Poema sobre a Seca

Cerca de 1106 poema sobre a Seca

Em silêncio,eu ouvia seu desabafo.
Sentia a garganta seca
e meus olhos em seu
semblante parado!
Então eu só conseguia entender que entre nós estava tudo acabado.
Minhas mãos suavam frias,
suor escorria gelado e o que dizer do meu pobre coração acelerado...
Depois de um tempo com os olhos ainda lacrimejados e percebendo meu mal estar se levantou,foi até a cozinha voltando com uma xícara esfumegante em mãos.
Na situação lastimável em que me encontrava,sei que mal
poderia ficar pé!
Que sofrimento o meu!!!
Sentindo o aroma delicioso em minhas narinas,tomei um gole saboreando
Cada momento,me sentindo bem,
restaurado e cheio de fé!
E ela já sentada esperava ansiosa
Que eu dissesse algo.
Olhei-a sorrindo e disse;
Finalmente um café!

Inserida por Janiz

⁠Renovo do Sertão

Novembro tá chegando, a seca vai embora,
O sertão resplandece, é festa que aflora.
Com timidez, o verde começa a brotar,
O mato se enfeita, vem pra nos alegrar.

Os riachos que antes só guardavam saudade,
Agora cantam vidas com a nova umidade.

Água corrente e fresca, dá gosto de ver,
É bênção do céu que faz a gente renascer.

A alegria do nordestino é pura emoção,
Quando as chuvas dançam na palma da mão.

Trovoadas ressoam, é música no ar,
Armazenando esperanças pra um ano de plantar.

Assim, o sertão se veste de esperança e cor,
Cada gota é um sonho, cada chuva é amor.

Novembro é renovo, é vida a florescer,
No coração nordestino, sempre vai prevalecer.

Inserida por Mykesioofc

⁠Só depois que a fonte seca
se descobre o valor que a água tem.
No jardim do amor que é mal cuidado
as flores secam também.

Inserida por RemissonAniceto

AOS POETAS

Na seca terra do meu jardim
plantei sementes de variadas cores.
Reguei e cuidei e hoje vivo assim:
no meio de tantas e belas flores.

Inserida por RemissonAniceto

⁠A seca traz desilusão
traz descaso e aperreio
se na mesa falta o pão
no prato falta o recheio
mas se chover no sertão
toda nossa população
amanhece de bucho cheio.

Inserida por guibson

⁠Na seca eu fui embora
trabalhei na construção
a dor de viver fora
maltratava o coração
mas fiz caixa no sudeste
e voltei pro meu nordeste
pra ser feliz no sertão.

Inserida por guibson

⁠[redes]coberta

estou seca
ressecada sem a seiva
a nutrição já não enseja
fazer parte de mim
amarelada desde o caule
fino trapo me desnuda
sou flor distante e muda
no chão deste jardim
estou seca
ressecada
ressequida
sem alma, corpo ou vida
pelas veias do meu ser:
a água sumiu do xilema
a fibra vedou meu floema
nunca pude acontecer!
resta-me agora a palavra
filha sou desta lavra
adubo transformado em brasa
desvendo em mim o poema
que nunca pude fazer…

Inserida por noi_soul

⁠Na caatinga seca árida de vegetação rala de palma a terra seca rachada de baixo do sol quente no meio do céu limpo sem nenhuma nuvem se quer
Caminha o caatingueiro com a inchada no lombo sem desanimar agradecido guarda o sorriso junto com a esperança que alimenta a fome de fartura em dias de abundância de água que mata a sede e umedece a terra rachada o caatingueiro que sobrevive com pouco mas,se enche de fé e esperança
As vezes é preciso sonhar
E acreditar que amanhã será diferente
Com sol quente ,ou muita chuva
No pouco ou na fartura
O viver é um dia após o outro
Na árides se aprende que paciência e vontade Caminha juntas e só para pra descansar encostada na arueira pra beber sua água na cabaça...

A caatinga

Inserida por marcio_henrique_melo

Primaverei

Já fui água de chuva
Já fui folha seca
Já fui intenso calor
Primaverei, virei flor!
☆Haredita Angel

Inserida por HareditaAngel

⁠ÁRVORE SECA

Ao vê-la, estarreci.
Ainda ontem
Do antes de ontem
De há três dias,
Eu vi-a;
Parecia-me salva
À luz da alva,
Daquele passado dia.

Hoje, mesmo agora,
Olhei lá fora:
Estava já mirrada,
Seca, num esturricado
Como torresmo queimado.

Quis regá-la,
Refrescá-la,
No pé do tronco a morrer.

Só então me lembrei
E pelo que sei,
Não adianta em desnorte,
Querer vencer
Sem poder,
Aquilo que já é morte!

