Coleção pessoal de Garfield789

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Um lar sem uma mulher é como um jardim sem flores.⁠

⁠Mais vale uma coruja atenta na calada da noite, do que um falcão a espreitar um galinheiro ao raiar do dia.

⁠A luz é a imanência transcendental de Deus.

⁠Deus ao céu colheu duas estrelas e com elas fez os teus olhos de matizes tão belos.

Certos ateus e incrédulos querem que Deus apresente-lhes uma certidão para lhes comprovar a Sua existência.

Com sapatos de couro de cobra, pisoteei a cabeça da jararaca que me espreitava para picar.

⁠Quem não alimentar o seu cão, poderá alimentar o ladrão.

⁠A filosofia de um cachorro faminto : "a vida é um osso duro de roer!".

⁠O amor de um cachorro é igual a dos poetas: o faz ladrar em versos.

⁠O VERAZ AMIGO

A manifestação da vida está na natureza,
e o elo com o paraíso vê-se nos animais,
mesmo sendo seres ínferos e irracionais,
possuem a essência de suave grandeza.

Não há o olhar tão sincero sobre a terra,
que exiba tal beleza quanto a de um cão
a nos fixar sua lealdade, amor e gratidão;
gentil espelho a refletir a paz sem guerra.

O veraz amigo e guardião, se lhe atenha
de nos fazer mal, perseguir ou até atacar,
pois não intenta um canídeo nos maltratar,
mesmo que toda desdita lhe sobrevenha.

O seu instinto animal é pacato e cristalino,
deveras, mais dócil do que muita criatura
prepotente, dotada de saber e de cultura,
a odiar o semelhante com furor maligno.

Prezar os animais é muito mais sublime,
mesmo que se lhes ofereçam opulência,
ou mostrar-lhes uma fátua benevolência;
mais excelente é amá-los sem queixume.

Quem discrimina ou maltrata o irracional,
deve ajuizar que tal vileza e brutalidade,
são atos infernais; e saberá na verdade,
que o ser humano é também um animal.

⁠Olhe no fundo dos olhos de um cachorro, e você sentirá algo que nunca viu nos olhos de um ser humano.

⁠A Natureza nunca erra. Ela apenas segue os padrões para sempre acertar.

A impossibilidade de provar que Deus não existe é a melhor prova de sua existência.

⁠Comecei a ser livre, quando descobri que as jaulas da minha mente é que escravizavam meus pensamentos.

A QUEDA DO EQUILIBRISTA

Na corda esticada que sustem o equilibrista
é preciso muita perícia e habilidade,
na arte de andar sobre ela, assaz se arrisca
o funâmbulo que aprecia a atividade.

Mas quem se eleva na causa por aventura,
ignora que a desgraça de cair implica
em inépcia de manter o equilíbrio na altura,
e se despencar, na certa se complica.

Na vida isso também faz quem não é artista,
sem avaliar o risco que a arte explica,
alça-se na corda bamba para andar no alto.

Por lhe faltar a experiência em tal conquista,
descamba lá de cima e se estrumbica,
então saberá que só o gato é bom de salto.

Do seu livro: "Sua Majestade, o Circo Lírico" - 2018

A BAILARINA NA BOLHA

No vitral da minha janela
uma sedutora bolha de sabão
pairava viva e fascinante,
semelhante a uma estrela
fulgente, revelava nesta visão
seu brilho: um diamante.

Infiltrei meus olhos nela
como viajante da imaginação,
divisei em sutil miragem
uma cintilante cinderela,
exótica pérola e sua irradiação
de luzes: linda paisagem.

Neste relume de auréola,
em belos matizes à percepção,
este vulto jazia brilhante
como uma leda aquarela,
era uma bailarina no coração
da bolha: a sorrir silente.

Num rompante de desejo
eu almejei libertá-la do balão.
Soprei-o vivaz e risonho
para romper seu lampejo
dourado e extraí-la da prisão,
mas foi tão-só: um sonho.

