Mini Textos de Ana Maria Braga
#MARIA-#SEM-#VERGONHA
Tal qual maria-sem-vergonha flor...
Mesmo sem entender muito bem por que...
Sem vergonha, é isso que sou...
Vício que nunca me curei...
Que se agarra ao meu coração...
Inunda meus pensamentos...
Brotando em qualquer chão...
Fico aqui esperando...
Uma volta que não existe...
Um acaso que virá...
Desejo que persiste...
Esperei e vejo minha vida passar...
Nem sempre me notam...
Mas estou eu cá...
Apenas uma desculpa...
Permito me arriscar...
Quietinho em meu canto...
Aguardando alguém me amar...
Insistente sei que sou...
Dádiva da esperança por Deus ofertada...
Não me vêem beija-flores...
Nem abelhas a me polenizar...
Talvez não seja tão ruim assim...
Não tanto me faz sofrer...
No abandono das noites frias...
Ou nos dias a transcorrer...
Me permito ser algo a mais...
Quando o vento me acaricia...
Por ser flor singela...
Em quantidade enfeito viela...
A ninguém devo nada...
Sou apenas uma Maria...
Maria-sem-vergonha...
Na beira da calçada...
Sandro Paschoal Nogueira
Ilusão Numa Tarde de Verão (Luiz Maria Borges dos Reis)
Um dia sentado na calçada
Contemplava eu, o pôr do sol,
Vi andorinhas voando atrapalhadas
Temendo ser pegas por um gavião.
As luzes dos postes ficaram acesas
Os sinos tocando também festejaram
A passagem de uma linda princesa
Que aos meus olhos muito encantaram.
Corri depressa ao seu encontro
Pedi-lhe ao menos um sorriso,
Disse-me ela estar com pressa
E minhas preces não quis escutar.
Porém, mesmo triste eu implorei
Que me desse ao menos uma ocasião,
De olhar nos seus olhos e ver todo brilho
Que aos meus apagaram na ilusão.
Mais depressa a menina ainda andou
Deixando-me só, no meio de tantas coisas.
Foi-se embora e apenas me deixou
Os restos esperançosos de um novo encontro.
Beatíssima Maria virgem
Amika Nostra
Mãe do espírito e de todo o princípio.
Origem do pequeno espelho do infinito
E parada central de estirpe deste mundo tão esquisito para o qual pariste o teu filho. Regadora da urtiga e do Nardo
Lírio da terra bivalente
Jardineira do quintal dos bardos,
Da poesia.
Está tudo morrendo
Conselheira dos agoniados,
Quem sou eu para vir novamente pedir perdão por todos os bardos?
Por essa raça sobranceira e enviesada
Que anda de luto pelos próprios excessos e à beira do teu cântaro gargareja, um duro lamento espúrio.
Que boceja um tédio estéreo a maneira de quem detesta o Absoluto.
E de tanto falar por Ele, acredita só no que usurpa.
Os que rabiscamos no espelho,
Nos mundos da estrutura, do nada, do vazio em pêlo.
Quem sou eu para pedir teu zelo por tantas pobres criaturas?
A mortalidade moral mata mais que faca e fuzil no território nacional.
De ponta a ponta ao meu país, cada dia mais infantil,
Mata a si mesmo com ardis,
Com imposturas num marasmo igual as diabruras e penduricalhos da pior africanização.
Como uma colcha de retalhos que não tapa mais nada
O chão de derrapantes assoalhos deste país sem direção é sacudido pela mão do entretenimento e do embuste.
Quando a noite, mais uma vez,
Com uma dissonância na acústica
Cai das alturas como um susto, um pesadelo a mais Talvez uma oportunidade,
E o que custa parar um minuto, dois, três e refletir e orar?
Ouvir, ver simplesmente o que fazemos da raça inteira De nós mesmos ?
Mas não, a cada anoitecer sacudimos pelos extremos a toalha em farrapos
Que demos pelas migalhas do Poder, ao banquete dos fratricidas,
Dos cambalachos,
Dos abortos.
