João Soares da Fonseca

Encontrados 15 pensamentos de João Soares da Fonseca

O balão vai subindo...

Numa pracinha típica do interior, um ancião ganhava a vida vendendo balões. Para fazer propaganda de seu produto, soltou um balão vermelho, que o vento foi levando. Vendo aquilo, várias crianças correram para perto do vendedor, admirando o balão que subia sem nenhum obstáculo.

Para alegrá-las ainda mais, o ancião liberou um outro balão, agora de cor azul. Igual ao primeiro, o balão azul tomou o rumo das alturas, provocando semelhante alegria na criançada.

Depois, soltou um balão branco, depois um amarelo...

Um garotinho no meio da criançada tinha os olhos fixos nos balões. E uma curiosidade despertou sua atenção: por que o vendedor de balões não solta o balão preto? Será que não subiria como os demais? Intrigado, dirigiu-se ao ancião e foi logo perguntando: "Moço, por que o senhor não solta o balão preto? O senhor acha que ele não subiria como os outros?"

Sorrindo, o vendedor disse: "Vou lhe responder com uma ação". E em seguida, cortou a linha que prendia o balão preto à sua carrocinha. À semelhança dos outros, o balão preto subiu garboso até desaparecer além das nuvens. E a explicação: "Meu filho, não é a cor do balão que o faz subir. É o que ele tem dentro dele".

O que nos faz subir na direção de Deus não é a nossa aparência (1Sm 16.7). O que faz o nosso culto aceitável não é a forma, e sim o conteúdo. É muito fácil tirar conclusões precipitadas e achar que o que faz um balão subir é a sua cor. Nossos julgamentos são limitados pelas nossas percepções. E o que percebemos é sempre incompleto e às vezes defeituoso. Apenas Deus tem total acesso à nossa interioridade. E a maravilha das maravilhas é que mesmo tendo total acesso à intimidade de nosso ser, ainda nos ama e nos recebe de braços abertos.

Você está investindo em seu coração?

Inserida por EmOutrasPalavras

O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.

Deus criou o corpo. Deus criou a alma. Por isso, dele recebemos “pão para o corpo e pão para a alma; pão para o tempo e pão para a eternidade” (Matthew Henry). Paulo escreveu: “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Fp 4.19).

Jesus ensinou que o nosso pão de cada dia vem de cima (Mt 6.11). E quando se trata desse “pão”, o verbo mais adequado é orar. Não é se preocupar com ele. Não é matar por causa dele. Não é morrer por causa dele. Não é roubar por causa dele. Simplesmente orar.

Que pão é esse? Alguns pensaram ser uma referência ao pão da ceia do Senhor. Mas pelo contexto da oração, é pouco provável. O pão é, em todas as culturas, símbolo do sustento da vida. Portanto, não se trata apenas do pão da padaria, mas todo o conjunto de provisões com que Deus sustenta as nossas vidas. Se você duvida que Deus faz isso, examine a Bíblia, e verá que Deus supriu o povo de Israel de maná caído do céu durante 40 anos (Êx 16.35).

A propósito, perguntaram certa vez ao rabino Ben Jochai: Por que Deus mandava maná diário? Não teria sido menos trabalhoso para o povo receber num dia só o suprimento de toda a semana? O rabino parou, pensou e disse: Se Deus mandasse o maná apenas uma vez por semana, o povo só iria olhar para cima, uma vez por semana.

Pão não é luxo. Jesus não pediria luxo para si, mas o pão. “...de cada dia”. O problema é que às vezes nós queremos pedir o pão de cada mês, de cada ano, de cada década. Às vezes eu me flagro preocupado com o pão que vou comer na aposentadoria. Tomar providências para termos uma aposentadoria garantida é recomendável; perder o sono por causa disso é incredulidade. Disse o salmista: “Já fui moço, e agora estou velho; mas nunca vi o justo desamparado, nem seus descendentes a mendigar o pão” (Sl 37.25). Quando pedimos o pão antes, fica mais fácil agradecer depois.

Pr. João Soares da Fonseca

Inserida por pensandogrande

Seja feita a tua vontade assim na
terra como no céu.

Conhecer a vontade de Deus e realizá-la na vida: eis o maior desafio para cada crente. Jesus demonstrou o quanto é importante descobrir a opinião de Deus sobre determinado assunto, e como é também importante concordar com ele.

