Poemas a um Poeta Olavo Bilac
Mesmo com medo, siga.
Se o caminho for longo, descanse.
Se de ajuda precisar, peça.
Só não permita-se parar no tempo, e perder uma vitória tão grande.
SONHOS
Eu tenho sonhos
De ver o preconceito acabar
De ver os negros e brancos se abraçar
E todos descobrirem o valor de amar.
Eu tenho sonhos
De ver a pobreza acabar
E ver as pessoas uns aos outros ajudar
E uma nação desenvolvida e espetacular.
Eu tenho sonhos
De um dia saber ao acordar
Que o homem do campo tem voz, vez e lugar
Que merece também seu direito a conquistar.
Eu tenho sonhos
Que me fazem escalar montanhas
Que me levam aos patamares da esperança
Que me fazem sentir mais uma ez ser criança.
Eu tenho sonhos
De conquistar o que tiver ao meu alcance
De tornar a vida mais bela e fascinante
Pois a vida acaba, e se acabar... não tem mais nada a pensar.
Minha Vida... Meu Lar
Meu campo é minha poesia
Ao som dos pássaros posso rimar
O verde da mata me inspira
Para nas sombras das árvores poetar
Em cada planta brota um verso
O campo vira cordel
Na Minha Vida... Meu Lar.
Poesia ao "meu" Pará
Sou filha desta amada Terra
De diversidade natural
Onde o vermelho de sua bandeira
Representa suas lutas
Trago no meu sangue suas culturas
Por ser filha desta amada Terra
Por ser filha do "meu" Pará.
Tens saborosa culinária
Desde o pato no tucupí até o tacacá
E suas frutas regionais
Admirada no Pará inteiro
Como bacaba, pupunha
E o açaí: o fruto negro.
Encanto-me com teus cantos
E me embalo em tuas danças
Como o xote, carimbó
E seus rítmos calientes
Que danço acompanhada ou só.
E suas lendas que fazem parte
Do imaginário popular
Como a lenda do curupira
Do boto e do guaraná
Faz reunir os amigos
Para na porta da casa contar
Contar suas lendas
Cantar seu hino
E fazer poesia ao "meu" Pará.
SEUS BRAÇOS, MEU LUGAR
Há mais de uma década, vago pelo mundo
Buscando me encaixar
Andei por terra, céu e mar,
Mas em nenhum lugar parecia me enquadrar
A terra áspera, com suas pedras, me fez tropeçar
No céu o vento forte me carregava sem direção
E o mar com suas ondas indo, vindo e voltando
Não me deixavam respirar
Então ferida pelas pedras da vida
Largada sem direção pelos fortes ventos
E sufocada pelas ondas do mar
Sem entender me joguei na rede a balançar,
Pois ali não tocaria a terra,
Estaria não tão perto do céu
E longe do mar
Foi então que seus braços fortes me puxaram
E de repente eu flutuava
Mas não era mais sem direção
E as ondas que antes sufocavam,
Com seu toque se acalmaram
Quando me tirou daquela rede,
Nossos corpos se alinharam
E então eu entendi o que é encaixar
E então eu encontrei o meu lugar
O Caos Toma Conta de Mim I
O caos toma conta de mim, como tempestade,
Um turbilhão de emoções, de incerteza e ansiedade.
Os pensamentos se entrelaçam, como fios de um novelo,
E na dança desordenada, me perco no anelo.
As horas se arrastam, os minutos se esvaem,
E eu busco a calma, mas as sombras não saem.
O coração palpita, como um tambor aflito,
E a mente, um labirinto, onde tudo é conflito.
As vozes internas gritam, se confundem em dor,
E o eco do silêncio é um grito de amor.
O caos, meu companheiro, me puxa para baixo,
E na luta constante, eu me sinto em pedaços.
Mas, mesmo na tempestade, há uma fagulha de luz,
Um lampejo de esperança que, de algum modo, me conduz.
Pois no fundo da alma, onde o caos se instala,
Há uma força escondida, uma paz que não se cala.
E assim, entre as sombras, vou aprendendo a dançar,
A abraçar o descontrole, a me permitir chorar.
Pois o caos, embora duro, também é libertador,
E em meio à desordem, eu descubro o meu valor.
Então, sigo em frente, mesmo em meio à confusão,
Com a certeza de que o caos é parte da criação.
E, aos poucos, vou tecendo um novo amanhecer,
Onde o caos toma conta, mas eu aprendo a viver.