O desfile nas avenidas, de machos eunucos e outros fantasiados pela vida
De cabeça para baixo na ida sem volta ao festival dos porcos
E enquanto isso morrem, Morrem filhos e mães, e irmãos no escuro
Órfãos de sonhos
E depois morrem o passado e o seu futuro
Morre tudo e ninguém socorre
A árvorezinha atrás do muro, ninguém colhe o fruto maduro
A mão do país que se afoga. Que Pantanal é esse nosso ?Em que é impossível dar um passo sem afundar?
Sem que a piroga vá desaparecendo no poço ?Num baldezinho cheio de ossos ?
Num vazio pendurado, à corda,
Num balanço de enforcamento.
Que multidão?
Que gente é essa ?
Seminua, com as mãos na cabeça
Ou no bolso alheio
Uma gente que estraçalha os filhos sem pressa
Num ritual de alinhamento Até que ninguém mais os conheça
Todos são teus filhos
E penso neste escuro dia, seguinte ao mais perfeito nascimento,
Penso no teu rosto sucinto, Que é a perfeição do pensamento
Amparado só do infinito,
Que contemplando cada berço.
Transforma o meu país Senhora da súbitas transfigurações.
Ó aparecida nos porões,
Em que torturam o homem à aurora,
Ó peregrina entre as visões,
Ó negra ó branca
Mediadora das grandes reaproximações,
Escuta-nos Mãe de Jesus Ora pro nobis
Vem a nós
Como estavas ao pé da cruz Na hora sombria
Um instante atrás,
Em que se ouviu aquela voz “porque Me abandonaste?”
A luz nos abandona.
Estamos sós
Terrivelmente,
Mas a culpa que temos todos
Do horror que fizemos de nós.
Ó mística
Ó rosa rústica
Ó penhor da salvação
À hora a última
Advoga em que o Senhor Venha a nós
Fala-nos
Que acústica da velha Catedral em ruínas e outra Vez com teu nome tua voz. Que os Farrapos do homem, que se devora e não termina o horrendo banquete da fome
Se reúnam em ti, mãe menina de todos nós
Os que mal somos
Os leprosos mal agradecidos Que não retornaram ao teu Filho depois de curados Perdidos desviados e maltrapilhos.
Retorna a nós como do exílio,
Velhos bondes em busca dos trilhos
Voltamos tantos iludidos
Nós, os mutantes
Nós os idólatras
Nas lucobrações orgulhosas Do encolhido intelecto,
Esse alcoólatra,
Que sim,
Se embebedou de paródias.
Atua inteligência da morte é o único modelo da nossa.
O mais, é a miragem do apóstata.
Deusa Maria.
O universo não dá ponto sem nó né?
Tirou esse coração da cartola,
Que é ninho,
Não gaiola,
Escorreguei no Arco-íris,
Caí dentro do pote de ouro,
Caixa de Pandora ao revés,
Jardim de infância tu diz,
Mãos dadas,
Explorar e ser feliz,
Dentro da inocência de um amor,
Que não se faz unilateral,
Que reconhece a vida como tal,
O ser humano como é,
Entre luzes e sombras,
Lindo,
como aquela dança,
Pintura,
Um som erudito,
Nossas artes nós completam,
E nos fazem,
Livre das amarras da sociedade,
Então voa passarinho!
Alto e Avante,
Essa Deusa cintilante,
A quem almejo cultuar em cada variante,
O prazer é constante,
Em cada troca fascinante.
Coração de Maria
Desprezando os conselhos do poeta
Sem emitir palavra, João dizia:
Não se aproxime. Não se aproxime muito.
Não inocule em mim a inconveniência da
Profundez de uma amizade verdadeira.
Caminhemos em vias paralelas.
Lado a lado em diferentes caminhos.
Cultivemos o descompromisso dos
Relacionamentos efêmeros.
Busquemos a qualidade do que é fugaz.
