Filha mais Velha
COISAS DA VIDA
Uma velha escada de ferro.
Prédios caindo aos pedaços, abrigam pessoas abandonadas ao próprio destino.
Em meio a este caos urbano,
com seu azul imponente, o mar, ao longe, testemunha a desordem e as contradições daquele lugar.
O ar fresco e agradável de uma tarde no fim do outono,
a paz e a discrição tão cúmplice de quem busca a solidão,
torna o ambiente propício para momentos de confissões sofridas, entregas inesperadas e lágrimas que aliviam a alma.
Duas pessoas praticamente desconhecidas, compartilham uma cumplicidade, vinda não se sabe de onde.
Há um entendimento entre as retinas que dispensa explicações.
Os olhos buscam-se a todo instante, ao mesmo tempo que repelem-se, tentando não sucumbir ao desejo de um contato físico acolhedor.
A relação entre eles, é de quem busca um refúgio emocional, um lugar para se esconder da rotina diária que consome tempo e saúde.
Buscam entre sí um pouso, querem descansar a cabeça da ciranda da vida, que por vezes tira todas coisas do eixo, com o único objetivo de colocar tudo no seu devido lugar.
Ano novo! Vida velha.
Todos os anos gosto de promover uma limpeza mental onde proponho o seguinte:
Renovar nossas praticas diárias com mudanças de atitude. Onde o principio de toda a mudança é adotar novo comportamento que julgo primordial numa evolução: Decidir a partir do agora não julgar nada no dia-a-dia. Livrar-se das velhas atitudes, Ao deitar-se ter como oração a limpeza da mente afirmando que oque foi feito de errado a partir daquele momento serão todas perdoadas. Ter a certeza de que somos esperiênciadores de tudo que há na vida e que somos eternos aprendizes.
Rasgar ainda que em pensamento, ou queimar tudo que está em excesso e ter o propósito de não acumular nada, nem sentimentos principalmente os medíocres.
Carregar como metas mentais só o Amor e a paz, deixando de lado a não aceitação de adjetivos preconceituosos ou depressivos. Nunca permitir que o outro seja nem coadjuvante nem mentor de qualquer coisa que possa perturbar nossa Paz.
Afirmarmos ainda, que somos o porteiro de nossas vidas e ter consciência de que só entra em minha vida alguém ou algo que EU decidir.
E o principal, manter como primeira atitude a dignidade, o Amor e a Paz. Onde nada será maior que tais propósitos.
A principal das principais é a doação. É o dando que se recebe, e amando o próximo igualmente a nós que seremos felizes, e não há no Universo lei de felicidade igual ou maior que esta.
Se bater saudades, me procure no velho banco da praça, ou até mesmo atrás da velha estação, se eu não estiver me procure naquele lugar que costumávamos sentar para pensar na vida. Mas se a tua saudade for maior, bata na minha porta sem hora ou qualquer desculpa planejada, apenas bata. Que por ti eu sempre estarei a espera.
Casinha velha
abandonada
na beira da estrada...
quantas histórias
tristes e alegres
ali foram vividas
talvez deixadas
até levadas
seguindo a vida...
mel - ((*_*))
Se não somos capazes de nos libertar de uma camiseta velha no fundo da gaveta, como podemos aspirar a liberdade interior?! Anote aí: hoje começa um novo tempo na minha vida!! Um tempo de liberdade interior e desapego.
O Jogo da velha
Era manhã ensolarada , a placa dizendo que o prêmio era de milhões acumulado piscava, e, o aglomerado de pessoas se formava na fila.
Olhei e lá estava uma velha senhora, não tinha quase nada, apenas uma bengala, uma sacola gasta pelo tempo, um óculos colado com fita isolante e um papel amassado com alguns números escritos; na certeza oitenta primaveras já tinha presenciado e da vida dizia que sabia apenas que a primavera passava bem rápido, mas que logo ela voltava com novas flores.
Dizia que sempre acreditou que podia ganhar a qualquer momento na loteria, desde que jogasse sempre , então assim o fazia todos os dias. Pensava que ganhando seria uma boa sensação, acreditava que as pessoas a respeitariam mais e que poderia ajudar a quem quisesse. Fazia a " fezinha" incansavelmente, se sentia segura e com sorte, assim cria que podia ser contemplada com o prêmio mesmo que não fosse possível aproveitá-lo por inteiro em seu restante de vida, mas, talvez o prêmio nunca viesse, mesmo assim ela apostava. Vi em seus olhos cansados rugas e um brilho de uma vontade enorme de ganhar aquele jogo.
A esperança era a aposta e a loteria era a vida e o jogo da velha estava feito, mesmo mudando os números a cada jogo, ela nunca deixou de acreditar.
Aqui é uma fazenda no bairro mata velha
Em Divisópolis Minas Gerais.
As pessoas ocuparam ela
Essa terra é grande demais
Este lugar está muito movimentado
Dizem que o banco tomou do dono
Pois ele estava endividado.
De noite eu não tive sono.
Então resolvi compor essa poesia
Falando sobre um acontecimento na cidade
O povo ficou com bastante alegria
pois querem que os lotes sejam financiados
Construiram aqui vários barracos
Nem sei o que vai dar
Se alguém pensa que os terrenos vão ser dados
estão enganados, não sei o que vai acontecer, vamos esperar.