UM TALVEZ
Sempre quis ter no afeto aquela felicidade
Recanto em que minh’alma estaria pausada
Deparasse, afinal, com a fé da cumplicidade
Demorando em uma longa e jovial jornada
Um sorriso virtuoso, assim, com verdade
Aquela palavra certeira e tão enamorada
Em que o coração pulsa cheio de amizade
E, tem caseira e boa conversa descansada
Ah, como é bom ter o alguém confidente
O que nos dá ouvido, os de beijo ardente
Consolo ao amor, e nele me completasse
Um talvez, mais de um, nenhum exato
Frechado pelo cupido, e fosse de fato
Pleno, sem que eu mais o procurasse!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/12/2020, 18’57” – Triângulo Mineiro
UM NOME ...
Ao sentimento mais sublime e profundo
chega numa sensação de doce melodia
em que a emoção, arde, no tocar fundo
do coração, onde o prazer n’alma alumia
pois eu, na trama de um afeto oriundo
que inundava a minha vida de fantasia
me abraçou a cada segundo com alegria
e ia até os alvores infindos do mundo!
meus Deus, acaso nesta roda do destino
eu ingrato for, perdão, por sua fidelidade
e meu orgulho haver este egoísmo ferino...
se merecedor desta paixão que consome
Senhor, minha gratidão e minha lealdade
e, assim, deixar de chamar por um nome! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/03/2021, 14’27” – Araguari, MG
SOB UM RETRATO
Aqui tens amarelado, um retrato desbotado
Numa saudade que dói e na saudade versa
Em um silêncio mudo, contudo, encharcado
De memória, histórias, de casos e conversa
Foto piedosa, meiga, de um tempo passado
Ante o vazio do olhar, da atenção dispersa
Olhos amorosos, em um sussurro chorado
Ó contemplação de uma sensação perversa
Ante ele, recordando a tão doce formosura
Ente amado, as preces para a eternidade
Que o tempo leva numa nostálgica ternura
É que Deus, Ente, lhe doirou em santidade
Dando-lhe a paz e o caminho da alma pura
E cá eu vou carpindo sob a infinda saudade...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/09/2021, 10’10” – Araguari, MG
UM POEMA
Tu, que este versejar, o teu nome chama
Que deixa a saudade suspirar pelos versos
Arqueja na alma em sentimentos diversos
Sussurrando nostálgica rima, denso drama
Nesta prosa poética onde o amor derrama
Diante da inspiração os sonhos submersos
O olhar, de olha-los, são desejos imersos
Em cada trova, sensação daquele que ama
Todo o amor qual andei sempre embebido
Pulsa no peito ao dizer-te em verso terno
O que sempre no meu amar teve contido
É a sedutora teimosia do encanto interno
Dum coração repleto, e pleno de sentido
Esperança, à espera do encontro eterno...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13 setembro, 2021, 21’12” – Araguari, MG
UM DIA VIRÁ
Um dia a poesia virá, tão poeticamente
Vibrante, luzidia, contente e fascinante
Ao ter um romance na prosa da gente
Ateando o coração, aquele de amante
Há de ser duma maneira tão diferente
Repente nos versos, inteiro no instante
Tendo na redação o tal afeto que sente
Sussurros, ao ledor, então, alucinante!
A poesia narrada com toda a emoção
Com cânticos de sensações a compor
Contendo rimas de prazer, tão assim!
E, nessa suave e tão afável inspiração
A flor do verso a saber o que é o amor
Na qual, a poesia, um dia, virá, enfim!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 setembro, 2022, 17’16” – Araguari, MG
UM SÓ SONETO
Somente um soneto cru, precário
Poetizando a sensação repartida
Tão singular, vazio, tão deficitário
E, aceita calmamente a dor doída
Qual a um verso em um relicário
Intocável, inerte, exilado da vida
Ferido em espinho, sem itinerário
Sangrando aquela paixão partida
Somente um só soneto bem podia
Nas estrofes o sentido arrebatado
Embalado com poética na poesia
Fazendo palpitar o canto, cantado
Dando asas a ilusão, e que voaria
Nas rimas do coração apaixonado.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
11 março, 2024, 20’04” – Araguari, MG
A maior covardia de um homem é despertar o amor de uma mulher sem ter a intenção de amá-la.
Nota: Trecho do poema "Todo o Amor". A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuída a Bob Marley.
...MaisSaudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.
Nota: Trecho da crônica "Felicidade Realista" de Martha Medeiros. Algumas fontes atribuem, de forma errônea, a Mário Quintana.
...MaisEmbora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.
Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor com ele você conquistará o mundo.
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