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 02-04-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠ALMA SECA

Que interessa eu dizer
E ao mundo revelar,
Mostrar
O que me vai na alma,
Se não é isso que acalma
A minha sede de viver?

Se eu confessasse o que sinto,
Mesmo na pura verdade,
Dir-me-iam por bondade,
Ou por maldade -
Que minto!

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 06-04-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠Uma garrafa de água, seca, alguém tem sede,
Mas o plástico do recipiente será reciclado,
Se ninguém jogá-lo no bueiro mais próximo,
Causando a próxima e (in) evitável inundação.

Inserida por michelfm

⁠O braço dormente, a garganta seca,
As pernas trêmulas, aquela enxaqueca,
O cansaço levando a exaustão,
Monstruosidades despertaram.

Inserida por michelfm

⁠Seu Pesadelo

O braço dormente, a garganta seca,
As pernas trêmulas, aquela enxaqueca,
O cansaço levando a exaustão,
Monstruosidades despertaram.

Na noite o seu pesadelo te encontrou,
E ao som do desespero despertou,
A lança num golpe certeiro flagelou,
Mas a força interior te sustentou.

Aquele antigo pesadelo,
Retornou pra atormentar,
Em uma prisão de gelo,
Quer te encarcerar.

Na noite o seu pesadelo te encontrou,
E ao som do desespero despertou,
A lança num golpe certeiro flagelou,
Mas a força interior te sustentou.

No fundo do túnel você avistará,
Apenas alguém com quem contar,
Apenas alguém em quem confiar,
E do seu pesadelo te resgatará.

Na noite o seu pesadelo te encontrou,
E alguém em quem você confiou,
Te resgatou.

Inserida por michelfm

⁠O sertão parece ser tão calmo,
Até o anúncio da irrigação,
O solo se torna alvo,
Na seca se encontra o pão.

Inserida por michelfm

⁠SECA CHEIA
Berra estridente o barulho das folhas
Que quebram tristes em meio à seca
Cá dentro o copo quase transborda
Inundação que afoga o sossego

Irrigai forças pra novas escolhas
Que transformem o sertão em charneca
Cultuai melhor a tua chalorda
Separando o joio e o apego!

Inserida por alfredo_bochi_brum

NA SEQUIDÃO DO CAMINHO

No caminho tinha uma folha seca
desgarrada uma folha seca tinha
no caminho do cerrado
uma folha seca no caminho tinha

Nunca me esquecerei desse evento
na sequidão do cerrado ao vento
no caminho tinha uma folha seca
Nunca me esquecerei que no caminho
tinha uma folha seca
Na sequidão do caminho
uma folha seca tinha
no caminho tinha uma folha seca

Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Parodiando Carlos Drummond de Andrade
(No caminho tinha uma pedra)

Inserida por LucianoSpagnol

Cerrado goiano

Canta o vento na folha seca
Dos galhos ásperos e tortuosos
A flora chora por uma trégua
Craquelado em uivos dolorosos
É o arqueado doce seco cerrado
De campos densos e preciosos
Chão goiano irregular e sulcado
Povo alado, de serena alma a trovar
Este cerrado abarroado, elevado
Que o desencanto encanta o poetar

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09/03/2016, 18'50" – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Becos do Cerrado

Becos do meu cerrado
Amo a tua melancolia, seca e tortuosa
Teus ipês breves. Teu devaneio encantado
De recantos de chão árido, e flora andrajosa
Teu cascalho roliço, céu cinza e enfumaçado
Deixando a alma da gente, comovida e chorosa
Do pôr do sol nos tordos galhos, luzidio, encarnado

Amo o silencioso horizonte, cheios de tal quimera
Que em polmes dourados e os olhos cheios d’água
Suspiram em poemas de rogo, tal a rudeza, quisera
O vento, em açoites nos buritis, aturando a frágua
Nas frinchas de suas folhas, e que ali então esmera
Que se defende, peleja, viceja e na imensidão vivace
Desenhando o sertão do planalto de intrigante biosfera
Como se a todos nós um canto de resistência declamasse.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 de março de 2020 – Cerrado goiano
paráfrase Cora Coralina

Inserida por LucianoSpagnol

⁠OCASO DA VIDA

Vai, folha seca, vai, desgarrada
Ao vento em fascinante magia
Vai, que o outono, já evidencia
No fatal balé, de poética toada
Cumpre o destino, meta sagrada
Mudada: sem cor, árida sinfonia
Sem viço, sem a gala da energia
E, a tua pálida força, já crestada

No tempo, a tua mocidade palia
Deixando-te no calor da saudade
Vai, folha delicada, doce poesia
Baila pelo ar desta final liberdade
Realizou a sua crucial biografia...
Ímpar e, cada um de nós há-de.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 agosto 2024, 16’23” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

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