Fuma
Alguns por aí me dizem "não beba, não fuma". Agradeço a preocupação, mas acho qe com uns 4 centímetros de fígado e meio pulmão, ainda dá tempo de zuar um pouco.
O melhor vício é a música, porque você à escuta e não fuma, você viaja para outra dimensão e volta vivo e não morto, você não vive à favor dela, é ela que vive à seu favor.
Em que mundo vivemos? Um mundo em que quem bebe, fuma, e tem um carro bonito, são os mais legais e mais interessantes, onde na verdade, o que há de mais interessante em uma pessoa está por dentro…?!!
Em que mundo vivemos? Um mundo em que homens inteligentes criam bombas…??!! Em que mundo vivemos??
Um mundo que em guerras são os inocentes é quem morrem, e não aqueles que provocaram a guerra e que tem interesses sobre ela…??!!
Que mundo é esse que quem criam as “leis” e aplicam as punições, na verdade são os maiores bandidos…??!!
Que mundo é esse em que namorados são escolhidos pelo seu status, e não pela sua intenção de amar..??!!
Em que mundo vivemos?? Em que o importante é o tamanho, o valor do presente, onde na verdade, os melhores presentes são aqueles bem pequenos, dado do fundo do coração…??!!
Que mundo é esse em que as competições dos jovens são aquelas de quem bebe mais? E depois acham muito “bonito” vomitar tudo depois…??!!
Que mundo é esse que para demonstrar amor são necessárias grandes declarações, onde na verdade as maiores declarações de amor são aquelas pequenas frases ditas no canto do ouvido…??!!
EM QUE MUNDO ESTAMOS??
O mundo tenta te afundar
O mundo fuma
O mundo bebe
O mundo usa drogas
Não ligue para o mundo, importe-se com você !
“O nascer de um filho”
"Fostes anunciado sob brava intempérie
Onde o sol refugiava-se em fumaça de cortina
E o outono se esvaia completando tua sina.
À eternidade, o tempo não concede
Bem me lembro como tudo era avesso.
Em simbiose, tua vida à minha fixou.
Por um instante saiu de mim quem eu sou
Estava em pleno abandono, eu confesso.
A tua áurea aqueceu a noite gélida
E na retina o mais sublime ser já avistado
Um nobre sentimento invadiu o meu estado
Feito fenômeno natural, transformaste minha lida.
Aos dias, às noites, consolidava tua vinda
Sendo da tela da pintura realista, a tinta!
O menino cresce à velocidade luminosa
Evolui como homem cavernoso
És aprendiz, travesso, talentoso
Tua infância é repleta de fábula e moldada de prosa
Não seria homem feito sem você
És Guilherme, e o teu cume é colossal
Eis de ser forte, sábio, honroso, leal
Tu serás sempre mais terno, do que possa aparecer..."
Acendo um cigarro, não sinto vontade de colocá-lo na minha boca, sinto curiosidade. Se quisesse fumar utilizaria outros nomes... Outros modos de falar de vontades repentinas, ou não.
Uns fuma por curiosidade, outros fumam por que gosta, eu não sei por que eu fumo, só não parei ainda por que não achei a resposta .
Juro pra você que eu não me importo se você fuma, mesmo odiando cigarro. Se você é desorganizado, mesmo amando organização, ou se você dramático. Eu gosto do que você guarda aí dentro, e nada nem ninguém pode roubar. Seus defeitos podem ser concertados, mas seu caráter tem que ser puro e por favor, conservado. Eu queria poder te dizer tanta coisa, e em tão pouco tempo. Mas não vai dar, eu sei como é a vida, e como são as pessoas.
