O Quinze

Cerca de 163 frases e pensamentos: O Quinze

Um jovem frustrado poeta

Quando eu tinha uns quinze anos de idade comecei a escrever, a princípio eram letras das músicas da banda que eu iria ter, até guitarra eu tinha, mas não sabia tocar. Depois de um tempo, convencido de que aquele lance de banda não daria certo comecei a escrever poemas, que não se diferenciava muito daquilo que eu chamava de letra de música. Sentia-me o poeta, Cazuza passava longe daquilo que eu via como meu futuro.

Eu tinha o prazer em mostrar para todos os meus escritos, minhas obras de artes. Hoje sinto vergonha de um dia ter feito isso. Quando me lembro das letras eu penso: “Quanta bobagem!”. Eu falava sobre o amor sem nunca ter vivido-o, falava de paixão, de mulher, não rimava nada, mas eu era um poeta.

As coisas vão evoluindo, com o tempo fui escrevendo coisas mais maduras, o amor passou a ser menos encantador como o de antes, porque eu o vivi. As paixões passaram a ter mais críticas e eu não escrevia mais sobre as mulheres, pois eu passei a conhecê-las, a partir daí não conseguia mais entendê-las. Hoje não escrevo mais poemas, passei a ler mais, a conhecer os poetas e descobri que não sou um poeta. Passei a escrever crônicas, escrever críticas de tudo, descobri que sou como um velho rabugento cansado de tudo. Talvez depois de um tempo eu volte a olhar o que escrevo hoje e perceber que sou um péssimo cronista, talvez porque até lá, com certeza eu vivi muito mais coisa, e sentirei saudades do que hoje eu já me cansei.

Inserida por maiconcarlos

Ditadura do relógio

Correr não é andar mais rápido
Mas sim um pedido de enfarto
Aos quinze minutos do primeiro tempo da vida

Inserida por robertleroy

Quando eu estava por volta dos meus quatorze & quinze anos, descobri que havia uma coisa dentro de mim.
E descobri que essa coisa dentro de mim era infinita... Você poderia entrar no âmago de todo o meu ser... E buscar, procurar & procurar...
Eu acredito que todo mundo é assim. Tem essa coisa... Esse poder, isso que faz nós tornarmos seres humanos únicos, especiais.
O impensável... O incomensurável e foi isso que agreguei a minha dança!

Inserida por EDUARDOCEZARIO

Ok, eu não tinha quinze anos, ok pode ter sido a cantada mais planejada, mas me fez voltar a ter quinze anos por que me fez conseguir acreditar, acreditar que o cara certo podia existir.

Inserida por PaulaManfredo

Minha mãe repete aos ventos que "não se troca por duas de quinze". É uma otimista! Eu, que esqueci de pedir favores aos deuses, só torço para não ser confundido com um múltiplo de vinte e cinco!

Inserida por magborges

A minha vida sem ela não existe? Ela sabe que a amo há quinze anos quase e ainda ela insiste: você tem de me amar cada vez mais.

Inserida por AndersonCDO

Decimo quinto aniversário (n°123)

Quinze anos de uma vida bem vivida
Catorze deles sendo uma ótima garota
Treze Motivos a tornaram minha amiga
Doze dele por ser meio louca

Onze é a sua nota de zero a dez
Dez é a sua beleza da cabeça aos pés
Nove corações jamais vão te abandonar
Oito alem do meu até o mundo acabar

Sete dias da semana pra você ser linda
Seis meses duas vezes ao ano pra te adorar
Cinco Letras para nomear uma mania
Quatro versos de algo para sempre se lembrar

Três Jeitos de chamar essa necessidade
Duas alem de Chamar de Bruna S Rosa
Uma unica princesa maravilhosa

Inserida por PedroFelisberto

"E lá distante nela ainda se avistava, sinais doces de menina aos quinze anos..."

