Hoje me Vi Sozinho
Berlim/DDR 11 setembro 1974
11 de setembro
Eu vi,
Vi rio convertidos em mortos,
Aço debilitado de dor,
Vi a solidão no olhar distante
Corpos rasgados – qual papel solto no terror da noite –
Vi o sol se ocultar de todos, temendo a tudo,
Vida de pedras chorar espinhos,
Corações partidos em linha de metrô.
Esperanças mortas no da lúgubre perfídia,
A paz, justiça fugindo de tudo e todos
Consciência pressionadas
Chispar das chamas de letras indeléveis
Um asqueroso rugido da besta enraivecida
Que dos lábios descarnados víboras escorriam
Vi,
A história trinta anos retroceder
Mi com ânsia devorados.
Eu vi o milhões de sonhos com ânsia devorados.
Eu vi o ódio na sanha violenta
A impotência diante dos fuzis.
Vi a razão sentida e humilhada,
Arfar do vento trio atordoado.
Vi o presente se tornar passado
Vi o futuro já não poder chegar.
Quão triste era.
O vinho azedo com sangue derramado
Mulheres em gritos:
- Seria parto ou decepção?
Fardas outrora cantadas e aplaudidas
Saqueiam o povo, aterrorizam os e matam.
As avenidas entes engalanadas
Abrem-se em chagas
Corpos deformados, sem nãos sem pés
Brotam qual água de sangue das feridas
Evaporaram-se os vivas, cantos e olés que enchiam os estádios
As arquibancadas cedem lugar para fila de torturas.
A morte viva quer se impor a vida viva,
O tétrico e pútrido, ao festivo e são.
Ar irrespirável de múmias putrefatas
Impor-se ao aroma da flor da esperança.
Vi,
O vermelho tingir até aos altos a cordilheira
A valentia de um povo consciente
Não se curvar diante a prepotência.
Eu vi,
A dor correr.... Correr...
Com seus cabelos soltos e vestes desgastadas
Bradar ao mundo:
“Agora vedes aonde chegam os lacaios,
Pregoeiros da fé, justiça e paz?
Que fazei vós
O mundo experiência
De muitas guerras, injustiça e opressão?
Que fazei vos
Donos da riqueza
Poder humano e fonte de poder?
O cobre derretido as entranhas de um povo queima
E o ouro alheio sarcástico dobra-se em gargalhadas
Watergates, Dawsons e Vietnames,
Ilha das Fores, Auschwitz ao mundo oferecem.
Que fazei vós?
Mas...
As sempre mãos amigas erguem-se em vozes.
Os mortos de quarenta, das tumbas levantam-se e coros
O coração do mundo arde, surgem gritos de oposição
Fotos da besta de óculos e lábios contraídos
E a cruz maldita, para os lados contorcida
Uma vez mais mutila e doce
América Latina.
Eu vi Deus me tirando de buracos profundos
Vi Ele me guiando em meio ao caos
Eu vi Deus insistindo quando eu já tinha desistido
Eu vi Ele me pedindo para sorrir Qusndo Eu só sabia chorar
Eu vi Deus estendendo a mão no dia da minha maior queda
Eu vi Ele oferecendo perdão quando eu merecia condenação
Eu vi Deus concertando o que eu estraguei
Eu vi Ele me dando uma nova chave
De novo
De novo
E outra vez
E quando eu pensei Que suas misericórdias haviam se esgotado
Ele veio E me pôs novamente ao seu lado.
...
E eu vivi tudo isso
Só para te dizer
Independente do que aconteceu
Deus ainda ama você
Não é o fim
É apenas a chance
De recomeçar
Procrastinação de mim
Eu me adiei
Protelei meus sonhos
Deixei para depois meus planos
Uma vida de epitáfio
Onde o deve vira devia
Deixando a vida passar por mim dia-a-dia
Não queria morrer de passado
Não queria morrer de futuro
Quero e vivo intensamente o presente
Eu. “ caçadora de mim .
