Fale de sua Aldeia

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CONTO DE NATAL

Era uma noite fria e escura
Numa aldeia perdida ou talvez esquecida
Em Trás os Montes
Vivia uma menina sonhadora e pobre
Morava com os pais e com os seus irmãos
Era uma noite da década de 74
Às portas da guerra da independência
Que viria muito brevemente a acontecer
Mudando-lhe a vida e marcando-lhe para sempre
Era a noite de Natal não havia presentes
E muito menos a árvore de Natal
Ou o Presépio, mas havia alegria e amor
Os pais davam muito carinho aos seus filhos
Mesmo sem a árvore de Natal e sem presentes
Contavam-se histórias à lareira, o riso era constante
Foi uma noite que nunca mais esqueceu aquela menina de dez anos
Numa noite fria e escura mas quente no seu coração
Era a noite de Natal fria e gelada numa aldeia em Trás-os-Montes

Inserida por Sentimentos-Poeticos

Mais vale uma aldeia em paz e sem militares do que cem militares numa aldeia sem paz.

Inserida por ze_vilela

Minha casa era feita de palha,
Simples, na aldeia cresci
Na lembrança que trago agora,
De um lugar que eu nunca esqueci.

Meu canto era bem diferente,
Cantava na língua Tupi,
Hoje, meu canto guerreiro,
Se une aos Kambeba, aos Tembé, aos Guarani.

Hoje, no mundo em que vivo,
Minha selva, em pedra se tornou,
Não tenho a calma de outrora,
Minha rotina também já mudou.

Em convívio com a sociedade,
Minha cara de “índia” não se transformou,
Posso ser quem tu és,
Sem perder a essência que sou,

Mantenho meu ser indígena,
Na minha Identidade,
Falando da importância do meu povo,
Mesmo vivendo na cidade.

Inserida por pensador

Tocam os sinos da torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Vai passando a procissão.
Mesmo na frente, marchando a compasso,
De fardas novas, vem o solidó.
Quando o regente lhe acena com o braço,
Logo o trombone faz popó, popó.

Olha os bombeiros, tão bem alinhados!
Que se houver fogo vai tudo num fole.
Trazem ao ombro brilhantes machados,
E os capacetes rebrilham ao sol.

Tocam os sinos na torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Vai passando a procissão.

Olha os irmãos da nossa confraria!
Muito solenes nas opas vermelhas!
Ninguém supôs que nesta aldeia havia
Tantos bigodes e tais sobrancelhas!

Ai, que bonitos que vão os anjinhos!
Com que cuidado os vestiram em casa!
Um deles leva a coroa de espinhos.
E o mais pequeno perdeu uma asa!

Tocam os sinos na torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Vai passando a procissão.

Pelas janelas, as mães e as filhas,
As colchas ricas, formando troféu.
E os lindos rostos, por trás das mantilhas,
Parecem anjos que vieram do Céu!

Com o calor, o Prior aflito.
E o povo ajoelha ao passar o andor.
Não há na aldeia nada mais bonito
Que estes passeios de Nosso Senhor!

Tocam os sinos na torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Já passou a procissão.

Inserida por soaraujo

Quanto maiores os meios de comunicação e de informação dentro de uma grande aldeia global, as pessoas ficam mais solitárias, selvagens e indiferentes. Parece que estes são os piores dos tributos a serem pagos pela avanço da telefonia celular e seus aplicativos e pelo mundo digital em suas múltiplas redes sociais de relacionamentos. As modernas tecnologias que inicialmente pensava se em um ser mais completo e verdadeiro para aproximação provocou por diversos usos anônimos abusivos, avatares distorcidos e fakes, um letal e criterioso distanciamento.
O mundo interligado fica cada vez mais sombrio e solitário.

Inserida por RicardoBarradas

Se dizem: Na cabana do índio tem fumaça e você vive na mesma aldeia,corra e prepare água pra sua antes que o fogo lhe atinja.

Inserida por Cacio01

MINHA ALDEIA

Aldeia conquistada, da minha saudade!
Pedaço, quase nada de terra, e nenhum herói.
Não foi necessária a força, o cerco embaçador
Para se tornar terras de ouros.
Porque num abalançamento que fiz
Nada é tão belo e não
Como este lugar suspenso
Por dentro dos meus braços.
Aldeia que por meus olhos seletivos em séries
Identificadores dos reais caminhos
Que hoje não se sabe
E daqueles que são convites a que eu não vá
Que darão em outros fundos que não conheço
Mas que me têm recomendado
Numa escultura de bronze,
Já na entrada da aventura
Que também é saída dos que não visitam
Suas instalações seus primórdios
E saem em retirada pisando o contrário
Que não era previsto quando
Eu demarquei a tua face estrema
Tuas vias tornas que dão a ver quase todas as casas
Província, porque os teus conquistadores
Em nada te recuperaram
Não tiraram nem colocaram sequer um adobe.
Há uma razão para eu ter sempre saudade de ti
Que alguém arrebatou por acharem que ela
Era mesmo o lugar que conscientemente de
Seus elevados se tinha a vista do restante do céu.

Inserida por naenorocha

Esta área metropolitana ás vezes pode comparar-se mais a uma aldeia, do que a uma cidade, onde qualquer um se cruza e mistura, onde todos julgam conhecer-se, ou se não conhecem, todos sabem os nomes uns dos outros. Onde grande parte dessas mesmas pessoas se difama e se denigrem uns aos outros. Não faltam intrigas e “cusquices”. Há enredos para todos os gostos, alguns a fazerem lembrar novelas mexicanas. Há tramas que nem o realizador com a imaginação mais fértil conseguiria realizar. Manobras de todas as espécies. Há demasiado tempo que me cansei de um certo tipo de criatura desta “pequena aldeia” , e inúmeras são as ocasiões que a minha paciência se esgota e atinjo o limite. Na realidade tenho vontade de mais e melhor. Sitios e pessoas onde a existência possua a energia e o vigor com que ela tem que ser vivida e sentida. Onde a vida palpite sem maldades associadas. Onde exista agitação saudável. Onde existam outras realidades, pessoas e coisas mais interessantes no lugar desta apatia apodrecida e oportuna. Sinto-me esgotada dos planos de benefícios por conveniência, de escutar as pessoas a murmurarem ou fabricarem e inventarem jogos de cama para os outros. Estou farta de gente que só consegue ver o seu umbigo gigantesco, que vivem de olhos fechados para a sua própria vida, mas quando o assunto é a vida dos outros arregalam os olhos, mas nem assim conseguem ser eficazes.

Inserida por MARISAM

Aldeia deserta,sozinha,perdida.
no tempo,casas vazias,sem som,
sem risos,sem passos,ruas sem alma,
perdidas,sem vida,com desencontros,
encontros que esquecem sentimentos,
perdidos no escuro da noite,
vou ver a minha Mãe e o meu Pai,
com os brancos dos seus cabelos,
do tempo da vida os seus dedos gastos,
de tanta ternura e tanta solidão.!

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

Não se sabe se o perfume se espalhou, pelos bosques coloridos e imagéticos. Na nossa aldeia, logo, logo, deflagrou. O colírio, canto lírico e poético.

Inserida por AndreAnlub

Só quem conhece uma aldeia sabe o quanto o conhecimento pode ser emburrecedor.

Inserida por camilabill

Os rios correm entre as vilas e cidades......
no meio da aldeia triste e vazia.....
corre o rio cheio de saudades das crianças....
........que banhavam-se nas suas águas......
das mulheres que lavavam a roupa....
........ e a punham a corar ao sol.......
agora sente-se a tristeza ao voltar....
a estes lugares que tiveram tanta vida....
..........e tanta amor......
as mulheres choram a partida dos homens.....
ficam sozinhas na sua dor....
.......na escuridão,no silêncio e na imensa solidão....
sem esperança,sem vida.......
as nossas aldeias estão a morrer......
.......sente-se o cheiro da morte.....
do vazio de tudo cheio de silvas....
......sente-se o cheiro de nada....
as urtigas picam-nos no meio do caminho....
como corre o rio triste e vazio.....
.........no meio da aldeia......
como as almas da vida e da saudade.....
........choram lágrimas de sangue.......
desta terra seca,deserta e triste.!!

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

“Em Goiânia, o farol do dia,
clareia a noite interminável”.

( em "Aldeia absurda". Goiânia GO: Editora Kelps, 1999.)

Inserida por portalraizes

Sabedoria pela experiência:

"Havia numa Aldeia um velho pobre, que possuía um lindo cavalo branco.
Numa manhã, descobriu que o cavalo não estava na cocheira.
Os amigos disseram ao velho:
– " Que desgraça, seu cavalo foi roubado!"
E o velho respondeu:
– " Calma, não cheguem a tanto.
Simplesmente digam: - o cavalo não está mais na cocheira.
- O resto é julgamento de vocês. "

As pessoas riram do velho.
Quinze dias depois, o cavalo voltou. Ele havia fugido para a floresta.
E não apenas isso; ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo.