A mensagem não dita foi devidamente compreendida.
Maria não tentaria transpor os limites.
Todavia, ser intensa era-lhe intrínseco,
E a esperança não se deixa abater.
Buscaria outro alguém que, como ela,
Ousasse experimentar a dádiva...
“O presente é tão grande!” – ensina o poeta.
Ansiava pelo essencial.
Queria mãos dadas!
João não será esquecido.
Já está aconchegado naquele coração.
Coração de amiga. Coração de irmã.
Coração que ama. Coração de Maria.
"Então Maria, tomando um arrátel de ungüento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do perfume. "
Jo 12: 3
Reportemo-nos a este cenário; Lázaro ressuscitado por Jesus, um jantar é preparado, o choro passou, dando lugar a alegria e a celebração.
Naquele momento de comunhão, sentados à mesa, Marta os servindo, Maria toma do seu melhor, do que valia o salário de um ano inteiro e derrama aos pés do seu Senhor.
Ah, que maravilhosa cena !
Posso perceber a adoração, o ardor da entrega de Maria naquele momento...
Como em qualquer momento de entrega ao Senhor, de renúncia ao nosso "eu" para que Jesus cresça em nós, nos deparamos com a oposição daqueles que não entendem, pois não tem o mesmo Espírito e ainda os que tentam impedir e abalar a fé daqueles que desejam ardentemente se "derramar" aos pés do Senhor.
Judas repreende Maria, pois seu coração não era sincero, não era puro, não era de entrega e muito menos de adoração.
Havia nele um interesse, não pelo próximo, não pelo Reino, nao por Jesus...mas com ele mesmo.
Jesus vê o coração, Ele sabe exatamemte o que se passa no íntimo de Judas e Maria. Sentimentos tão diferentes...um de traição e o outro de adoração.
Maria enxuga os pés do seu Senhor com seus cabelos...está rendida, de joelhos diante D'Aquele que é o Salvador e Autor da Vida. Que maravilhosa graça!
Queridos amigos e irmãos, que o desejo de nosso coração seja de entrega nesse mês que se inicia. Seja de rendição, de quebrantamento para que o óleo se derrame, e exale o bom perfume às narinas do Pai.
Sim, o vaso muitas vezes precisa ser quebrado, mas, desde a feitura até que seja quebrado e refeito, Jesus estará conduzindo todo o processo para extração do melhor perfume que há no vaso.
Um perfume de adoração, de gratidão, de obediência e comunhão.
Louvemos ao Senhor por cada adversidade enfrentada e mesmo que ainda não tenha sido vencida, que a fé Nele e por Ele, nos mova a seguir adiante, na certeza de que seremos conduzidos a Vitória no tempo e da forma que Ele já determinou para nós.
Exalemos o perfume.O tempo é já, é agora.
Deus te abençoe.
Dc Andrea Tavares
@andreatavares_souumadebora
Bem-te-vi
Acorda Maria !
Onde está o meu café
Acorda logo mulher !
Deixa de ser preguiçosa
É tarde, raiou o dia !
Levanta já dessa cama
Deixa a vida de bacana
Onde está minha banana
Que ainda não vi por aqui?
Já estou no seu jardim
Já pulei de galho em galho
Já fiz tanto estardalhaço
Já estou num embaraço e
Sua janela nada de abrir ...
Acorda logo Maria !
Que estou a te chamar
Sei que estás por aí
Bem- te - vi
Bem- te - vi !
Feminicídio
Maria também se foi
Levando no coração
Muitos sonhos inacabados
Tinha na alma o desejo de liberdade
Sua história de amor acabou
Como a ilusão dos contos de fada
Era frágil e não se sustentou
Por sorte ela tinha voz própria
Conversou, disse adeus e se foi
Ser pássaro em outras moradas
Com fé e esperança seguiu seu caminho
Recomeçar sempre, agora com maturidade
Entre tantas escolhas prometeu se amar
Na intensidade que seu ser merecia
Assumiu o compromisso de ser feliz
Sem traições, ilusões ou vaidades
Na inocência sequer imaginou
Que no caminho havia emboscada
Prenunciando o fim do início da sua jornada
Sem direito a defesa, foi brutalmente assassinada
Numa fúria patriarcalista de insanidade
Ele desferiu dezenas de facadas
Seu corpo tombou sobre o chão ensanguentado
Estampado no jornal que ele tomou rumo ignorado
A noite chegou fúnebre e agoniada
Com chuva de lágrimas pela fatalidade
Era mais uma vítima do feminicídio
Que Nanã receba em amor o seu corpo destroçado
Do livro: Extasiada de Infinitos
Ave Maria de louvores
Ave Maria de louvores
mãe de Jesus ó Senhora
santíssima virgem
mãe pura e consagrada
rogai por nós ó Senhora.
Ave santíssima Maria de Deus
rainha abençoada
virgem Santa consagrada
rogai por nós ó Senhora...
Abençoada mãe rogai
amada mãe abençoada
a nossa vida protegei
virgem Santa consagrada!
Doar ou Doar-se Como Forma de Ajudar o Próximo (Luiz Maria Borges dos Reis)
Depois desta Enchente Esmagadora que assolou o nosso Município de Castelo, ES e outros do Sul do ES, sinto-me na obrigação de expor minhas ideias através deste pequeno texto abaixo delineado.
Temos visto muitas pessoas querendo ajudar, porém, sem meios econômicos para fazê-lo, daí, a ideia de expor a todos o sentindo de Doar ou Doar-se Como Forma de Ajudar o Próximo.
A doação é uma forma de colocar a fé em prática. Quem doa seu dinheiro, seus bens ou seu tempo ajuda outras pessoas e mostra o amor de Deus. A doação é uma forma de servir a Deus e as pessoas a nossa volta.
Aí a pessoa diz mesmo assim: se eu não tenho nada como posso ajudar?!!! E eu, logo respondo:
1. Devemos ajudar de qualquer forma, dentro das nossas possibilidades é claro; 2. Se você tem 02 kg de feijão, doe um pouco para quem necessita; 3. Aí você que tem uma quantia em dinheiro razoável na poupança ou recebe um bom salário mensal, doe um percentual em espécie a quem não tem nada; 4. Ao olhar no guarda-roupa e achar algo que você nem usa mais, e que esteja em bom estado de uso ainda, doe a quem mais precisa; 5. Lembre-se que tem gente que perdeu tudo em bens materiais, como casa, móveis, roupa, alimentos, remédios e até documentos pessoais e você fica aí de braços cruzados, sentado em uma poltrona confortável assistindo tv de assinatura sem fazer nada?!!! 6. Pode ter certeza que um dia Deus irá nos cobrar por essa nossa acomodação e negligência em não fazer nada pelos nossos irmãos mais necessitados depois desta tragédia recém-acontecida.
Quem ama quer ajudar. Se alguém vê uma pessoa necessitada e não sente compaixão nem vontade de ajudar, não ama de verdade. Não devemos amar as riquezas acima de outras pessoas. Quem ajuda com doações investe no amor.
Vejamos o que diz a palavra de Deus:
Doação na Bíblia:
Há quem dê generosamente,
e vê aumentar suas riquezas;
outros retêm o que deveriam dar,
e caem na pobreza. O generoso prosperará;
quem dá alívio aos outros,
alívio receberá.
Provérbios 11:24-25
Não podemos e não devemos culpar quem quer que seja por essa tragédia que afetou a todos nós castelenses! Nesta hora, devemos esquecer as picuinhas políticas e ajudar na medida do possível a quem mais precisa de ajuda, os menos favorecidos da sociedade castelense que vivem de um mísero salário mínimo e muitas vezes, catam até nos latões de lixo para proverem o seu sustento.
Abramos a nossa consciência e os nossos bolsos em prol dos mais necessitados!
O ato de doar contribui efetivamente com a transformação para o melhor da sociedade, das instituições e, principalmente das pessoas. ... Doar vai muito além de “transferir gratuitamente a outra pessoa, de forma legal, bem, quantia, imóvel, etc.”: doar é um ato de desprendimento, renúncia, entrega e amor ao próximo.
Deus seja louvado sempre! Amém.
Fraqueza de Espírito (Luiz Maria Borges dos Reis)
Primeiramente devemos saber o que é fraqueza de espírito:
a) No dicionário Aulete, diz-se do estado ou característica daquele a quem falta firmeza moral;
b) Cada um tem seu lado de fraqueza e cada um Deus usa como lhe apraz. Não faça da sua fraqueza sua arma para manipulação ou conquistas desonestas. Não deixe que seus medos se tornem empecilhos para a realização da obra de Deus em sua vida. Ele conhece você e te ama como é.
Dito isso, passemos ao centro das minhas observações quanto ao fato de termos sofrido a maior enchente de todos os tempos aqui em Castelo, ES e nas demais cidades do Sul do ES e adjacências.
Dizem que depois da tempestade vem a bonança (Mt 10,16-23), porém, na prática nem sempre é assim.
Acho um verdadeiro absurdo alguém se passar por pobre e vítima da enchente para levar alguma vantagem ilícita, como aconteceu em vários casos aqui em nossa cidade, segundo comentários diversos nas redes sociais e nas reumiões das quais participei nos últimos dias.
Quem poderá fiscalizar com mais rigidez caso a caso, para evitar tais acontecimentos, creio que seja praticamente impossível, pois, ninguém tem escrito na testa “eu sou 171”, porém, Deus que vê tudo e até os nossos pensamentos, um dia vai cobrar caro de quem usou de artifícios e artimanhas para levar alguma vantagem ilícita sobre o pobre e mais necessitado, verdadeira vítima da enchente, que perdera tudo e até a esperança de recomeçar uma nova vida.
Você que de alguma forma ajudou e colaborou com cestas básicas, remédios, colchões, móveis e utensílios domésticos, roupas e até com certa quantia em dinheiro, além do seu trabalho pessoal em prol dos mais necessitados, não desanime, pois Deus vai lhe dar a recompensa na medida certa de acordo com a sua colaboração, com certeza.
Em tudo o que fiz, mostrei a vocês que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: 'Há maior felicidade em dar do que em receber' ".
Atos dos Apóstolos 20:35
O ÚLTIMO APITO DA MARIA FUMAÇA
Ao prismar do sol nos prados verdejantes, serpeando brilhos,
uma Maria-Fumaça reluzente vai aos brados pelos trilhos
singrando sua sombra no caminho dos meus sonhos;
entre múltiplas paisagens com cenários mutantes,
translúcidas gravuras de panoramas risonhos
relumem como espelhos rútilos, vibrantes...
no rosicler do espaço, plasmam na visão traços medonhos
desse trem fantasma brilhando em tons sutis, estranhos;
se locomovem furtivamente na penumbra da estrada,
é a serpente d’aço que passa silvando insolente,
e seu vulto rubro devassa a visão estampada
na sombria divagação do meu consciente...
entrelaçada às vívidas revelações na herança do passado,
são hoje rudes espectros, fragmentos do trem dilacerado
no tempo, expostos à memória das eternas miragens
projetadas no pensamento, afloram em reflexões
achadas na ferrovia desfigurada por imagens
toscas do triste trem, comboio de paixões...
deslumbrantes, a Maria-Fumaça decadente e a sua carcaça,
inundam meus olhos de lágrimas! Eis a máquina de raça,
do luxo imperial ao gaudio triunfal desta história florida,
só restaram alguns destroços da locomotiva bravia,
já relegada à morte, ferro-velho e sucata puída,
não mais resgata sua glória... tirana ironia!
