Poema de Pobre
Eu quero um Opala de luxo.
- Eu não, humildade sempre!
Humildade pra você é ser pobre? isso é idiotice! não confunda humildade com não querer progresso!
Tente ser melhor, mas nunca, nunca mesmo rebaixe alguém..
-Efemeridades
Estar entre meus próprios sentimentos.
Coitado do meu pobre coração.
Fonte genuína, minha fronte.
Expectativa: palavra desconcertante.
Caixa preta com meus sentimentos...
Uma porção de você.
Goteira irritante, impune.
Você escapou com meu faz de conta..
Predileção minha.
Nuvem de tempo que o vento leva...
Tempo que é inesgotável para quem sabe viver.
Meu plano era ficar na caixa.
Coração a procura de vida.
Coração que não é mais capaz de amar,
Triste sina... é um coração seco.
Setenta vezes sete.
Diz algo a você?
Pretensão de coisas puras e elevadas.
Sinceramente eu não sei o que dizer
Tudo é efêmero menos o amor.
Senhor.
Hoje quero agradecer-te.
Pelo pão nosso de cada dia e por ser pobre.
Ser pobre é ser como Tu!
Rezemos por todos aqueles que são ricos.
E por todos aqueles que vivem obcecados.
Pela mágoa de não serem ricos.
Pelos escravizados..
Pelo dinheiro....
Pelo bem-estar..
Eles não conhecem o bem!
Que se esconde nas coisas simples.
Das conquistas com sacrifício!
Dos sentimentos nobres.
Do amor puro.
Eles não conhecem a virtude da pobreza!
Eu procurei qual quer desculpa para escutar a sua voz e acalentar o meu pobre coração;
As ansiedades acha que nós não somos tão diferentes e não acha que é difícil de o vivermos o acontecer eloquentemente;
Sem querer revirar um coração carente para procurar um desejo adormecido;
Junto a mim tens a crescer de sentimentos doces e reais entre a perfeição do amor;
Por dentro sinto teu pranto,
ó pobre coração meu.
Coração, não sofras tanto
por alguém que te esqueceu!...
Pobre de mim de não mais poder contemplar sua beleza e seus méritos, pois entendo que algo assim não é para qual quer um;
Se for só isso o seu evitar, por me castigar sem razão ou por medo da distância, saiba que o tempo não para;
Tanto tempo esperando uma chance para acalentar-me, mas aspirando a imaginação pela sua imagem e fechando meus olhos tenho você em meus pensamentos e meu coração sempre te amará;
E como se a vida fosse um desenho feito a lápis
tentou consertar os erros com uma borracha.
Pobre menino, rasgou o papel.
Pobre Coração.
Porque me odeia?
O sangue corre nas minhas veias.
O submundo me liberta da escuridão.
Tudo não passou de uma ilusão;
Meu pobre coração.
Achei que não tinha esperança.
Momentos de aflição
Para que serve o amor;
Se não tem compaixão?
O odio me enfraquece.
Em lagrimas profundas;
de um amor que nos florescia
no calor profundo que nos consumia.
Que me parte o coração.
Cobiça
Antes de Etevaldo ter a ânsia de possuir aquele bem, ele, pobre, vivia muito feliz, obrigado!
E agora Campina que eu me dobre,
para pedir com meu verso pobre,
um pouco de clemência e de paixão.
Não destruas a minha mocidade,
matando meu ideal de liberdade,
e ceifando esta grande ilusão.
Sou candidato e é um grande sonho,
matá-lo é triste teto que medonho,
e um pesar mais triste e mais profundo,
Derrotado sairia em desatino,
criatura vagando sem destino,
uma alma perdida pelo mundo.
Dá-me Campina esta oportunidade,
de te servir com minha mocidade,
e de lutar com a minha rebeldia.
Eu te peço do amor sentindo açoite,
mais um pouco de luz para minha noite,
mais um pouco de sol para meu dia.
Baforadas de charuto
Saber viver é o que importa,
Não faz diferença o rico e o pobre.
Cuido das plantas pequenas,
Limpo os meus pensamentos.
Olho os movimentos da rua,
Vejo um cachorro feliz,
E, gente correndo da chuva.
Dou mais umas baforadas,
A fumaça se espalha pelo vento.
Meus pensamentos ninguém leva embora.
O importante é saber viver!
Olhando às pequenas coisas...
...a tranqüilidade do céu sem nuvens.
E, as estrelas escondidas.
Lírio da Paz floresce bonito.
Estou confiante em mim,
Na paz da minha alma.
Não vale a pena mentir e ferir a si próprio.
A fumaça do charuto se espalha no ar,
É o vento forte que leva.
Os pensamentos são blindados,
Calmamente observo tudo.
Saber viver é luz!
A felicidade pode ser intocável na alma.
O charuto está no fim.
Saber viver é o que importa.
Tudo o mais evapora,
Inclusive a vida.
A bem vivida e a desperdiçada,
Ambas não voltam mais.
O charuto acabou.
Pensamentos são eternos,
Saber viver é o que importa!
Quanto mais pobre eu for, mais livre serei.
Quanto mais rico eu for, mais conforto terei.
Não tem como dar errado.
'JANELA II' - [Fragmentos...]
Bebe-se uma tequila,
a fome é lembrar dela:
pobre vida!
Na madrugada ornamentando sequelas.
Recriando canções,
há de se sonhar com elas,
bravejando capelas,
sons oblíquos,
imensidão que não se vê.
A janela só tem sentido fechada...
'POBRE CRIANÇA'
O destino abraçara o pesar.
Filme à céu aberto,
estampando o prato bestial do meio dia.
Mãe à tiracolo,
sem colo para aquecer o frio matinal.
No ônibus milhares de fúteis paisagens.
Quatro da manhã e sete anos de pura espontaneidade,
sem tantas respostas,
o garoto fez-se homem de idade.
Não decorou ruas paralelas,
nem fadas.
O menino nascera do nada,
criança prodígio...
A vida era-lhe autêntica,
miragens.
Hoje microfilmes.
Turvos dias apenas!
O estômago embrulhara os ecos.
Risos soltos - projeções -,
sem foco,
reflexos.
Infância corroída nos aluviões,
perdido como pedras nos rios profundos.
Os dias não tinham porquês,
longe as expectativas,
tudo vinha meio sei lá pra quê...
Casa de palha.
Entulhos e panos ao redor de uma vida baldia.
Que chatice!
Hoje tem escola.
Mas a barriga ainda ronca.
Vazia de futuro
uma,
duas horas.
Sou mais meus carrinhos de latas!
Fico a Imaginar outros meninos,
fortes e fartos à vontade.
Fazendo trajetória,
futuro promissor...
Histórias sem leitores.
Quase nada mudou!
Apenas retrocesso,
do processo circular estagnando e definhando pessoas.
Sou da lama,
quem se importa?
Trilha sonora nas mãos,
faço lúdica às minhas memórias.
Atual leitor de um mundo melhor.
Ainda inventor,
correndo nas chuvas.
Íngreme em chamas,
utopizante em vitórias...
"Se um pobre pode sentir-se rico
Sabe ser mais rico que um rei que não sente nada"
Edson Ricardo Paiva.