Para não viver em pecado, o crente deve procurar conhecer a vontade de Deus. A pergunta que logo se impõe é: como é possível conhecer a vontade de Deus? A resposta é: a convivência. Quanto mais convivo com a minha esposa, mais eu sei o de que ela gosta e o de que não gosta. Ao caminhar com Deus, fico sabendo quem Ele é. Ao ler a sua Palavra, fico sabendo como é que Ele quer que eu aja. O incrédulo é aquele que rejeita a vontade de Deus, pois pecado é rebeldia. Jesus não pecou jamais; ele nunca se rebelou contra a vontade do Pai (Jo 6.38; 5.30).

Para não viver em pecado, o crente deve orar conforme a vontade de Deus. É no âmbito da oração que a vontade de Deus mais se evidencia. O exemplo de Jesus, de novo, é claro. Ele foi obediente quando, no Jardim do Getsêmane, prensado pela dureza de sua missão, orou: “Pai, se possível, passe de mim este cálice. Todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26.36). Há um hino cuja letra bem traduz esta submissão do crente à vontade divina:

Como tu queres, Senhor, sou teu;
Tu és o oleiro, barro sou eu.
Quebra e transforma, até que enfim
Tua vontade se cumpra em mim.

Devemos orar segundo a vontade de Deus: “E esta é a confiança que temos nele: se pedirmos alguma coisa segundo sua vontade, ele nos ouve” (1Jo 5.14). Sempre que tentamos nos orientar por nossa própria bússola, contrariamos o Senhor e cavamos a nossa própria infelicidade.

Submeta a sua vontade à de Deus e despreocupe-se. Deixe que Ele se preocupe por você. O importante é admitir o que admitiu o apóstolo Paulo quando disse: “Não mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20). Você está fazendo a vontade de Deus?


Pr. João Soares da Fonseca

Inserida por pensandogrande

A Paternidade de Deus

Quando os discípulos lhe pediram uma aula sobre como orar, Jesus lhes deu um modelo, a que chamamos A Oração do Pai Nosso (Mateus 6.9-13). Não para ser repetida mecanicamente, mas para nos orientar na hora de orar. Convido você a meditar comigo nesta oração durante algumas semanas.

Comecemos pelo vocativo: “Pai nosso...”. Sim, Deus é Pai (e com “P” maiúsculo). É Pai, porque nos criou, nos gerou, nos ama e nos sustenta. Então isso significa que Ele seja Pai de todos?

Por mais antipática que esta palavra seja, a Bíblia responde pela negativa. Não; nem todos são filhos de Deus! E como sabemos isso? Lemos: “...mas a todos quantos o receberam [falando de Jesus], deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus” (João 1.12). Note bem isto: “...a todos quantos o receberam”. Isto é, a todos aqueles que receberam Jesus como Salvador de suas vidas.

A Bíblia afirma que todos os homens são criaturas de Deus, e isto não é pouca coisa. Mas os que desejam ardentemente estabelecer um relacionamento pessoal e constante com Jesus Cristo, esses são seus filhos e, portanto, têm o privilégio de chamar-lhe Pai. Certo dia, diante da resistência que homens maus, mesmo trajando capa religiosa, ofereciam à sua mensagem, Jesus apontou-lhes o dedo e disse: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (João 8.44). Confesso que estas palavras me fazem arrepiar. Consideradas hoje politicamente incorretas, elas denunciam um quadro espiritual caótico em que o homem é tido como filho do diabo, e não de Deus.

Conquanto pareça estranho, os homens só se tornam filhos de Deus quando fazem opção entre nascer de novo e ser filho de Deus ou continuar sendo filho do diabo. A escolha é sua. Só sua!


Pr. João Soares da Fonseca

Inserida por pensandogrande

Deus é Supremo

“Pai nosso que estás no céu...”. Jesus está falando da transcendência divina. O Deus da revelação cristã não é produto da mente medrosa dos homens, nem é fabricação intelectual de um cérebro carente e supersticioso. É o Deus onipotente, onisciente e onipresente, que escolheu revelar-se a si mesmo aos homens. Tudo o que sabemos de Deus é porque Ele mesmo decidiu comunicar a nós. Embora tenha nos criado à sua imagem e semelhança (Gênesis 1.26), Ele é transcendente, ou seja, está além de nós, além do alcance de nossa visão, muito além da nossa compreensão.