Inserida por JessicaMarquez

CUIABÁ, 24 DE ABRIL 2012

ERAM SEIS E QUINZE DA MANHA QUANDO SAI DE CASA, E O CÉU ESTAVA NUBLADO, O SOL, TEIMOSO, INSISTIA EM BRILHAR POR TRÁS DAS NUVENS, TEMPERATURA AMENA, CUIABÁ AMANHECEU COM UMA BRISA FRESCA A NOS ABRAÇAR CARINHOSAMENTE, QUASE UM ACONCHEGO, CONVIDANDO PARA ALGO QUENTE, UM CAFÉ, UM CHOCOLATE, UM CHÁ, QUEM SABE ATÉ UM POUCO MAIS DE CAMA, DEBAIXO DE UMA COBERTA, ENVOLTO EM BRAÇOS CALIENTES, BEIJOS MOLHADOS, UM CHEIRO, AR TROCADO, HUMMM...NO CARRO, FORAM QUASE 20 KM OUVINDO A MESMA MUSICA, "QUANTAS VIDAS VC TEM?" DE PAULINHO MOSCA, JÁ POSTEI POR AQUI POR ESSES DIAS, ADOREI A MUSICA, SOU ASSIM, UM POUCO MALUCO BELEZA, QUANDO GOSTO, OUÇO ATÉ ENJOAR, ATÉ FURAR O CD OU O PENDRIVE..rsrsr..JANELAS DO CARRO ABERTAS, ESCANCARADAS E O VENTO BATENDO, DESCULPE AUTORIDADES DO TRANSITO, SEI QUE É PROIBIDO, BRAÇO ESTENDIDO, FEITO ASA, CARACAS, NOSSA QUE DELICIA, SENSAÇÃO DE LIBERDADE, POR UM MOMENTO SOU UM PASSARO E AO FUNDO PAULINHO MOSCA DIZ.."Meu amor, vamos falar do passado depois, pois o futuro está esperando por nós dois.."PUTZ, É ISSO! O PRESENTE ESTAVA ALI DENTRO DO CARRO SOB CÉU NUBLADO, ONDE SOL TODO PODEROSO LUTAVA POR UMA BRECHA PARA BRILHAR, A CIDADE ACORDAVA, ENQUANTO RUAS E AVENIDAS POUCO A POUCO IAM SENDO TOMADAS POR CARROS E PESSOAS E O FUTURO, O FUTURO QUEM SABE? É AI QUE ESTÁ A MELHOR PARTE, NÃO SEI..UM MISTÉRIO A SER DESVENDADO, O BOM É QUE O AGORA ESTOU AQUI, RESPIRANDO, ESCREVENDO E COMPARTILHANDO....

Inserida por JACQUESKHALIL

Quinze de fevereiro é um dia muito especial para mim. É o dia em que dei à luz meu primeiro filho. E também o dia em que meu marido me deixou. Como ele esteve presente ao parto, só posso supor que os dois acontecimentos tiveram alguma relação entre si. Eu sabia que deveria ter seguido meus instintos. Era a favor do papel clássico, ou, digamos, tradicional, que o pai desempenha no nascimento dos seus filhos. Que é o seguinte: tranque-o num corredor do lado de fora da sala de parto. Não deixe que entre, em momento algum. Dê-lhe quarenta cigarros e um isqueiro. Instrua-o a caminhar até o fim do corredor. Quando chegar a essa feliz posição, instrua-o a dar a volta e retornar ao local de onde veio. Repita, se necessário.

Inserida por cintiaml

Meus sonhos de quando eu tinha dezesseis, ou quinze, não mudaram muito. Chegaram novas pessoas em minha vida e muitas delas sairam, sem ao menos dizer adeus correndo, vai ver que nem foi amizade ou amor. Com dezessete anos, eu quero aprender a ter menos ilusão, não deixar para amanhã o que eu posso fazer hoje (menos trabalho de escola), queria apenas aprender a viver do jeito certo, se é que tem alguma explicação para ser deixada pra trás.

Inserida por LaylaPeres

Em um dia quatorze, no outro quinze. Como as coisas mudam em um ano…

Inserida por danifaria

O segredo da montanha

O amor te pega as quatro e quinze
Em um emprego qualquer
A beleza do momento se converte em sentimento
E você começa a sentir

Acontece,
Tudo para de repente
E continua a acontecer
Mas o tempo não perdoa
Já não corre vôa
E já é hora de partir

Após quatro anos porém
Chega o cartão posta de alguém
Que vem visitar

A euforia, a lembrança
Torna-o de novo uma criança
Impaciente pra brincar

E entre cervejas e tragos
Espera o carro que leva catorze horas pra chegar
Mas chega

E o beijo na descida
Quase faz esquecer que já ouve uma partida
E deixa tudo recomeçar

O tempo porem, já foi além
E temos filhos para criar
Pessoas que nos amam para dormir
Com as quais vamos acordar

Não nessa semana
Nessa nossa semana
Nessa nossa montanha
A luz deste luar

Por essas matas caçar, nos rios nos banhar
E na cabana nos amar
Mas o desejo de não ser só uma
A semana a juntos passar persiste
Chega até a cogitar uma vida juntos
Largar tudo por um rancho
Pelo nosso rancho que em algum lugar não vai estar

