Infelicidade
- O corpo
Por olhos vês o triste fim,
Assim como também lágrimas da infelicidade...
Pela boca saem soluços,
Assim como também vozes em blasfemas...
Por ouvidos escutam o não,
Assim como também as mentiras que queres acreditar...
Pelo coração já sentes a tragédia,
Assim como também o ódio florescer...
Por pensamentos vives o que já não há,
Assim como também o desejo de desejar...
Pelas mãos seguras o grande querer,
Assim como também ter o próprio sangue a depurar...
Pela alma pressentes a escuridão,
Assim como também o não amanhecer...
Por tudo isso passa sem ao menos fazer perceber...
Sem ao menos pedir socorro...
...pedir perdão...
Com tantas formas, nem ao menos tentar de novo...
08/08/2005
“A Infelicidade só vem quando nos a deixamos entrar. (Pratique o Desapego só ele te deixa mais maduro para o mundo)”
Eu acho que eu não preciso ter o que o mundo me oferece, nem tão pouco ser feliz, minha infelicidade é o que me torna real, e diferente de qualquer outro ser.
Ele era um desconhecido, mas não para os que lhe cercavam, e sim para si mesmo. Uma infelicidade tremenda, não conhecer o ser que habita em si. E por mais que perambulasse pelas ruas desertas procurando a resposta, jamais a encontraria. Poucos viviam com essa tristeza. Por ora, ele não era sortudo. E quando perguntou a si mesmo; quem eu sou? Percebeu o quão sem sentido era, e perdeu-se em seus pensamentos confusos. Percebera também que era meio infeliz. Sei que você, caro leitor – pelo menos, os que sabem interpretar – sabem que não existe meio amado, ou meio traído. Na verdade, não existe. Ou é, ou não é. Um tolo ingênuo sem o conhecimento de si, digno de pena.