Quando Deus chamou Moisés do meio da sarça ardente, disse a ele: “...desci para livrar Israel da mão dos egípcios” (Êxodo 3.8). Ora, só quem está situado na parte de cima é que diz que vai descer. Deus disse a Moisés: “Desci”. O homem, por si só, jamais conseguiria subir até a divindade. Esta é que tomou a decisão de descer e se aproximar do homem.

Isaías teve viva percepção da transcendência de Deus, pois ao ir ao templo, confessou ter visto o Senhor “assentado sobre um alto e sublime trono” (Isaías 6.1). Tempos depois, outro grande profeta, Jeremias, se faz portador da mensagem divina: “Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? – diz o SENHOR; porventura, não encho eu os céus e a terra? – diz o SENHOR” (Jeremias 23.24).

No Novo Testamento, basta lembrar Paulo pregando aos filósofos de Atenas: “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais” (Atos 17.24-25). Li outro dia num carro um adesivo que bem resume a superioridade de Deus sobre tudo: “Deus, sem você, continua sendo Deus. Você, sem Deus, não é nada”.


Pr. João Soares da Fonseca

Inserida por pensandogrande

“Santificado seja o teu nome”

Ao dizer “Santificado seja o teu nome”, Jesus quer nos lembrar que o Nome do Senhor, ou seja, o próprio Senhor deve ser tratado como santo, reverenciado e temido.

Esta condição da santidade de Deus contrasta com o caos moral em que viviam os deuses do paganismo. As mitologias egípcia, cananeia, mesopotâmica, grega, romana, só para citar as mais conhecidas, eram tecidas de adultérios, traições, mentiras, invejas, rixas, etc. Era um nunca acabar de deus engolindo deus. Mais adequado seria dizer que os deuses do paganismo moravam num lodaçal. O panteão era um pântano podre. Era vergonhosa a licenciosidade do comportamento deles.

Certa vez, um novo crente me perguntou: Se os evangélicos não adoram santos, por que a Bíblia fala tanto neles? Vendo que ele estava misturando as coisas, respondi com uma pergunta: O que é um “santo” na Bíblia? Será um ídolo na parede? Um ícone iluminado? Uma estátua? Alguém aureolado? Não. O santo é aquele que foi separado do mundo para viver de acordo com a vontade de Deus.

Se você precisar de uma razão para ser santo, Deus lhe dará. Ele disse: “Sede santos, porque eu sou santo” (Lv 19.2; 20.7). No Novo Testamento, Pedro copiará e colará esta mesma frase em sua primeira epístola (1Pe 1.16). Precisamos de razão mais forte que esta?

Paulo escreveu: “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (1Co 6.9-11). Como identificar um crente de verdade? O autor de Hebreus responde: “Procurai viver em paz com todos e em santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).


Pr. João Soares da Fonseca

Inserida por pensandogrande

“Venha o teu reino”

O que é o Reino de Deus? É algo territorial? Qual o endereço do Reino de Deus? Onde fica o Reino? No Vaticano? Em Basileia, na Suíça? Nos Estados Unidos? Em Israel? Jesus disse na presença de Pilatos: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (Jo 18.36). Paulo acrescentou: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14,17).
O Reino de Deus é um conceito fundamentalmente estratégico nos ensinos de Jesus. Ele veio pregando o Reino de Deus. Jesus falou do Reino em três diferentes aspectos:

1. Aspecto passado – O reino já veio. Jesus anunciou que o Reino havia chegado. “Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus” (Mt 8.11). “Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes, no reino de Deus, Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas, mas vós, lançados fora” (Lc 13.28).

2. Aspecto presente – “Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lc 17.20-21, destaque acrescentado). Onde quer que o crente vá, junto vai o Reino. Quando? Agora mesmo. O reino está aqui, neste momento.

3. Aspecto futuro – Jesus ensinou também que o Reino ainda virá. “venha o teu Reino...” (Mt 6.10).

Portanto, um resumo dos ensinos de Jesus nos aponta para a seguinte direção: o Reino de Deus já veio, está entre nós e virá. De fato, o tempo não é importante, mas sim a decisão de receber ou entrar no Reino de Deus. O Reino vem para aqueles que vão ao Senhor e se rendem a ele.
Você está anunciando o Reino de Deus? Com palavras? Com os seus atos?


