Metáforas em Poesias
SABER SER
Não costumo levar minha vida feito metáforas,
Sei que o mundo tem medo, sei que o mundo é cruel
Sei que conhecemos dores, sei de horrores que se repetem sem deixar saudades
Sei que vou machucar sem esperar e sem saber, sei também que só existe verdades
Mas saber, é preciso para a próxima viagem.
ADVERSIDADE
Foi-se-me
o tempo
adverso
em
que rimas
de ferro
e metáforas
de aço
eram
o invólucro
do meu
verso!
VARANDO A MADRUGADA
metem
medo
metas
metá[foras]
meta[morfoses]
minto
mentiras
menti [rosas]
met[amor]fose
melanialudwig
SEM RESPOSTA
Não me perguntem
Sobre alegorias...
Cores... festas...
Metáforas de luz!
Não me perguntem
Sobre exultações...
Risos... volúpias...
Frenéticas folias!...
Meu verso não responde,
Meu verso não o sabe.
A fome, a miséria e a violência
Prosperam, cada vez mais,
Desativando o cenário
De quaisquer euforias
Já marinhei
Já marinhei minha inocência, sonhos e metáforas.
Já marinhei amores, abandonos e desamores.Já marinhei escolhas, estudos e trabalho.Já marinhei ideologia, filosofia e religiões.
Já marinhei o meu destino de gado, escravo e de legado. Já marinhei indo e cá e vindo de lá, por muitos mares eu já marinhei. Já marinhei até as partidas dos vivos e as chegadas dos mortos. Já marinhei minha dor e a da dor meus sentimentos, marinhei.
Já marinhei a pedra que esculpe a água e as ondas que esculpem o mar. Já marinhei a saudade que nasce aqui e a que vem de lá. Já marinhei da terra meu mar. Já marinhei sem saber marinhar.
Hoje é o mar quem me navega. É ele quem me ensina a marinhar. E nessa prece, marinheiro na morte reza olhando o mar.
Deixa-me aqui. Nasci para ser assim: sozinho no mar que habita em mim. Pois quando não sou eu quem me navega, é Capitão Pedro. E neste marejo, o Caboclo Tupinambá, que na terra em uma aldeia, me trouxe o mar.
Suprimir as metáforas e metonímias, as analogias e as hipérboles, impor universalmente uma linguagem inteiramente exata, definida, 'científica', como chegaram a ambicionar os filósofos da escola analítica, seria sufocar a capacidade humana de investigar e conjeturar. Seria matar a própria inventividade científica sob a desculpa de dar à ciência plenos poderes sobre as modalidades 'pré-científicas' de conhecimento.
Mas, inversamente, encarcerar a mente humana numa trama indeslindável de figuras de linguagem rebeldes a toda análise, impor o jogo de impressões emotivas como substituto da discussão racional e fazer de simbolismos nebulosos a base de decisões práticas que afetarão milhões de pessoas é um crime ainda mais grave contra a inteligência humana; é escravizar toda uma sociedade — ou várias — à confusão interior de um grupo de psicopatas megalômanos.
Metáforas surgem na solidão...
lagrimas comprimem o coração,
muitos vezes sinto ouvir o sentimento,
mais que paira longo caminha dos sonhos,
pode ser teu olhar atravesse as janelas dos céus,
enquanto a tinta da arte seca... tudo se reduz...
subitamente se desdem num ar no apogeu...
Abstrato
Debulhando letras, salpicando metáforas
e metonimia, dá vida a sua viagem
e nas paisagens... algum sorriso culpado,
inocentemente parte do enredo.
Move-se com as notas e elas pairam no ar
encantam os ouvidos, transporta sonhos
perfume, doce lembrança, partitura nas batidas
do coração, Instintivo melodia desejos.
Displicente passeia pelas noites, pena vagueia
nos sonhos que dormem, ler Brida, interpretá-la?
...seriam os olhos teus? Seriam teus olhos?
Que amortecem os medos e os arrepios...
