Fale de sua Aldeia

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⁠O Morgado de Selmes -

Houve outrora um Morgado
na bela aldeia de Selmes
um homem desalmado
que o povoado ainda teme.

Numa herdade fria, escura
vivia o tal Morgado
um homem sem ternura
sombrio e mal amado.

Montava o seu cavalo
pelas ruas da aldeia
era um nobre sem passado
que chorava uma plebeia.

Sua amada que morrera
por decreto do seu Punho
era jovem e de cera
fora morta ao mês de Junho.

Não gostava do Morgado
essa jovem doce e bela
e ante todo o povoado
fora morta p'la guela.

E o Morgado duro e frio
do alto do cavalo
dera a ordem que feriu
o olhar do povoado.

E a raiva e o horror
do Morgado se ressente,
sem lamento nem pudor
matava toda a gente.

Na fogueira sem piedade
tanta gente lhe implorou
e a arder nessa maldade
uma bruxa lhe imprecou:

" - Que esta morte vos dispa
a Vós e à vossa geração
e que uma maldição vos vista
até mil anos sem perdão! "

Mas um dia a Santa Igreja
fachada da Matriz
caiu e até Beja
chorou, Selmes, infeliz.

Era Ele do Santo Oficio
D. Manuel Nunes Thomaz
o Morgado que vos digo
era um homem perspicaz.

" - Que se erga outra fachada
a Catarina vossa Santa,
mas ao lado, minha casa,
ficará como uma anta!"

E ao lado da capela
construiu o seu jazigo
esperando p'la donzela
como sendo um sem abrigo.

Passa o tempo, passa a vida
morrem gentes, nascem outras
e junto àquela ermida
o Morgado mira as moças.

Qual delas era a sua
a que volta e o liberta
da maldição da rua
do jazigo à porta aberta.

Mas um dia emparedaram
o jazigo do Morgado
e o seu ódio despertaram
como outrora no passado.

E houve mortes, acidentes
tanta gente possuida
p'lo Morgado de Selmes
do jazigo e da ermida.

Até que a porta foi aberta
e o Morgado adormeceu,
no jazigo está à espera
da amada que morreu!


(Poema a D. Manuel Nunes Thomaz, Morgado de Selmes, Senhor da herdade da Rabadoa no Alentejo. Membro honorário do Tribunal do Santo Oficio (Inquisição). Um homem de poder, severo e cruel, frio e distante, apaixonado por um amor infeliz. Morreu em 1878, deixando, segundo a lenda, uma maldição naquelas terras. A maldição do Morgado de Selmes. Que descanse em paz, Ele que partiu, e nòs que ficámos...)

Inserida por Eliot

É preciso uma aldeia para educar uma criança.

Inserida por lubaffa

E ⁠se foi o índio mais forte de nossa aldeia, se encontra agora dissipado entre as estrelas do céu. Meu tio amado, amigo e escritor favorito.
Se foi cedo demais por não ser compreendido, mas que será lembrado com carinho em meu coração.
A dor lateja no peito, tudo isso nem parece que é real.
Desde cedo aprendi que nada dessa terra vale a pena, tudo é passageiro e insignificante, tudo é vazio, nada aqui faz algum sentido e você nunca terá respostas.
Pessoas boas morrem cedo e sofrem com mais intensidade as dores da vida.
Não importa o que faça e nem pra onde vá, tudo aqui será trivial.
É na morte que vemos o quão insignificante é a vida de um ser humano, não importa como tenha vivido, não importa se amou ou se chorou, não importa seus estudos, diplomas e suas escolhas, não importa muito menos o caminho que seguiu, no final das contas tudo é escuro e solitário para todos.
Eu te amava muito, mesmo em meio as tuas loucuras, não esquecerei de cada conselho, conversas, escritos e livros, não me esquecerei das risadas, das artes e nem muito menos das pinturas, estais eternizado em minha mente e alma, porque coração nem sei se tenho agora. Para tio Etinho com amor de sua sobrinha favorita.

Inserida por Nanda_Liberato

Eu desfrutei de uma vida privilegiada com que ninguém da minha aldeia nem sonha. Tenho um excelente emprego e tudo que se pode querer. Mas qual é o sentido disso sem amor?

