Poema Seio

⁠LEITE DE VIÚVA NEGRA
O mesmo seio que alimenta, esmaga
Por saber quão pequeno é o bebê!
Rangendo os dentes, num deleite sádico,
Sorri, sufoca um choro lancinante!
Com sua teta vil e gigantesca!
Que jorra o fel que é sumo do suposto
Amor que dedicou ao filho de outra.
Na face esfacelada e esfomeada
Do bebê que nunca aprendeu a andar.
Toda vez que ele tenta, rastejando
Desprender-se da teia umbilical,
Mal se move. A matrona predadora
Já sugou sua essência. Só lhe resta
Para não definhar, sorver o fel!

⁠Cada pensamento,
É uma escrita,
Cravada na ponta,
Dos dedos que nunca descansam,
No seio sardento do papel,

⁠Tudo me serve de esteio,
cama, sofá, chão, chuveiro.
Joelhos transformam-se em apoio
e os cabelos eu faço de arreio.
Tatei-o tuas ancas e seios
enquanto revira-se em espasmos
alheios.
Desvendo teu pubescente abrigo ao
passo em que alojo-me em teus meios.

SOMÁLIA

"Esboço em ti e paciento na tua esgarçadura, Somália.

Acrescento-te meus orbes e esmago os antros do seio ímpio

Por ser vagueadora empalecida e salina.

Não te esmoreço, pois me entrego ao meu pomar.

Sacrifico teus calores,

E rastelo o estrondo da fissura em teu sorriso cúpido.

Não te ignorarei aos prantos,

E sentirei por ti sentinelas valentes de mim."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

⁠Eu amo ver as estrelas
No véu da noite infinita
Sei que eu posso tê-las
Como irmãs bem bonitas

Sendo a distancia precisa
Por fios de pura beleza
Eu vejo e sinto a brisa
No seio da mae natureza

Uma mulher da multidão disse-lhe: Feliz o ventre que te gestou e os seios que te amamentaram.
Respondeu ele: Felizes os que ouviram o Verbo do Pai e viveram a Verdade. Porque dias virão em que direis: Feliz o ventre que não concebeu, e felizes os seios que não amamentaram.
(verso 79/114)

Amor prometido…
(Nilo Ribeiro)

Pode ser utopia,
espero ser entendido,
é nesta doce poesia
que exalto o amor prometido

um amor me foi destinado,
minha vida o esperei,
sinto-me poetificado,
pois eu o encontrei

longos anos passaram,
momentos belos eu vivi,
os longos anos que passaram,
trouxeram você aqui

este é o amor prometido,
que a natureza conspira a favor,
ele vem ao seu auxílio,
pois, é o verdadeiro amor

não é sonho, nem quimera,
é o movimento da vida,
sempre estive a sua espera,
a mim você foi prometida

laços,
união,
abraços,
paixão

vinho,
passeio,
carinho,
seu seio

um amor prometido,
sempre eu desejei,
mesmo me passando por bandido,
por você sempre esperei…

De qualquer maneira, estou isolado, como sempre estive. Parece-me mais triste viver isolado no seio de uma grande cidade do que numa pequena ilha do Pacífico.

Curiosidade e gratidão; – veja se há duas asas mais próprias para arrojar uma alma no seio de outra alma, – ou de um abismo, que é às vezes a mesma coisa.

Tenho esperança na humanidade. No café quente, tomado no seio da família. Na roda de amigos que se comunicam na presença do calor humano, entre olhares reais. Também acredito, graças a Deus, na bondade das pessoas, na riqueza de coração, na troca de afeto, na sinceridade das palavras. Tenho fé que o errado tenha conserto, que as boas ações sejam exemplos e que o amor arraste multidão. Sou do tipo que fotografa sorrisos, coleciona gentilezas e põe em versos as prosas sábias contadas pelos idosos. E por mais que as coisas se mostrem o contrário do que eu desejo, confio ainda num mundo cheio de vontades por se apoderar da paz, onde os arco-íris dominam os dias, fazendo as horas mais leves, os caminhos em festas e a vida encantada, docilmente melhor.

Quando minha mão tocar seu seio com ar de receio, não venha hesitar. Você sabe o que quero desse amor sincero e egoísta que só você me dá.