E agora do céu te vejo chorar
Sem montanhas, nem ranchos lembrar
Que amavas a mim
Mas já não podes me beijar, só lhe resta minhas roupas afagar
E a mim
Cabe esperar por ti

Inserida por luciomedina

e eu pudesse encontrar com a Layla de quinze anos, hoje eu daria só um conselho. Se eu pudesse encontrar com a Layla que tinha de quinze anos, eu a mandaria nunca ter medo de ser quem realmente é. Mandaria não ter medo de enfrentar a vida e nem medo de se enfrentar. Mandaria desconfiar das boas intenções e das péssimas. Mandaria não acreditar e não evitar o amor, mesmo que isso fosse tão difícil para mim na época. Se eu pudesse voltar ao passado, eu não voltaria, talvez voltaria só para reviver momentos, mas não para concertar erros. Talvez, se eu pulasse as etapas que tanto sofri hoje não seria o que sou. E o principal, mandaria se acalmar, porque futuramente tudo daria certo

Inserida por LaylaPeres

8ª série...por 8 minutos.

O despertador tocou as seis e quinze como sempre.
Acordei,
acho que acordei.
Tomei café dormindo.
Acordei na porta da escola ,
( melhor assim,
em estado sorumbatico não se vê a lotação do transporte publico),
Quando cheguei aos portões
encontrei vários rostos conhecidos,
e fácil encontra-los,
todos os outros de branco,
só nos de azul,
(tentamos tanto ser diferentes).
Mil vezes oi ,
antes se sentar,
antes de olhar pro papel,
antes de olhar pro lado e vê-los todos.
Uma pausa para meu pensamento,
quero grava-los na minha memoria,
só assim se aprisiona o instante.
Falta pouco para acabar,
mas já acabaram-se as brincadeiras
nesta época a gente tem mais vergonha de dizer adeus,
tem medo de chorar de se envergonhar.
A era matutina esta no fim,
logo seremos seres da noite,
nos prometemos estar la uns pelos outros,
assim ninguém fica só.
A camera esta comigo,
ela sempre esta,
num intervalo,
muitos flashes são disparados,
pronto estamos imortalizados.
A cada dia e mais difícil dizer ate amanha,
quem sabe se vai haver amanha.
Mas sinto-os todos
tão parte de minha historia.
Guardo comigo a esperanca de revê-los,
que mais posso fazer ,
tenho a vida inteira pela frente,
tenho o mundo inteiro pra conquistar.
Tenho mesmo e que pegar o ónibus
e ir pra casa,
corro sob o sol do meio dia,
entro no ultimo minuto...
O despertador grita histérico ao meu lado
abro os olhos ,
que dia e hoje?
Hoje e muito, muito depois.
Só me foi permitido um pulinho,
para ver todos eles,
para me rever,
para reencontrar a sensação de
ter todo o tempo do mundo pra sempre!

