio, tolo!
Pertencemos a um estado, que tem potencial pra ser um país.
Com abundantes qualidades:
Cultura, arte, cantilena...
Clima, contrante social!
O berço do Brasil
Vamo traduzir? é pra ser chamado de vossa alteza.
O nosso berço é acometido por ataques
Nosso sotaque é judiado
Somos um povo trabalhador, mas somos chamados de mandrião, bandoleiro, malandro e até mesmo larápio.
O Nordeste não vai se calar para o Norte ou Noroeste, Sul ou Sudeste e nem mesmo pro Oeste.
Vamos bradar:
Um xêro no cangote acompanhado de um beijo.
Eles vão relinchar: E nordestino é gente?
Vamos bradar: Não viste jornais, somos o verdadeiro significado de vossa realeza.
- STEFANY CARVALHO - escritora de superlativo
superlativo
odos os dias eu acordo e torço para que seja um dia melhor.
Digo para mim mesmo: é só mais uma fase difícil.
Eu digo para mim: Você vai superar.
Todos os dias eu repito essas mesmas frases em minha mente.
Até o momento que se torna cansativo.
Viver
Sobreviver
Viver
Sobreviver
Viver
Sobreviver
Eu já não consigo mais diferenciar o que é viver ou sobreviver.
Já não consigo saber o que está acontecendo da minha vida, eu não consigo saber quem sou eu já não consigo me reconhecer.
Estou acelerando meus passos, estou caindo novamente.
Estou diminuindo os meus passos, estou sangrando novamente.
Mais uma queda
Mais uma luta
Mais uma dor
Viver
Sobreviver
Viver
Sobreviver
Viver
Sobreviver
Estou repetindo essas frases várias vezes até que alguma delas se torne real.
Eu preciso viver, eu preciso sobreviver.
Escritora: @stefany_book
Os calafrios da incoerência
Que prazer é ler um texto coeso e coerente. Viaja-se dentro dele como se passa por uma seara de trigo embalada pelo vento suave e quente. Seguimos pelos seus caminhos com confiança e alegria, sabendo que o seu autor nos propõe uma rota de leitura com unidade, com harmonia e lógica profundas. Um prazer!
Ora, o mesmo se passa com o ser humano, melhor dizendo, com as pessoas. Como se escrevem as pessoas?
Quando "leio" as pessoas, espero delas essas mesmas características que procuro nos textos: coerência e coesão. O oposto incomoda-me, irrita-me, arrasta a desconfiança e provoca-me calafrios, frios, frios.
É suposto que um texto, por esses mesmos princípios de beleza, de encanto e de equilíbrio, me causem admiração, desejo, orgulho e imensa vontade de saborear cada sílaba, palavra e frase.
E as pessoas? Que textos são as pessoas? Tanta gramática, tanta sintaxe, tanto vocabulário por fazer e refazer e aperfeiçoar!
Exijo que a prosódia se eleve. Quero que a grafia, a entoação, a pontuação, a acentuação se desenvolvam com princípio, meio e fim, numa edição única, esbelta, matura e profunda da Alma e que seja o mais belo texto que jamais terei lido em alguém!
E assim, acredita, já no aconchego do meu outono, entre o crepitar de uma lareira reminiscente e um sóbrio despertar de alma, prometo ler e saborear o Ser que trazes até mim, essa obra humana que soubeste escrever.
" Como definimos um tolo?
_ Observando o comportamento inútil dele, pois ele sempre ZOMBA do que desconhece. Para ele é sempre mais fácil em sua pálida compreensão. "
As mulheres intensas possuem um enigma secreto,
um frisson, um carisma escondido em sua essência
que poucos conseguem enxergar.
Quando você esbarrar em uma, vai saber:
Não é pelos seus belos olhos,
não é pelas curvas capazes de causar nosso mais prazeroso acidente,
nem pelos brilhos que adornam seus cabelos.
A beleza de uma mulher intensa jaz em sua alma.
Você é muleta ou você é asas?
Há serviços muleta que resolve um problema.
Há serviços que são asas que resolvem um problema e superam expectativas
O que os livros de história nos contaram, gerações a fio, sobre os índios?
Para um texto bem resumido, trago uma reflexão em dois aspectos.
Dentro do olhar capitalista, que os índios são preguiçosos, não gostam de trabalhar. Dormem o dia inteiro e tem uma vida sem responsabilidades.
Dentro do olhar religioso, um povo pagão, que não conhecia a Deus e não rezava a doutrina católica. E precisava ser catequizado.
Isso ainda perdura pelo Brasil afora.
Reforçado ainda mais por falas excludentes e escrotas a que ouvimos nos últimos tempos.
Mas, quem são os índios?
Debruçar-se sobre eles é debruçar-se sobre o aprendizado da contemplação e do respeito à natureza em todas as suas formas e manifestações.
Onde os índios colocaram os pés, vemos o uso da terra com responsabilidade porque sabem que todo contexto natureza tem interligações de seres em equilíbrio.