"Sem palavras"
Fui ao mercado comprar palavras, vi umas bem baratinhas, promoção leva três paga duas. Encontrei algumas bem sofisticadas, em estado de dicionário, entre as latas de adjetivos, comprei só duas, estavam caras. Pedi ao moço que me cortasse uma frase ao meio, antes da conjunção adversativa, não estou para conflitos. Enquanto a menina embalava uns paradigmas frescos, que tinham acabado de chegar, encetei diálogos lacônicos com o seguinte da fila. Ele também sem palavras, afinal ainda não tínhamos passado pelo caixa, concordou com umas poucas interjeições que lhe restavam. No caminho, entre as gôndolas, vi umas umas palavrinhas espremidas entre verbos no imperativo, não resisti, comprei-as também e sem saber quando e se poderia ainda utilizá-las. Já perto do caixa lembrei-me que precisava muito de uns clichês, mas a prateleira estava vazia. Peguei umas catacreses meio murchas e vim embora.
"Não conheço o autor, foi postado nas redes por João Bosco dos Santos e
Ado Galvão)
DESVENDAR
Andei de olhos abertos por vales vazios
Neles vi o que não devia
E quando os olhos fechei
Divisei os traumas de meu caminho
A cada passo é um novo motivo para desistir
Continuei sem o direito de ir
A um metro de retroceder ao avanço
Recorri ao último falhanço
A causa do meu cair
Antes que me levantasse, olhei tudo ao meu redor
E quando me levantei, o caminho já estava cheio
Repleto de motivos para prosseguir
E eu não o segui
Troquei de estrada
Mudei a velocidade
Vaguei pelo nada
Guardei por medo minha mentalidade
Revendo velhas dores, me senti hodierno
Fiz das lágrimas adubo para o terreno
E de tanto pensar, cai novamente
Vi o sentimento latente
Que de tanto lembrar, esqueço
Nessa viagem, não me falta receios
Falta coragem
E nessa passagem
Termino sem início e fim
Apenas com meios
RE/SINTO
Quando vi que mundo estava perdido
Encontrei em meus malogros um motivo
Para continuar desistindo de mim
E outro para avançar ao desespero
Se não fosse a minha loucura eu já teria enlouquecido
Depois que escrevi um brado de socorro a Deus
Tornei-me responsável pela sua depressão
Quanto mais grito, percebo o silêncio que faço em meus versos
Em comunhão com a solidão, vejo que meu tormento é polivalente
Penumbre são minhas decisões
Que me acedem e apagam o desejo da morte
Desperto e adormeço no mesmo pesadelo
O sonho se tornou meu inimigo
Não existe tristeza mais triste do que eu
Preencho-me com vazios e doses de veneno
Que bebo enquanto beijo meus pecados
Embriago minha mente com as mentiras que não acredito
Nada sai como planejo, pois desisto antes mesmo de pensar
Meu único erro é ser eu
Fracasso diariamente tentando me enganar
Não sei nem o que escrevo, não sei quem sou
Mas tenho certeza que morto estou
Parecia abismo,queda livre de um penhasco,abri os olhos e vi que a vida estava me ensinando a voar.
Cravei nas paredes da caverna tudo que vi lá fora, aqueles que seguem a sombra podem acabar comigo, mas não podem acabar com a ideia de libertação do corpo e alma.
Eu vi minha Avó -
Eu vi minha avó chorando
aos pés da virgem Santa
e vi a santa deixando
nos seus olhos nova esperança.
Eu vi minha avó secando
suas lágrimas de dor
nas estrelas fixas do manto
da virgem cheia de amor.
Eu vi minha avó pedindo
mirando o rosto de Maria
e a virgem Santa, ouvindo
as rezas que ela tecia.
Eu vi minha avó partindo,
serena, pela estrada,
ia ao encontro, sorrindo,
da Senhora da Orada.
Com o passar dos anos, as lágrimas vão ficando salgadas, como se carregassem em si, o sal de uma vida toda.
Na ausência de suas mãos em meu corpo me perdi em desgosto, sem ter braço colado vi meu peito descalço. Pra mim coração tem sapato único, de número inigualável. No codinome que tu tinha, mongolona tu me tinhas, me tens e me terás.
Demissão -
Ao passar vi o destino
ao longe num soluço
parado no caminho
com trajes cor de luto.