⁠No seio de uma sociedade existem as pessoas reais e as ilusórias.As reais não buscam reconhecimento pelo seu trabalho
diário, mas se sentem felizes quando
são lembradas por suas obras. As ilusórias encontram reconhecimento fácil de muitos
a todo momento.
Quando o ilusionismo acaba, todos ficam a dizer para si mesmo:Difícil acreditar que ela fez isso tudo.
E esse tudo pode ser muito mais, pois as pessoas ilusórias por onde passam deixam
iludidos pelo caminho.

⁠Cores
(a Cecília Burle)

Enquanto a gente é criança
Tem no seio um doce ninho
Onde vive um passarinho
Formoso como a Esperança.

E ele canta noite e dia
Porque se chama: Alegria.

Depois... vai-se a Primavera...
É o tempo em que a gente cresce...
O riso se muda em prece,
A alma não canta: espera!

E ao ninho do Coração
Desce outra ave: a Ilusão.

Mas esta, como a Alegria,
Nos foge... E fica deserto
O coração, na agonia
Do inverno que já vem perto.

Nas ruínas da Mocidade
É quando pousa a saudade...

meu próprio sabor
é sobre meu e meus,
de seio pessoal,
de carne!
póem na carneação —
eu sou mordida viva!
vi ela beijando um velho.
me fez Vomitar,
vomitei em silêncio.
entendi,
meu amor
não é pra vagabundas.
me observei demais,
me rasguei demais,
talvez.
eu me sirvo.
me provo.
sou amargo.
sou só meu!

DECÊNCIA

Uma das melhores caracteristica do ser humano
E a decência. Quem o adota em seu seio, alarga
Caminhos e desbrava infinitos horizontes.

Uma força

A força do sonho menino.
É suor que aflora no seio da família.
Nasce também, na escola e na briga do jogo de bola.
A inspiração do Criador forjando seu espírito,
Despertando-lhe uma LUZ que lhe impulsiona a alma.
- Dirigi seus passos, meu Senhor!
Grita a mãe em oração...
E ELE revela as ferramentas certas à medida que a jornada avança.
As mãos,
Vão ganhando destreza e habilidade.
Os braços,
Finos, já mostram alguma musculosidade.
As pernas e o tronco,
Transformaram o menino de cabelo castanho,
Criando com o tempo, o primeiro fio branco.
A certeza do sonho, do ontem menino, empurra-o à frente,
Mostrando que as marcas da mão
Vão também no coração.
Os olhos,
Revelaram-lhe cores e dores de uma longa caminhada,
Do qual o menino de ontem e o homem de hoje,
Construíram juntos de um sonho,
A própria realidade.

"Não sei dizer o que sinto. Quer dizer, sei-o bem, mas não consigo.
Porque no momento em que tento falar, não exprimo
realmente o que sinto e acabo achando que sinto aquilo que falei, mas que na verdade, não sinto"

Desnutrição

Ao chupar o seio da sociedade
Como um bezerro faminto que suga as tetas da progenitora
Engasgo-me sempre, não por ir com demasiada sede ao pote
Mas pela náusea e ânsia de vômito que me dá
Ao provar do alimento que ela me oferece

Bernardo Almeida (Livro Crimes Noturnos)

Amor atemporal


Magia de minha vida
Amor, nascido no seio da alma!
Amor atemporal!
Me alicia, me domina...
Embriaga meus sentidos!
Degustado...
Deixando-me farta e deliciada
Com seu amor gostoso
Aquecido
Que me deixa leve
Prazeroso...
Jamais esquecido!

ESCREVER


Escrever é arte bela.
Os anseios profundos
Fluem em palavras,
E do seio da alma
Brotam frases ricas
Que preenchem o coração.
Hoje escrevo um poema.
Amanhã uma canção.
Escrevendo vou vivendo
Emoção em emoção.
São frases verdadeiras,
Nascem da riqueza do ser.
Prazer incontestável,
Que transforma o viver.
Homem ou mulher,
Todos tem o dom de escrever.
Uma palavra aqui,
Uma frase acolá.
Formas que preenchem a folha branca
Através dos sentimentos que transbordam
Em cada amanhecer.
Escrever é mesmo um privilégio
Que temos ao aprender a escrever.
Privilégio de compor pelas
Palavras e frases e imagens
Dos tempos de menino
Até envelhecer.
Sendo jovem ou velho,
A mais bela arte é escrever.
Carlos Medeiros – 05.04.2013, às 07h00min.