Piuuú! Piuuú! O maquinista desperta do seu êxtase tristonho,
e não mais descortina os cenários vibrantes desse sonho;
a via deserta esvai-se sob as rodas do fantástico trem,
volatiza-se a máquina encantada com seus brilhos,
o afresco que desfigura sua louçã efígie retém
bem viva a víbora rastejando pelos trilhos...
Porém, a lendária Maria-Fumaça existe nesse confinamento
da trivial lembrança, ora museu de história e divertimento;
na sua transição de infâmia a cicuta da píton perversa
esparge ruína e escória, envilecendo de vergonha
a banida estrada de ferro, postergada e imersa
na ferrugem, refém de tão bestial peçonha...
Ela apagou nessa miragem a derradeira estação, irrealidade,
a última nuvem de fumaça projeta no ar a minha saudade,
no final da viagem desembarco sozinho e quebrantado;
na bagagem, trago um grito de pesar em meu peito,
ferido pela serpe do infortúnio e desconsolado,
ainda ouço o último apito desse trem eleito...
Não há mais o sol e nem a vibração da máquina que serpeia
na senda sem brilhos. Eis que a Maria-Fumaça já vagueia
moribunda pela estrada e até carrega minha comoção
ao encontro dos tormentos e devaneios bisonhos,
mas o silvo de horror que ressoa meu coração,
ainda abisma em meus turvados sonhos.
Do seu Livro "Cascata de Versos" - 2019
MARIA APARECIDA
M ágica garota dos meus sonhos,
A conteceu-me de encontrá-la só;
R eluzente, num dia bem risonho,
I rrompeste-me a alma e sem nó,
A dorei-te para tê-la mui festonho.
A pareceste a mim de inesperado,
P or meio do brando sopro divino;
A gora sei, esta mágica aparição,
R evelou-me tal pássaro dourado;
E nsaiando meu anseio num hino,
C antaste alegre no meu coração,
I nserindo o seu amor imaculado.
D evo agradecer ao Pai Cristalino,
A este encontro de almas e união!
Preâmbulo do Seu Livro "Cascata de Versos" - 2019
Maria
Tu és uma força da natureza
E tua eterna presença
Me ensina a viver
Neste mundo de sentenças
Sem tua luz, Maria, eu nada seria
Sem você, mãezinha, eu sequer existiria
Mãe de todas as mães
Como posso expressar meu amor e gratidão?
Nem todas as palavras do mundo seriam capazes
De te fazer compreender meu coração
Minha mãe, Maria.
Maria Rosa
Pensava ser dono.
E; passando setenta e cinco voltas em
Torno do sol acreditando nisso.
Enquanto retira-lhe as vestes.
Maltratando-a.
Que em silencio, voltava a cobri-lo com suas vestes.
Se esborracha buscando
Novo horizontes ao seu redor.
E retornar lugar da saída.
Porque se fizera curvada.
Andavas em círculo.
Acreditava possui-as por direito.
Derramando todo o seu ímpeto,
Representativo, molhando suas vestes.
Ignorava a sua singeleza.
Por fim; cansado. E febril.
E retorna para seus seios.
E ; Ela o guarda. Com silencio.
No seu ventre. Velando e perdoando.
Todas as faltas sofridas.
Não aprendera a saborear
Todas as delicias colocadas na mesa.
Furtou-se do Amor e da Paz.
Preferindo extasiar-se no inebriante
vício de poder. Poder cada vez mais.
E no fim. Acredita seriamente.,
Ter sido machucado
Pelo Espinho da Rosa.
Nada havia apreendido.
Silêncio Profundo.
