Logo ali na Proxima Esquina
O universo não me gosta, me destrói
Saí com meu carro numa linda manhã de domingo
Alí, num caloroso sol eu fui atormentado
Parecia uma revolução, uma revolução dos bichos
Cães, veados, um URSO, tudo isso na via que eu vinha
Quando pensei ter desviado de tudo, me surpreendo mais uma vez
A 4° praga do Egito no meu parabrisa, era como um ataque feroz, golpes fugazes
No momento que paro meu veículo, tomo minha atenção para outra coisa;
Meu tanque estava vazio.
Dois corpos que carregam histórias, cicatrizes, vitórias. Dois sorrisos que não estão ali por acaso, mas porque já entenderam que a vida é feita de presença, de troca real, de construir junto, mesmo quando o mundo exige silêncio.
A luz que os envolve não é efeito: é o reflexo de quem se permite sentir, confiar e permanecer.
É sobre encontrar paz num olhar e força num toque.
É sobre estar onde faz sentido — com quem faz sentido.
Porque quando há conexão de verdade… o resto desaparece.
Ali não há templo — o Senhor é o santuário.
Não há sol nem lua — o Cordeiro é o luminário.
Na cidade que não se fecha de noite ou de dia,
só entra quem anda em verdade e alegria.
Rios de vida fluem do trono,
árvore da cura, folhas que curam o abandono.
Ali não há maldição nem escuridão —
há tronos, coroa e adoração.
tem dias que eu choro, tem dias que eu dou risada, mas o conforto está ali quando eu chegar em casa.
Num dia cinzento e frio eu comecei amar você porquê ali eu descobri o real sentido de ser aquecido pelos teus abraços com sabor de cobertor no meio da neve.
Lembro-me das vezes que fostes meu porto seguro, alguém que estava ali pra me ouvir mesmo sabendo que a decisão seria minha pra resolver tal situação. Você me ouvia de forma diferente, por isso está gravado em mim como uma tatuagem que não pode ser removida.
Nem sempre se trata de grandes gestos. Às vezes, basta estar ali — disponível, presente, com intenção. Quem serve em silêncio já entendeu o que é amar longe dos holofotes.
Uma poesia tardia: peRdA
A dor se aprofunda em nosso ser e confunde a nossa existência. Ela se alimenta de nossa perda inestimável e fere, sem cessar, a nossa alma. Não há palavra que traga consolo. Só te peço: deixe-me sofrer em paz.
Amanheceu, e mais uma vez o sono não veio. Fiquei ali, olhando para o teto, perdida nos meus próprios pensamentos, tentando entender o que está acontecendo. Mas não há resposta, não há nada... Apenas um vazio que se espalha dentro de mim. As lágrimas caem, mas nem elas parecem carregar sentimento. É estranho sentir tanto e, ao mesmo tempo, não sentir nada.
Não queira testar a fúria do calmo.
Existe um monstro preso ali.
O meu chacoalha bastante dentro de mim quando me testam.
Esse negócio de DÁ um tempo, ele pode-se traduzir da seguinte forma : "Vou ali comer ou DÁ para alguém. Se eu não gostar, eu volto para você." Então, fica esperando. Se voltar, é porque é melhor estar dando ou comendo ruim contigo do que pior sem você.
Ali na beira do mar
Vi o chão levantar pó,
Projeto ecoforró
Vai este mundo mudar,
Devemos continuar
Pegue papel e caneta,
Não precisa baioneta;
Basta ter humanidade
Para salvar de verdade,
A vida em nosso planeta.
O ANALFABETO POÉTICO
.
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Em meio à fauna amorfa dos que não sentem,
ali está ele – com seu ódio tão peculiar.
A Fome dos outros não o comove;
a Injustiça não lhe diz respeito...
A Guerra? Não lhe tira sono.
Mas a Poesia, isto sim...
Como o incomoda!
.
O Analfabeto Poético
diz que só quer viver a vida,
mas não percebe que a vida viva
depende crucialmente da poesia.