Pr. João Soares da Fonseca

Inserida por pensandogrande

E perdoa-nos as nossas dívidas...

Dívidas, dívidas, “melhor não tê-las”, parodiando o poeta. Mas quem é que consegue se livrar totalmente delas? Alguns de nós não as têm no terreno financeiro por ter nascido em berço, senão de ouro, pelo menos cercado do que é básico. Outros, pela prática de uma disciplina rígida, evitam dívidas, preferindo ficar sem as coisas. Mas se não as temos na área do dinheiro, nós as temos noutras áreas igualmente importantes da vida. Como as que Jesus mencionou quando nos ensinou a orar assim: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6.12).

Que dívidas são essas? Certamente são as dívidas morais, as faltas cometidas, as omissões praticadas, as falhas de comportamento, as opções erradas que fizemos e que, além de machucar alguém, feriram também a face de Deus. Essas dívidas são os nossos pecados.

Observe bem o tratamento que Jesus dá ao assunto. Jesus não nos manda fingir que está tudo certo. Jesus não nos autoriza a negar a existência das nossas dívidas. Elas existem. Somos pecadores. Somos devedores. É uma triste constatação. Mas ao lado dessa triste constatação, Jesus também nos oferece a saída dessa crise. Aliás é a única saída. Ele manda que peçamos perdão ao Pai nosso. Carlos Drummond de Andrade disse certa vez que “perdoar é rito de pais”. O Pai nosso nisso também é expert.

Como resultado de termos recebido de Deus o perdão, nós também perdoaremos aos outros as falhas que os outros cometeram contra nós. Certa vez, um crente disse a João Wesley: “Eu não perdoo a ninguém”. Wesley respondeu no mesmo instante: “Então você também nunca erra, não é mesmo?” Noutras palavras, se você é infalível, então seja inflexível. Não sendo nós perfeitos, não podemos esperar que os outros o sejam. Tratemos os outros como Deus nos trata! E aprendamos com o Pai Nosso a difícil lição de perdoar!


Pr. João Soares da Fonseca

Inserida por pensandogrande

Não nos deixes cair em tentação

Daniel Schaeffer, em seu livro, Dançando Com Uma Sombra, conta como os esquimós matam os lobos: esses habitantes do Círculo Polar enterram uma faca no gelo, com pedaços de carne fresca na lâmina. “Os lobos sentem longe o cheiro de sangue e vêm devorar a carne”. Com isso, a língua ferida começa a sangrar. E eles sangram até morrer.

Cuidado com as facas que Satanás enterra no gelo deste mundo! O nosso inimigo também quer ver a nossa alma sangrar até morrer. Existe tentação, ensina a Palavra, e o próprio Senhor Jesus foi tentado. Todos os apóstolos e todos os crentes foram e são tentados. Crente nenhum está livre de ser tentado. Daí Paulo aconselhar: “Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia” (1Co 10.12). Todos somos susceptíveis às quedas espirituais. Como bem lembrou Bernanos, escritor francês, “O melhor cão pode ficar danado”.

A Bíblia ensina que a tentação jamais é uniforme. Ao contrário, ela é inteligentemente diversificada. De tal modo que para cada tipo de pessoa há uma tentação adequada. Alguns de nós são tentados na área das finanças, outros na área da sexualidade, outros na área do uso da língua, outros na dos vícios, outros no complicado espaço dos relacionamentos pessoais, outros na arena política... além da tentação da omissão, de cruzar os braços, fingir que está dormindo. Ou seja, sobra tentação para todo mundo. Sem falar naquela que ataca alguns crentes no domingo de manhã: a de abandonar a nossa congregação, como se lê em Hebreus 10.25. Embora a tentação seja universal, suas manifestações são particulares. O que é tentação para mim pode não ser para você. E vice-versa.

Já que todos somos ou seremos tentados, Jesus instrui os crentes a orarem francamente ao Pai pedindo livramento da tentação. O Pai pode nos fortalecer com a sua presença, com a sua Palavra, com o seu poder. “Senhor, não nos deixes cair em tentação”.