A contaminação se dá quando os povos que por aqui atracaram, carregados de seus apetrechos consumistas, diminuíram os povos que aqui já estavam numa referência de posses, considerando os índios como primitivos, de valores insignificantes.
O que vemos, hoje, é a continua tentativa de diminuição da cultura, dos conhecimentos práticos e da religiosidade concreta desses povos pelos direitos à terra e à vida que lhes foi roubada.
Os índios sabem que a vida tem uma curta duração e que não adianta acumular bens e riquezas, porque tudo fica aqui quando partem.
E que é mais rico quem faz a passagem integrado numa mística de reencontro com a divindade que tudo criou e confiou, à criatura, a responsabilidade de cuidar e proteger.
Os índios preservam a natureza.
O homem branco,
e branco no sentido de pensamento e não cor de pele, ganancioso que é,
destrói tudo por onde passa.
É isso!
Minha estrada sempre brilha!
Porque tenho um Deus como guia e ELE a ilumina.
Minha estrada sempre brilha!
Porque em dias nublados ELE me mostra que já já o sol vai brilhar.
Minha estrada sempre brilha!
Porque Deus vem de mansinho com toda sua luz e glória florescendo meu caminho.
Liddy Viana.✍🌻
Como desacelerar ??
Quão bom seria se fosse da mesma forma de desacelerar uma moto ou um carro.
Quando criança perguntam o que você vai querer ser quando crescer?
Quando adolescente, você vai se forma em que ?
Quando adulto você vai casar quando?
Quando iram ter filhos?
As pessoas envolta sempre fazendo tantos questionários, esquecendo que você mesmo traçou tantos objetivos para sua vida e em algum momento pode ter falhado consigo mesmo, por não ter chegado aonde planejou.
Eu te dei um coração de carne.
Você não tem mais um coração de pedra. Agora você pode me adora com seus lábios, pois eles falam do que há em seu coração:
O meu amor.
Constatação -
Deixei a Alma na fonte
esquecida à meia Luz
esperando o teu adeus
como um Cristo no monte
no alto daquela cruz.
Deixei a Alma enterrada
entre escolhos, desventuras,
tristes, negras palavras,
- de mortos -, negras viúvas
carpindo nas sepulturas.
Trago a vida destroçada
como um grito em noite escura,
que a Alma, doce, pressentida
trazia a vida mal-amada
num Fado de despedida.
P.S.) Meu caminho é por mim,
em mim e até mim, de mim a mim ...
A Alma e a Noite -
Mais um dia cumprido!
O Sol findou no horizonte poente
dos meus ais...
E a noite vai nascendo!
Voo de sombra doce, brava, silenciosa ...
Hora de medo e espanto ...
Mudez falada, esperança vã, tremor,
agonia, quebranto ...
E baixo os braços, inclino o rosto,
meu corpo de cansaços, feito de versos,
de rastos, procura a Alma sem descanso.
Mas só resta espasmo e quimera, saudade
e solidão ...
E a Alma ... e a noite ... adensam-se!
E pesa a vida... e ruge a morte ... e as gentes!
Presença intangível ... devaneio e desgraça!
Frio e remorso ferem-me os sentidos,
gritam em silêncio no eco desta praça ...
Inscrição Duvidosa -
Sinto a Alma triste, embriagada
de um balsamo tenso e sem vida,
minha vida ao tormento vai rasgada,
vai oculta, rasgada e perdida,
dia, noite e madrugada!
Há dias que me enchem, que me vivem
de solidões lacústres e ardentes,
vozes tristes que me dizem:
" não almejes ò mortal o que não sentes!"
Velhas vozes do restelo que ainda nos maldizem!
E quando a morte me trouxer esse momento,
o de dormir sem saber onde acordar,
que não haja em meu ser ressentimento,
que não haja ao pè de mim triste-chorar,
que haja apenas liberdade e esquecinento ...
Não quero ao pè de mim ninguèm fingindo
que a dor lhe assalta a Alma ou o Pensamento,
quero gente ao pè de mim cantando e sorrindo,
num puro, sagrado e eterno sentimento!
Que eu me irei ao ceu, subindo ... subindo ...
Quero-me ir em silêncio ao marmore jazigo,
sem prantos, sem dores ou lamentos,
quero ir, contigo, a meu lado, dormido
em panos d'oiro e carmezim de cantos ...
Não abandones, meu amor, este meu sonho antigo!
Que a morte me leve a sòs sem ninguèm ver,
que nada me perssiga, nem pena nem adeus,
quero deitar-me no leito e adormecer,
rasgar a vida, morrer, subir aos cèus,
sem dor, silvas ou tormentos padecer!
Pois fiz da vida uma busca e fui aborto,
procurei saber e percorrer o meu caminho,
mas fui Alma que viveu alèm do corpo,
um fado, um poema, um destino,
triste sombrio e absorto ...
Sempre quis que a morte ao vir a mim
encontrasse alguèm sabido em liberdade,
procurei, estive aqui, disse não e disse sim,
pr'a que a morte à hora da verdade,
não viesse matar um morto ... e foi assim!
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