Pequenos textos sobre Morte
A morte triunfou e teve os seus dias de glória, o que ela não sabia é que haviam contado os seus dias de vitória´pois Jesus ressuscitou, tragando a morte em sua vitória e aquela que se achava absoluta está agora debaixo dos seus pés aguardando a sua segunda morte quando será lançada no lago de fogo.
Um escritor é um escritor de verdade até o momento de sua morte. Não faço literatura para ser aplaudido em bienais e feirinhas de livros, nem para ser célebre tomando chá das cinco na ABL, nem para ganhar montes de dinheiro. Mesmo porque só quem ganha um monte de dinheiro é Paulo Coelho. Faço literatura porque é uma arte essencial para mim, faz parte do meu ser inconveniente, e a amo com intensa paixão. Quase desesperado. Minha única ambição na vida é conseguir escrever mais coisas até quando conseguir, mesmo numa cadeira de rodas ou crucificado numa cruz."
“A maior tragédia que pode acontecer a um mestre espiritual é ter, após a morte, discípulos, aqui na terra, incapazes de compreender o espírito dele; esses discípulos, possivelmente ensinarão precisamente o contrário do que o mestre disse, e isto como sendo a pura doutrina do grande iniciado...”
O abraço da morte é sutil como uma planta hospedeira. Chega de mansinho e sem perceber já te envolveu por inteiro. Age como algo que pode te fazer bem e devagar vai crescendo tomando grande proporção e quando você menos espera, no momento certo, dá o bote e mata sufocando aos poucos, gerando tristeza da alma, pois no fundo, era tudo o que queria: dar-te o abraço da morte
O abraço da morte é aquele que pouco a pouco vai revelando o outro lado das verdadeiras intenções e pretensões. Por vezes até consegue enganar, mas um dia a sua máscara cai e a verdadeira face, aparece. Engana-se quem acha que pode abraçar a todos dessa maneira, porque quando menos se espera o feitiço, volta contra o próprio feiticeiro.
A sabedoria divina nos ensina que a língua é a vida e a morte; há pessoas que morrem precocemente porque padecem da síndrome da psicopatia linguística e adverbial, cujo CID171, provoca caos e aborrecimentos agudos. Por isso, o silêncio é sempre uma boa defesa imunológica para proteção contra o mal que assola a humanidade e viola com pena de morte o espírito de Francesco Petrarca da boa convivência
Cansei desse mundo ingrato,Estou grato por estar vivo,Morte só fala vai,Vida não satisfaz me insatisfaz,Satiriza minha preguiça,Esqueço da vida quando estou sem ela,Quando estou com ela a vida me lembra de quem sou,Mesmo a vida não olhando o que eu sou,Apenas que eu seria,Quem me viria e como me vestiria,Minhas finanças enganariam até o ibama,Isso é criação da vida mas a realidade dela é mal vivida.
A morte é mais eficaz, de fato estarei andando para trás,Nada me atrai e tudo me distrai,Amor que destrói,Uma paixão reconstrói,Preso na incerteza lutando para conquistar a certeza,Mesmo a certeza esteja sendo engatilhada no ferrolho da minha mente,para ser disparado continuamente,Como um fuzil automático, sistematizado pelas minha ideias e emoções,Diversas distorções pouca emoção.
De hoje em diante fica decretado a morte do passado ou de qualquer história proveniente dele. Quem ousar reviver ou pensar no passado será condenado ao amor eterno e a todo o sofrimento que ele lhe trará. Não haverá perdão. Então, que o passado fique no passado e para sempre caia no esquecimento.
Na maior parte da minha vida, nunca imaginei que chegaria a essa idade. Ansiava por uma morte gloriosa em batalha e, quanto mais perto da morte eu chegava, mais vivo me sentia! Coisas da juventude... Mas, ao que parece, Deus tem outros planos para a minha vida... espero que não seja velho, fraco e doente em cima de uma cama!
