Meu Corpo
E agora que faço
Se o meu corpo nada tem haver com a minha mente
E agora que faço
Se quero viver no presente e não no passado
E agora que faço
Se quero amar e desejo ser amada
E agora que faço
Poesia dita:
Ela conhecia meu corpo como nenhuma outra mulher já havia conhecido.
Cada toque, cada palavra dita.
Era minuciosamente pensado.
E ela também sabia que seria minha destruição.
Mulher bandida, levasse meu coração!
WhatsApp: Mensagem recebida, às 02h18
“ amigo, eu acho que esqueci de como esquecer “
Universos
O meu corpo é um universo
De versos que eu escrevi
De versos que escreveram em mim
Dos momentos que vivi
Dos segredos que irão até o fim
Diversos universos
Em cada parte de mim
No passe houve um repasse, mas você não percebeu, ali deitados no chão o meu corpo estremeceu, e seus espíritos tão malignos por alguns instantes foram meus. Tua dor e agonia o meu peito percebeu, sofrimento e melancolia, eu não sei e nem sabia o que de fato aconteceu, um gritava outro gemia e eu só pensava em Deus, fomos embora e eu sentia, que o eu não era eu, no metrô enquanto tu ria, Acesso Norte tu descia, o segurança não entendia, apenas a câmera via, devolvi o que era teu. Como pode um ser humano, cheio de dotes e encantos, suportar em um corpo brando o que em outrora jaz pereceu. Mulher forte do sudeste, de coração é Nordeste, tua alma gêmea deu teu leste, amor em prova sempre em teste, forjado em fatos não só teses, provou que é cabra da peste, mas o ser humano não entendeu.
Linda como a luz do sol... ela me aquece em seus braços... deixando todo meu corpo em erupção... onde posso sentir as lavas magmáticas em fusão... e o sangue quente... assim como labaredas... ferventilhando por todas as minhas veias...!
Profundeza dos olhos
A água quente percorria meu corpo sentado embaixo do chuveiro, a escuridão vista dos meus olhos fechados induzia-me a voar longe com os pensamentos, a tristeza dominava no meio do peito e a decepção me corroía. Abalado fisicamente e psicologicamente. Cansado, pedi a Deus que me trouxesse novamente os sonhos, a força para continuar meu caminho, minha boca estremeceu e as lágrimas se uniram a água corrente. Não me segurei, deixei sair, deixei levar. Fui me deitar e rapidamente adormeci.
Acordei ao amanhecer com o coração mais leve, antes de levantar, fiz uma prece, e com a força das palavras pude ver claramente: Privei-me do mundo, dos amigos, da família, da minha vida. Privei-me de mim mesmo para lutar por algo que nunca valeu a pena. Um território desconhecido, engambelado, superficial. Fui apunhalado ali, tantas vezes, por todos os lados possíveis. Já havia deixado tudo aquilo ir e decidi seguir na direção oposta. Foi o que fiz.
Sinto agora, que uma pequena esperança cresce no fundo do coração, ressuscitando o sorriso da minha alma. Volto a admirar as pequenas maravilhas do mundo: O sol, as nuvens, a lua, as estrelas... Penso que um dia tudo se encaixará, e então, serei capaz de aceitar e entender que tudo aquilo foi imprescindível para uma melhor evolução do meu ser, minha essência, que lá na frente se postergará a outros patamares.
Meu corpo está se desmaterializando, levado pelo vento forte que me obriga a fechar os olhos. Partícula por partícula. As primeiras gotas de chuva começam a tocar o chão e em segundos tudo se transforma num estrondoso borrão cinza petrificado e embaçado que é a cidade. As pessoas estão correndo de um lado para o outro. Ninguém se importa. Nada é mais importante que seus próprios paletós, sapatos e penteados impecáveis. Terrivelmente bom, se não fosse tanto egoísmo, fantasticamente ruim, se não fosse tanta maledicência. É assustador. Abri os braços, agora sorridente, e implorei: “Leve-me! Leve-me daqui!”. Senti a dor no flash de um raio atravessado. Uma nova vista. A ternura e o calor das mais belas lembranças transbordaram no meu coração. Agradeci a tudo e a todos, a cada simples nascer do Sol que me dediquei. Nada daquilo seria mais necessário. Nem dizer, sequer fazer. Aproveitei o último minuto. Deslumbrado, vi o fim. Vi a redução, o pó. Vi a vida. Eu vivi. Eu fui FELIZ.
Os raios de sol atravessaram-me como flechas aquecendo todo meu corpo. Purifiquei-me. Ressurgi. Acendi o que há muito havia se apagado.
NO TEU CORPO
No teu corpo
No teu corpo
meu corpo verbaliza...
Fluentemente
eloquentemente.
Alimentada
pelo toque sutil
dos dedos teus.
Me contorço
em desvelos
em múrmurios
canto em fagulhas de versos!
Não somos apenas amantes
Não somos apenas corpos
que se tocam e se blindam.
Somos poesia!
Cosmo e universo.!
Elisa Salles
METAMORFOSEAR
Mudo meu corpo, meu jeito.
Mudo tudo.
Transformar é o que me resta.
Sou escritor, sou poeta, nesta festa.
Por onde anda minha alma que,
de vez em quando, resolve se descolar do meu corpo?
Sai por aí sem agasalho nem destinatário.
Não percebes que levas junto
meus sonhos mais profundos?
Ah, danada!
Voltes logo a fazer parte de mim.
Se trouxeres novidades e presentes, aceito.
Afinal a vida sem ti fica sem graça e sem cor.
Mas reconheço que alma também merece descanso.
Tomar novos ares, conhecer lugares antes de mim.
E, para aqueles que ousam não acreditar em ti, boa sorte.
Minha alma algum dia voará pro universo. Meu corpo na terra ficará. E os meus sonhos e conhecimentos de mãos dadas irão comigo.
Você surgiu como um vício em minha vida...
Como não amar você...
Se meu corpo clama por você e minha alma grita por ti em loucos susurros de amor.
Nessa mágica e alucinante vontade de amar você..
Cuida de mim , do amor que tenho por ti .
Mesmo que eu beire a loucura, ainda que eu perca a razão.
Eu te amo !
Tu Que fazes do teu sorriso minha estrada...
Que faz do teu coração minha morada... que vive em minha mente ontem , hoje é eternamente .
A autoquíria
Sinto meu corpo na água.
Mas minha alma está elevada.
Na beira do rio deixei minhas vestes.
Onde beijei o reflexo da dor.
Mas a ilusão pegou-me, em meu andar.
Correr não pude, então em cada gota de água, meu corpo se afundava, porém, minha alma não.
Meu corpo oco ouvia o rio correr e deixava-me correr e afogar-me na parte mais densa do espírito.
No nome do amor, a dor gritava, mas tudo que minha alma dizia era o mais importante.
Afogar-me no infinito era tudo que restava.
