O Poeta e o Passarinho
Quando nascem as flores
Nos jardins do coração,
Quando os sonhos do poeta
Se perdem na imensidão,
Quando os desejos batem asas
Sobre as chamas da paixão
É o amor que vai surgindo
Nos débeis caminhos da solidão.
Descobri que era feliz
Na serenidade de teu olhar,
Nos louros de tua fronte,
Na beleza de teu sorriso.
E quando a lua da Primavera
Prateia na escuridão,
Sinto a magia de teus lábios
Trêmulos de emoção
Sussurrando promessas de amor
Por entre as brumas de minha ilusão.
reúne-se com o poeta
o silêncio da noite
e com ela arde
e com ela rebenta a semente
como se fosse o fogo
o sangue arde-lhe nas veias
e estiola-lhe o cérebro
agarra a noite e a solidão
no punho da mão fechada
quando a abre
o silêncio expande-se à volta
de si
arde em fogo a noite que se adensa
à superfície do tempo
fecha-se a vida ao poeta
quando o dia amanhece
Alvaro Giesta (dois ciclos para um poema - “ciclo DOIS” acerca do Homem que perdeu a Luz)
O verdadeiro poeta
É aquele que sabe
Expressar seus sentimentos
Não em palavras,
Mas sim com a boca
Entre as pernas de sua amada.
Não sou poeta, nem sou poesia, sou o contrário do bem, mas não o mal, sou o meio-termo.
Sei que nem tudo pode ser do meu jeito, mas insisto em acertar - ou "desacertar"- as coisas,
sou o erro, e a saudade.
A saudade não é boa, mas também não é totalmente ruim.
Eu sou a saudade. Sou dessas pessoas que se divertem com as catástrofes, com as suas próprias tragédias, sou muito mais eu dentro da minha bagunça. No meu quarto bagunçado com livros e roupas pelo chão, eu me encontro com muito mais facilidade. No meio da minha mente perturbada, cheia de paranóias, incertezas, e loucuras,eu tento fugir do mundo crítico, real, padrão... Eu fujo da rotina me escondendo dentro de mim mesma.
Se parece loucura, sou eu.
Vicio de um poeta
Você chegou em meus pensamentos e logo partiu;
Triste vicio este meu, que um amor eu fantasio,
Mas eu não tenho culpa de ser um sonhador,
Posso não ter um, mas eu falo de amor!
Queria bem mais de apenas viver a sonhar;
Mantenho a esperança que um amor vou encontrar,
Uma mulher que eu ame e que também me queira amar..
Noite triste para mim é quando não escrevo um verso de amor,
Triste noite sem a inspiração para compor...
Preciso viajar, sonhar e mergulhar nos meus mais tristes sentimentos,
Tenho que te lembrar, sentir saudade,
Assim a tristeza me faz companhia,
Vamos viver sempre juntos dia e noite noite e dia!
A saudade foi quem fez de mim um poeta sonhador;
Vivendo a sonhar com a chegada de um novo amor,
A minha dor esta em meus versos, estou a compor...
Se um dia voltares e não mais me encontrar;
Vai saber que muito eu estive a te amar,
E que por toda a minha vida fiquei aqui a te esperar...
E para quem não soube qual foi a minha dor;
só posso dizer que ela foi o meu grande amor!
Por: Igor Barros
A poesia tem uma cumplicidade secreta
com o POETA, de sofrimento, alegria,
tristeza, sorriso, lágrima, saudade,
lembrança, nostalgia e mesmo assim
enobrece a alma...
O poeta diz o que sente! O poeta escreve o que pensa! O poeta é água e fogo, terra e ar! Tudo numa enxurrada! Num turbilhão de sentimentos!
POETAS E LOUCOS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Não existe o poeta
e à parte o louco;
nem o tal do pouco
de cada um:
com seus trapos de sonhos,
letras e versos,
miragens, molambos
de visões incertas
deste universo;
natureza de ambos...
Há um céu que os mistura
em alma e pó,
pois poetas e loucos
unem sons, gritos roucos
e as cordas vocais
no mesmo nó...
Se a poesia é o que não cabe no poeta
Por que então escrevo sobre você?
Que cabe em mim
Mas não caibo em você
Então me escreva
Já que não caibo na sua vida
Que caiba no papel
Que o papel caiba no seu bolso
E que eu caiba em você
Um poeta um dia me disse que meus pensamentos eram movidos por esperanças...
que seja desde que em meus pensamentos tenha você
Eu por mim.
Amante dos versos,
poeta de mim mesmo,
errante a cada instante.
Recluso no lirismo dos versos vagos.
Todo poeta, ama além do possível
Deseja mais que o permitido,
Busca o improvável
Enxerga a alma !
Sonha !
Chora o poeta que goza
Suas paixões em forma de prosa
E então esmagam-se as horas
Entre os olhares e as rosas