Eis que a bolha estourou,
esvanecendo da minha visão
a radiosa figura que mirei;
apenas sua imagem ficou
a bailar em meu circo ilusão
quando: do sonho acordei.

Do seu Livro "Sua Majestade, o Circo Lírico" - 2018

MULHERES D’AÇO

São elas, belas e possantes, vibrantes,
ninfas galáticas, provocantes heroínas,
formosas mulheres d’aço de brilhantes
têmperas, suntuosas musas femininas.

São elas que detêm a força e genética
da vida, através das dores e vitupérios
voam suas vidas no talento da estética,
gentil magia na dinâmica dos trapézios.

São elas, as fabulosas mulheres d’aço,
maçãs d’amores, volúpia de conquista,
que aprisionam os homens no paraíso.

São elas que ocupam o nosso espaço
com a dança das bailarinas e o sorriso
no rosto do palhaço, cenário d'artistas.

Do seu Livro "Sua Majestade, o Circo Lírico" - 2018

O HOMEM TOCHA

Chamam-no de papa-fogo ou pirofagista,
soprando chamas boca a fora sem parar,
faz proezas incendiárias de se esturricar,
na coragem e talento de um performista.

As labaredas rubras e lançadas para o ar,
são quase iguais às línguas dos dragões,
fazendo ameaças com suas combustões,
querem bem rápido tudo lamber e tragar.

Será que o homem tocha é mesmo fogo?
Para ver se ele ardia mesmo de verdade
fui experimentar o seu corisco pirofágico.

E por desejar ser um intruso nesse jogo,
quase me chamusquei com esse trágico
zotismo: brincar com fogo, é insanidade!

Do seu Livro "Sua Majestade, o Circo Lírico" - 2018

A MÁGICA DO MÁGICO

Com a sua leal varinha hipnótica,
o ilusionista, de fraque e gravata
preta exibe a cartola magitrônica
polarizando a plateia, estupefata.

Faz os truques sem tirar bravata,
com lances surreais da dinâmica
teatral num só toque o nó desata
com sua habilidade, supersônica.

E a mais sutil e impossível lógica
ocorre: e rápido se desembaraça
de seu pescoço, tal gravata preta.

Serpeando-a com a vara mágica,
ela vai criando asas de borboleta
e se transmuta a voar com graça.

Do seu Livro "Sua Majestade, o Circo Lírico" - 2018

O SUBLIME MÁGICO

Ao toque dos solenes clarins na alvorada celeste,
anjos e arcanjo se exibem num palco do Nirvana.
São exímios astros envoltos por luzentes plumas,
cingidos ao fantástico trapézio de aura soberana
evoluem com asas de diamantes que as reveste,
voando no espaço sideral sob nuvens d'espumas.

No picadeiro do além, pégasos de suave brancura
cavalgam em círculos levando no dorso querubins,
fazem acrobacias em rodeio, com tons de músicas,
baladas e canções de amor com sonoros cornetins.
Esses seres alados e os serafins bailam na doçura
do celeste espetáculo a se descortinar em súplicas.

Ato contínuo, no fúlgido tablado, um varão mágico
exibe uma cartola estrelada à plateia do outro lado,
dela surgem auríferos passarinhos e saem voando
para o excelso trono ornado de um fogo fantástico;
e ao retumbar a trombeta nesse paraíso iluminado,
sai da cartola em forma de pomba o Espírito Santo.

Perante o magnífico trono cravejado de brilhantes,
o sublime mágico se apresenta ao Todo Poderoso,
ali resplandece sua glória de ouro com imensa luz;
para sua assistência de anjos e seres exuberantes,
ele exibe no seu peito a relíquia de artista glorioso:
a cartola é seu divino coração e o mágico é Jesus!

Do seu Livro "Sua Majestade, o Circo Lírico" - 2018