Omissão
“A tolerância, indiscutivelmente, é uma grande virtude que traduz a nossa capacidade de ouvir e respeitar o modo de ver e pensar discordantes do nosso. O exercício da tolerância, entretanto, tem os seus próprios parâmetros que, levados ao limite, torna-se omissão, ato que está muito longe de ser uma dádiva, beira mais a imprudência de deixarmos de agir quando deveríamos tê-lo feito. E a omissão, por si só, uma grave negligência, levada além da sua delimitação, subverte-se em conivência, quando já não podemos mais balizar os nossos próprios princípios para tornarmo-nos simplesmente cúmplices.”
Se não for pelas nossas mentes, com braços e pernas atuantes e voz alta, continuaremos sobre o assoalho, inertes, como a sujeira que se deposita todos os dias sendo pisada.
Alegar que não viu ou não estava prestando atenção a um fato, mesmo tendo visto e observado tudo, é omitir-se e essa omissão é o tipo mais comum de mentira que se pode encontrar.
"Eu não abri o meu coração e te falei tudo o que estava aqui dentro para ter a sua aprovação…
A vida na antivida também é perigosa, mas
... você sempre volta ao interior da gaiola.
No seu jeito omisso de ser
No seu jeito omisso de ser
Você não faz nada esperando que nada te aconteça, mas o tempo não espera… O tempo é o escultor…
Tudo volta, meu amigo…
Você vive dias repetidos, todos os dias são iguais…
O espelho é parceiro do tempo
No seu jeito omisso de ser
(o tempo é o escultor)
No seu jeito omisso de ser
(O espelho é parceiro do tempo)
Eu te provoco para você levantar e agir… Discorde… Brigue
Brigue comigo
Brigue com o Mundo ou apenas…
… voe além da porta da gaiola.
No seu jeito omisso de ser
(o tempo é o escultor)
No seu jeito omisso de ser
(O espelho é parceiro do tempo)
O tempo passa
No seu jeito omisso de ser
A vida passa
No seu jeito omisso de ser"
Não necessariamente, aquele que nos fez mal é o que fez alguma coisa a nós, às vezes, ele é simplesmente a pessoa que não fez nada. A omissão também nos faz mal.
MINHA ANGÚSTIA PERENE (QUERIA)
"Queria saber falar outras línguas
Queria saber fazer poemas e rimas
Queria saber demonstrar o amor
Que não cabe no peito
Queria saber tocar uns 3 instrumentos
pelo menos
Queria saber dançar
Dum jeito intuitivo e cadenciado
Queria ser mais organizado
Queria ter mais controle de mim mesmo
Dominar a raiva e ter mais zelo
Queria me fazer entender
dum jeito fácil
Queria ser Deus
E dizer: Faz-se!
Queria não sofrer da inanição de proatividade
Queria sair dessa comodidade
tão doída
Ser o agente transformador
O cara agregador
O herói sem máculas pra minha filha
Queria deixar de ser o morno
Poderia ser o gelado, o frio, ou fervente
Mas não o morno simplesmente
Atravessar os becos
do meu interior labiríntico
Ser o esperado bom marido
Queria fazer uma revolução
Mas só queria!
Falta ação."
A liberdade de expressão e de culto fazem parte do cerne das garantias constitucionais. Por outro lado, a proliferação de entidades religiosas, na forma de associação civis, com fins lucrativos, se aproxima mais da contravenção, só toleradas pela omissão estatal, que não tendo controle sobre o crime organizado, não pode se dar ao luxo de limitar as infrações penais de baixa gravidade ou menor potencial ofensivo, como o jogo do bicho, o favorecimento à prostituição e o charlatanismo, todos no mesmo nível de transtorno social.
Ao nos omitirmos de questionar deixamos o caminho livre para políticos nefastos e bajuladores oportunistas solapar o erário público. Olho Neles.
PECADO CRUEL
Ei brother, ta tudo bem aí?
E com ela, sabe dizer?
Ei brother, eu te vi sair
Mas ela parece não saber
Você parece se divertir, mas...
Quanto custa o seu prazer?
Tá viciado em se omitir
E se ela fizesse o mesmo com você?
Ontem ela chorou sozinha
Mas tu não sabe, adivinha!
Hoje acordou (so)rrindo
E que baita sorriso lindo!
Qual foi a última vez que tu reparou
No jeito, no olhar, no cabelo, no sorriso...
Com amor, sem julgamento, sem ser crítico?
