Matheus kaue

⁠A meses estavamos a 3. Eu, ela e a tristeza. Era um caso antigo, as vezes saíamos apenas por uma noite, outras fazia morada. Ela atrapalhava viver, dominava a alma, ela não calava. Era amante constante, quando está não fica distante.
No fim acabei por ser só dela.

⁠Eu tentei apagar tudo que tornava ela única, tentei acabar com aquilo que fazia eu ama-la. Tive medo dos outros perceberem sua beleza.

⁠A gente nem teve a última conversa, foi o simples ir. Tem tanta palavra desamparar de fala que eu escreveria um livro, mas tudo bem eu não conseguiria dizer nada.

⁠Sou tão lotado de pecados que desnudo qualquer sapato. Não caíbo em corpo vazio ou mente ferida, mas destruo até costura fina.

⁠Era 1hora no sofá da sala e nossa cama esperava para ser deitada, não apenas ocupada.
Te esperei pela eternidade, se passaram alguns minutos de de saudade da vida que planejei por vaidade.

⁠Ontem conversei com os lençóis, me falavam da cama. Nela outro haveria de tê-la amado. Regaram teu girassol, disse o lençol! Me pus a chorar, pois a culpa era minha e não dá linda florzinha.

⁠A cama me sussurrava, ela fostes Amanda, ou melhor, amada, mas nessa noite você não estava.

⁠Com ela eu queria estar, mas ela estava com outro, em pleno amor envolto e eu só fico a dissertar, imaginar e dirigir essa cena. Que problema!

⁠Na ausência de suas mãos em meu corpo me perdi em desgosto, sem ter braço colado vi meu peito descalço. Pra mim coração tem sapato único, de número inigualável. No codinome que tu tinha, mongolona tu me tinhas, me tens e me terás.

⁠Eu estava sadio, ela cuidou de mim.
Eu estava preparado, ela cuidou de mim.
Eu fiz planos, ela cuidou de mim.
Eu subi alto, ela cuidou de mim.
Eu caí, ela cuidou de mim.
Ela simplesmente cuidava de mim, mas eu cuidava dela?

⁠A beleza da poesia é que depois de escrita ela não pertence mais a quem a escreveu, mas sim a quem a encarna, pois de muita experiência se faz poesia e de muita poesia se faz experiência.

⁠Em um bar a diabetes e a depressão se perguntaram, quem causara mais cegueira? Fiquei na dúvida, mas aliviado, pois na troca de socos uma delas me deixou um aprendizado.

⁠Me desculpe senhor, mas sou lunático. Não só por experiência, mas também por opção.

⁠Dos gritos ausentei força, nas brigas palavras mais soltas, pois vale a pena perde-la atoa?

⁠Já nem me assusto com a tristeza, trato ela quase como um lar. Já faz tempo que moramos no mesmo lugar.

⁠Hoje vesti outro corpo pela primeira vez. Foi instigante, excitante até mesmo otimista, porém, no fim, foi totalmente sem sentido.

⁠Não posso te culpar por ter me deixado, sou bem pesado. Carrego problemas que apagam o brilho de qualquer estrela.

⁠Oi, eu disse a um velho amigo no reflexo do espelho.

⁠Fiquei fascinado pelas coisas da natureza. Fascinado com um tom de inveja, pois mesmo quando destruída se reconstrói com força vibrante, estonteante.
Espero um dia me reconstruir assim.

⁠A cama era pequena, mas o amor era imenso. Ali dois corpos se amaram e geraram um terceiro.

⁠Já me blindei de decepção, virou companhia da alma, já entro vestindo como farda.

⁠No meu ano mais escuro encontrei um girassol amarelo, cultivei como certo. Ela era solta, mas era presa, era Feliz, mas amargurada. Já fostes por muita seca judiada. Te cultivei como um belo sonho, embora teu destino já estava disposto.

⁠Primeiro de tudo gostei da tua incerteza, isso é clareza de alma, humildade de localidade de carácter. Depois gostei da visão de mundo, desleixada e descontraída, brincava mesmo perdida. Por último e não menos importante a beleza estonteante, desde o topete do "Ice Ventura" até as belas curvas.

⁠Minha mente não registra o não. Toda vez que te nego por fim te venero.

⁠Tu me queimasse feito livro velho em noite de inverno, fiquei sem saber se pelo menos fiz lenha para teu novo amor.