Coleção pessoal de ThaisDuarte

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-O vento que tocou um coração


Olha senhor vento, vê se leva tudo embora..
Deixe-me te tocar senhor vento.
deixe de ser tão livre às vezes!
Faça meus sentimentos ecoarem...
não quero me apaixonar por você.

Alimente o fogo,
E não minha dor...
Esse coração infeliz já está cansado,
de te perseguir senhor vento!
Não estou pronta para ser como você.

Senhor vento faça a tempestade ir embora,
Vou deixar a ventania passar.
Senhor vento, deixe minhas palavras te encantar!
Elas gritam por você...
Não me deixe no vazio da solidão!

Minha porta já se fechou a algum tempo
Então entre pela fresta.
Você tem minha permissão!
E nesse iê-iê-iê quem sofre sou eu.
Se a escolha é minha, eu escolho você.

Vento que as vezes é vazio, frio
outras calmo, tranquilo, diferente,
mais sempre o mesmo.
Como um forte barulho nos surpreendendo.
Ô vendo leva embora tudo isso
E vem ficar comigo!
Enquanto essa tempestade de sentimentos,
não passa.

-O Encontro reflexivo

Menina do cabelo encrespado,
Ela não vê maldade...
Menina que teve um sonho frustrado
Menina dos amores enrolados.
menina que não sabe rimar...

Menina que acha graça no abraço
Menina que tem medo do amor,
Ela gosta de ser difícil de entender..
Menina a espera do príncipe encantado.
menina é hora de acordar...

Menina que tem um sorriso faceiro
Menina que vive no seu próprio particípio..
sem ações plenamente acabadas;
Ela é igual sendo extremamente diferente
Menina que tem vontade de gritar!

Menina indecifrável
sua fortaleza é seu coração,
Seu namorado é o destino...
seu sobrenome é acaso
menina do coração lotado
mulher – menina não se engane!

-O desejo da saudade

Este é o dia de verão.
Marasmo bom!
Olhar seu sorriso, desafiando o instante.
Um dia sem problemas.
Com o Sol a bailar no imenso céu azul.
Improvisar uma canção e prender a respiração!

O que é o beijo se não o encontro,
Do querer e do fazer?
Quero morrer dessa certeza!
Querido dia que não se apresse.
Tenho meu próprio tempo, e meu segundo.

Deixar a íris do seus olhos, fixar nos meus.
Viajar além do que se espera.
Nessas horas, ah como descrever?
O que foi prometido, não foi em vão..
Foi promessa de coração a coração.

O dia de verão termina com uma chuva.
Sem haver explicação, te darei as mãos.
Correremos na chuva, até encontrar o que nunca se perdeu!
Estar onde se deve estar, segurando suas mãos.


Feche seus olhos e realize seus sonhos.
Como você se sente?
Quando foi a primeira vez que se apaixonou?
As folhas caem no tempo correto, não se inquiete.

Fique até o Sol se por,
Sentir a vibração das suas cordas vocais, falando de amor.
Ah como é bom!
Olhar o que se quer dia após dia.
Tenho minha vontade e dela e pra ela, vivo!

Ô Capoeira

Minha valentia ninguém tira,
Da África me tiraram, ê saudade
Naquela terra eu era rei.
Rei de mim mesmo.
Ti ti dom dim...

Nos meus cantos peço a Deus,
para guiar meus passos.
Nos engenhos e cafezais, espero o pôr do Sol,
pelo mato, busco minha liberdade...
em meus pensamentos só está esse ritmo
Ti ti dom dim...

Meu pé está na senzala,
No meu jogo canto a esperança em dias melhores,
Êêêê capoeira, nesse ti ti dom dim
Bate meu coração.

Meu pensamento está naquela mulata,
que canta com voz doce os sofrimentos de um escravo cego.
Os morros e as estrelas indicam o caminho.
de boca em boca a liberdade é transmitida.
Minha voz é mais do que oração, é um grito de existência!
na força dos meus braços carrego a dor da chicotada.
TI ti dom dim...

Ó meu Deus, ao quilombo irei
Ter com os moços livres, novamente reis!
minha malandragem veio da senzala,
Minha voz chegará ao Pai que está nos céus
e meu caminhar guirá.
Ti ti dom dim...

Desse sofrimento eu fugirei,
e só pararei quando encontrar uma roda de capoeira
minha arte não está na minha cor, e sim no meu coração
que esqueceram que bate, - a corrente vai cair,
E os capoeiras dançaram em memória daqueles dias.
e aquele berimbau, continuará em minhas mãos,
Fazendo ti ti dom dim.

-Pieguices
Me perco no meu silêncio, ele se parece com o amor..
Não saber o porquê era para ser normal?
A normalidade seria encantadora?
Meus sentimentos me corroem.
Essa é minha essência: E se...

Eu não sei, eu não sei sinceramente!
A culpa seria de alguém?
Às vezes me permito não gostar de quem eu sou...
Eu me afogo em mim mesma.
Ai me perdoo, afinal os labirintos são um total mistério. E que mal há nisso?


e nesse afogar, descubro toda a contrariedade existente, gosto disso as vezes.
Não adianta prender algo que insiste em ser liberto.
E como o vai e vem das ondas do mar, me perco para depois me encontrar!
Tão diferente, tão eu...
Seria essa a beleza de tudo?

Se o seu olhar me fascina,
não deveria eu olha-lo?
Sentimento é tudo que sou
Eu quero a liberdade de uma borboleta, com toda a confusão de ser eu.
Não quero esquecer quem sou,
Sou uma tempestade de porem.
Fazer o que, se é assim que eu sou?