Pr. João Soares da Fonseca

Inserida por pensandogrande

A Bíblia ensina que a tentação jamais é uniforme. Ao contrário, ela é inteligentemente diversificada. De tal modo que para cada tipo de pessoa há uma tentação adequada. Alguns de nós são tentados na área das finanças, outros na área da sexualidade, outros na área do uso da língua, outros na dos vícios, outros no complicado espaço dos relacionamentos pessoais, outros na arena política... além da tentação da omissão, de cruzar os braços, fingir que está dormindo. Ou seja, sobra tentação para todo mundo. Embora a tentação seja universal, suas manifestações são particulares. O que é tentação para mim pode não ser para você. E vice-versa.

Inserida por pensandogrande

A aflição faz crescer

Cada um de nós é uma ilha, cercado de aflição por todos os lados. Quando não é a insegurança, é a enfermidade. Quando não é a enfermidade, é o desemprego. Quando não é o desemprego, é o acidente, o desastre; é enxurrada; é raio; é desabamento; é rebaixamento para a segunda divisão; é traição; decepção; incêndio; reprovação; endividamento... Por isso, o salmista é conciso: “Estou continuamente em perigo de vida” (Salmo 119.109). Bem nos lembra a frase famosa de Guimarães Rosa: “Viver é muito perigoso”. Perigoso para todos, já que “Muitas são as aflições do justo...” (Salmo 34.19).

Em toda aflição, porém, têm os crentes a garantia da presença divina. Isaías registrou a voz de Deus dizendo: “Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti” (Isaías 43.2).

Expert em aflição, Paulo diz: “...também nos alegramos nos sofrimentos” (Romanos 5.3a). Como é que é? Alegrar-se no sofrimento?

Que eu saiba, ninguém gosta de sofrer. Mostre-me uma pessoa que afirma gostar de sofrer, e eu lhe mostrarei um doente emocional. Se todos os humanos sofrem, o crente não é exceção. Mas quando sofre, o crente tem uma âncora preciosíssima: a percepção do propósito de Deus para a sua vida. Porque Paulo diz: “E sabemos que todas as coisas concorrem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8.28).

Você já viu um cachorrinho ou um gatinho correndo em curva, tentando alcançar a própria cauda? É uma cena tão tola quanto divertida. Para os que não têm o consolo da presença de Deus, a vida fica parecendo um esforço inútil como a desses irracionais tentando alcançar a outra extremidade de si mesmos. Ou seja, não há propósito; não há alvo. É só correria; desperdício de esforço. É evidente que as aflições cercam-se de mistérios. Mas, com os olhos da fé, o crente as vê como portadoras de propósitos espirituais.

Inserida por pensandogrande

O anseio de liberdade é próprio do ser humano. Ninguém deseja ser escravo. Se não nos deu asas, como aos pássaros, o Criador nos deu o desejo de viver respirando o ar da liberdade.

Inserida por pensandogrande

O anseio de liberdade é próprio do ser humano. Ninguém deseja ser escravo. Se não nos deu asas, como aos pássaros, o Criador nos deu o desejo de viver respirando o ar da liberdade.

Se isso é verdadeiro no campo social e político, mais ainda o é no campo espiritual. Em Nazaré, certa vez, Jesus foi convidado a ler o texto bíblico na sinagoga. Ele abriu o rolo do profeta Isaías e leu: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos presos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos 19 e para proclamar o ano aceitável do Senhor” (Lc 4.18-19).

Inserida por pensandogrande

Quanto mais a gente pensa, menos a gente fala, menos erra, menos agride, menos peca.

Inserida por pensandogrande

Jesus morreu entre dois ladrões. Um deles abriu a boca apenas para confirmar que era mesmo mau caráter. Usou a proximidade física com Jesus para insultá-lo e zombar dele. O outro foi mais inteligente e humilde: pediu que Jesus tivesse misericórdia dele. Jesus atendeu, porque lhe disse: “Hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23.43). Não é surpreendente que um ladrão, minutos antes de morrer, tenha ouvido isso dos lábios de Jesus? Este fato, por si só, já nos comunica bastante da essência do Paraíso. Como é esse paraíso de Deus?

Em primeiro lugar, o paraíso de Deus é para pessoas que foram perdoadas. Como é possível um ladrão, a quem a sociedade do seu tempo não conseguiu perdoar, ser levado para morar no Paraíso ao lado de Cristo? Não se destina esse lugar a pessoas boas, de boa família, de boa formação? Por mais chocante que seja, a Bíblia ensina que não; o paraíso é para pessoas que reconheceram a sua maldade, pediram perdão e... foram perdoadas.