Lagoa
Flamingo esvoaçante
mergulhando na lagoa,
A ventania balançando
as árvores e os meus cabelos,
Embora existam alguns
contratempos ainda
creio que a vida é boa,
e você depois de tudo
conseguiu chegar
até aqui não foi à toa.
"Na lagoa tranquila o sapo pula,
Outono cai, as folhas se desprendem,
Em cada pétala de íris existe uma centelha divina,
As montanhas ecoam meu suspiro e o vento responde.
Sob o céu estrelado os versos fluem como rios,
Nas águas dos rios transcendo o eu,
Palavras escritas, pensamentos tecidos,
Na poesia breve encontro a essência da alma.
Nas palavras simples, aprofundo-me,
No toque suave da tinta encontro a liberdade,
Cada pincelada é uma meditação silenciosa ,
Caminho estreito, mente vasta.
Cavalgo pelas estradas do mundo procurando respostas,
Busca incessante do autoconhecimento,
A transcendência pessoal está na aceitação do efêmero,
Na busca do eterno, na poesia das páginas em branco."
Inocência
O menino atira pedras na lagoa
para fazer uma onda perfeita.
Mas não vê as ondas no cabelo
a menina ajeita...
Não podia se enganar, Dan não era aquela lagoa tranquila que estava à sua frente, e sim um mar revolto, pronto a passar por cima de quem quer que entrasse em seu caminho.
Quem nasceu pra sapo, jamais será príncipe. Não importa se é presidente de uma lagoa de pelegos ou candidato a larva de girino. No fim do dia sempre será somente um sapo.
Um poema
Os sapos numa libidinagem teimosa
Enchiam a lagoa de sussurros e gemidos
Não foi diferente quando ela me arrebatou
Chegando sem ser esperada
Desatinada se atirando e me consumindo
Jogando seu amor aos montes sobre mim
Ela que chegou assim tão afoita
Fez de mim seu servo e eu amei
Mas de repente acordo e sinto
O quarto com o cheiro dela
A cama ainda com a marca do seu corpo nu
E em cima do criado mudo do meu lado da cama
Um bilhete escrito num papel branco
Com o batom que me beijou ontem a noite
Dizendo: Adeus, não ti esqueças de mim.
E como é que eu poderia
Deixar repentinamente de amar você
Depois de todo o arrebatamento
Que intrusa você usou para me fazer ti amar?
Musica- Me errado, te acertado.
Me riacho,
quando me lagoa.
Me sol quando nuvem chove.
Me silêncio quando me barulham.
Me ensurdeço quando a alma grita.
Transpareço quando a tristeza vira lençol, mesa vazia.
Bate o cansaço com do olhar que corre.
Me calor quando viro flor,
me frio quando ninguém viu.
Me esquento quando te sorrio,
me esfrio quanto tu partiu.
Me só quando tu só ia,
me lá para tu voltar.
Me fico para ti morar.
Quando a chuva cai
Me riacho, me lagoa.
Me sol, nuvem, ainda chove.
Me silêncio, mudo, quando me barulham.
Me ensurdeço o grito, quando a alma grita.
Transpareço triste, me enxugo e cubro lençol, mesa vazia.
Me calor quando viro flor,
me frio quando ninguém viu.
Me esquento quando te sorrio,
me esfrio quanto tu partiu.
Me só quando tu só ia,
me lá para tu voltar.
Me fico para ti morar.
POEMA DO MAR
Ela não era um rio que percorria.
Muito menos uma lagoa misteriosa.
Ela é um oceano, cheio de coisas novas.
Ela abriga sentimentos
E até mesmo confusão
Embora calma e paciente
Ela não dá moleza não.
As vezes calmaria
Outras vezes tempestades
Muitas vezes misteriosa
Outras vezes só paisagem
Ela agita qualquer um
Traz a paz até agonia
Faz do tempo precioso
Uma extrema euforia
Pode ser silenciosa
Muitas vezes barulhenta
Vez ou outra relaxante
Capaz de dar piruetas
Ela é o infinito
Com um começo e sem fim
É a imensidão
Que cobre todo o meu jardim.
É a vista mais linda
O refrescar fulminante
A calmaria turbulenta
A entrega penetrante.
Para uma eterna imensidão
Só mesmo um nome peculiar.
Vou direto ao apelido
Pra seu nome preservar
Seu nome vem das estrelas
Que todos sabem pronunciar
Muitas vezes é intenso
Se tornando lar
E sem muitas delongas
Seu nome é silencioso
Muitas vezes vira poesia
Outras vezes, parque dos amorosos
Escrevê-lo a mão
Vira até uma canção
Em cada linha
Seu nome vira emoção
E para terminar o mistério
Não há muito o que dizer
Mesmo sem perceber
Fiz um POEMA DO MAR .....
Dois cisnes
Dois cisnes na lagoa,
a aproximação cheia de encantamentos,
na dança a beleza e a suavidade dos movimentos é exposta,
atraídos pelo clima de amor eles dançam até o cair da noite,
nos olhares sem a soberba, as asas são abertas e em círculos é apresentado o ultimo movimento antes da partida dos indomáveis corações apaixonados.
NATAL DOS SAPINHOS.
O sapo Sapolino
Anunciou no jornal
Uma festa na lagoa
Seria muito especial
Todos animados
Para a noite de Natal.
Vieram todos os sapos
Só não convidou o jacaré
Andava meio enfesado
Com seu jeito de mané
Irritando o Sapolino
Por ter cheiro de chulé.
De longe Ficou olhando
Com vontade de chegar
Resolveu dormir cedo
Melhor não perturbar
O sapo se chateou
Não querendo conversar.
A festa foi animada
Da Lua receberam a luz
A ceia foi de fartura
Uma salada de mastruz
Uns belos mosquitinhos
Com farofa de cuscuz.
Irá Rodrigues.
Lagoa da Pampulha
Na aurora veste-se em ouro,
Reflete o brilho do dia,
No espelho azul do tesouro
Derrama a sua magia.
O vento sopra e murmura
Canções da velha memória,
Traz no frescor da ternura
Os ecos vivos da história.
Menestrel do Mucuri,
Tece em versos sua fala,
Canta à lua que sorri
E à luz que o céu embala.
Cada escultura um segredo,
Símbolos da eternidade,
Na dança leve do enredo
Que inspira a humanidade.
Pétalas tocam o vento,
Florescem sonhos no cais,
Néctar sutil, sentimento,
Policromias e paz.
E assim repousa a lagoa,
Tesouro que se eterniza,
Na arte pura e tão boa
Que em nossas almas deslizam.
Não adianta discutir sobre o panorama do mar para quem nunca saiu da sua “confortável” lagoa.
Paulo Silveira - Conferencista e escritor
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp