Poema na minha Rua Mario Quintana
A pressa
Era tarde como de costume, quando atravessei a rua que dava acesso a minha casa. E por um momento parei para observar algo que me chamou a atenção. A casinha verde da esquina estava escura, e por alguns instantes aquilo me incomodou. Mas segui para casa, estava muito cansada.
No dia seguinte pela manhã ao sair de casa, fiquei atenta ao passar pela casa verde. Estava tudo igual, linda e graciosa como sempre, as rosas estavam reluzentes de tão lindas. Respirei fundo e segui apressada. Ao final do dia voltando para casa, outra vez senti falta de algo naquela rua, as luzes da casa verde não estavam acesas novamente. O que teria acontecido? Dona Benta viajou? Estranho. Incômodo novamente.
Na manhã seguinte, tudo normal. As flores... ah, as flores, tão lindas! Dona Benta é tão caprichosa com suas plantas! Respirei fundo e sorri, apressando os passos. Ao voltar a noite, não pude deixar de notar que ali, já não tinha a mesma alegria. Tudo escuro, e sujo em frente a casa, folhas muchas na calçada. Algo realmente aconteceu ... foi o que pensei.
Então, ao sair para o trabalho pela manhã, meus olhos já buscavam respostas. Parada olhando para aquela casinha que outrora transmitia beleza e alegria, murmurei: _ Estranho! As plantas estão murchas, as rosas ... o que houve? Meu pensamento foi interrompido pela voz do seu Evaldo, vizinho do lado, que cabisbaixo respondeu: _ Sim! Dona Benta faleceu. Silêncio, nó na garganta, e uma dura resposta. Por isso a tristeza na casa verde... _ Ah, nossa! E eu nem soube, sinto tanto! Respondi ao seu Evaldo, e saí, tomada por uma emoção inexplicável.
Que droga de vida é essa? Essa correria que não nos deixa perceber ... Sempre tive vontade de parar e conversar com dona Benta. Sempre a vi como uma senhora distinta, e tão educada! Trocávamos bom dia, e boa noite tão calorosos! Mas a conversa ficou apenas em meus pensamentos. A correria nunca deixou, ou eu me deixei levar por ela.
"Aqui na minha rua
Tem uma casa que fica
No quintal de um pé de nada
E mora debaixo da lua
Quem a vir, de olhar distante
Na hora em que brilhar de iluminada
Nem nos seus melhores sonhos
Desconfia da alegria que morava lá
Mas mudou-se, escondeu-se igual
Só que ora, distante."
Edson Ricardo Paiva.
RUA DA MINHA INFÂNCIA
Lá bem longe onde eu morava
Sem asfalto nem avenida
Era um sítio em que a estrada
Se formava pelo batidão da lida.
Tanto iam as crianças pra escola
Os cavaleiros com suas tropas
Os pedintes de esmolas
No sombreiro da sete copas.
Por ela vinham os mascates
Com suas quinquilharias
Faziam os seus biscates
Para toda nossa alegria.
Ao terço ia a vizinhança
Como se fosse romaria
Na frente muita criança
Atrás os adultos em cantoria.
Rua de terra batida
De dia o sol escaldante
À noite a lua escondida
Só quando era minguante.
Tenho uma saudade danada
Desse meu chão encantado
Quando de dia passava boiada
De noite latia o cão abandonado.
Hoje tudo está mudado
Asfalto com carros e poluição
Preciso de muito cuidado
Para reconhecer meu rincão...
10/06/18
melanialudwig
COMPLEXO DO ALEMÃO
Amo minha favela, sou cria da rua 2 na Alvorada, minha casa. No CPX R2 fui muito feliz durante minha vida, desde criança.
Nunca deixarei de amar cada canto da favela, desde a grota, nova Brasília, canita, fazendinha, alemão e outros.
Minha vida hoje é parte da minha criação na favela, onde passei por milhares de experiências.
