Poema Concreto sobre Rios e Mares
TRÊS LAGOAS
Era eu menino e moravam caudalosos rios à minha frente
Tão longos, intermitentes, profusos, infindos e soltos
Em cujas margens verdes de silêncio ouvíamos absortos
O passar das horas nos longos trens sobre os nossos brios
Era eu crescido em meio às desertas largas ruas de areias
Que de uma calçada à outra mal se ouviam os clamores do futuro
Incompreendíamos os porquês de tanta luz e a tatearmos no escuro
À procura dos sonhos que regessem as nossas jovens veias
Agora longe, atrás do tempo que escoara por aqueles trilhos
Ancorei meu barco num falso porto refestelado de saudades
Onde tudo é pedra, pressa, asfalto, agito, instância sem volta
Ainda existem rios porem não mais com as mesmas aguas
Permanecem as ruas mas estas ignoram toscas verdades
De que envelhecem os olhos mas as valsas ainda sonham-te
As plantas sem Água murcham.
O corpo sem a Água desidrata.
Os Rios sem Água os peixes morrem.
As nuvens sem Água não chove.
Não molha à terra para as plantas.
Não enche os mananciais para matar a cede.
Não inunda os rios para os peixes.
Assim sou eu sem você.
Só você Jesus é a minha principal fonte de água viva.
Além das montanhas
Na savana que vai além do horizonte,
Existem montanhas rios e vales,
Penhascos de pura pedra,
Que nem se escalando conseguem chegar neles,
Mas sei,
Do outro lado desse imenso morro alto,
Há um paraíso me esperando,
Vou dar a volta,
Mesmo que eu passe dias para chegar,
Lá,
Vou fazer tudo diferente,
Vou andar vou caminhar,
Vou dormir beijando a lua,
E vou olhar para o Sol,
E nele me contemplar,
Vivi anos por viver,
Estava preso trancafiado,
Não sei de fato o que eu fiz,
Para tudo isso merecer,
Ainda creio,
Que tudo vai mudar,
Não sei o dia certo,
Mas sei que esses sonhos,
Eu irei realizar.....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Se eu não estiver mais aqui
Como a chuva caí e segue pelas enxurradas,
Como os rios enchem e tornam voltar aos céus,
Com a semente que brota e dá seus frutos,
Como o Sol nasce e se põe,
Como uma simples janela que abre e se fecha,
Assim está minha alma,
Uma hora é melodia,
Outra hora é poesia,
Uma hora é paz,
Outra hora é dor e melancolia,
Se eu for embora,
Em qualquer inverno ou verão,
Restará de mim os traços e trapos,
Restará de um homem que quis só viver,
Mesmo falhando quis apenas amar e só amar,
Se alguém próximo de mim se for primeiro,
Restará as lembranças,
Restará os momentos e prosas,
Lembrarei de detalhes,
Todos os pássaros irão ficar,
Uns cantarão com minha presença,
Outros irão chorar com minha ausência, Eu sei que a vida é longa,
Mas também sei que ela pode se tornar curta,
Velejarei para bem longe se eu aqui primeiro ficar,
Quero ir ao polo norte,
Quero ir ao polo sul,
Se meu barco veleiro encalhar,
Quero sentir a neve caindo em meu rosto,
Me conservando no gelo marinho,
Não quero ver a chuva cair para derreter,
Quero ver a lua no céu pratear,
Quero beijar as estrelas,
E nos cometas tocar,
Mesmo com o vazio no olhar,
Quero voltar a natureza para os frutos apanhar e comer,
Quero ver risos em lábios enfurecidos,
Quero ver alegria nas faces entristecidas,
Não sei se isso é sonhar,
Aos poucos estou morrendo por dentro,
O próximo dia vem aí,
E não sei se estarei mais aqui,
Se eu não estiver,
Saibam,
Estou congelado no polo ártico,
Esperando mais um verão para me resgatar.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Valendo-me
Nasci num Vale.
Este vale chamava-se Baixa da Gia,
Sem rios ou geleiras, e
Com um processo geológico de origem que desconheço.
Reconheço, porém, que o nome da localidade foi dado pelo retrato:
Riachos que se tornaram esgoto não encanado.
As montanhas, eram morros de areia brancas e cascalho acrescentado pela mão humana.
Os habitantes, em sua maioria retirantes,
Vieram para essa área de restinga por aproximação ao fascínio litorâneo.
A rua, trazia nome de fruta,
Algo para representar o que tínhamos em abundância.