Máximas de liberdade


Me leve, para a imensidão que só a poesia tem,
Nos versos da vida, você tem sempre as palavras certas,
Um pássaro que não se pode prender.
Tem um canto desafinado, mas asas grandes de quem nasceu para voar

Se eu pudesse escolher alguém pra ser, escolheria você
todas as cores nos olhos você tem.
Uma nuvem diferente no meio do céu azul,
A lindeza em pessoa, com o ego do tamanho da vontade de ser feliz

Leva da vida o sentido de ser.
Acredito que a distancia que nos separa
a beleza da vida aproxima.
o acaso por acaso acertou.
Essas são as máximas de alguém que é o máximo.

-Efemeridades

Estar entre meus próprios sentimentos.
Coitado do meu pobre coração.
Fonte genuína, minha fronte.
Expectativa: palavra desconcertante.

Caixa preta com meus sentimentos...
Uma porção de você.
Goteira irritante, impune.

Você escapou com meu faz de conta..
Predileção minha.
Nuvem de tempo que o vento leva...
Tempo que é inesgotável para quem sabe viver.

Meu plano era ficar na caixa.
Coração a procura de vida.
Coração que não é mais capaz de amar,
Triste sina... é um coração seco.

Setenta vezes sete.
Diz algo a você?
Pretensão de coisas puras e elevadas.
Sinceramente eu não sei o que dizer
Tudo é efêmero menos o amor.

-Breve lição

Banho de chuva que lava a alma
correnteza que vai seguindo seu rumo,
em frente, sai da frente... que eu to passando – Ela me diz.

A sábia natureza ensina os homens duros de coração,
a se adaptarem as situações...
A vida não para, vai seguindo – às vezes na contramão.
de mãos dadas com o tempo.

E quem é sensível de coração,
para entender o que vos falo?
Então escolha seu rumo, não fique em cima do muro.
raios que viram flashes de recordações.

Meus caros amigos,
reparem o tom que o verde tem
depois que a chuva vem...

Meu melhor amigo não sabe falar,
Mas diz muito em um só olhar
Por ironia da vida o chamam de animal.
Olhar sincero de quem muito sofreu,
Ao contrário deles, nunca causou nenhum mal.

Nos versos dessa poesia tento passar uma breve lição:
Aprendam com a natureza.
criada por Deus tem muito a oferecer
Equilibrem-se entre o sim e o não.
Vida, ó vida que todos aprendam essa lição.

A dança da vida

Lagarta em fase de metamorfose,
em busca de suas asas
Ela nunca sabe a hora certa,
vai ver que não existe...
Decide se esconder no casulo em busca de respostas.

O tempo senhor de todas as mudanças,
Encarregou-se da pequena lagarta...
cuidou, ensinou e amou nossa querida.
Lagarta/borboleta ainda tem medo do desconhecido,
muitas surpresas ele traz.

Tempo de novidades,
O tempo é passageiro na vida, pegou carona com a solidão.
No casulo ela vai se transformando, vida que segue seu curso.
a nova borboleta imagina o mundo lá fora
o que acontecerá em seguida?

A borboleta agora é capaz de voar,
sentir as flores...
o voo dela dá gosto de ver, liberdade dançante,
Sentindo cada vez mais alto ela vai.

Quem antes era ignorada, tornou-se objeto de desejo
nem todos entenderão seus movimentos graciosos.
A borboleta nunca entenderá o sentido da rejeição,
pois só se preocupa em olhar as flores, são as únicas que fazem sentido.
Bailando no vento a borboleta vai.

Agora tem sua própria lei,
as lições do casulo estarão sempre sem sua memória.
A linda borboleta agora é inspiração...
De inimiga se tornou companheira:
A inevitável mudança!

-A convidada que se esconde atrás de um véu

Convidada mal vista na dança da vida
Conhecida sendo total desconhecida, és operária do destino.
Tu és quem proporciona um doce descanso
dos desgostos da vida.

Como um piano tocando uma harmoniosa melodia,
Concluo que as pausas são necessárias na vida.
as perdas nos ensinam grandes coisas...
Os olhos da alma não precisam de presença.

Somos um sopro de vida nas mãos do Criador,
a hora da chegada já traz a hora da despedida.
Muitas coisas mudam na vida, mas uma é sempre certa,
Nossos feitos ultrapassam a eternidade, seremos inesquecíveis a quem nos quer bem
Farol iluminando a escuridão desse momento.

A morte é o voo mais alto que alguém pode se dar ao luxo,
Não deve ser tão ruim se sentir livre da matéria...
Lá nesse lugar desconhecido, os sonhos transpassam o limite de tempo.
E tudo se torna calmo, para quem travou uma grande batalha.

O premio ao vencedor é a paz de espírito,
O deserto torna-se lugar de reflexão,
lagrimas são as palavras do coração, um sussurro da alma
Um mistério a se desvendar,

O véu cai a todos um dia,
A esperança não acaba por aqui, o limite é quebrado.
O que resta a quem fica é aprender a lidar,
Quando um se vai, dois chegam para ficar.

O insubstituível é mágico a sua maneira,
O fim é um recomeço a todos que assim crerem.
A mudança mais difícil é sempre a inevitável,
Todas as coisas desse mundo passam como o vento.

A vida é o que acontece quando o espetáculo termina.
como no teatro, atrás da cortina a verdade se revela,
e o ator torna-se passageiro no trem da vida.