Inserida por pensador

Vamos brindar
com vinho verde que é do meu Portugal
e o vinho verde me fará recordar
A aldeia branca que deixei
atrás do mar

Inserida por pensador

Esta é uma pequena lembrança de um passeio por uma aldeia no Congo,
onde encontrei meu amigo elefante...
A vida sempre nos reserva grandes surpresas, vamos saber como é,
como pode ser algo que podemos chamar de "A Grande Aventura da Vida",
algo que nem todos conseguem viver, mas vale a pena quando se sobrevive
a ela, ou então a outras ameaças que surgem de outros lugares...
Ósculos e amplexos,
Marcial

A GRANDE AVENTURA DA VIDA

Marcial Salaverry


O simples fato de estarmos vivos, já é uma aventura, uma vez que fomos concebidos em uma linda aventura amorosa. Vivemos 9 meses, a ventura e a aventura de estarmos agasalhados dentro do ventre materno, protegidos de toda a maldade humana, mas nossa mãe não estava. Se algo acontecesse com ela, aconteceria conosco. Já começava aí nossa grande aventura.

Na realidade, é fácil saber que desde o nascimento, sempre estivemos enfrentando uma série de problemas e crises, e se chegamos até aqui, é porque sempre conseguimos superar a todos esses problemas. Bem ou mal, de uma maneira ou outra, fomos ultrapassando barreiras, sempre lembrando que muitas vezes estivemos a ponto de desistir, de mandar tudo para o espaço, mas uma força interior, sempre nos conseguia impulsionar para frente, superando tudo aquilo que tentava bloquear nosso caminho.

Meu dileto amigo L’Inconnu, entregou-me um texto lindíssimo, que fala muito bem disso, e certamente apreciaria saber o autor desta maravilha:

"Você é uma aventura. Você existe, vive e se move no Infinito. Vastos recursos de energia, talento e habilidade afluem para sua vida. Você é um feixe de mistérios. Descobrir e conquistar a si mesmo é um trabalho para a vida inteira. Existem dentro de você ricos depósitos de minério esperando que você os explore. Você tem poder, o poder de modificar a si mesmo e modificar o mundo. O poder de criar planos, projetos, movimentos pelo bem estar comum. O poder de inspirar e servir. Há coisas incríveis dentro de você: livros a serem escritos, canções a serem cantadas, quadros a serem pintados, inventos a serem criados, remédios a serem descobertos, pontes e catedrais a serem construídas, verdades a serem reveladas, poemas a serem escritos, grandes obras sairão de você. Você é dono de sua própria vida. Você enfrentará todas as dificuldades com fé e coragem, imaginação e audácia. Você carrega no inconsciente, milhões de anos de experiência e sabedoria. Você está no ápice da evolução. Você provará sua criatividade, buscando coisas que estão além do seu alcance, superando a si mesmo. Enfrentará os contratempos com ânimo e disposição. Você seguirá em frente, pois como disse um mestre hindu: "Não há limite para o ser em desenvolvimento que está firmemente decidido a se expandir." Arrisque-se. Arrisque tudo que você é e tudo que você pode vir a ser. Amplie-se. Multiplique as formas pelas quais você pode contribuir para a vida."

Pouco se pode acrescentar a este texto, eis que efetivamente depende de nós mesmos estabelecer nossos limites, vendo até onde poderemos chegar. Na verdade, não existe limite para o conhecimento humano, salvo aqueles que nós mesmos estipulamos, e podemos constatar isso, tentando acompanhar o incrível desenvolvimento que vem ocorrendo na área tecnológica, e mais ainda na área científica, pois com certos problemas que vem acontecendo, os cientistas estão ampliando conhecimentos, buscando soluções para as vacinas que possam vencer essa coisa que apareceu...

Muitas vezes nos falta coragem para tentarmos aquele algo mais que nos dará condições para atingir determinada meta. Muitas vezes desistimos a meio de caminho, pois este começa a se tornar muito íngreme. Não nos faltou capacidade, o que nos faltou foi a força interna que nos empurrasse até lá. O que nos faltou foi a vontade, a garra, a pertinácia para ir buscar lá no fundo aquela luz que brilhava, mas não vimos...

