Poema sobre Existência

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Até onde conseguimos discernir, o único
propósito da existência humana é acender
uma luz na escuridão da mera existência.

1. Reconheça que existe um poder superior no universo, maior do que a pequena existência humana
Plenitude
Você se torna mais humilde
2. Aproveite as oportunidades de colocar mais amor no mundo
Plenitude
Você se torna mais adorável
3. Reserve alguns minutos do dia para refletir ou contemplar algo belo
Plenitude
Você se torna mais forte
4. Seja mais receptiva
Plenitude
Você se torna mais graciosa
5. Perdoe alguém que você não perdoaria
Plenitude
Você se torna mais generosa
6. Reconheça seus erros
Plenitude
Você se torna mais responsável
7. Tente enxergar o lado bom dos outros
Plenitude
Você se torna mais positiva
8. Reflita sobre o seu modo de pensar e de agir
Plenitude
Você se torna mais centrada
9. Abençoe o mundo
Plenitude
Você se torna uma bênção
10. Dê o melhor de si em cada relação
Plenitude
Você se torna mais amorosa e próxima de Deus

“Quando considero a brevidade da existência dentro do pequeno parêntese do tempo e reflito sobre tudo o que está além de mim e depois de mim, enxergo minha pequenez.
Quando considero que um dia tombarei no silêncio de um túmulo, tragado pela vastidão da existência, compreendo minhas extensas limitações e, ao deparar com elas, deixo de ser deus e liberto-me para ser apenas um ser humano.
Saio da condição de centro do universo para ser apenas um andante nas trajetórias que desconheço...”

E assim é tudo nela; de contraste em contraste, mudando a cada instante, sua
existência tem a constância da volubilidade. Na vaga flutuação dessa alma, como no
seio da onda, se desenha o mundo que a cerca; a sombra apaga a luz; uma forma
devanece a outra; ela é a imagem de tudo, menos de si própria.

A eternidade, assim, não é tempo infinitamente prolongado, mas uma existência sem nenhum limite, ao contrário de, por exemplo, a existência humana que é uma distensão, cujas fronteiras são o nascimento e a morte.

“É impróprio afirmar que os tempos são três: pretérito, presente e futuro. Mas talvez fosse próprio dizer que os tempos são três: presente das coisas passadas, presente das presentes, presente das futuras. Existem, pois, estes três tempos na minha mente que não vejo em outra parte: lembrança presente das coisas passadas, visão presente das coisas presentes e esperança presente das coisas futuras.”

Não tenho nada que me prove a existência de Deus,
Mas mesmo assim ele continua sendo
O absoluto dos meus dias.
Nunca choveu maná no quintal de minha casa
E a imagem que tenho da Virgem Maria
Nunca derramou uma lágrima.

O que tenho aqui é esta mão machucada,
Este dedo sangrando,
Este nó na garganta,
Este humano desconsolo,
Esta dor,
Esta cor,
E este olhar desconcertante de Deus,
Deixando-me sem jeito,
Ao dizer que me ama.

Sem filosofar a vida, viverão na superfície.
Não perceberão que a existência é como
os raios solares que despontam solenemente
na mais bela aurora e se despedem
fatalmente no acaso.

do livro "O Vendedor de Sonhos"

VERBO SER

Que vai ser quando crescer? vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome? Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a gente só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser: pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R. Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá para entender. Não vou ser. Não quero ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser. Esquecer.

Carlos Drummond de Andrade
"Obra poética", Volumes 4-6. Lisboa: Publicações Europa-América, 1989.

Uma flor acaso tem beleza?

Tem beleza acaso um fruto?

Não: têm cor e forma
E existência apenas.

A beleza é o nome de qualquer coisa que não existe

Que eu dou às coisas em troca do agrado que me dão.

Não significa nada.

Então por que digo eu das coisas: são belas?

(Alberto Caeiro)

Fernando Pessoa
O Guardador de Rebanhos

O interesse que tenho em acreditar numa coisa não é a prova da existência dessa coisa.

A esperança não será a prova de um sentido oculto da existência, uma coisa que merece que se lute por ela?

Existe uma coisa que uma longa existência me ensinou: toda a nossa ciência, comparada a realidade, é primitiva e inocente; e, portanto, é o que temos de mais valioso.

O dinheiro é a essência alienada do trabalho e da existência do homem; a essência domina-o e ele adora-a.

Karl Marx
MARX, Karl. Manuscritos Económico-Filosóficos. Lisboa: Edições 70

Sábio é quem monotoniza a existência, pois então cada pequeno incidente tem um privilégio de maravilha. O caçador de leões não tem aventura para além do terceiro leão. Para o meu cozinheiro monótono uma cena de bofetadas na rua tem sempre qualquer coisa de apocalipse modesto. Quem nunca saiu de Lisboa viaja no infinito no carro até Benfica, e, se um dia vai a Sintra, sente que viajou até Marte. O viajante que percorreu toda a terra não encontra de cinco mil milhas em diante novidade, porque encontra só coisas novas; outra vez a novidade, a velhice do eterno novo, mas o conceito abstracto de novidade ficou no mar com a segunda delas.

Se Deus existe, por que Ele não me dá um sinal de Sua existência? Como por exemplo, abrir uma bela conta em meu nome num banco suíço?

O trabalho não justifica a existência. A gente trabalha para existir e vice-versa.

Nossa existência não é mais que um curto-circuito de luz entre duas eternidades de escuridão.

Todo o nosso saber se reduz a isto: renunciar à nossa existência para podermos existir.

É sem qualquer terror que eu vejo a desunião das moléculas da minha existência.

A recusa da existência é ainda uma maneira de existir. Ninguém conhece, enquanto vivo, a paz do túmulo.