Poema sobre Existência
Nietzsche caiu tanto no senso comum, que qualquer pessimismo ou crise existencial é visto como niilismo.
A maioria de nós possui duas vidas. A vida que vivemos e a vida não vivida que existe dentro de nós. Entre as duas, encontra-se a Resistência.
É bárbaro todo aquele que propõe, na sua teoria, a exclusão do outro. É civilizado, seja um índio ianomâmi, ou um alemão, todo aquele que propõe a aceitação da existência do outro.
(Na palestra Tolerância Ativa)
Somos frutos da insatisfação. Movidos pelo vazio e ilusão de sermos preenchidos pelo outro. Ninguém preenche ninguém, nem a si mesmo.
Se Deus existe, tudo depende dele e nada podemos fazer contra a sua vontade. Se não existe, tudo depende de nós.
Não posso ser todas as pessoas que quero e viver todas as vidas que quero. Não posso desenvolver em mim todas as aptidões que quero. E por que eu quero? Quero viver e sentir as nuances, os tons e as variações das experiências físicas e mentais possíveis de minha existência.
Qual é a natureza do ser humano? Qual é a melhor maneira de viver? Como viemos parar aqui? E o que será de nós quando não existirmos mais?
O que mais fará falta na morte de alguém importante é o olhar dessa pessoa sobre nós, pois precisamos do outro como referência de quem somos. Se a pessoa que eu amo não existe mais, como posso ser quem sou?
Me descubro, definitivamente, dual. Sou gêmeo de mim. Um dos gêmeos voa às alturas e o outro permanece preso a terra. Tal qual a lagarta e a borboleta, o homem vive uma dualidade inquietante. A fase crisálida é para pensar no dicotômico viver.
A vida é tão imensamente vasta e profunda quanto este abismo estrelado acima de nós. Só se pode atirar um olhar a ele através desta minúscula abertura que é a nossa existência pessoal. E, por esta abertura, sentimos mais do que vemos. Por isso temos de nos certificar de que esta abertura está sempre limpa.
Saber que você tem pouco tempo, é assustador. (...) Nenhum de nós sabe o dia de amanhã. A gente só pressupõe que ele existirá.
Pode-se dizer que existo infinitamente. Estou aqui agora. E em todos os segundos entre meu nascimento e a minha morte.
Na medida em que envelhecemos, perdemos os poucos amigos admiráveis que tínhamos, mas, em compensação simultânea, ganhamos, aos lotes, uma legião de inimigos insignificantes. Eis o mundo!
Assim como no interior do mar existe paz, mesmo diante do mar revolto superficial, seja assim também nosso interior, diante de toda tribulação externa.
Incapaz de alcançar as claridades da morte, rastejo na sombra dos dias, e ainda existo somente pela vontade de deixar de existir.
A gente aprende a valorizar a vida, quando percebe que o melhor dela é essencial à própria existência.
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