“Extra! Extra! Descoberto o primeiro caso de vida após a morte, trata-se de um jovem, muito lindo por sinal, que foi encontrado após ter sido abandonado pelo amor de sua vida. Em relato à bolha de São Paulo, afirmou não saber qual o seu nome, mas pelas vestes humildes que trajava, acredita-se ser algum professor da rede pública. O rapaz gritava insistentemente Helena! Helena! Especialistas afirmam se tratar de protestos contra o Governo de turno, por isso a insistência do mancebo em vociferar: ele não! Ele não!”
Senhor Deus, eu sei que estais comigo, eu já não temo mais a morte ou solidão, por que tu fizeste-me superar todas essas coisas, tu bem sabes o deserto que passei, o vale da morte que tu me ajudou a atravessar, no sofrimento eu aprendi e ser forte é o que vier agora será apenas grãos, por que as pedras do caminho tu me fizeste superar.
A morte pra mim não existe, ela é apenas um processo de transição, todos nós vamos viver esta realidade um dia, os que partiram daqui nunca morreram, vivem em colônias, cemitério não é lar espiritual, são covas vazias cheias de cadáveres sem alma, não voltaremos ao pó por que não somos pó, somos consciências imortais que vive e trabalha resgatando aqueles que chegam da terra!
A morte nada mais é do que o nosso retorno a verdadeira morada. Todo resto é pura ilusão, empréstimos que nos são concedidos por Deus para passarmos por um período de aprendizado, mas que se perderá na medida em que o tempo for passando. De concreto mesmo, apenas a Centelha Divina sobrevive a tudo, pois ela é imortal e eterna.
Não importa quantas vezes eu leia Morte e Vida Severina, em todas elas eu me emociono. Morte e Vida Severina para mim é quase uma oração. João Cabral de Melo Neto foi brilhante quando reconstruiu os altos medievais retratando de forma tão clara e inteligente a vida dos nordestinos. Com metáforas pesadas e inquietantes o autor trouxe para o imaginário do leitor o antagonismo vida-morte e transformou em poesia a vida sofrida desse povo.
Às vezes fico pensando sobre o que tem depois da morte, se existir outros mundos e o critério que determina se iremos para outro melhor ou pior é a bondade: é lógico que iremos para o pior, pois se nem aqui ninguém cuida da natureza, imagina o que fariam no paraíso, não faz sentido. Caso não exista seria a única chance de não sofrermos e aqueles que se privam de viver para viver depois teriam sigo enganados.
Pra mim, tu és a minha morte, morro ao pensar de mais em você, me afogo em saudades e sou enforcado por a vontade absurda de te ter por perto a cada santo minuto... Mas porém entretanto toda via... Você pra mim é minha segunda salvação! Me livrou de mim mesmo, reacendeu a chama da minha felicidade com muita força que a todo momentoe sinto fervente em alegria quando penso em; nós, uma casa, casados, e tantas outras coisas que fazeria esse pequeno pedaço de meus pensamentos, grande... Você é o mistério que mais anseio em desvendar...
O ser humano nasce com uma única certeza de que é a morte. No entanto, lida como se nunca fosse morrer, vivendo sonhos e lidando com trivialidades, esquecendo-se de até viver. Até que no decorrer da vida, quando recebe uma notícia de alguma doença terminal, o único objetivo se torna viver, e não existe nada de mais importante.
Eu não sei o que é. Pode ser vida. Pode ser morte. Ou pode ser um sonho. Eu posso estar te imaginando. Você pode estar me imaginando. Pode ser o purgatório ou uma falha na simulação em que estamos. Não sei. Por isso, decidi há algum tempo a meio que desistir e parar de procurar sentido nas coisas, porque a única forma de se viver nisto é aceitando o fato de que nada importa.
” Eu prefiro falar da morte porque ela sempre está no fim do plano, a morte me persegue quando eu ando, a morte me persegue quando eu acordo, a morte sempre persegue quem amo, a morte sempre persegue tudo que eu construo, no final e por isso que eu destruo, porq tudo que eu faço eu faço com vida”