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
Formas
Não decidirei
Em poesia
Não foi poético
Nosso fim
Foi na rua
Minha dor
Avançando desesperada
E você jogou
Seu beijo
No espaço
Como resposta
E com quantos
Beijos se arranja um amor
Da dor eu sei
Do amar é passado
E do resto
Escreverei amanhã
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
Cai minha lágrima dos olhos.
Cai bêbado na minha rua.
Cai minha internet .
Cai minha energia bem na hora da novela.
Só não cai dinheiro na minha conta.
[ Resposta minha, à declaração de alguém muito infeliz, ao ter dito que orações de joelhos na rua, "é coisa de pobre" ].
Declaração preconceituosa. Um Sheik Árabe, devoto de Alá, Bilionário, orará de joelhos dobrados, onde estiver, quando der o horário de sua oração.
Provavelmente nunca ouviu falar da "Legio duodecima Fulminata", do Imperador Júlio César, na guerra contra os Sármatas! Na ocasião, a multidão dos inimigos superava o número de seu exército! Sabe como ele obtivera a vitória? Sabe o porquê desse dia em diante, ele chamou a duodécima Legião, de Legião Fulminante? Ou Fulminea? Sabe o que ele ordenou sua Legião a fazer, no dia dessa guerra?
Se soubesse, não falaria tanta BESTEIRA em rede social virtual!
Estude mais um pouquinho e saberás que joelhos dobrados, preces e orações, não são prerrogativas de "gente pobre", apenas. Também é coisa de reis, exércitos e IMPERADORES.
08.04.2020 às 19:47 h
Minha Quarentena
A quarentena não acabou
mas está para acabar
Pense numa coisa chata
Na rua não posso brincar.
Com meu pai aqui em casa
não fico no tédio não
Princialmente na hora
em que vamos pro colchão.
Eu escuto do meu quarto
esses bocas de sacola
Quando eu chego no quarto
-Isabella, olha a hora!
Então volto pro me quarto
toda, toda entristecida
amanhã podemos conversar
penso logo em seguida
Quando acordo mamãe diz:
- Glícia te ligou agora
Então falo pra ela
- É pra fazermos as tarefas da escola.
Quando terminamos a tarefa
vamos logo jogar
Mas mamãe acaba com a alegria
Quando diz que precisa do celular
Esta é minha quarentena
para mim, ela é legal
mas pros meus queridos pais
é difícil e radical.
Aqui na minha rua
Tem uma casa que fica
No quintal de um pé de nada
E mora debaixo da lua
Quem a vir, de olhar distante
Na hora em que brilhar de iluminada
Nem nos seus melhores sonhos
Desconfia da alegria que morava lá
Mas mudou-se, escondeu-se igual
Só que ora, distante
Sob um pé de pensamentos
Entremeado de dimensões
Mas que morreu de seco e quedou-se no próprio eco
Só que esse era mudo, era atroz qual num galope
Mas não tinha voz
Era feito de espera, era quase perfeito
Penso que quem não o conhece
Pode ser que pense que era e o compre
Pois o som não se propaga no silêncio...o rompe.
Edson Ricardo Paiva.
Ele olha da rua para minha janela
Da minha janela eu olhava a rua a procura dele
Estavamos tão distantes e tão perto
Sem perceber que...
Buracos de um vazio cresciam dentro de nós
Você novamente foi preenchido
E eu me tornei o vazio.
Minha ruazinha...
Minha rua é tão bonita
Tem uma magia ímpar
Um quê de lar
Um cheiro de bolo de fubá
Um frescor de margaridas
Minha rua tem risos
que somente tem por lá!
Suas casas antiquadas
de arquiteturas ultrapassadas
não chamam a atenção de ninguém
Por elas não se dá nada!
Mas ali há tanta vida
Tanto calor...
Violetas nas janelas
E avós cuidando delas...
Sagrado dulçor.