Solidão no sertão!!!
No canto a velha sanfona
as esporas e o gibão
a seca é mesmo a dona
dessas terras do sertão
se o governo me abandona
a esperança diz que não!!!
Se te atreveres a desvendar
a verdade desta velha parede;
suas fissuras, suas ranhuras,
formando semblantes, esfinges,
mãos, clepsidras,
seguramente te haverá de surgir
uma figura para acalmar a sede,
provavelmente se haverá de ir
esta ausência que te bebe.
Vivamos intensamente o agora , o presente . O passado não nos interessa , é uma roupa velha que não nos serve mais.
Amorável lembrança
Amorável e velha lembrança de um velho que ainda ama a esperança de voltar à mocidade, àquela bela idade onde se encontra com a felicidade, porém, com certa idoneidade, recheada de vaidade ao enamorar-se loucamente de uma beldade de sua idade. Na realidade um ano mais velha; aquela centelha qual incendeia a ilusão visionária de um futuro imaginário, assim sonha o expedicionário do amor ordinário. A vida havida torna-se irreverente e completamente diferente, porém, sem abalar o amor de dois viventes quase inocentes. Aquela novela dura também, quase, para sempre. Dois jovens inexperientes casam-se contentes, e pensam tocar a vida para frente. A fila anda e atrás vem gente decente e inocente, logo aquele calor arrefece de repente, nasce o primeiro rebento, pra arrebentar aquela paixão estonteante, para nascer o amor verdadeiro de dois irmãos-companheiros na evolução de se aprender a ser gente. Bem, nasce o primeiro e começa a guerra da sobrevivência real, a responsabilidade apareceu mal, mas a grande verdade está no condicional da vida, e o casal tem de se virar, enquanto, o segundo vem para habitar aquele particular mundo de luta desigual. Assim é o aprendizado do amor, como uma flor que desabrocha e vai murchando, enquanto, o mundo vai caminhando. O tempo vai passando e forma-se uma bela família com três filhos a encerrando, porém, vêm os netos, tão discretos após décadas a segurar a peteca. Assim o casal se separa, mas não se precipite em pensar no azar, não, foi àquela foice fatal a qual a todos espera na hora mortal. Ficou o velho na fila, é... Na fila... Ficou a sós, morreu José, Joaquim e até a forte Dalila... O negócio é ter fé na ciência da paciência em esperar, sempre amando, sem parar, e ir aparando as arestas que restaram desse arresto de vidas, aumentando as feridas desferidas pela vida, mas o amor fica a calejar mais a dor tão doída movida pela lembrança querida, pela qual até parece uma ressurreição real a revivificar a vida do amor incondicional.
Apesar do velho até hoje nada entender desse amor, seja como for, continua a esperar...
Ei... Meu amor me espere, por favor, um dia hei de chegar para amá-la com ardor.
jbcampos
Essa coleção está um estouro,
pois pra mim isso vale mais k ouro.
Música boa não fica velha,
transforma-se em Clássicos e Tesouros.
Se esse tipo de pessoa tem esse comportamento é porque não estão em Cristo, logo a velha criatura está em atividade.
Ela me faz volta ao tempo e reviver aquela velha infância, com direito a história, daçinhas e brinquedos. E assim percebo que a vida fica devendo a existência de um ser... Com mais beleza no olhar, fantasias em seus sonhos, inocência em seus atos e verdades em suas poucas palavras.
Crianças... As admiro até que se tornem adultas.
Paraíso
Aquela velha luz quebrada
Eram meus dois castanhos olhos
Quando eu ainda podia te ver
Fechando a porta pelo lado de fora
Por hora um olhar que jamais esquecerei
Que persiste no intimo do meu ser
Esta corroendo me noite e dia
Cegando ao poucos minha alma
Você nunca me disse um adeus
Porque, porque, porque?
Perdi neste jogo do amor?
Perco tudo quando lhe perco
Olhe para mim, não sou forte assim
Olhe, estou tropeçando estou caindo
Estou morrendo pelo lado de dentro
Sangro tristes sentimentos
Deixando apenas um espaço vazio
Que não mais consigo suportar
Estou aqui e todos os dias choro
Sem conseguir meu coração acalmar
Há razoes que me fazem chorar
Até o confim da minha eternidade
Luz. ó luz não consigo te encontrar
Em meio a esta forte tempestade
Preciso do teu único abrigo
Da chuva de lagrimas que cai
Enquanto o livro dos sonhos se fecha
Neste malvado jogo do amor
A única maneira agora é só chorar
Com uma única gota de lagrima
Vou engolir seu amargo olhar
E o tempo que não cura essa dor
Não quero que o mundo assim me veja
Ando perdido sem saber o meu destino
E só agora que eu percebo tudo isso
Será que serei por ti ainda encontrado
Tento encontrar alinha do teu tempo
O meu futuro eu ainda não sei ler
Mas conceda me um lindo amanhecer
Uma nova chance, um novo viver
Dei me tuas asas para até o teu céu voar
Onde o sol a cada pagina virada vira brilhar
E as estrelas dentro de nos iluminar
Dai me o teu paraíso e nele eu possa repousar
Sobre a velha mesa me esperava
uma pequena e singela rosa...
era o Amor que se mostrava
na sua mais linda face.