Marcos fereS
Maria, Margarida
Maria, Margarida
Marca a vida
Amargurada
No peito uma ferida
Que te faz ser sempre ouvida
Que te faz ser sempre amada
E eu a te regar
Pra você crescer mulher
Pra você desabrochar
Pétala de bem-me-quer
Maria, Margarida
Mais querida
Mais quebrada
Branca como a flor
No pólen sua cor
Amarela esverdeada
No laço do compasso
Que te trago meu abraço
No fim do infinito
Pro teu sonho mais bonito
Deixar tudo aqui escrito
Que te amo e não disfarço
És mania, és maravilha
Tens perfume pelo ar
Vem depressa primavera
Alivia a minha espera
No jardim da minha vida
Traz Maria, Margarida
Quero ver ela brotar
Precisa se ter alma de Maria
Sim, irmã de Marta, Maria que priorizou as coisas dos céus, confrontou as preocupações cotidianas da irmã e agradou a Jesus, ora outra Maria que foi a mãe do salvador, tamanha graça recebeu por ter entregado a fé, a confiança total nas condições espirituais.
Então senhor, abro este clamor para que nossos pensamentos sejam tomados pelas coisas dos céus, a confiança, a dedicação, a fé, construindo um processo de amizade, de intimidade que agrade ao senhor, é com força e vigor que escrevo, humilhando me em súplicas para chamar a tua atenção, que nossos embates sejam refugiados nas tuas asas oh pai, altíssimo do universo, ao nome de Jesus, por este estado brasileiro e teu povo, que haja a redenção para receber o Espírito Santo de vida.
Giovane Silva Santos
Ponto de fé
Abraão esperou 25 anos para realizar, Maria ainda virgem acreditou que geraria o salvador ainda virgem, Elias pediu chuva e assim foi, pediu fogo dos céus e assim se efetuou, Moisés com inúmeros feitos, Namã o leproso mergulhou 7 vezes no Jordão e foi curado, o cego de Jericó voltou a enxergar, Jacó brigou com anjo pela fé na bênção, o mar se abriu, a água saiu da rocha, Lázaro reviveu, a muralha caiu, os escravos foram libertos, demoníacos curados.
E nós que precisamos de um milagre, uma bênção, um sinal, pela fé, sim, basta que passamos à acreditar no poder, oh altíssimo, talvez nossa fé é fraca, nossa fé é duvidosa, nossa fé é condicionada, és tu santíssimo senhor que fez todas proezas acontecer, e nós tão pequenos ainda falhamos pela crença, assim agora coloco força, vivifica nossa fé, vigore, faz nos sensíveis e capazes de clamar incessantemente, chamar, invocar, suplicar, humilhar a ti, derramar com fervor, desça fogo de vida e teu Espírito de fé seja o norte de nossa direção, ao nome de Jesus, oh amado glorifique teu nome através de nossas vidas.
Giovane Silva Santos
"Maria
Minha doce e meiga Maria, Mãe de Jesus Cristo e Minha Mãe, Rainha das Graças, Rainha dos Anjos, com divinas benevolências e encantos.
Brotam efusivas e poderosas graças de suas mãos virginais.".
Sempre esteja à frente, com Sua legião de Anjos, de Arcanjos e com o Menino Jesus, abrindo as portas e conduzindo as ações.
Rendo louvores e graças a ti, minha Mãezinha do Céu.".
Um momento com Maria
Ternura, exemplo espiritual, coragem, confiança, fé, mulher, mãe, fé, quebrou barreiras, deu vida a vida, fé, onde estarás a esperança do mundo, no grito, no anseio, no poder, não sei o que, o presente confuso, consternado no passado, na mãe gentil, no filho mil.
Maria, Maria, hoje a luta de tantas, tantos, João, Mercedes, Renato, Pretinha, a vontade, a verdade, a coragem, enfrentar as ondas e marés, na fé, de pé, pela fé. Embates, desafios, isso, Maria foi desafiada a confiar, e precisamos crê, no invisível, no impossível, nas possibilidades, nas oportunidades, fé, repito fé, nos céus, que possamos transportar a montanha de problemas que assola o mundo, que vencemos estes vales, desertos e mares, como Maria, que através da fé, proporcionou uma vida que mudou o mundo, é Jesus o fruto que onde nos põem de Pé, ela a fé, Maria é.
Giovane Silva Santos
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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