Brida di Beenergan
[A CIDADE COMO TEXTO]
Entre as diversas metáforas operacionais que favorecem a compreensão da cidade a partir de novos ângulos, uma imagem que permitiu uma renovação radical nos estudos dos fenômenos urbanos foi a da “cidade como texto”. Esta imagem ergue-se sobre a contribuição dos estudos semióticos para a compreensão do fenômeno urbano, sobretudo a partir do século XX. Segundo esta perspectiva, a cidade pode ser também encarada como um ‘texto’, e o seu leitor privilegiado seria o habitante (ou o visitante) que se desloca através da cidade - seja nas suas atividades cotidianas para o caso do habitante já estabelecido, seja nas atividades excepcionais, para o caso dos turistas e também do habitante que se desloca para um espaço que lhe é pouco habitual no interior de sua própria cidade. Em seu deslocamento, e em sua assimilação da paisagem urbana através de um olhar específico, este citadino estaria permanentemente sintonizado com um gesto de decifrar a cidade, como um leitor que decifra um texto ou uma escrita.
[trecho extraído de BARROS, José D'Assunção. Cidade e História. Petrópolis: Editora Vozes, 2007, p.40].
Sob a licença dos véus e das metáforas por ora
A lucidez rasga, sangra, quase, por vezes, mata.
No entanto, seja talvez, a escolha mais libertadora de uma vida.
Reveladora do bem, do mal, portanto, justa.
Permissiva ao alcance dos equívocos reincidentes e indolentes de nós, portanto, artesã de rumos e de condutas.
Transcende o pobre e o raso do ver, portanto esclarece e amplia.
Concilia um querer ir com um poder chegar, portanto, baliza os sonhos.
Seja qual for seu jeito, seja qual for seu tempo de chegar e se impor...
Estejas sempre alta e plácida em mim. Confunda se comigo até, minha tão cara e já visceral lucidez . Sigas fiel e cúmplice a desmistificar em mim as ilusões de querer, de ser, de ver e de sentir que a vida preemente e prudente não mais me autoriza ter. Só não extremize-se a ponto de tirar- me as crenças. Sem estas, sou retina perdida do olhar.
( Lu Menezes )
Metáforas.
Detalhes numa conversa que atravessa a madrugada.
Pelos portos do tempo o encanto amanhece.
Espenhos da esperança se entrelaçam.
Num fato meramente ilustrativa de palavras jogadas no espaço. Mais um post espaço livre para curtir.
Num mundo desconexo mais anexo anônimo. de lembranças ternuras.
Nudez calida nos lábios afogados.
Bem querer a ilusão são alucinações.
Para compartilhar depois.
E logo eu que sempre amei metáforas, vi todas elas fugirem ao pensar em como escrever sobre minha vontade infinita de beijar seu sorriso.
Não só pelo sorriso, mas por tudo que ele representa.
Não se admira um único bater de asas de um beija-flor, mas sim o seu voo inteiro.
E ali eu me vi, tentando segurar o seu voo inteiro com meus dedos finos e tentando fazer meus lábios encontrarem o que é tudo isso que revira meu peito, que faz meu furacão no estômago perder a direção e meus cabelos parecerem bagunçados demais.
Mas eu não sei explicar tudo que se amontoa em meu pensamento ao te ver, todos os textos que fazem minhas mãos tremerem e todas as palavras que se engasgam me fazendo não falar nada, como se todas as penas de um beija-flor invadissem meu nariz e fosse impossível respirar e não sentir o teu perfume.
E quando finalmente eu o vejo seguindo para outra flor ou para o jardim de onde veio, eu mesma me descubro beija-flor e me enxergo voando em direção ao seu sorriso-flor.
Num poema não está apenas
o desejo de escrever "metáforas bonitas"
Nele está registrado, de forma velada,
o que a alma grita.
Cika Parolin
COMO EXCITAR A ALMA?
É só ser brega e tirar a roupa da alma
Começar com metáforas e hipérboles clichês sobre a lua e o brilho dela que reflete no olhar.
Pra arrepiar o coração (o cangote também) é só falar do perfume que faz inveja a qualquer terra molhada depois da chuva ou a qualquer café que ferve às 7 da manhã de um domingo meio nublado.
Se tua alma se excitar com isso, então não importa se foram 1 minuto ou 1 hora, os versos valeram por 1 infinito de pensamentos que nenhum relógio pode contar
“O Destino Final”
Lealdade não existe nas minhas metáforas
Palavras bonitas que foram vistas apenas em anáforas
Tão distante de mim
E hoje o mundo encontra-se perto do fim
Tão macabro é o destino final
Nascer como anjo
E por fim morrer como animal
Sentimento Abismal
No coração de quem nunca foi natural
Túmulo com uma vida enterrada
A morte de carne e osso encarnada
Impossível reviver
Meus dias estão contados
O destino final
Onde tudo começou
Será diferente do lugar que você irá terminar
O universo é finito
Porque todo início tem o fim
Sendo assim consumida uma parte de mim
Últimopensador
"Aquela Porta"
O poeta é que sabe!