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Vaidoso, ele estufa o seu peito esnobe,
orgulhoso de sua pretensiosa racionalidade;
sem impedir que se inflame a barriga infame,
deixa à vista o seu vasto vazio de sentimentos.
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Lá vai ele, vestindo o rosto com seu riso bobo,
suspenso por um fio fino, e tão previsível.
Sempre pela mesma estrada!
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Zomba dos que sentem,
despreza os que fazem versos,
e nunca amou as mulheres
(no máximo,
intrometeu-se entre elas).
.
O Analfabeto Poético
admite a Política, mas não a Poética;
Não sabe que a verdadeira Política
nutre-se intimamente da Poesia.
.
Ele pretende mudar o mundo
com pequenas operações cirúrgicas,
a golpe das mais descuidadas marteladas,
ou com a triste frieza das canetas tecnocráticas;
mas não tem a sensibilidade poética para perceber
o que precisa ser mudado.
.
O Analfabeto Poético, bem armado e mal amado,
reconhece a Ciência, mas não a Poesia.
Não compreende que não há ciência
sem que esta tenha em si poesia.
(Em sua matemática rústica,
ele confunde ciência
com tecnologia).
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Sabe talvez ganhar dinheiro, o Analfabeto Poético.
E o reverte para ganhar ainda + mais dinheiro +.
O que tem tudo isso a ver com a Poesia?
Ele pergunta, sem desejar resposta...
.
Pede o prato mais caro, sem capacidade de saborear.
Compra um sistema de som de alta fidelidade
sem ter nenhum gosto para a Música.
.
Ouviu falar das mulheres belas
e por isso deseja comprá-las
para exibi-las a outros como ele.
Quando sucede aparentemente tê-las,
não consegue extrair delas um simples sorriso
realmente verdadeiro.
.
Ele não percebe que, para que a luz do sol adentre
a inexistente janela da sala de pregões da Bolsa de Valores,
é preciso ter capacidade poética para perceber a luz, para além da luz.
.
O Analfabeto Poético declara-se um homem prático...
Por sua vontade, seriam abolidos os livros
que não fossem tratados ou manuais.
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Por ele não haveria música,
não fluiria o pranto,
não transbordaria o riso...
que não fosse mero deboche.
.
Munido de algumas frases,
para dizer nas horas mais erradas,
lá se vai ele para a sua ruidosa festa.
Nela, o Analfabeto Poético dissolve-se
em meio a todas as banalidades.
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(1990. Dedicado à genial obra poética, dramatúrgica ensaística e política de Bertolt Brecht).
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[BARROS, José D'Assunção. Publicado na revista Cronos, vol22, nº1, 2021]
Sou o tipo de pessoa que sente e que cuida,
que se você adoecer, vou querer estar ali,
trazendo o conforto e o carinho que só a presença de alguém que verdadeiramente se importa pode dar.
Sou aquela que anseia por flores fora de datas marcadas,
por um "você é importante pra mim" ao acaso,
por um "como foi seu dia?" vindo de um interesse sincero.
Eu sou do tipo que faz planos, que acredita,
que quer fazer dar certo, mesmo com as marcas do cansaço,
com o peso de esperas e promessas ainda não cumpridas.
Mas, ainda assim, eu espero…
espero o grande amor, aquele como nos filmes,
onde adormecer ao seu lado se torna o refúgio perfeito,
onde, ao acordar, seus olhos me dizem "não vá,
eu te procurei tanto, e agora que te encontrei,
não posso te perder."
Um amor como o de uma bela e sua fera,
onde o olhar transforma, o toque cura,
e o amor, em sua essência mais pura,
é tudo o que precisamos para acreditar de novo,
mesmo quando tudo parece apenas sonho.
E talvez um dia, alguém veja a beleza
no jeito como eu me importo e cuide,
e sinta a mesma vontade de ficar,
de fazer o amor ser real, de verdade.
"Quando olhei para ela, percebi que não precisava dela para nada. Mas foi exatamente ali que entendi que a amava, porque embora eu não precisasse dela para nada, me vi desejando-a para tudo."
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