Chãos e tetos naquela época foram generosidade,
Um complexo de vários braços.
Canto de pássaros, cheiro das flores, sabor dos alimentos nativos...
Ôh... Saudades de Dn. Neguinha e de Sr. Chico.
De pés desnudos e em companhia das pulgas,
Tudo era a maior alegria,
Do mutirão para espalhar o barro nas ladeiras ao conserto das pontes de madeira que a chuva varria.
Artesãos, pescadores, quituteiras, ganhadeiras, pedreiros, agricultores, músicos, artistas, capoeiras...
Os ventos por aqui reluzem realezas.
Fico feliz em compor minha quebrada em versos.
É uma forma de dizer muito obrigado ao passado,
Me firmar no presente, sem deixar de acolher o novo e a vida futura,
Assim como diz a filosofia africana Sankofa.
Essência, Navegar em sensações
Viajo em rios
silenciado nas sensações
tensionado em receios
em anseios
onde chegarem nesses vastos rios
sentir leveza no navegar
da ausência, da perdição caos humano
torna-se essência de um porto seguro.
Os rios passam cristalizando as areias desertas,
e as aves bordam despretensiosas o céu azulado.
As noites são frágeis abrasadoras chamas de velas,
que se apagam ao relento dos ventos,
e que se afugentam rapidamente,
por debaixo da sombra do amanhecer.
Viver é uma densa loucura,
nostalgizando as manhãs mau nascidas,
e ensolarando as noites indormidas,
que se abrasam no casulo do tempo,
- esperando nascer.
QUERO A PAZ
Quero a paz que inunda àqueles que são simples de coração
Que nos fazem singrar os rios da verdade
Que nos faz levantar a espada da justiça
Que nos faz riscar com o lápis da moralidade...
Quero a paz que brota mesmo sem a esperança
A paz que faz o sorriso nascer em meio à tristeza
A paz insiste mesmo quando não se tem certeza do retorno da pessoa amada,
Não se tem certeza do descanso e do sono...
Quero a paz que está no intimo do coração amante
Que está na voz do sábio
No gesto do coerente
Que está na alma dos meus filhos...
SOMOS RIOS.
A cada dia não somos mais os mesmos pq as situações e as pessoas com quem convivemos tb são novas.
O rio q passa nunca é o mesmo.
Todos os dias aprendemos algo novo e nos refazemos.
SOMOS RIOS!
Vim das entranhas da Amazônia
Das corredeiras serenas dos rios
Do colo firme do Juruti
Das areias brancas do Tapajós
Cresci à sombra da Floresta
Onde as férteis várzeas se esbaldam com o Amazonas
Onde o cerrado é enobrecido pelo Arapiuns
O tambaqui assado e a pimenta de cheiro
A piracaia e o cantador
O por do sol sobre o Manto azul
A fortaleza da minha origem
Saudade não é nostalgia
Saudade não é sentir a falta
É sim, a presença da ausência
A Saudade não entristece
Agradece ao amor perene
Sorrio quando estou feliz
e quando estou triste
(só de raiva sorrio)
Rio para o sol, os rios, os mares e o ar!
Cataventos e faróis...
Sorrio no inverno para espantar a solidão
E sigo rindo, primavera, outono e verão.
RIOS DE MINHAS LEMBRANÇAS
No rio de minhas lembranças,
Em águas claras de risos,
Banzeira toda minha infância
Debruçada em flores...
Nas espumas da saudade
Sob a quilha da velha canoa
Descortina-se minha Fonte Boa
Da fina névoa do tempo
Que o sentimento entoa!
Lá da proa do Velho Chico
Avisto a escadaria do porto
E a Lage que dava conforto
E abrigo ao povo de boa-fé:
No campo do Arigozinho
Rememoro a infante idade,
O amor secreto à deidade
Agasalhado no bauzinho
Singelo da doce memória!
Lembro-me da flor-do-dia,
Do apreciar do pôr-do-sol
E da primeira flor de girassol
Nascida à beira do barranco.
No Igarapé da Arapanca,
Leonardo, Estrada e Celetra
Nadávamos sem ser penetra
Nas gélidas águas do reino
Mítico das ninfas do Cajaraí!
Só recordo com pesar
A rede atada acima do paneiro
O lenço branco derradeiro
Estendido em despedida!
... As luzes se apequenando
E o barco singrando o rio
Deixando para trás todo brio
Das tuas noites de estrelas
Que cintilavam meus prantos.
