Existencial
Crise Existencial.
Quando estou acordado,
Fecho meus olhos
Para fugir de um mundo sem cor
E tudo que enxergo é uma imensidão cinza e solitária.
Quando estou dormindo,
Abro os meus olhos,
Estou em um mundo colorido e feliz,
Literalmente o mundo dos sonhos.
Mas toda vez quando acordo,
A sensação de que aquilo que eu sonhei,
Nunca poderá ser real nesse mundo preto e branco,
Me corroí por dentro, pouco a pouco sinto que estou morrendo,
E o ciclo se repete.
Se um dia eu ver uma estrela cadente
Desejarei nunca mais acordar,
Mas isso é apenas mais um sonho impossível,
nesse mundo preto e branco.
"Filósofo é aquele que traduz em palavras uma realidade existencial ou imaginária de forma que a mesma se torne evidente em sua proximidade com a verdade"
Na questão existencial do SER, quanto mais profundo adentrar, maior será o sofrimento,
porém, ao término deste encontro obterás satisfação!
Difícil análise existencial!
Problemática crise emocional!
Vivo sensitivamente meus dias.
Tento entender minhas apologias.
A lucidez por vezes me abandona
E reporto-me a uma criança chorona.
Entre baixas e altíssimas marés
Vou sobrevivendo aos meus anseios.
Às vezes nem eu me entendo,
Que dirá os meus próximos alheios!
Um dia menina pidona,
Outro mulher trintona!
Controlo minhas loucas emoções,
Condeno minhas tantas reações!
Num esforço memorável
De minhas próprias atitudes,
Sufoco quem gostaria de ser
E me reservo o direito de sofrer.
Policio minha imagem verdadeira
De mulher e ser humano.
Quero virar este jogo
E modificar meu cotidiano!
Uma força estranha parece avançar.
Será esta a hora de mudar?
Estou em estado de alerta,
Pronta para reavivar!
"Amar é experienciar uma realidade existencial objetiva - pessoas ou coisas - a qual aliena nossas escolhas".
O amor existencial é uma pequena fração do amor imaginário. É como a rotura recente: traz uma falsa saudade.
Vazio existencial
Antes estar morto do que só
Em seguida de nascer o sol
Deveras penoso a quem ama
Tanto espaço em uma cama
Para sofrer, basta ter desejo
Se cegar de luz no lampejo
Imaginar um começo e meio
Sem pensar no fim, ele veio
Inútil culpar a circunstância
Se afogar na sua arrogância
Ou estar ébrio de desilusão
De tanto apanhar o coração
Equilíbrio é a dica do amigo
A um leigo que corre perigo
Que desconhece o buraco
Se acha forte, mas é fraco
Existem teorias fabricadas
Especialmente aos “nadas”
Do vazio existencial, hábito
Mas a autoajuda é um parto
Não deve ter saída mesmo
Viemos ao mundo a esmo
O que eu vejo, um outro vê
Nos seus fatos e no que lê.
base existencial
Nunca deixe sua essência por capricho dos outros, seja você mesmo, assim será cem porcento feliz.
Nesses últimos tempos em que meu vazio existencial se tornou quase o gene dominante de todo o meu ser, a recessividade tardia quase consegue me comandar. A madrugada se apresenta como um refúgio, ninguém tem medo dos monstros quando se vive no meio deles. Meus demônios a muito lutam para se libertar. Tenho aceitado as forças de atração que me puxam para a terra. Agora vejo que meu fim não está tão longe quanto pensei ser. O atrito de minhas moléculas é a única coisa que mantém meu coração aquecido nesses tempos de um inverno tão rigoroso.
Sinto como se os polos magnéticos estivessem agora situados em meu peito, e como opostos, se atraem, tomando-me por uma implosão sem limites, explodindo de fora pra dentro, sendo corroída massivamente a cada novo pôr e nascer do sol.
O movimento das marés, que tanto me encantava já não tem mais um efeito tão positivo. Sou mais sal do que açúcar, ainda assim, insolúvel. Indescritivelmente heterogênea acerca de qualquer outro componente que não seja você.
Thaylla Ferreira {Poesias sobre um amor inatingível}