Novamente as pessoas se reuniram e disseram:
– " Velho, você tinha razão.
Não era mesmo uma desgraça, e sim uma bênção. "
E o velho disse:
– " Vocês estão se precipitando de novo.
Quem pode dizer se é uma bênção ou não?
Apenas digam que o cavalo está de volta. "

O velho tinha um único filho que começou a treinar os cavalos selvagens. Uma semana mais tarde, ele caiu de um dos cavalos, e fraturou as pernas.

As pessoas se reuniram e, mais uma vez, se puseram a julgar:
– " E não é que você tinha razão, velho? Foi uma desgraça seu único filho perder o uso das duas pernas."
E o velho disse: - " Vocês estão obcecados por julgamentos! Não se adiantem tanto.
Digam apenas que meu filho fraturou as pernas.
Ninguém sabe ainda se isso é uma desgraça ou uma bênção…"

Depois de algumas semanas, o País entrou em Guerra e todos os jovens da aldeia foram obrigados a se alistar, menos o filho do velho.
- E os que foram para a guerra, morreram…

Quem é obcecado por julgar, cai sempre na armadilha de basear seu julgamento em pequenos fragmentos de informação, o que o levará a conclusões precipitadas.

Nunca encerre uma questão de forma definitiva, pois quando um caminho termina, outro começa; quando uma porta se fecha, outra se abre…

As vezes vemos apenas a desgraça, e não vemos a bênção que ela nos traz…"

Inserida por uelisonlima

Uma aldeia bucólica,
Uma xícara de café,
Um beijo molhado.
É tudo o que quero, é tudo o que preciso neste momento em que os trovões anunciam a tempestade e quando nuvens furiosas avançam ligeiro sobre um sol preguiçoso.

Inserida por NandoSonhandor

Todo poeta tem um aldeia singular

Ha muito tempo um jovem viu sua aldeia ser atacada por rebeldes e sua família ser morta. Com medo ele fugiu, no caminho encontro com um lobo. Desesperado o jovem armou-se de uma pedra e jogou-a contra a fera espantando-a. Naquele momento sentiu-se forte. Longe de tudo sozinho passou a juntar as pedra que encontrava, como garantia de defesa para qualquer perigo. Fez-se uma montanha de pedras. Um certo dia assustado ouvi barulhos na mata e do pé daquela montanha tirou uma das pedra para se defender. A montanha desabou sobre ele matando-o. Moral da história, muitas vezes o acreditamos ser certo servirá apenas contra-si mesmo.

Inserida por nehn

Esta é uma pequena lembrança de um passeio por uma aldeia no Congo,
onde encontrei meu amigo elefante...
A vida sempre nos reserva grandes surpresas, vamos saber como é,
como pode ser algo que podemos chamar de "A Grande Aventura da Vida",
algo que nem todos conseguem viver, mas vale a pena quando se sobrevive
a ela, ou então a outras ameaças que surgem de outros lugares...
Ósculos e amplexos,
Marcial

A GRANDE AVENTURA DA VIDA

Marcial Salaverry


O simples fato de estarmos vivos, já é uma aventura, uma vez que fomos concebidos em uma linda aventura amorosa. Vivemos 9 meses, a ventura e a aventura de estarmos agasalhados dentro do ventre materno, protegidos de toda a maldade humana, mas nossa mãe não estava. Se algo acontecesse com ela, aconteceria conosco. Já começava aí nossa grande aventura.

Na realidade, é fácil saber que desde o nascimento, sempre estivemos enfrentando uma série de problemas e crises, e se chegamos até aqui, é porque sempre conseguimos superar a todos esses problemas. Bem ou mal, de uma maneira ou outra, fomos ultrapassando barreiras, sempre lembrando que muitas vezes estivemos a ponto de desistir, de mandar tudo para o espaço, mas uma força interior, sempre nos conseguia impulsionar para frente, superando tudo aquilo que tentava bloquear nosso caminho.