Talvez nossa aventura seja uma pequena mudança, por exemplo, de Santos para o Congo, e lá viver 3 anos, aprendendo o que é a vida, vivendo-a a cada dia vivido, sem saber se seria o último. Sem duvida, uma aventura inesquecível. Eu não diria que foi necessário ter muita coragem, mas sim uma linda dose de loucura... E que linda loucura esteve nessa lição de vida. Aprendi como a vida pode ser bela, desde que saibamos vive-la, e consigamos sobreviver aos percalços que fatalmente surgem nesta caminhada pela vida, e "tudo vale a pena, quando a vida não é pequena", como disse uma certa Pessoa de muito talento...

Nossa aventura só chega ao fim, quando a vida acaba, e devemos vive-la até lá, entendendo que tudo é possível, desde que consigamos descobrir a capacidade criativa para superar os obstáculos que nos separam de nossos objetivos.

Esperando descobrir o autor do texto citado por L'Inconnu, e com minhas saudações congolesas, "Io kela mbote" que é o desejo, para todos, de UM LINDO DIA, que poderá ser repetido enquanto estivermos vivendo essa nossa Aventura...

Inserida por Marcial1Salaverry

⁠A tristeza invadiu meu coração
Como um exército invade uma aldeia
Ainda não sei quem venceu

Ainda resisto ...
Mas não sei até quando
Meu Deus me ajuda

Inserida por sylvania_weigert

⁠Marshall McLuhan disse que o mundo seria uma grande aldeia global. Nada disso: somos tribos planetárias.

Inserida por doc_comparato

Quanto maiores os meios de comunicação e de informação dentro de uma grande aldeia global, as pessoas ficam mais solitárias, selvagens e indiferentes. Parece que estes são os piores dos tributos a serem pagos pela avanço da telefonia celular e seus aplicativos e pelo mundo digital em suas múltiplas redes sociais de relacionamentos. As modernas tecnologias que inicialmente pensava se em um ser mais completo e verdadeiro para aproximação provocou por diversos usos anônimos abusivos, avatares distorcidos e fakes, um letal e criterioso distanciamento.
O mundo interligado fica cada vez mais sombrio e solitário.

Inserida por RicardoBarradas

Se dizem: Na cabana do índio tem fumaça e você vive na mesma aldeia,corra e prepare água pra sua antes que o fogo lhe atinja.

Inserida por Cacio01

⁠LUZ DAS ESTRELAS
Certa feita estive numa aldeia.
Lá me deparei com uma menina,
Sua fome me olhava atentamente.
Tinha o nome de luz das estrelas.
Seu pai não se sabia e sua mãe não vinha.
Perguntei-lhe se sonhava. Disse-me que não.
Mas que quando deixasse de ser miúda,
iria ser médica para cuidar das pessoas e dos que vão nascer.
Você sabe o que é poesia?
Não, não a conheço, interpelou-me rapidamente.
Poesia é feita pra gente?
Passei a visitá-la.
Numa manhã que chovia, nova indagação.
Do que você gosta? Prontamente me disse:
Gosto de comida, de escola e de brincar de casinha quando faz frio.
E vou lhe confessar algo.
- Também brinco de agarrar nuvens com as mãos
Carlos Daniel Dojja
Para Luz das Estrelas, em Angola.

Inserida por carlosdanieldojja

⁠⁠Letra musica...Aldeia (tom A). Quando você voltar na minha aldeia. Vou te esperar perto do mar. E na terra uma fogueira- pra ver você chegar. O vento varre a estrela na areia, esperando o seu pé pisar. Quem é apaixonado faz poema- pra você rir e brincar. Diz aqui pra gente ser feliz. Hoje até o dia de partir. Sei que saudade vou sentir, sem ter você aqui.

Inserida por Done

⁠depois de tantos momentos de luta o Brasil nunca deixou de ser uma aldeia a momentos que nos frustra mais somos filhos de mãe solteira

Inserida por gabriel_correia

⁠A bruxa e o sátiro

Era uma vez, uma aldeia encantada,
Santa Adelaide era chamada.
Lá habitava uma bruxa de cabelos verdes,
Que não queria ser encontrada.