Essa distância que me separa
É a mesma que fortalece o amor
Impregnado na seiva do ardor
De todas minhas lembranças...
No rio primaveril do destino
Navegando a bordo da igarité de sonhos
Logo atracarei teus portos risonhos
E deles jamais me desgarrarei
Como no pretérito tristonho!
Chuva de gotas delicadas
Que mata a sede da terra
Faz crescer a semente
Faz os rios correr livremente
Água é vida concedida
Para todo o ser vivente
Enviadas do Criador Onipotente...
Letras Em Versos de Edna
Uns usam pontes para atravessar, outros usam os rios para navegar.
O que pode ser obstáculos pra você, pode ser oportunidades para os outros.
Construa pontes, mas também use os rios!
espírito da alma,
sentimento que nunca se cala
entre rios dos morto
descansam reis e rainhas,
para atravessar te pagar o porteiro.
em partes a vida eterna.
consumida em atos que vida terminou,
nos atos de sacerdote,
crianças foram morta
seus corpos consumidos pelo fogo eterno,
deuses dão poderes para pertencer
a um grupos celestial
como deuses que vieram a terra deram a vida
a meros bonecos de terra
como fruto de eras questionam o poder,
se passam como um tolo que busca um causa sem frutos...
os descendentes perecem quando luxuria se o põem
num marco indefinido o campos elísios é um sonho
para poucos que tem a riqueza para sustentar
o desejos mais poderosos de um deus perdido em suas crenças
falsos profetas que dizem outros ou ouvem...
surdos meramente implorando por sua...vidas
passando tempo com mero momentos,
sendo o espirito perdido num pesadelo pagão, forja seus sentimentos e ganhos se esquece do derradeiros....
Se eu soubesse que eu chorando
Empato a tua viagem
Meus olhos eram dois rios
que não te davam passagem
Cabelos pretos anelados
olhos castanhos delicados
quem não ama a cor morena
morre cego e não vê nada
Renasço riacho doce, acho revides dos oráculos..
Rios d’esperanças são cortejos,
Pontes aos meus pés suporte
Á cada dia penso aleluias nos miríades d’obstáculos
Num círculo jubiloso grito o rito...
Boa Sorte!
Vem as águas, transbordam os rios
e o povo festeja, sorri e até chora,
muda a estação, vem o estio
e pela chuva todo mundo implora,
Vem o amor, transborda o coração
e os lábios beijam sem demora,
vai-se o amor, que desilusão!
vem as lágrimas, coração só chora...
'O RIO SEMPRE CORRE'
Os rios sempre correm,
nos olhos correntezas tropeçam.
Pupilas pequenas,
peixes artificiais.
Puro 'eu' no espectro da cena...
Canoas enferrujadas,
abotoadas no leito caído.
No remanso,
limbo de abelhas,
insetos praguejando tormentos...
Da janela,
carnificinas estilhaçam o peito amarroado.
Sou agora fúlgidos ferimentos,
perdas no espaço,
loucos sentimentos...
Curvas infinitas,
nas ilusões deixadas nas noites.
Rios permearão,
nas pernoites passadoras,
nas auroras de essências deixadas p'ra trás...
Sonho carnes cruas e mera existência,
sequelas jogadas nas ruas.
Sons nas madrugadas digerindo utopias.
Tudo se foi com os ventos,
deveria!
Reflito à montanha calado,
presente gladiador em revoltas,
águas revoltas nas nuvens.
Serei contornos sem inspiração,
ausência de rotas no alvorecer...
Bom dia 4@ feira
....de chuva farta, rios aos risos, transbordantes
qualidade de ar de primor,
Plantinhas aos risos e cochichos, crescem numa velocidade maravilhosa
dá gosto ver, o povo poda a grama e
nem bem viram as costas, a grama, já está com o topete em alta...hehehe
"é o verão... é a promessa de vida no teu coração!"
Éuma explosão de alegria na natureza,
com a vinda de novas crias, diversidade animal,
vegetal, e tudo o mais...,
e até a "peste" da tal peste da febre amarela,
resolveu voltar.
Claro, pegou de surpresa a vigilância sanitária
que julgava livre, fora de cogitação do famigerado mal,
mas enfim... veio no bojo da bagagem,
ou melhor, "na melhor das boas intenções"
Olhalá heim vamos cuidar,
porque eu sou "mau",
e pra você só desejo "mal" do amor.
Hummmm...também querooo ser atacado pelo mal do amor!
(10/01/2017)
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