Meu dileto amigo L’Inconnu, entregou-me um texto lindíssimo, que fala muito bem disso, e certamente apreciaria saber o autor desta maravilha:

"Você é uma aventura. Você existe, vive e se move no Infinito. Vastos recursos de energia, talento e habilidade afluem para sua vida. Você é um feixe de mistérios. Descobrir e conquistar a si mesmo é um trabalho para a vida inteira. Existem dentro de você ricos depósitos de minério esperando que você os explore. Você tem poder, o poder de modificar a si mesmo e modificar o mundo. O poder de criar planos, projetos, movimentos pelo bem estar comum. O poder de inspirar e servir. Há coisas incríveis dentro de você: livros a serem escritos, canções a serem cantadas, quadros a serem pintados, inventos a serem criados, remédios a serem descobertos, pontes e catedrais a serem construídas, verdades a serem reveladas, poemas a serem escritos, grandes obras sairão de você. Você é dono de sua própria vida. Você enfrentará todas as dificuldades com fé e coragem, imaginação e audácia. Você carrega no inconsciente, milhões de anos de experiência e sabedoria. Você está no ápice da evolução. Você provará sua criatividade, buscando coisas que estão além do seu alcance, superando a si mesmo. Enfrentará os contratempos com ânimo e disposição. Você seguirá em frente, pois como disse um mestre hindu: "Não há limite para o ser em desenvolvimento que está firmemente decidido a se expandir." Arrisque-se. Arrisque tudo que você é e tudo que você pode vir a ser. Amplie-se. Multiplique as formas pelas quais você pode contribuir para a vida."

Pouco se pode acrescentar a este texto, eis que efetivamente depende de nós mesmos estabelecer nossos limites, vendo até onde poderemos chegar. Na verdade, não existe limite para o conhecimento humano, salvo aqueles que nós mesmos estipulamos, e podemos constatar isso, tentando acompanhar o incrível desenvolvimento que vem ocorrendo na área tecnológica, e mais ainda na área científica, pois com certos problemas que vem acontecendo, os cientistas estão ampliando conhecimentos, buscando soluções para as vacinas que possam vencer essa coisa que apareceu...

Muitas vezes nos falta coragem para tentarmos aquele algo mais que nos dará condições para atingir determinada meta. Muitas vezes desistimos a meio de caminho, pois este começa a se tornar muito íngreme. Não nos faltou capacidade, o que nos faltou foi a força interna que nos empurrasse até lá. O que nos faltou foi a vontade, a garra, a pertinácia para ir buscar lá no fundo aquela luz que brilhava, mas não vimos...

Talvez nossa aventura seja uma pequena mudança, por exemplo, de Santos para o Congo, e lá viver 3 anos, aprendendo o que é a vida, vivendo-a a cada dia vivido, sem saber se seria o último. Sem duvida, uma aventura inesquecível. Eu não diria que foi necessário ter muita coragem, mas sim uma linda dose de loucura... E que linda loucura esteve nessa lição de vida. Aprendi como a vida pode ser bela, desde que saibamos vive-la, e consigamos sobreviver aos percalços que fatalmente surgem nesta caminhada pela vida, e "tudo vale a pena, quando a vida não é pequena", como disse uma certa Pessoa de muito talento...

Nossa aventura só chega ao fim, quando a vida acaba, e devemos vive-la até lá, entendendo que tudo é possível, desde que consigamos descobrir a capacidade criativa para superar os obstáculos que nos separam de nossos objetivos.

Esperando descobrir o autor do texto citado por L'Inconnu, e com minhas saudações congolesas, "Io kela mbote" que é o desejo, para todos, de UM LINDO DIA, que poderá ser repetido enquanto estivermos vivendo essa nossa Aventura...

Inserida por Marcial1Salaverry

E ⁠se foi o índio mais forte de nossa aldeia, se encontra agora dissipado entre as estrelas do céu. Meu tio amado, amigo e escritor favorito.
Se foi cedo demais por não ser compreendido, mas que será lembrado com carinho em meu coração.
A dor lateja no peito, tudo isso nem parece que é real.
Desde cedo aprendi que nada dessa terra vale a pena, tudo é passageiro e insignificante, tudo é vazio, nada aqui faz algum sentido e você nunca terá respostas.
Pessoas boas morrem cedo e sofrem com mais intensidade as dores da vida.
Não importa o que faça e nem pra onde vá, tudo aqui será trivial.
É na morte que vemos o quão insignificante é a vida de um ser humano, não importa como tenha vivido, não importa se amou ou se chorou, não importa seus estudos, diplomas e suas escolhas, não importa muito menos o caminho que seguiu, no final das contas tudo é escuro e solitário para todos.
Eu te amava muito, mesmo em meio as tuas loucuras, não esquecerei de cada conselho, conversas, escritos e livros, não me esquecerei das risadas, das artes e nem muito menos das pinturas, estais eternizado em minha mente e alma, porque coração nem sei se tenho agora. Para tio Etinho com amor de sua sobrinha favorita.

Inserida por Nanda_Liberato

⁠Conheça o mundo mas ame a sua aldeia.

Inserida por pedrowanderley