CER TE ZA (crônica)
Tem anfetamina nos armários. Há pó branco na geladeira. No canto. Há. Há fumaças entrando pela janela da sala. Pela janela da sala. Há fumaças. Não consigo identificar. Não há o que identificar. Há pó branco. Nos armários. Está tudo misturado neste pequeno apartamento. Só o apartamento que é pequeno. Não me pergunte o motivo. Por ventura, os motivos não são obrigados a ser contados. Está tudo misturado. Pó branco. Anfetamina. Fumaças. Meu cigarro está aceso. Fumaças do cigarro. Talvez? Talvez. Trago cinco fumaças. Uma, duas, três, quatro, cinco. Poderia ser seis. A metade do tabaco coube seis fumaças. Minhas pernas começam a tremer. Ansiedade. Talvez? Talvez. As fumaças estão entrando pela janela da sala. O apartamento é pequeno. Grande são os pensamentos que me invadem, enquanto o ponteiro do relógio registra duas da madrugada. Duas. Da Madrugada. Os carros não estão na avenida. Nem as pessoas. Há pessoas nas ruas. Há carros nas casas. E o ponteiro está no número dois. O céu estrelado. Trago mais uma fumaça. A sétima. Contei. O conhaque está no balcão, a preguiça, debaixo do meu sofá e eu, no sofá. Não lembro quando chamei a solidão para dançar, mas todas as noites ela tira os sapatos e fica bailando no carpete da minha sala. Baila com passos descompassos. Não precisa saber dançar para se ser só. Ser só é uma arte. Já é uma arte. A oitava fumaça do cigarro se mistura com as fumaças da janela. As fumaças da janela são misturas dos cigarros de alguns adolescentes na rua. Eles também tragam fumaças. Não contam. Tragam. Eles riem. Mas eles riem. Eu não. Apenas fito paredes assentado no sofá sobre a preguiça ciente de que há anfetamina nos armários. Quadros estão nas paredes. Manet, réplica. Van Gogh, réplica. Vinci, réplica. Britto, original. O último está guardado. Minhas paredes pedem arte. As paredes pedem tudo. Toda vez que a solidão baila no carpete, as paredes pedem meu olhar. Talvez porque não enxergo a dança. Em um dos quadros está a sua fisionomia. Fisionomia. Rosto. Face. Cara. Teus cabelos enrolados. Encaracolados. Ondulados. Modelados. O sorriso rasgando a fisionomia. Rosto. Face. Os olhos decorando o rímel. O castanho decorando o glóbulo ocular. Infiltra-me. Decora e infiltra-me. As paredes pedem meus pensamentos, também. Agora eles estão te focando. Te focam. Devoram. E rasgam. Rasgam como o sorriso. O teu sorriso. Causam um estrago mordaz. Voraz. Alcatraz. A solidão saiu do carpete e tu entrou. Coreografia seguinte. Tuas pernas vão bailar no carpete. Teus dentes ranger felicidades. Ranger. Morder. Ranger. Meu olhar irá te encontrar. E não te largar. Ele nunca larga. Ele não quer largar. Ele não irá largar. Ele não pode largar. Teus pés pisam o chão. O chão. Imaginação. O chão da minha imaginação. Inquietação. Sob o meu corpo há uma inquietação. Agora. Sem demora. Mais uma fumaça do meu cigarro entra no ambiente. Ambienta o clima belo. A solidão volta a dançar. Tu foras embora. Voltou para o quadro. Ao lado de Manet. Pela manhã, o padre falou que as pessoas morrem. Que todos morrem. Que a morte é a única certeza da vida. Que a vida há uma certeza. Uma certeza. A morte. Morte. Mas ele mentiu. O padre mentiu. Men-tiu. A única certeza da vida não é a morte. Ontem eu te matei e hoje tu me devoras com o olhar. Não é certeza. Alguém deve estar certo, mas eu te matei. Ma-tei.
A única certeza é que há anfetamina nos armários, pó branco na geladeira e cigarros no meu bolso. O resto é balela. O ponteiro marca duas e cinco da madrugada, outra certeza. Talvez? Talvez.
- João Guilherme Novaes
“O homem que joga e fuma, no vício da embriaguez, cachorro que pega bode e mulher que dá uma vez, não há remédio no mundo que cura nenhum dos três”.
Nessa nova geração se você não bebe, fuma, usa drogas e desrespeita os pais você, automaticamente se torna uma pessoa chata.
Enquanto trago o cigarro, o cigarro me fuma.
Enquanto fumo o cigarro, o cigarro me traga.
Quando morrer quero minhas cinzas depositadas em um cinzeiro.
Quem faz uso de substância toxica, fuma, precisa saber quem esta sendo consumido ou seja, se a droga ou o drogado. Já quem utiliza fica como zumbi, pele e osso.
O automóvel solta a fuma que iremos respirar, de tudo que faz falta na vida, que só não me falte o ar do amar.
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