Suas mãos sobre o corpo
cheias de noite e solidão
como o destino de um morto
que se lhe gela o coração.
Olhos tristes e velados
num horizonte sem razão
dois cálices cansados
suspensos numa mão.
Então o mundo também parou
o destino estava zangado
por alguém que não chegou
e o deixou amargurado.
Aproximei-me lentamente
olhei adentro ao seu olhar
e perguntei-lhe francamente:
-Por quem é o teu penar?!
" - Cada um tem um caminho
de alegria, pranto e dor ...
Já não quero ser destino
porque perdi o meu amor!"
Que amargura nesse rosto
suspiros longos pelo ar
tal qual o meu desgosto
quando partes sem voltar!
Ao destino que julgava ser destino sem destino ....
Mas a real é que quando o vi pela primeira vez, nunca mais consegui esquecer. Eu me senti tão feliz, tão diferente, tão deslumbrada, inspirada. Eu nunca o havia visto na vida, no entanto era como se já o tivesse visto, só não lembro quando.
Poema “Dois pontos distante”
Entre linhas escritas eu vi...
Doces palavras de amor.
Cujas palavras escritas...
Deixaram marcas profundas e dor...
Entre linhas escritas eu vi, o nascer de um grande amor.
Recitando verso suave como o cantar do Beija-flor...
Pousado na copa frondosa...
Sentido o perfume das rosas.
Entre as escritas eu o vi...
Como um raio de luz...
Entrando em minha janela.
Era a escrita mais bela...
Dizia frases singelas que toda mulher espera...
Ouvir de um grande amor.
Suas palavras escritas...
É infinita...
Luz iluminadora...
Irradiando todo meu ser...
Transmitindo a essência do seu amor.
Procura-se um amigo entre as linhas escritas...
Cuja voz é suave como a voz de anjo, através de meu sonho...
É como a voz dos anjos em uma só sinfonia...
Como um raio de sol dourado ao raiar de um novo dia.
Imagino seus olhar...
Vejo o como às estrelas mais brilhantes...
São dois pontos distantes.
Suspirando todo instante...
Desejam sempre...
“SE AMAR”
"Eu sonhei sozinha?!
Acordei e vi que era apenas um sonho meu.
Desesperada perguntei: onde está? onde está?
E tentei dormir e continuar e o mesmo sonho sonhar,
mas foi impossível, pois o amor não estava mais lá.
E eu? Eu continuo a te amar"
Bombas químicas e poemas...
O caos se traduz em versos
A batalha da humanidade
Extraterrestres vindo de outros mundos
Um ideal,
morrer pela liberdade
Mas estamos sozinhos?
Pequena mentira
Infinita verdade
Ainda existe uma saída?
Então me diz o sentido da vida
É que me apaixonei, e vi que não há nada melhor. Sabe aquele chamado amor por si mesmo? Então, me adaptei nele, e vi o quanto é divino, e me faz bem, tão bem.
Nunca me senti menos homem quando os meus olhos se viram na situação de chorarem, mas já vi muitos homens que se fizeram menos homem ao se depararem com o choro de um inocente;
Para Que Todo Mundo Fique Sabendo
Desde que o primeiro momento que eu te vi eu não quis estar com mais ninguém. Pronto, era isso que eu tava tentando te dizer, talvez seja tarde demais, mas agora você está sabendo. Sei que você está sabendo que eu te esqueci, é tudo mentira, a cada dia que passa me sinto mais ligado a você, mesmo sem a gente ter quase nenhuma ligação.
Eu gostaria de pensar em algo diferente de você, mas não consigo. Meu mundo não tem nenhuma razão, sei que isso é uma frase dramática e clichê, mas não consigo mais viver sem você. Sei que é muito difícil existir um "felizes para sempre" na nossa história, mas é só esquecermos a parte do "pra sempre" e focarmos no "felizes".
Eu não tenho o que lhe oferecer, exceto todo meu amor. Então, se tiver um espacinho no seu coração pra você gostar de mim de novo, fique sabendo que eu seria o cara mais feliz do mundo se isso acontecesse.
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