Logo foi achada,
Por um sátiro flautista, encontrada.
Quem diria que um dia a pequena bruxa estaria apaixonada?

O sátiro admirava as estrelas,
A bruxa o mar.
O sátiro amava a música,
A bruxa cantar.

Toda história de amor tem um final feliz,
Mas desta vez o destino não quis.
O sátiro se foi, prometendo voltar,
Quando voltou, sua bruxa não estava lá.

Inserida por danilo_de_almeida_1

Pois é, agora com o Coronavírus nós notamos que nossa planeta realmente é uma pequena Aldeia, principalmente nesse momento globalizado. Nenhum ser humano na Terra poderá escapar se dela não tomarmos conta, tanto da sua natureza, tanto dos abusos exagerados civilizatórios que estamos vivenciando que poderá causar todo tipo de tragédias. Temos que ter consciência que mais vale uma árvore do que "desenvolvimento" que nunca leva a nada, apenas a montes de lixos enferrujados...

Inserida por rivaldoRribeiro

Aldeia de Menino

Na aldeia, perdida no alto monte,
estreitada num vale verde,
rústica de odores matinais.
Meu olhar vagueia no horizonte,
limitado de céu e se perde
em mil sussurros de adágio.

Aldeia de fragrâncias naturais,
de cores divinas matizadas:
os verdes, os amarelos, os laranjas…
Os fumos do lar em espirais
voam como danças orquestradas,
pelo vento, em farrapos e franjas.

Minha alma rejubila feliz,
livre da escravidão de amores
inventados por cruel nostalgia;
Meu corpo, renova, qual petiz,
sangue, lágrimas, suores...
Esvai-se em vida de rebeldia.

Minha boca sorri, desabrocha
líricos de louvores eternos
à natureza pejada de vida;
Minha boca grita e desbocha
canções, desafios de infernos,
toada monocórdica perdida...

Desculpai aves, desculpa rio,
por quebrar as vossas melodias,
desculpa vento por seres arauto
do meu patético desvario.
Desculpai, cedo virão calmarias
para vós e dores para mim, incauto...

Na aldeia, meu paraíso real,
liberto do mal, perdido de mim,
sou menino travesso, sorrindo...
Por irmãs e por irmãos, afinal,
tenho a rosa, o cravo e o jasmim,
que me acenam - sinto-me bem-vindo!

Inserida por TristePoeta

Vivemos na mesma aldeia. Portanto, com a devida vênia, seu problema é nosso problema.

Inserida por humberto_lima_1

⁠Estamos vivendo num mundo policromático e polimorfo, que hoje é chamado de ALDEIA GLOBAL.

Inserida por carlos_alberto_hang

CONTO DE NATAL

Era uma noite fria e escura
Numa aldeia perdida ou talvez esquecida
Em Trás os Montes
Vivia uma menina sonhadora e pobre
Morava com os pais e com os seus irmãos
Era uma noite da década de 74
Às portas da guerra da independência
Que viria muito brevemente a acontecer
Mudando-lhe a vida e marcando-lhe para sempre
Era a noite de Natal não havia presentes
E muito menos a árvore de Natal
Ou o Presépio, mas havia alegria e amor
Os pais davam muito carinho aos seus filhos
Mesmo sem a árvore de Natal e sem presentes
Contavam-se histórias à lareira, o riso era constante
Foi uma noite que nunca mais esqueceu aquela menina de dez anos
Numa noite fria e escura mas quente no seu coração
Era a noite de Natal fria e gelada numa aldeia em Trás-os-Montes

Inserida por Sentimentos-Poeticos

Acendam-se as velas!
Alumía a candeeia!
Aí dormiam elas
Numa casa da aldeia.

A luz faltou
Não sei o que fazer,
Preocupado estou.
Mas vamos escrever!

Caneta, papel e imaginção
À luz da vela reunídos.
Oh, que satisfação!
Despertai os meus sentidos!

Sentidos despertados,
Pela alma da chama,
Transparecem no papel
Através de quem ama.

Que te digo eu?!
A cera derrete pelo tempo vão.
O que me alegra é somente o teu...
O teu coração no meu coração!


"À luz das velas" - Guilherme Pereira (19.12.2019)

Inserida por Guilherme_10