Inserida por Starr

Quinze e trinta e cinco. Agora quinze e trinta e seis.
Local verde, pessoas passeando, outros andando, outros correndo em busca de uma forma mais leve. Musicas no ouvido e outras na cabeça. No caso de outros, era gente mesmo que se tinha no pensamento, coisas que já aconteceram e outras vezes não.
Beijos não dados, mãos separadas, olhares distantes. Beijos dados, mãos separadas, olhares jamais esquecidos.
E durante todo esse pensamento já se foram mais sete minutos; quinze e quarenta e três.
É uma tarde de outubro, céu nublado, um frio no cangote. E Olivia estava a pensar em um amor. Ela mal sabia, mas era o da sua vida. O que ela sabia é que ele não saia mais da sua cabeça e nada mais era lembrado, a não ser o momento em que eles se conheceram em que os olhos se viram – na verdade se reencontraram e o momento em que o beijo aconteceu.
Olivia o tanto no mundo da lua que sempre fora, agora nem se fala... Já fazia meses que ela só pensava nisso e naquilo outro.
Falando em nisso-naquilo-outro, devo esclarecer que Olivia em cima da toalhinha de piquenique, segurando uma maçã, olhando para o nada e ao mesmo tempo para tudo, parada, ali, como sempre fez, observando as pessoas, estava mais linda do que nunca para os olhos de muitos e principalmente no olhar de amor que Lucas a encontrou.
Se é coincidência eu não sei, destino, talvez. Mas não era a primeira vez isso... Em restaurantes, filas, eles sempre se encontravam e fingiam desencontros.
Lucas estara ao lado da sua irmã, Lúcia, ele estava totalmente perdido, coitado. Ela tinha ido naquele parque para umas fotos com o noivo, e ele foi para ajudá-la. Mas ali, de longe, como falei, ele achou Olivia e o coração dele que estava sem direção se achou.
Olivia como já disse estava olhando-pro-nada-e-tudo, mas depois encontrou com aqueles olhos verdes – ou azuis, ela nunca conseguia desvendar. E se achou, da mesma forma que o coração dele.
Paralisados, olhos envergonhados, apaixonados, sussurros do vento em seus ouvidos. Realmente não consegui contar os minutos ou segundos daquele momento. Estou perdida nas horas depois dessa.
Olivia abaixou a cabeça, o seu coração estava prestes a pular pela boca. Mas ela não agüentou e olhou novamente, e se assustou ao notar que Lucas estava vindo em sua direção.
- Lembra de mim?
- Você de novo com essa história de lembranças? Como eu iria esquecer? Já disse uma vez que lembro.
- É preciso, depois tu esquece assim do nada feito os teus olhos e fico com uma cara de trouxa.
(risos)
- Meus olhos? Hã?
- Nunca notasse o quanto teus olhos viajam? Pois eu já.
- E pra onde eles vão? Tem destino certo?
- Não até você encontrar os meus.
(silêncio)
Lucas pra retirar aquele silencio assustador e duradouro, puxa o assunto novamente e pergunta fracamente
- O que uma menina linda dessas está fazendo aqui sozinha?
- Tu tens um texto na tua vida, NE? Sempre as mesmas perguntas (risos)
(risos)
- Mas é que fico impressionado... Uma menina linda dessas...
- Não estou sozinha, fiz um piquenique com umas amigas, mas elas já foram. Quis ficar um pouco só aqui.
- Então estou atrapalhando tua solidão?
- Tu és o motivo da minha solidão
- Explica
- Não
E o silencio novamente aparece.
Lucas abaixa a cabeça, enxuga os olhos como se houvesse alguma lagrima, se tinha de fato não sei.
- Penso muito em você.
- Penso muito em você
- Bondade minha falar o muito e não o tempo todo
- Bondade minha também.
- Mas e você, Olivia. Como anda a vida?
- Boa, e a tua?
- Boa.
Conversa, vai, conversa vem, silencio vai, silencio vem.
- Você tem lindos olhos
- Mas são castanhos. O que se tem demais? (Diz assustava Olivia.)
- São os mais doces que já vi
(silêncio)
- To sentindo a gente distante e os olhos mais próximos do que nunca.
Lucas se aproxima, alisa o seu rosto, o seu cabelo.
- Eu não consigo mais viver sem tua doçura, pequena
- Quer uma maçã?
- É só isso que você tem a me oferecer?
- Não.
Olivia o beija, Lucas a beija; se beijam. E se beijam muito mais ainda.
- Gosto de músicas de todos os tipos
- Também
- Amo futebol
- Meu Deus, eu também! Sou torcedora fanática!
- Podemos ir a um jogo juntos
- Podemos
A cada segundo eles iam se conhecendo mais e mais. Notavam indiferenças fantásticas e coisas igualmente iguais.
Lucas a puxa
- Para onde tu vai me levar, seu louco?
- Conhecer a minha irmã e o noivo dela
- Que vergonha cara, pare com isso!
- Uma hora isso iria acontecer
Eles se apresentam de mãos dadas. Então Lucia pergunta
- É essa Lucas?
- Exatamente.
Lucas a puxa novamente para perto da igrejinha, compra uma maça do amor tão as pressas que o troco nem volta
- Acho que não vai existir alguém nesse mundo que vai ter amar mais do que eu. Quero ficar contigo pela nossa eternidade, junto. Sem essa distancia que tanto me dói por dentro e fora. Minha vida não tem mais graça sem teu sorriso tímido e loucura no olhar. Quer namorar comigo?
- Fale logo que estou nervoso demais!
- É só isso que você tem a me oferecer? Essa maçã?
- Não (risos)
- Meus olhos podem responder por mim? Provavelmente. Mas falo agora porque minha voz também quer gritar pro mundo que sim! Eu quero meu amor.
Abraços, sorrisos, beijos. Finalmente eles se reencontraram e soltaram aquele sentimento jamais visto. Fora o amor, a saudade era grande. E nem aquela tarde a mataria, era preciso uma vida inteira.

