Pedras
Quantas pedras arremessaram-me no intento de roubarem os meus frutos ... Sou árvore, sempre frutificarei e morrerei em pé!
Tem vezes que me sinto atuando em algum filme de ação, as pessoas jogam as pedras e eu seguro-as com as mãos.
Atirem-me pedras da vossa incredulidade, só o que não preciso e ser julgado por quem nem se quer ousou tentar.
Normalmente o real problema não é o caminho ser de pedras, mas, sim as pessoas que usam as pedras para te acertar...
A estrada
-No cair da noite pego-me em pensamentos e percebo que lembranças furtam o meu momento, o impensável torna-se viciante como cascatas que não posso controlar, porém uma voz inquietante, o 'eu" minha razão submersa na superfície da emoção grita: "Não é tempo de parar pois a estrada da vida é longa, verse-á uma luz se caminhar.
-Por impulso, levanto-me a minha frente, intensifica-se o obscuro, sinto-me como um bebê envolto por uma placenta e isso me traz a certeza de um renascimento.
-Se páro, reflito, e prossigo não me restam dúvidas, mesmo que incerto, o amanhã trará o seu brilho.
-Então, permito-me alguns passos, no caminho piso em pedras que quase, me fazem tropeçar mas olho para o céu e vejo a constelação.
-Seguindo sem parar, percebo que as pedras já não me incomodam, que fazem parte do habitat natural, então vou seguindo, seguindo e sem parar mas me pego olhando para trás e pensamentos sombrios me vem, eles é que me fazem desequilibrar. Leio uma placa: uma seta me diz:- retorno e a outra: avance. Opto por avançar , embora meus desvarios me pedem para retornar. Avançando, avançando se estende diante de mim um caminho de esperança e em carrego dentro de minha bagagem a experiência. Eis um novo amanhecer.
Errando que se aprende, entre tropeços e caminhos cheios de pedras, o melhor estar por vir pois, andando com cuidado é devagar para não se ferir...
Há quem se orgulha em dizer: "...minha educação depende da sua!". Pobre tolo! Devia saber por antecipação que não importa o lado de onde vêm as pedras, o dano é sempre igual; o que muda são apenas os motivos.
Ah! O poeta...
Há pedras no caminho.
O poeta olha pra elas com carinho.
Há nas rosas espinhos.
O poeta as ignora... se as machucam, ele não chora.
O poeta bebe o néctar da brisa.
Sente a melodia das ondas do mar.
Respira no meio da multidão o mais puro e limpo ar.
Ele tem a veia sensível, afetuosa.
Lapida o nada.
No gris da vida ele vê um mar de rosas.
Minha vida se acomoda entre essas pedras...
Aos meus suspiros, que deitando vou...
Dá-me o vento de feição...
Flor de ventura...
Que amor me entregou...
A sede e o vinho onde tudo se esquece...
Me fazem mergulhar no fundo do sonho...
Esse que sou...
Silêncio de grito suspenso... Labirinto desfeito...
Ah como são belas – bem o sei, essas pedras...
Tais quais nos céus as estrelas...
Todas caladas...
Mas tanto amor por elas...
Sonhos meus, suaves sonhos...
Melhores do que a verdade...
Num palácio de ouro...
São elas minhas confidentes...
Meu maior tesouro...
Por vezes quando o tempo passa...
Em horas dentro de mim...
Passa um nada meio acontecido...
Uma saudade que não tem mais fim...
Na penumbra de minha casa...
Escondido sob o luar...
Na artéria estendida do silêncio...
No vão do patamar do tempo...
A procurar...
Pressupondo um olhar para trás...
Por tudo o que eu vi e sei...
No curso veloz da vida...
Corri, subi e voei...
Agora grito...
Para rasgar os risos que me cercam...
Insensatos...
Não me servem de consolo...
Tolos...
Inúteis...
Pueris...
Fartam-me até as coisas que não tive...
Fartam-me com tudo o que sonhei...
Fartam-me o tanto que desejei...
Outrora escalar os céus, imaginei...
Tudo era igual...
E tudo me ruiu...
E entrei abandonado na esperança...
Entreguei -me a ela e ela me possuiu ...
Em combustão secreta...
Ao silêncio me abri...
Hoje entre as pedras procuro...
Aquilo que perdi...
Não paro...
E se necessário volto atrás...
Quantas vezes necessárias forem...
Até reencontrar...
O que nunca esqueci...
Dizem todos que é loucura...
Bem isso eu sei...
E muito ouço e muito já ouvi...
Tenho um caminho marcado...
E se agora não encontro...
Vou procurar no passado...
Revolvendo as cinzas...
Até descobrir...
Sandro Paschoal Nogueira
Tolo é aquele quem tem uma
joia rara nas mãos e sai
às ruas pra catar pedras.
Cata pedras porque é pedra.
Prefere as pedras porque
tem medo das joias.
Não sabe o que fazer
com elas.
A vida pode ser moldada por pedras ou perdas, da mesma forma que sucesso ou fracasso são meras questões de perspectiva.
RIACHO RASO
Não quero ser poderoso mar,
forte, profundo e extravagante.
Não quero sua grandiosidade,
nem a avidez da sua beleza
Não quero ter a sua voz rouca
das muitas águas que se rebelam
em ondas agitadas e bravias.
Quero apenas ser riacho raso,
ter calma , doçura e pequenez.
Com águas mansas e cristalinas
rodopiar com folhas e flores,
quando o amarelo outono chegar.
Quero ser espelho da lua e estrelas,
e banhar a luz do sol tremulo.
Buscar os sonhos entre as nuvens,
derramar minha alma em lágrimas,
deslizando sereno entre pedras
Até um dia ser engolido
pelo poderoso e forte mar.
"Amanhecer diminuindo ou ridicularizando o próximo é rogar pelas pedras em que se tropeçará pelo resto do dia. As horas são sementeiras implacáveis. Uma jornada feliz começa com pensamentos de respeito, carinho e consideração por todos."
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