Fantasma
Borboleta fantasma
voando na imaginação,
Ser em ti nó e laço
que envolve e não desata,
Ser a primavera que não
passa em qualquer estação,
Ser parte dos seus cincos
sentidos e a dona do seu coração.
Fantasma da Figueira
A memória do fantasma
da Figueira navegantina
continua mais viva do que antes,
Quem sabe possa ser
o mesmo fantasma
que de Figueira em Figueira,
de cena em cena,
virou lenda brasileira
e também virou este poema.
Só é possível entender o tamanho de um fantasma quando uma vida inteira já nos separa de sua aparição e, apesar disso, ele segue nos assombrando simplesmente por ouvirmos falar dele.
O horror da vítima por seu fantasma era tão intenso que, quando seu analista desejou libertá-la dele, ela tomou a decisão de matar o analista.
Você foi, foi, foi embora; eu te vi desaparecer
Tudo o que resta é um fantasma de você
Agora estamos despedaçados, despedaçados, despedaçados, não há nada que possamos fazer
Apenas deixe-me ir, logo nos encontraremos
Agora espere, espere, espere por mim; por favor aguarde
BONDE FANTASMA
Demétrio Sena - Magé
Minha vida já deu; não por desgosto;
por nenhuma tristeza; depressão;
pelo não do meu sonho a cada dia
nem por tantos cansaços de seguir...
É um flanco estendido sob os pés,
a lacuna dos tempos desgastados,
um revés de mistérios resolvidos
que perderam a graça para mim...
Os meus anos gastaram a minh'alma;
desbotaram as minhas fantasias;
tenho calma que arrasta ferros velhos...
Quero ir e não tenho para onde;
meu estado é cratera capital;
é um bonde fantasma sem destino...
... ... ...
#respeiteautorias É lei
ALÉM DA TERRA, ALÉM DO MAR
Autora: Profª Lourdes Duarte
Como um fantasma que refugia-se na sua sombra
Rugiu-me da solidão do meu eu que me atormenta
Contemplo o mar revolto e as ondas que vão e voltam
Sei, que nunca voltarei no tempo, pois o tempo não volta.
Observo as ondas nas pedras se encontrando
Como minha vida batendo de frente com a solidão
Refugio-me nas sobras da minha existência
Querendo lavar a alma nas ondas do mar revolto.
Percebo que além da Terra, além do mar
No trampolim da vida, nuvens nebulosas podem mudar
Senti que nem tudo está perdido, ergui a cabeça...
Mergulhei no mar da vida para lutar,
Contra meus fantasmas a me atormentar.
Joguei o chapéu na areia e mergulhei no mar,
Lavei minha alma, libertei-me da solidão
Renovei minhas forças, outra vez... busquei
Coragem para fazer de um simples detalhe
Uma imensa razão de viver e vencer a solidão.
A verdade entusiasma
por ser bela e transparente,
mas também é um fantasma
Que assusta muita gente.
Para se que o sujeito consiga lidar com sua falta, com seu vazio é necessário um percurso, olhar para a escuridão e seu fantasma interior.
Prometeu:
“Se me calo, não é por orgulho, ou desprezo; mas o furor devora minha alma quando me vejo preso a esta rocha. No entanto, a quem mais, senão a mim, devem os novos deuses as honras que desfrutam? Não falemos mais nisso; seria repetir o que já sabeis. Ouvi, somente, quais eram os males humanos, e como de estúpidos que eram, eu os tornei inventivos e engenhosos. Eu vo-lo direi, não para me queixar deles, mas para vos expor todos os meus benefícios. Antes de mim, eles viam, mas viam mal; e ouviam, mas não compreendiam. Tais como os fantasmas que vemos em sonhos, viviam eles, séculos a fio, confundindo tudo. Nã sabendo utilizar tijolos, nem madeira, habitavam como as próvidas formigas, cavernas escuras cavadas na terra. Não distinguiam a estação invernosa da época das flores, das frutas e da ceifa. Sem raciocinar, agiam ao acaso, até o momento em que eu lhes chamei a atenção para o nascimento e ocaso dos astros. Inventei para eles a mais bela ciência, a dos números; formei o sistema do alfabeto, e fixei a memória, a mãe das ciências, a alma da vida. Fui eu o primeiro que prendi os animais sob o jugo, a fim de que, submissos à vontade dos homens, lhes servissem nos trabalhos pesados. Por mim foram os cavalos habituados ao freio, e moveram os carros para as pompas do luxo opulento. Ninguém mais, senão eu, inventou esses navios que singram os mares, veículos alados dos marinheiros. Pobre de mim! Depois de tantas invenções, em benefício dos mortais, não posso descobrir um só meio para por fim aos males que me torturam".
(Prometeu Acorrentado)
´´ Oh o que temos aqui mais uma pessoa do meu passado vindo me atormentar, mais não tem problema você é apenas um fantasma e fantasma não me assustam mais a muito tempo por favor desapareça ``
O alimento dos espíritos II
"Eliphas Levi já dizia:
-Nunca, por hipótese alguma,
Apanhe qualquer alimento que por um acidente cair da mesa
Pois aquela comida foi destinada
Aos espíritos. Que assim seja!!"
"O Escritor Fantasma"
Cavalete próximo ao bar de Biu, feira do Bairro do Salgado-CARUARU-PERNAMBUCO domingo às 12h10min
Sentir, não é mais como em outrora, hoje tudo é imediato
Entre o futuro e o agora
Rapidamente decidimos pelo agora
Rumo ao que é mais fácil, mais tangível e que não precisa ser cuidado ou mesmo venha necessitar de dedicação
Antes, olhávamos para o além
Do ontem ao hoje
O que mudou?
Telas infinitas
Ego que não cabe nesse ser tão pequeno que somos, não olhamos mais para o outro, tão pouco recebemos seus olhares
Preocupações fúteis, quem ganhou a prova mesmo?
Então, nos perguntamos
Quem somos hoje?
Um pouco menos do que esperávamos
É uma resposta esperada
Mas, qual a chance de nos percebemos como menos mesmo?
Fantasmas afogados
Fantasmas afogados não subirão a superfície.
Pois quando no leito, forjei sua prisão
Lançada no mar com suas amarras
Morreu orgulhosa com a faca na mão
O sangue inocente já foi derramado
Enquanto apanhava seus cacos no chão
O tempo implacável parou um instante
O mundo calou sua sinfonia
Ouviu-se batidas de um coração
Fugindo cansado dessa tirania
Tirando da lama a fera encharcada
Depois te devora, por pura ironia
Fantasmas afogados não subirão a superfície.
Palavras pronunciadas trarão o seu preço
Covardes fugirão do poder da verdade
Os frutos, plantados, terão endereço
O Sol raiará forte, mais uma vez
E vida trará justo recomeço