Hahh, minha rua,
Minha simples ruazinha
Rua da minha doce infância
Que me trás tanta lembrança
e que hoje , guarda em si,
de mim,
a poesia.
Se é inverno em toda rua
Se a minha cabeça vive na lua
Se o meu coração vaga, é por você
Se empilho as cadeiras no fim da estrada
Se eu jogo confete de madrugada
Se o meu corpo ferve, é por você
Final de tarde
Está deserto
A rua é um eco, em silêncio
So há imensidão verde a minha volta
Pássaros cantam dando ênfase
Ao final de um dia lindo.
Lembro de tempos
Onde minha preocupação era assistir desenho
Ir pra rua jogar bolinhas de gude
Empinar pipa
Brincar na chuva,
Hoje tenho saudades
Queria ser criança para sempre
E ter a liberdade em meus braços
Correr na rua sem saber que direção seguir
Mas, sabendo que chegaria em algum lugar.
"Lembro de uma frase que minha avó repetia quando eu queria ir brincar na rua.
ela me dizia:
"quem não tem irmão, brinca sozinho."
Ela estava me ensinando uma verdade importante da vida adulta.
Claro, que não devemos ser egocêntricos.
Mas é preciso aprender a ser feliz sozinho.
Sua felicidade, sua responsabilidade!"
Vida Minha
Minha vida, selada à tua,
Teu riso, meu destino, tua alma, a minha rua.
Minha história se perde, se encontra em você,
Sem teu agora, não há depois pra viver.
Vida minha, melodia do meu ser,
Tua luz é farol, meu eterno amanhecer.
Brilhas forte na estação do meu coração,
Com você, tudo é festa, tudo é canção.
Teu amor, minha morada, meu lar,
É contigo que eu sempre quero estar.
Do nascer do sol ao cair da lua,
Minha vida, minha alma... sempre tua.
"Eu queria que você pudesse voar
pelos ares da minha rua nos lares mais próximos até encontrar minha casa e pousar calmamente em meus braços.
Porém, com muita fúria tu beijarias a minha boca em um descompasso engraçado acertando o meu peito
e perfurando friamente o meu coração."
Dizem...
Dizem que tudo passa.
Algumas casas na minha rua pareciam castelos outras pareciam presídios a minha na sua terna simplicidade era muito aconchegante e bem requisitada pela molecada na infância seja para jogar vídeo game, seja para bater aquela bola em frente no golzinho com chinelos de dedo sendo as traves.
A resenha quando saíamos todos juntos para festinhas de aniversários, a bagunça quando voltávamos da escola chutando tudo que via pela frente e as coxinhas da dona Ana nossa "tia vovó" vizinha que nos dava com tanto carinho quando nos perdíamos no tempo conversando embaixo da grande árvore em frente sua casa.
Passar o dia todo na rua de férias vocês pensam que era fácil né kkkk. Pois não era, na realidade jogar futebol contra nossos inimigos da rua de cima e da rua de baixa gerava varias discursões e divertimentos, imagina ter que brincar de jogar peão, ter que jogar vôlei com direito a rede e tudo mais, além de pega, pega e ainda sobrar tempo pra correr dos gritos da dona Júlia com tantas bolas jogadas no portão dela na correria da brincadeira de queimada. A , a, a, a, como cansava ter esses compromissos.
É domingo dia pesado, hora de visitar os parentes no almoço, depois passear na praça tomar sorvete, relaxar vendo o parque ser montado na avenida principal da cidade, já pelo começo da noite a tormenta ou quis dizer a visita na igreja , sem reza, sem brincar mais tarde e ficar sem jantar e comer pudim e se chorar prepara o bumbum, as orelhas e as pernas.
Abre os olhos e queria fechar novamente para viver só mais um pouco naquela saudade que me fez tão bem.
Minha Rua é o Seu Caminho
O sol brilhará mais ainda.
Quando você descobrir que:
Minha rua é o seu caminho.
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