Inserida por BarbaraCampos

Dias e noites sangrentas

"Para tomar uma única casa, lutamos quinze dias, lançamos mãos de morteiros, granadas, metralhadoras e baitoneita. Já no terceiro dia, 54 cadáveres de soldados alemães estavam espalhados pelos porões, pelos patamares e pelas escadas. [...] A luta não cessa nunca. De um andar para outro, rostos enegrecidos pelo suor, nós nos bombardeamos uns aos outros com granadas, em meio a explosões, nuvens de poeira e fumaça, montes de argamassa, em meio ao dilúvio de sangue, aos destroços de mobiliário e de seres humanos. Perguntem a qualquer soldado o que significa meia hora de luta corpo-a-corpo numa peleja desse tipo. Depois imaginem Stalingrado. Oitenta dias e oitenta nois só de luta corpo-a-corpo. As ruas já não se medem por metros, mas por cadáveres."

PS. Pensamento feito de um resumo sobre soldados russos e norte-americanos na 2ª WW

Inserida por ThiiMedeiros

Eram dois office-boys de blusa bege de lã, caminhavam pela rua de número quinze, com suas pastas pretas recheadas de milhões, conversavam corriqueiramente sobre qualquer coisa, soltavam largas risadas sinceras das mesmices dos finais de semana, eram apaixonados discretamente por algumas atendentes, que carimbavam e digitavam freneticamente envoltas em camisas entre abertas e perfumes inapagáveis, caminhavam, adoravam o mês de Dezembro andar pela rua de pit pavê, cheia de cabeças que poderiam ser vistas da parte alta da rua, entrando e saindo com sacolas saciadas, mal sabiam o que eram e o quê queriam da vida, eram uma indefinição por decreto.
O destino continuava a lhes reservar a amizade, regada de festas e música, de viagens com chevette, que as vezes rampava a divisória de pista das BR’s, de fronteiras com bebidas fortes e ciganas que não conseguiram ler o destino, de caminhões traçados chacoalhando entre as dunas aos gritos de amizade e alegria, de longas conversas a beira do lago titicaca, até as boas bandas de Buenos Aires, e um el pogo de whisky escocês de graça, até um submundo do vagabundo selvagem em La Paz, de noites que viraram dia, e tristezas que viraram alegria, de uma amizade que nem o tempo nem a distância apaga. Ao amigo Foca.

Inserida por Varpechowski

Durante meus quinze anos de vida, convivendo sempre com meu pai, eu não imaginava que ele fosse alcoólatra. Sempre o vi beber, rotineiramente, e sempre ouvi minha mãe reclamando disso. Mas, sempre que ele bebia, em excesso ou não, ele nunca mudava seu humor. Nunca ficava mais ou menos nervoso. Nunca, em hipótese alguma, agrediu alguém. Mas, se alguém abrisse a boca para brigar ou reclamar dele, ele se irritava. Então, após quinze anos (minha vida toda, até agora), eu não tinha me dado conta de que meu pai é alcoólatra. Caí na real após uma conversa com uma prima mais velha. Ela havia mencionado meu pai e um tio meu. Disse que não havia no mundo pessoas melhores que eles, mas que, infelizmente, eram viciados em bebida. Tudo bem, creio que todas as pessoas tem seu lado bom e ruim. E quem somos nós para julgar alguém? Nós não somos ninguém. É sempre difícil aceitar o lado ruim de quem a gente ama. A gente sempre pensa que as pessoas que amamos são perfeitas. Na verdade, elas só são perfeitas aos nossos olhos. Mas eu o aceito assim. Eu aceito meu pai como ele é. Com todos os seus defeitos e qualidades. E eu o amo de qualquer jeito. E sei que ele também me ama. E sou grata por isso. Me pergunto, então, como ele foi se viciar no álcool. E então olho para dentro de mim. Quantas vezes eu quis beber também? Penso que está no sangue. Gosto da bebida tanto quanto meu pai. Então ligo os pontos... Por que eu gosto de beber? Para esquecer meus "problemas". Para esquecer as coisas, palavras e pessoas que me machucam. Para esquecer minha vida. E então penso que talvez esse seja o mesmo motivo pelo qual meu pai bebe. Pelo qual, quando jovem, começou a beber. Eu sei que ele é um homem que vive no passado. Como eu.

Inserida por SabrinaNiehues

Eu vi que entre nos existem varias versões, e percebi que conheço todos os seus quinze sorrisos. Eu sempre estive ligada a você e nunca estive com você. Dá para entender ?

Inserida por Claramendon

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.

Entrar no canal do Whatsapp