Ele é dono do que num poema cabe:
Belicosas metáforas ou não, ou então
Atalhos, fina ortografia ou alto calão!
O poeta é dono! O poeta é que sabe!
Enquanto um poeta tem de a sentir,
Um tolo tem de a perceber e explicar!
Poesia é como o rio, a chuva e o mar,
Há que molhar pés para depois sorrir!
Tanta tola criatura que uma razão dá
À poesia que lê, e diz que ela requer
Um preceito, que por vezes não há!
Enquanto versos o poeta compuser,
Ilustre e tola gente nunca entenderá
Que poesia, é o que o poeta quiser!
Metáforas.
Nobre Poetas
Nem tanto como citas sobre a metafórica ligação entre eu e as análises hematologicas.
Nem tanto como descrevem
Certo dia Atrevi invadir um hospital no momento dessa escrita.
E lá, vi corredores , salas e
Leitos das mais variadas espécies.
Mas uma dela me chamou a atenção.
A recepcionista estava deitada em uma das macas retirando seu sangue.
Quando ela me olhou passei mal.
Como não sou de levar desaforos para casa.
Cheguei a ela e perguntei;
Nobre moça dos olhos tão belos!
És uma perfumada rosa.
E eu com essa minha cara de pau.
Prossegui;
Olha mocinha da pele macia.
Estou traquejado aqui com esse rascunho,
Feito do coração e com os próprios punhos.
Ela parada estava e parada continuou a me ouvir.
Assistiu e ouviu tudo que falei e leu tudo que escrevi.
E agora estou aqui.
Jogado e sem inspiração.
O que eu tinha nas mangas para escrever.
Ela levou tudo.
Inclusive o meu coração.....
Autor : Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Metáforas e Rimas
Se eu te amar,
Vou me entregar de corpo e alma
Você me faz sonhar,
E aos poucos
Me faz perder a calma
Se eu me entregar,
Eu vou pedir,
Só mais um pouco
Desse teu corpo nu
Vou te dar um amor
Do tamanho do céu azul,
A gente vai andar,
Na areia do horizonte
Vamos se amar
No céu estrelado
Depois do universo,
Eu continuarei apaixonado
Entre metáforas e rimas,
De uma coisa terei certeza
Os teus olhos de luar
Realça a beleza
Do céu e do mar,
Amores reais
Meu coração deseja,
Jantar a luz de velas
E a paixão, de sobremesa!
Meu jazz
Pode-se chamar de jazz tudo o que não soa convencional.
Uma metáfora.
Uma ruptura com o fixo, o estável, o estático seria jazz.
Uma mudança de padrões estabelecidos.
O não-convencional é jazz.
Já o meu jazz não é como os outros, posto que, eu... com os outros não me pareço.
Cada um é cada um, um universo em si mesmo.
O mundo é de dois lados, bipolar, dicotômico.
Há os que dançam e os que pensam, e os que pensam também sabem dançar, pois pensam, logo dançam. Embora haja quem dance tanto que não pense. Há também quem tanto pense que se negue dançar. Ora, pois, é uma grande desfeita contra a vida não dançar. Sim, Nietzsche, tenho visto Deus dançar uma balada romântica e ensaiar os passos do frevo com grande entusiasmo. Enfim, há quem dance e pense. Eu porém, quando penso, costumo dançar.
Sou o que você poderia chamar de um cara de esquerda, como foram os gênios e os revolucionários em tempos e tempos. Você não deve ser muito diferente de mim se...
Meus acordes soam dissonantes. Minha voz destoa, mas não chego a ser desafinado. Sou assim um outside. Às vezes sôo atonal como jazz, aliás, quem poderá entender o jazz para então poder apreciar a bossa nova, bossa nossa, bossa minha, o meu jazz.
Comecei tocando na igreja, mas desde as primeiras noções, optei por uma linha musical nada ortodoxa. Minha música era maior que eu, embora não fossem, ainda, os meus motivos. Ora, o que e grande precisa de espaço. Assim é minha vida. Assim é minha música, o meu jazz.
MULHERES
A mulher é como
um anjo que nos
dá o prazer de amar.
A mulher é como
uma metafora.
A mulher é como
uma esfera de
brilhantes.
A mulher é como
uma esfera que
obtem o sinal
de brilhantismo
seus olhares.
A mulher é como
um esconderijo
de sentimentos.
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