Que pecado cruel esse teu desperdício
Mas olha só, eu só queria te falar
Que pra cada outra mulher que tu notar
Incontáveis outros homens a notarão
E aí mermão, já era tua chance, vacilão!
Que sorte você teve
Que azar agora tem
A mulher que cê desvalorizou
Hoje me chama de meu bem.
(23/03/2019)
A Bíblia ensina que a tentação jamais é uniforme. Ao contrário, ela é inteligentemente diversificada. De tal modo que para cada tipo de pessoa há uma tentação adequada. Alguns de nós são tentados na área das finanças, outros na área da sexualidade, outros na área do uso da língua, outros na dos vícios, outros no complicado espaço dos relacionamentos pessoais, outros na arena política... além da tentação da omissão, de cruzar os braços, fingir que está dormindo. Ou seja, sobra tentação para todo mundo. Embora a tentação seja universal, suas manifestações são particulares. O que é tentação para mim pode não ser para você. E vice-versa.
É triste ter um amigo em quem se deposita toda a confiança e este amigo - estando você preso ou acusado de algo que você não fez - se omite e para se proteger alega a quem o acusa de ser seu amigo que não o conhece, nunca o viu. O mundo está cheio de Pedros. Ser amigo em momentos felizes é fácil e agradável. Difícil é provar essa amizade nos momentos de dificuldade.
Um presidente não pode mentir para o povo que ele representa. Dilma mentiu de uma forma inacreditável ao dizer que o Brasil estava em uma situação excelente quando o país já enfrentava problemas, como as pedaladas fiscais. O segundo ponto é pior: a omissão dela em relação à Petrobras, passando por manter a Graça Foster, não combater a corrupção e sua própria atuação nos ministérios do governo Lula, permitindo oito anos de saques na empresa. Tudo isso é no mínimo omissão gravíssima. De lá pra cá a situação piorou muito, e ela também passou a ser citada em delações premiadas.
(Reuters)
Não me omitirei
Serei o martelo que golpeia a tua consciência
Te perseguirei pelas ruas e gritarei teu crime,
Te incomodarei de mil maneiras, não te darei paz.
Quanto te olhes no espelho, serei o teu reflexo,
te apontarei o dedo e te chamarei covarde,
covarde por viver só para ti, covarde por não agir,
por pensar que o pouco que faria não seria nada;
quando o teu “nada” poderia ser o tudo para alguém.
Publicarei nos jornais tua cruel omissão,
porque tuas palavras vazias e teu olhar de pena,
não alimentam a fome dos flagelados do mundo.
Te caçarei no cinema, nas lojas, na academia,
em todos os lugares onde alimentas a tua futilidade.
Te farei lembrar da mão estendida, do prato vazio,
das noites escuras de outros, que dormem sem teto,
que já não têm mais lágrimas para derramar.
Aquele que fecha os olhos, fingindo não ver o mal que se alastra ao seu redor, mais grave do que não evitar de dele ser vítima um dia, estará fortalecendo-o, encorajando-o com a sua covarde omissão...
Eu me perguntava como pode acontecer a Segunda Guerra Mundial, principalmente aquele extermínio em massa,sem a participação ou omissão da maioria das pessoas.
Atualmente me informando melhor e vendo as guerras,misérias,refugiados e terror em vários países infelizmente eu encontrei a resposta : A maioria das pessoas realmente participam de certa forma pela omissão.
Erramos e continuamos errando.
De onde mais esperamos vem os maiores silêncios, ou diria, as grandes omissões. É quando nos decepcionamos.
De onde menos esperamos, vem os alertas, as revelações, a proteção. É quando nos surpreendemos.
Tanto na primeira situação, como na segunda, tudo se resume em coragem. Na ausência dela, você não faz nada. E, quando ela se faz presente, mesmo que suponha que possa estar fazendo nada ou pouco, é que você faz muito.
Não nos omitamos em auxiliar na dor alheia, mas não desejemos que a sua dor seja a nossa... talvez, não déssemos conta de suportá-la.
“São tantos os políticos desonestos no Brasil que, até os inocentes deveriam ser considerados culpados, pois, sabendo eles quem está roubando e saqueando nosso país, e mesmo assim nada fazem, no mínimo estão sendo omisso”
E então eu perguntei "o que somos?" E me respondeu "humanos!". É isso que somos, humanos idiotas que engolhem as palavras que deveriam pronunciar e depois não sabem o porquê se sentem tão sufocados...
